Fanfics Brasil - ¤ Minha Rebelde Feiticeira ¤ - Adaptada - TERMINADA

Fanfic: ¤ Minha Rebelde Feiticeira ¤ - Adaptada - TERMINADA


Capítulo: 102? Capítulo

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— Talvez ela não quisesse cometer adultério.

— Você não ouviu nada do que eu disse? Ela não passava da esposa de um comerciante — Belinda falou desdenhosa. — Quando, finalmente, Tomáz soube de toda a história, ficou arrasado. Um dia, ao encontrar-se com o comerciante, acabou matando-o, após uma violenta discussão.

Segundo testemunhas, a atitude de sir Tomáz foi mais do que justificada, porém a tal mulher encarou a situação de maneira bem diferente. Acusou Tomáz de haver cometido assassinato, pois seu marido, apesar de tê-lo provocado, não poderia, jamais, vencer um cavaleiro altamente treinado. Ela também se disse culpada do que acontecera, já que, embora não tivessem chegado às vias de fato, cometera adultério em pensamento e desejara haver abandonado o marido várias vezes. Agora, ele estava morto por sua causa.

Tomáz implorou a ela que aceitasse seu pedido de casamento. Implorou de joelhos. Pense nisso! Um nobre de joelhos diante de uma camponesa viúva e grávida. Ainda assim a mulher recusou, por causa do bebê. Tinha medo de que Tomáz viesse a odiar a criança ou então se ressentir da sua presença.

Bem que Tomáz tentou convencê-la do contrário, mas de nada adiantou. A mulher desapareceu. Ninguém sabe para onde ela foi e ninguém voltou a vê-la. Depois disso, sir Tomáz viajou pelo mundo e participou de vários torneios, porém sem o mesmo entusiasmo de antes. Parecia já hão se importar com a própria sobrevivência, perambulando de um lugar para o outro. Foi então que sir Christopher apareceu em sua vida e ofereceu-lhe amizade, além de moradia.


 


— Tomáz tentou encontrá-la? — Dulce indagou suavemente.

— Sim, mas parecia que o chão tinha se aberto e a engolido.

— Como é que você sabe de tantos detalhes?

— Oh, é de conhecimento geral. Um menestrel compôs uma balada que correu o reino. Claro que foram usados nomes diferentes, embora todos soubessem que a canção falava de sir Tomáz Lancourt. Não lhe parece ridículo? Um cavaleiro deixar-se envolver a tal ponto pela esposa de um comerciante?

— Acho que é uma história muito triste e bonita — Dulce respondeu, fitando o cavaleiro de cabelos grisalhos que ia à frente.

— Pois eu acho que o amor não lhe causou bem algum — Belinda comentou com um muxoxo.

Dulce pensou nas maneiras gentis de Tomáz, na preocupação com o bem-estar de Christopher, no respeito com que tratava todas as mulheres do castelo, fossem nobres ou não.

— Será? — ela murmurou antes de pôr o cavalo a trote, deixando para trás uma Belinda confusa e aturdida.

O amanhecer de um dia de agosto encontrou Dulce sentada num banco de pedra, contemplando o jardim. Estava quieto ali e, à exceção dos ruídos ocasionais provocados pelas galinhas e gansos, nada se ouvia. Pelo menos assim, longe de tudo e de todos, conseguia meditar.


 


Durante os últimos dias, tivera muitas oportunidades de observar o marido esbanjando charme na presença de uma mulher e também pudera pensar na história de Tomáz. Assim como o velho amigo, Christopher estava agindo de maneira extremamente polida e agradável, demonstrando genuína preocupação com o bem-estar de lady Belinda. A única coisa que ainda não conseguira descobrir era como seu marido se sentia, de fato, em relação à bela hóspede.

Entretanto, ele reservava a ela, sua esposa, apenas frieza e indiferença, como se ela fosse uma convidada, e não muito bem-vinda, por sinal. Não sabia nem sequer onde Christopher passava as noites e tinha medo de tentar descobrir.

Sentindo-se rejeitada, Dulce esforçara-se para ignorá-lo e às vezes o conseguia, principalmente quando se encontrava ocupada no salão, ou na cozinha. Então, era possível calar a voz da memória e esquecer, ainda que por um breve instante, os momentos de paixão vividos entre as quatro paredes do quarto. Porém, bastava um detalhe, como a visão da túnica ou da capa de Christopher, jogadas sobre um banco, para trazer de volta as emoções sufocadas.

Quando estava ali, no jardim, costumava lembrar-se da maneira gentil com que Christopher tratara Marcelino. Era tão fácil imaginá-lo brincando com o filho de ainbos. Um filho que seria como o pai, forte, resoluto... e encantador, mas apenas quando quisesse impressionar belas mulheres, pois à esposa restaria a raiva e a indiferença.
Irritada com o rumo dos pensamentos, Dulce levantou-se.

Havia uma outra coisa que contribuía para a sua angústia crescente. A maneira como sir Tomáz a tratava, definitivamente, mudara. Ele era cordial como sempre, contudo havia uma certa frieza no olhar, uma certa desconfiança...


 


Só existia uma única explicação para isso: Christopher devia ter contado ao amigo como fora enganado na noite de núpcias e agora Tomáz a condenava. Aliás, uma reação natural, considerando-se a antiga amizade que unia os dois homens. Mas era uma pena que sua atitude acabasse exposta ao julgamento de terceiros, especialmente num momento em que desejava muito a amizade de sir Tomáz.

Muitas coisas gostaria de perguntar àquele cavaleiro sensível e ele era o único capaz de lhe dar as respostas. Queria perguntar coisas sobre o amor, pois chegara a uma conclusão perturbadora. Se não conseguia parar de pensar em Christopher, só podia ser porque ele estava firmemente enraizado em seu coração. Afinal, se o marido lhe fosse indiferente, poderia ignorá-lo por completo.

Portanto, precisava admitir, pelo menos para si mesma, que Christopher tinha muita importância na sua vida. Seria amor? Seria amor o que a deixava tão cheia de ciúmes quando o via cobrir lady Belinda de atenções? Seria amor o que a tornava frágil na presença dele, a ponto de necessitar de cada partícula de seu ser para dar a impressão do contrário? Ou seria apenas medo de haver perdido o respeito do marido para sempre?

Seria amor o que a fazia lembrar-se, com tanta clareza, dos momentos passados nos braços um do outro, momentos que desejava desesperadamente repetir? Ou seria apenas luxúria? Meros anseios da carne?

De repente, alguém abriu o portãozinho do jardim, assustando-a. Para sua completa surpresa, era Alfonso. Só não conseguia entender o que seu irmão estava fazendo ali àquela hora da manhã, já que costumava dormir até tarde.



Comentem plixxx *-*



bjix da Naty



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Autor(a): natyvondy

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— Dulce! — ele exclamou, sem disfarçar a decepção.— O que você está fazendo aqui tão cedo?— Eu... eu... ah... Queria falar com você.— Sobre o quê?— Sobre lady Belinda.— Sim?— Eu a odeio!A revelação não a surpreendeu. A exceção de Christopher ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5281



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  • AnazinhaCandyS2 Postado em 27/02/2017 - 23:47:51

    Parabéns pela linda fanfic, amei ler ela, vou com toda certeza ler todas as outras!!

  • stellabarcelos Postado em 12/04/2016 - 00:07:07

    Que lindos! Estória apaixonante!

  • anevondy Postado em 06/07/2012 - 21:21:58

    que lindo!!

  • anevondy Postado em 06/07/2012 - 21:21:55

    que lindo!!

  • anevondy Postado em 06/07/2012 - 21:21:55

    que lindo!!

  • anevondy Postado em 06/07/2012 - 21:21:55

    que lindo!!

  • luanna Postado em 12/12/2009 - 18:10:06

    minha nosss, naty, acabei de ler o final.. minha noss ameiiameiiameuiiiii
    incrivel sua web!
    muy ermosa msm...
    parabéns por mais uma istória emocionante ameiiisssss
    beijinnnn

  • natyvondy Postado em 29/11/2009 - 00:58:43

    vlw amix :)

    besitos...

  • natyvondy Postado em 29/11/2009 - 00:58:42

    vlw amix :)

    besitos...

  • anjodoce Postado em 29/11/2009 - 00:56:57

    Linda, linda, linda!!!!!!!!!!!!!
    Parabéns amiga!!!!!!!!!!!
    Com certeza vou passar em Oferta de Casamento!!!!!!!!!!
    Beijos!!!!!!!!! *-*


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