Fanfic: Between Now and Never - {Vondy} | Tema: Suspense, amor.

"As vezes, aquilo de que precisamos está aonde menos se espera".

Acordei com meus pensamentos a mil. Hoje seria diferente, eu tentaria fazer coisas normais. Pela primeira vez em meses eu não sentia vontade de me encolher na cama e morrer de solidão. Eu estava quase, feliz. Mas essa sensação durou pouco. Eu estava em casa trocando sms com Maitê. Ela estava me atualizando sobre os novos babados da escola, já que eu tive de faltar a escola por uma semana por causa de uma gripe. Estávamos no nosso último ano. O ano em que todos se despediriam e iriam em busca de seus sonhos. Ela disse que a diretora pegou Amber e Jason no flagra ontem, fazendo... coisas no banheiro feminino. Eu gargalhava, já que todos odiávamos Amber Scott, a garota mais rodada e medíocre da escola. Tá, medíocre não, todos comiam aquela garota. Quando escutei ao longe sons de sirenes altas. Corri para meu jardim para tentar ver o que era. Haviam dois policiais parados à minha porta. Foi ali que todo meu tormento começou.

Acordei do flashback totalmente atordoada. Titia tremia segurando um copo de água na minha frente enquanto derramava lágrimas de pena. Eu fui tomada por uma dor imensa. Uma dor profunda, que cortava meu coração. Eu perdi tudo. Meus pais, minha família.

- Tome querida. Beba um pouco, lhe fará bem. – Quando eu ia aceitar, meu estômago embrulhou-se e eu virei-me para correr até o banheiro, felizmente, dessa vez eu consegui alcançar o vaso e coloquei toda aquela angústia pra fora. Deus, como eu queria minha mãe aqui agora para poder me abraçar e me ninar em seus braços. Como eu sinto falta disso. Voltei para meu quarto e me joguei na cama. Decidi que ficaria na minha cama o resto do dia. Não pretendia mais levantar-me ou fazer qualquer outra coisa. Titia atirou-se ao meu lado beijando-me no topo da cabeça. Ela era uma boa pessoa.

***

Chorei durante horas. Então, peguei no sono novamente. Quando acordei, senti alguém me observando. Sentei e olhei para o canto, onde a pessoa estava sentada. Era Christopher. Seus olhos estavam vermelhos. Ele havia chorado. Porque? Ficamos nos olhando por vários minutos, que pareceram horas. Seu cabelo estava desgrenhado, ele vestia uma camisa branca e jeans pretos, com uma sandália de couro nos pés. Era como as sandálias que papai sempre usava quando íamos a praia, ou quando ele estava em um de seus dias preguiçosos demais para calçar um tênis e ir ao mercado. Continuamos em silêncio, ele sentou-se na beirada da cama e tocou meu braço. Fui invadida por uma paz profunda que se estabeleceu em meu ser. Sorri para ele. Era essa a sensação que eu tinha quando ele me tocava, paz.

- O que faz aqui? – Perguntei o fitando. Ele fechou os olhos, como se estivesse recuperando-se de algo. Abriu-os e sorriu. Um sorriso terno, mas que não tocava seus olhos.

- Eu... Queria te ver. Sua tia me disse que você tinha adormecido, porque... – Ele não terminou o que dizia, mas eu sabia do que ele falava. – Então eu pedi permissão para ficar aqui.

- Está aqui a muito tempo? – Pergunto outra vez. Deus, como ele é lindo.

- Cheguei alguns minutos depois de você dormir. – Ele sorri. Seus olhos estão cansados e vazios. Como se ele sentisse culpa de algo. Eu sinto vontade de abraça-lo, e o faço. Seus olhos agora têm uma cor não tão mais obscura como se encontrava. Peguei no sono ainda era manhã. Ele deveria estar puro. Talvez não tenha comido nada.

- Está com fome? Eu posso pedir minha tia pra fazer algo pra você comer. Christopher, você deve estar a muito tempo sem comer. – Eu digo o fitando com os olhos arregalados. Ele me olhou por um segundo perdido em pensamentos.

- Sua tia saiu faz algum tempo. Eu fiz uma sopa para quando você acordasse. – Ele disse. Um sorriso brincando no canto de seus lábios.

- E você, comeu algo? – Ele negou. Uma raiva tomou conta de mim por alguns segundos. Como ele ficou aqui esse tempo todo sem comer? Já deve ser mais de seis horas. O sol já deu lugar à lua e às estrelas.

- Acalme-se Dulce. Estou bem. – Ele disse levantando-se estendendo a mão. – Venha. Você precisa comer. – Peguei sua mão e seguimos para a cozinha. 

Olá :) ! Perodem-me, as coisas estão muito difíceis. Meu irmão foi internado e eu estou ajudando meus pais. Espero que não abandonem a leitura. Um abraço!