Fanfics Brasil - Desumanização Highschool DxA

Fanfic: Highschool DxA | Tema: Highschool DxD


Capítulo: Desumanização

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   Era vermelho. Rubro igual ao cabelo dela, rubro de verdade. Não era loiro avermelhado. Era vibrante e forte, igual ao sangue que suja minhas mãos agora. 


- Viva, viva ao meu propósito. Viva por mim. 


As últimas palavras daquele amargo sonho, daquele amargo dia, um amargo sussurro em meus ouvidos.


   Meu nome é Hyoudou Issei. Os humanos tem um péssimo hábito. Eles acham que podem apelidar como quiser as pessoas ao seu redor, sem se importar com os pensamentos dela. Meus colegas e parentes tem o costume de me chamar de "Ise".


   A escola Kuoh é bem grande. Possui desde 2 grandes prédios escolares, detalhadíssimos, até quadra e um prédio apenas para os clubes. Havia também o antigo prédio da escola, mas ele não é utilizado, ao menos, eu acho. O gramado dele era gigante. Cerca de 30% da escola se baseava em gramado. A arte feita na escola era bela. Não digo com relação aos trabalhos escolares, e sim em relação à arquitetura. Era muito bem feita e tão detalhada quanto.


   O gramado esverdeado sobre o sol da manhã, com uma visão da quadra, parecia interminável. O fluxo temporal parecia ter parado de trabalhar. Deitado no gramado, junto com meus amigos, Matsuda e Motohama. Eu apenas desejava que durasse a eternidade, aquele pequeno tempo de descanso.


- Ise?


- O que há?


- Porquê você entrou nessa escola?


    Matsuda provavelmente já sabia a resposta, mas ele insistiu em me perguntar. Era mais do que obvio o que eu ia falar, nós somos amigos de infância, ele não tinha como não saber. Mas ele insistia em perguntar, como se ele gostasse de ouvir a resposta.


- Bem, a Kuoh costumava ser feminina até ano passado. Provavelmente existem mais garotas à garotos aqui.


- Isso!! 


Motohama se levantou, balançou seu óculos e se levantou. Ele falou:


- Por culpa disso, nessa escola existem poucos garotos o que nos faz cobiçados entre as garotas certo?


-Pelo menos era pra ser mas.... Nós ainda estamos solteiros....


   Eu imaginava o que as garotas viam em um garoto em sua adolescência. Será que haviam parâmetros que um garoto deveria ter para ser popular? era um dilema.


- Ise, não éramos supostos a termos um harém??


  Eu estava desanimado. Não sentia graça em respondê-lo. Estava começando a me deixar entediado.


- Não, do que adianta estudar aqui e não ser popular?


-Não diga isso, só piora!


   Ao longe, era possível ouvir as garotas da Kuoh correndo atrás de um certo homem. Kiba Yuuto. Ele era bastante popular, faz parte do clube de Ocultismo e era atlético, bem vestido e todo engomado. Era o típico "rico" que toda escola tem. Ele passava por nós com um olhar superior.


   Três garotas passaram correndo. O vento bateu em meu rosto, junto com a poeira do chão turvo formado por grãos de areia. Alguns entraram em meus olhos, deixando-os inflamados. Eu me levantei.


- K-Kiba-senpai! aonde vai essa tarde? vamos ao karaokê?


   A tarde estava escura. Ele parecia ocupado, então dispensou-as, enquanto Matsuda e Motohama reclamavam de estar com inveja. Ele então seguiu ao antigo prédio da escola. Matsuda então se virou e começou a descer o gramado diagonal. 


- Aonde você vai?


   Ele virou a cabeça pra trás e deu um sorriso suspeito enquanto apontava o polegar para o lado. Nós então começamos a segui-lo, e chegamos à um determinado local. Era a sala do clube de kendô. A parede era de madeira podre e envelhecida, porém ainda tinham sustentamento. 


   Haviam buracos na parede, abertos por traças que devoravam uma grande parte da madeira, que já estava antiga e apodrecida. As garotas estavam se trocando dentro daquela sala, enquanto Matsuda e Motohama espiavam. Eu só ouvia eles cochicharem comentários sobre o corpo das garotas.


- Ei.... Ei!! deixem me ver!!


- Ah, que linda... As pernas da Satsuki-senpai....


- Que bom que encontramos essa sala!...


   Eu já estava me sentindo um fracassado, mas também queria ver. Tentei tira-los a força do local, porém eu acabei caindo e batendo quadril no chão, fazendo um leve grito. As garotas ouviram-me, e logo foram observar o que havia acontecido. Matsuda e Motohama correram rapidamente no meio das arvores que olcutavam o local. Eu fiquei confuso por um tempo, por isso eu acabei demorando mais para levantar. Na verdade, nem deu tempo. As garotas surgiram aos montes atrás de mim, armadas com as espadas de kendô.


- Ei... Esperem.... Esperem!!!



  Elas me bateram. Os agonizantes gritos de dor que eu liberava com o impacto dos bastões na minha cabeça podiam ser reconhecidos à metros de distância. Qualquer um poderia sentir um pouco da minha dor através de meus gritos. Após isso eu fui ao encontro com Matsuda e Motohama.


  Eles vieram desculpar-se, debaixo de uma bela e confusa união entre arvores gigantes. Nós estávamos sentados, sobre a grande sombra que a união proporcionava-nos.

- Cara, aquilo foi cruel....
- Deve ter doído né Ise... Foi mal
- Se ao menos eu tivesse visto alguma coisa....

  Eles não pareciam estar arrependidos. Davam um sorriso besta enquanto pediam desculpa, o que eu julgava falta de educação. Mas tudo bem, eles eram meus preciosos "amigos" afinal.

  Atrás da união entre as arvores, tinha o antigo e abandonado prédio escolar. Eu olhava para estrutura muito bem feita, talvez melhor até mesmo que o prédio atual. Havia uma janela, especialmente chamativa, pois estava aberta. Eu fitava a janela sem distração. Das sombras, surgiu uma estranha silhueta em formato humano. 


  Um cabelo ruivo. Mais rubro que loiro avermelhado. Um belo e liso cabelo ruivo balançava ao ar. Uma garota, não, mulher, vestida com os finos uniformes da escola, em especial o do 3° ano. Ela estava parada, com seu braço direito apoiado na janela e o esquerdo levantando a cortina transparente-branqueada. Ela começou a me olhar. Senti um calafrio, minha coluna começou a tremer, mas eu continuava encarando-a, mesmo que de longe. Seus olhos eram azuis, e pareciam cristais de gelo. Apesar de serem azuis bem claro, não pareciam-me tristes e nem frios.


   Eu podia senti-la. Era como se ela estivesse bem ao meu lado nesse exato momento. Ela permaneceu olhando para mim. Fazíamos uma calorosa troca de olhares, nem eu e nem ela parecíamos estar incomodados com os olhares de ambos. Estávamos bem ali. 


   Matsuda olhou para ela. Ela virou-se e foi embora. Era como se agora, ela se importasse com os olhares alheios. Motohama encostou seus dedos em seus óculos, e levantou-se.


- Rias Gremory. Uma estrangeira pelo que sei. Ela é do 3° ano, e considerada a mais brilhante estudante da escola. Ela fundou o clube de estudos Ocultistas. 


   A imagem de uma bela mulher com cabelos ruivos ainda permanecia em minha mente. Já era de tarde. Havia saído da escola junto com Matsuda e Motohama, mas nos separamos no caminho.


   Quem diria que a visão mais privilegiada da cidade em geral, seria de cima de uma passarela. O sol alaranjado parecia um pincel pintando as nuvens brancas de amarelo, os pássaros voando, os carros passando, como pequenas formigas em um grande formigueiro. Os grandes edifícios refletiam a luz do sol, o que fazia uma bela paisagem urbana.


   Eu parei no meio de passarela, e me debrucei no corrimão dela. Eu estava imóvel, apenas observando os carros a passarem, enquanto pensava sobre assuntos diversificados. Era tranquilizante.


Uma garota se posicionou ao meu lado, virada de frente para mim, e ficou me observando. Eu me virei e a fiz uma pergunta.


- P... Posso ajudá-la? 
- Hyoudou Issei...?
- Ah, sim...


   O uniforme dela parecia novo aos meus olhos. Nunca tinha visto ninguém com o mesmo uniforme. Era vermelho e bordado. Olhei-a em seu rosto e tomei um susto. Ela era linda, cabelos sedosos e morenos, olhos amarronzados e brilhantes e seu rosto era tão lindo quanto o de um anjo. 


   Ela fitava-me como se fosse me desintegrar apenas com o olhar.
- Posso ajudá-la?
- Ah, eu gostaria de pergunta-lo algo... Posso?


   Ela era tão fofa que me dava vontade de abraça-la e enche-la de beijos. Ela me olhou com seus olhos brilhante de forma que me deixou com vergonha. Eu evitava olha-la nos olhos, mas ela não. Não tive nenhum opção a não ser dizer "sim".


- V-Você tem uma..... Namorada??
- Eh?
- Então... Eu disse....
- Eu entendi... Não, estou solteiro no momento.
Meu coração chegou a acelerar.
- Então, não se importaria de sair comigo?
- Hã?.... O que....
- Não me faça repetir...
- Ah! sim... Porquê não?
- Então pode ser domingo?
- Claro...


   Então passou-se o tempo. Eu não sabia que roupa utilizar, ou então o que fazer na hora do encontro, falas ou coisas do tipo. Já tinha visto animes, mas aquela seria a minha primeira experiência na vida real. Eu peguei então uma roupa casual. Uma camiseta preta e uma calça branca. Eu fui apressado ao encontro. 


[fim]



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Autor(a): anon

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