Fanfic: Doce Tentação | Tema: Lolita X A Fantastica Fabrica de Chocolates

Mais uma manhã fria e corriqueira,Willy Wonka e Charlie Bucket, tomavam o café da manhã na casa da família Bucket, enquanto discutiam sobre a falta de criatividade que os abatera nos últimos seis meses.A família entrava no assunto tentando animá-los, no entanto parecia inútil, eles estavam muito desanimados.

Charlie parou com sua xícara a caminho da boca e se perdeu em devaneios por alguns minutos.

Após chamá-lo pela terceira vez, Wonka bufou, cruzando os braços como uma criança emburrada,depois bateu com a colher de chá na xícara do garoto, que reagiu abruptamente respondendo:

_Am?...Sim, Willy pode falar.

_Creio que quem deva falar seja você! Tem andado distraído e preocupado, me deixa falando sozinho constantemente,não irei mencionar o fato de suas boas idéias terem _Willy ergueu as mãos a altura do queixo, gesticulando­_ Puff!Sumido, evaporado, desaparecido!_Deu um risinho sarcástico e continuou a dizer:_Oh!Eu disse que não iria mencionar?Me equivoquei!

Charlie deu um suspiro profundo imaginando como Willy podia ser rabugento as vezes, continuou a encarar o chocolateiro que o questionou:

_E então, vai ficar me olhando e esperando que eu adivinhe seu pensamentos...desembucha logo de uma vez:

O chocolateiro colocou o cotovelo sobre a mesa apoiando queixo com uma de suas mãos e fazendo um irritante movimento, de bater os dedos da outra mão sobre a mesma assinalando que estava aguardando a resposta.

O garoto bufou e respirou fundo decidido a se abrir com seu mentor e amigo:

_Tem uma garota...

O chocolateiro ergueu o tronco com as mãos espalmadas para cima no ar e os olhos esbugalhados, a boca semi aberta e expressão horrorizada.A senhora Bucket deixou cair ao chão uma vasilha que tinha em mãos, a família congelou junto com o chocolateiro...Eles ouviram direito “Tem uma garota...”?Mas Charlie é muito novo!

O garoto bateu as duas mãos na mesa:

_Não é nada disto que vocês estão pensando!

Willy arqueou as sobrancelhas:

_E agora você lê pensamentos?

_Não,mas não sou indiferente a reação nada discreta que vocês tiveram antes de me deixar explicar.

Wonka ergueu o indicador e franziu o cenho falando:

_Ora, pois você caiu muito de produção e agora menciona uma garota.­­_Ele disse fazendo aspas com os dedos e carregando de sarcasmo a palavra garota, fazendo uma expressão de reprovação._Como quer que eu reaja?

_Vai me deixar falar ou não?

O pequeno Bucket pergunto franzindo o cenho:

_Claro todos estamos curiosos sobre a tal “garota”!

O garotou começou a contar ignorando o sarcasmo do amigo:

_Bem...O nome dela é Dolores!

_Mas isto não é a moeda dos Estados Unidos?

_Willy...

_Parei!_Fazendo um gesto para Charlie prosseguir.

_Ela se chama Dolores, mas todos a chamam de Lolita, pois ela odeia o nome!

_Oh! Mas não da para compreender o motivo!Um nome tão..._Debocha o chocolateiro, fazendo o garoto se irritar.

_Se vai ficar me interrompendo a cada cinco minutos eu não lhe contarei nada!

Wonka ergueu o indicador, arqueando as sobrancelhas,iria falar algo chegando a abrir a boca de modo expressivo mas travou e desfez a postura, voltando a apoiar os cotovelos na mesa e o queixo nas mãos:

_Conte sobre a senhorita Dolores.

_Estudamos juntos desde a primeira serie e...em tempos difíceis, muitas vezes eu não tinha lanche para levar para escola e Lolita sempre levava para nós dois!Sempre fomos bons amigos...mas...

_Mas?_Willy arqueou as sobrancelhas.

_Mas ela desapareceu da escola há duas semanas, como morava longe, ninguém sabe nada sobre ela e rolam boatos de que a casa dela possa ter pego fogo, entretanto apenas os corpos da mãe e do padrasto foram encontrados.Entende o que significa?

_Mais um órfão no mundo?

_Minha melhor amiga, quase uma irmã,pode estar sozinha, com frio e com fome, sofrendo desorientada pelas ruas da cidade!

_Parece bem triste, meu coração doeria!Se eu tivesse um!_Wonka deu um sorriso sem mostrar os dentes e Charlie se zangou, pegou sua mochila e se despediu friamente, saindo para ir a escola.

POV WILLY

Charlie parece mesmo se preocupar com a tal Dolores,Lolita seja lá o raio que for.”Amiga”Não conheci amizade alguma em meu pouco tempo de escola e com o passar do tempo as coisas não mudaram muito.Por qual motivo uma pessoa se preocuparia se a outra se alimenta ou não? Que diferença isto faria na vida dela?

Bem parece que fez diferença na minha, uma vez que esta preocupação tola não deixa as idéias fervilharem na mente de meu pequeno aprendiz...Lolita!

Afastei meu pensamento da tragédia grega narrada pelo pequeno Bucket e comecei a caminhar pela Fabrica pensando em novas idéias.Poderia fazer uma viagem com Charlie para fazer novas descobertas?Não, tem a droga da escola, quantos empecilhos!

POV NARRADOR

Willy foi tirado de seus devaneios por seu aprendiz que chegara ofegante e desgrenhado, falando frases desconexas e evidentemente muito alterado:

_Willy ajude por favor!

_Fale com calma estrelinha, respire e conte até dez!

_Willy, minha amiga está ferida, ajude-a por favor!...Por favor!

O chocolateiro não teve tempo nem para pensar, sendo arrastado pelo aprendiz para fora da Fabrica até o local onde a pequena garota estava caída,usando uma calça de moletom azul marinho e uma a Blusa de uniforme,agarrada a uma mochila vermelha.Charlie abaixou-se e disse:

_Willy vamos leva-la para a Fabrica!

Lolita era de estatura pequena e porte incrivelmente delicado, seu rosto alvo estava corado pelo efeito do frio, seus cabelos eram um tom de mel e os traços de seu rosto lembravam uma frágil bonequinha de porcelana.O chocolateiro ficou estático observando a pequena criaturinha desmaiada na neve, como era delicada!

_Willy...Ajude por favor!

_Ah...s...sim claro!

Wonka abaixou-se para pegar a pequena, que era mais leve que uma pluma. Observou de perto seu rostinho delicado,limpou um pouco de neve que tinha em sua fronte, quando a pequena abriu por segundo seus olhos castanhos esverdeados, em seguida fechou novamente.

Retornaram a Fabrica com a pequena e o chocolateiro a levou para ala medic onde tinham Oompa Loompans aptos a atende-la.Horas depois a menina acordou, Charlie correu para conversar com ela e tentar saber o que houve.

Ao ver o amigo a menina caiu em um choro desesperado dizendo entre soluços:

_Charlie é você mesmo?Achei que eu fosse morrer...Como?Onde eu estou?

_Isto importa para alguém que pensou que iria morrer?

Os olhos da garota procuraram curiosos pelo dono da voz desconhecida, encontrando o tão famoso chocolateiro, encostado a porta com os braços cruzados analizando-a com um ar severo quase assustador.Charlie segurou a mão da amiga e disse:

_Vai ficar tudo bem agora Lolita!Vamos cuidar de você!

_Ah!Eu discordo,não vamos cuidar, quem cuidará será o hospital para o qual eu vou ligar e pedir que mandem uma ambulância para levá-la!

Assim que o chocolateiro disse isto a pequena saltou da cama dizendo:

_Não senhor, não se preocupe estou indo embora...Onde está minha mochila, nela esta tudo o que eu tenho.

_Está bem atrás de você, fico feliz que vai me poupar o trabalho!_Disse o chocolateiro apontando a mochila da menina,que estava sobre uma cadeira.

A menina bufou e tentou chegar a sua mochila mas mal deu dois passos e estabacou-s no chão.

_Olha o que você fez Willy, não vê que ela está ferida e precisa de ajuda!

Wonka caminhou até a garota erguendo-a nos braços e colocando-a novamente na cama dizendo:

_Eu apenas disse que chamaria uma ambulância, que mal há nisto?

_Por favor...Não faça isto!Se fizer vão me mandar de volta para o orfanato e eu não...

A menina começou a chorar, não conseguia conter os soluços, tentava falar mas a voz não saia,Charlie segurou a mão da amiga novamente e disse:

_Acalme-se conte tudo desde o inicio, talvez possamos ajudar!

_Talvez não!_Willy disse e levou um pisão no pé, gritando_Hey!

A pequena se acalmou um pouco e começou a contar sua historia:

_Minha casa pegou fogo...eu tinha poucas roupas na minha mochila porque tinha ido dormir na casa de minha amiga, neste acidente aminha mãe...minha mãe e meu padrasto morreram.Quando eu cheguei so restavam as cinzas, eu não sabia o que fazer...o que sentir.Todos que eu tinha e tudo o pouco que eu tinha virou pó, da noite para o dia, me vi parada em frente aos destroços da minha casa, muita gente na rua, os vizinhos falavam comigo, a policia chegou, eu parecia estar em transe, minha mente ainda não tinha compreendido a realidade e de uma hora para outra eu estava em um orfanato horrivl,onde não havia uma cama decente para dormir...As meninas do lugar não gostaram de mim, me chamavam de patricinha, bonequinha de porcelana...Elas me batiam, queriam cortar meus cabelos, mas eu Fuji!Andei pela cidade, dormi em banheiros públicos,fiquei muito tempo sem comer,talvez se eu encontrasse minhas amigas da escola, elas pudessem me ajudar...Mas eu já estava muito fraca e no caminho da escola, senti tudo girando e ficando escuro...Agora estou aqui!

Ambos ficaram calados, pasmos com o relato da pequena, nem Willy ousou fazer uma de suas piadas sarcásticas, aquilo o desarmou completamente, obviamente ele manteve a postura de sempre.

POV WILLY

Lolita não comia a dias,estava muito fraca,logo desmaiou novamente,deixei em cuidados médicos tenho Oompa-loompas qualificados para tal.

Charlie sentou-se lá fora, desolado,não parava de chorar e aquilo estava me incomodado.O que u diria a ele a seguir era algo que eu devia ter refletido com muito mais calma, mais cautela.Oras mas o que eu podia fazer, deixar aquela criaturinha quase tão pequena quanto um de meus Oompa Loompas e pior alguém a quem Charlie tanto se apegou, jogada a própria sorte, exposta a sabe lá o que?Naquele momento eu mudaria para sempre os nossos destinos com simples palavras, aparentemente ditas com ar de indiferença:

–Tudo bem Charlie.

–Tudo bem o que Willy?

–Podemos ficar com ela!

_Willy ela não é um cachorro, é uma garota!Depois o que diremos a minha família?

– Ga...ga...garota?_Não sei porque esta palavra me afligia um pouco, deixei isto de lado e continue dizendo,_Sei lá diremos que é minha sobrinha!

–Você não tem irmãos!

–Diremos que é uma parente distante que ficou órfã!Agora pare de chorar feito uma criança, você está ridículo!

–Willy eu sou criança e ridículo é o seu cabelo!

–Isto que eu ganho por tentar ser bonzinho com as pessoas!Talvez eu deva mudar de idéia em relação a garota e jogá-la ao vento!

–Willy!

–Calma foi só para descontrair.

A partir daí Charlie e eu nos tornamos cúmplices mantendo a órfã conosco enquanto a mesma se recuperava mais e mais.Ja quase totalmente recuperada,a levei para minha casa colocando-a em um quarto de hospedes, que nunca antes fora usado.

–Não lhe darei nenhum trabalho,tem minha palavra!–Ela olhou para mim e disse,acho que era a forma dela agradecer.

–Eu espero mesmo,senão lhe usarei em uma de minhas formulas!

–Não iria gosta,não tenho um sabor agradável!

Dei um sorriso forçado entregando para ela uma lista de regras a quais ela deveria obedecer se quisesse permanecer conosco.

Os dias foram se passando, os Buckets acreditaram muito bem na história de uma parente distante, ou fingiram, bem a mim pouco importa... e mesmo morando junto com a pequena eu quase não a via, quando eu descia para a Fabrica ela ainda estava dormindo e quando eu retornava ela já estava , creio eu, dormindo, de qualquer forma ela sempre estava trancada em seu quarto.Com o tempo ela começou a preparar a comida, eu sempre tive certa resistência a comer coisas que não sejam preparadas por mim, no entanto abri uma exceção, ela havia me deixado um bilhete em cima da mesinha de centro explicando que se eu não tivesse nada contra a partir daquele dia ela poderia cozinhar.Se ela alcançar o fogão, por mim tudo bem, deve ser chato ficar ocioso o dia todo, pensando nisto resolvi dar a ela alguma tarefa que pudesse fazer na Fabrica...acho que o lugar mais seguro para a pequena seria o arquivo.

Assim no dia seguinte esperei a pequena acordar de seu sono, me diverti ao ver o susto que ela levou ao me ver esperando por ela na mesa para tomar o café.Ela trajava uma camisola longa e larga de flanela em um tom suave de lilás, que contrastavam muito bem com seus longos cabelos cor de mel, chegou distraída esfregando os olhos e quando se deu conta da minha presença ficou completamente desconcertada, de forma que seu delicado rostinho assumiu um súbito rubor, me diverti com o constrangimento da garota, que voltou seu olhar para o chão, dedilhando de forma aflita algumas mechas douradas.

_Bom dia senhorita Dolores!Oh ...Bom dia estrelinha, a Terra diz olá!_Ela respondeu em um fio de voz, sem levantar o olhar:

_Bom dia senhor Wonka, mas...Por favor me chame por Lolita

_Neste caso é justo que me chame por Willy!_Ela assentiu ainda de olhar baixo, as mãozinhas não paravam de dedilhar os cabelos, deixá-la nervosa me dava um prazer o qual eu não sabia explicar, era uma sensação extasiante e víciante ao mesmo tempo era engrandecedora, eu realmente estava me divertindo com todo aquele rubor em seu rostinho delicado e todo constrangimento o qual ela não tinha nenhuma maturidade para se esforçar em esconder._Não vai se sentar para tomar seu café?

Ela sentou-se na cadeira de frente a minha e eu fechei o jornal que tinha em mãos, servindo a ela uma xícara de chocolate quente, eu perguntei:

_Então...”Lolita” você já experimentou uma receita de chocolate quente, de mais de dois mil anos?

Ela sorriu girando os dedos em torno do pires, com o olhar voltado para o mesmo e perguntou em um sussurro:

_Isto é possível?

_Eu não tenho uma boa relação com o impossível, estou sempre a desafiá-lo e ele não gosta disto!_Eu disse e ela deu um risinho abafado, em seguida estendi a xícara em sua direção.

Ela estendeu a mão para pegar a xícara, tocando de leve em minha mão, finalmente ergueu seu olhar em direção ao meu, seus olho eram lindos, castanhos esverdeados, quando ela olhou dentro dos meus olhos senti como se todo aquele constrangimento que ela parecia sentir, tivesse sido transferido para mim, senti a maciez de sua delicada mão sobre a minha fez meu corpo se confundir entre varias sensações desconhecidas, senti minha respiração pesada, uma ardência em minha face, minhas mãos ficaram frias.Não sabia que um par de olhos lindos e curiosos podiam ter tanto poder, eu que até agora estava achando tudo muito divertido, já não tinha mais tanta certeza.

Retirei minha mão abruptamente, pigarriei,que diabos foi isto?Pensei comigo, iniciei o assunto que tinha em mente antes da entrada dela na cozinha:

_Lhe darei algumas tarefas para fazer na Fabrica para que não fique entediada e ociosa, espero que não se oponha.

_Não !Por mim tudo bem...Obrigado!

POV LOLITA

Senhor Wonka condiz com sua fama, tem sido mau comigo desde que cheguei aqui, entretanto é melhor que ficar naquele maldito orfanato, qualquer dia destes irei de encontro a minhas amigas e pedirei ajuda, tenho certeza que me ajudarão. Para todas as pessoas este lugar é visto como um sonho, um lindo mistério, mas para mim não passa de um lugar onde me sinto um estorvo, não combino, eu não devia estar aqui se não fosse por bondade de Charlie o senhor Wonka me jogaria ao vento sem nem ao menos olhar para traz.

Naquela manhã me levantei com o plano de sair para procurar minhas amigas, cheguei distraída na cozinha, usando uma camisola parecendo de vovó e com os cabelos desgrenhados, esta hora o senhor Wonka já deveria estar na Fabrica, mas não estava, ele estava sentado á mesa com o jornal em mãos, roupas formais , como sempre e sua cartola ao lado...Levei tanto susto e fiquei tão envergonhada que quase desmaiei, minhas pernas ficaram sem forças e senti meu rosto queimar.

Pronto!Estava preparada para agüentar ele sendo mau comigo novamente!Seria por pouco tempo mesmo, pois em breve eu fugiria deixando apenas um bilhete de gratidão, mas ele não foi mau, ele me cumprimentou e pediu que eu me sentasse me servindo uma xícara de chocolate quente e ainda fazendo uma brincadeira.Pensei que as coisas não poderiam ficar mais estranhas, quando estendi minha mão para pegar a xícara, toquei sem querer a Mao dele e...Tudo ficou estranho, uma brisa soprou forte pela janela e o perfume dele invadiu minhas narinas, era um perfume doce ,mas não enjoativo tinha um toque refrescante, olhei involuntariamente dentro dos olhos dele e ele sorriu...um sorriso livre de deboche, de sarcasmo, um sorriso breve que foi logo contido, mas me deu tempo o suficiente para notar que ele se faz de lobo mau mas não passa de um carneirinho.Não sei dizer ao certo o motivo, mas agora eu queria mais que tudo continuar a viver aqui e talvez ver este aquele sorriso mais vezes.

Depois daquele momento estranho, ele começou a falar sobre as tarefas que me passaria na Fabrica eu assenti agradecendo.

Se passaram os dias e tudo havia voltado ao normal, eu quase não o via, eu estava a cada dia mais apaixonada pelas maravilhas daquele local inacreditável, estreitei laços com os Buckets, a senhora Bucket sempre quis ter uma filha, se encantou pelos meus cabelos e vive a me fazer penteados.Charlie e eu sempre jogamos xadrez , dama ou cartas junto aos seus divertidos avós, as vezes as criaturas chamadas de Oompa Lompas cantam belas canções, o que deixa o ambiente sempre animado, divertido.

Hoje pela primeira vez em muito tempo eu saí da Fabrica, a senhora Bucket me levou para fazer compras a pedido do senhor Wonka...Willy ,como me disse para chamá-lo, disse a ela para que me compre tudo o que atende as necessidade de uma garota, não pude recusar pois eu realmente tinha poucas coisas, acabei por comprar umas revistinhas que gosto de ler, sobre moda, celebridades, beleza e claro amor...Ah amor!Mas que diabos eu estou pensando ?

Fiquei tão feliz com a gentileza que decidi agradecer.Acho que poderíamos nos aproximar um pouco mais afinal ele é apenas um carneirinho e tem tanto medo de mim quanto tenho dele, em alguma destas revistas tinha que ter algo que me ajudasse,

No dia seguinte, terminei minhas tarefas em tempo recorde e nem visitei os Buckets, subi direto para casa, li todas as revistas para ver uma boa dica, mas não encontrei nada, preparei o jantar e liguei a TV, como em um passe de mágica estava passando um programa que ensinava uma dinâmica de aproximação, era perfeito e eu já sabia o que fazer para vê-lo sorrir para mim novamente.Talvez nos tornássemos amigos...Talvez gostasse de brincar comigo...

POV WILLY

Ela disse que não me incomodaria em nada...O fato é que ela não me perturbar em nada,estava me dando nos nervos,que tipo de figura fantasmagórica era esta garota?Resolvi passar-lhe tarefas para cumprir na Fabrica. Ela não reclamou,não falava comigo nem se algo a agradava e nem se desagradava,apenas conversava com os Buckets.E porque se eu permiti que ficasse?Por que me ignorar.Eu sabia que ela não tinha muitos pertences então pedi que a senhora Bucket a acompanhasse em compras que suprissem suas necessidade...coisas de “garotas”

No dia seguinte quando cheguei, encontrei Lolita sentada no sofá, com as pernas para cima e os pés em meu sofá, com uma revista no colo. Quase tive um ataque ao ver aqueles pés no meu sofá Persa,sim não falei errado o sofá é persa como os tapetes e só existe um em todo mundo e é o meu e tem dois pés em cima dele !Eu estava a ponto de ter um ataque:

–Boa noite Willy!–Ela sorriu

–Não esta boa Lolita... você está com os pés no meu sofá exclusivo!Sabia que este sofá é único no mundo!

–Então esta tudo bem, eu também sou única!Além disto fique acordada para te agradecer pelas compras!

–Não precisa agradecer, pois suas roupas eram uma agressão aos olhos!

Tudo bem talvez eu tenha sido um tanto rude, mas eu dizia a verdade.Lolita retirou os pés do meu precioso sofá sentando-se adequadamente, desligou a televisão e me chamou:

–Sente-se aqui quero fazer uma brincadeira com você, é uma dinâmica que vi na TV, serve para aproximar as pessoas e quem sabe não nos tornamos amigos!

Suspirei profundamente–Crianças e as besteiras que vêem na televisão!

–Venha Willy não seja amargo!

Talvez eu devesse dar uma chance á tal dinâmica, ela já está aqui mesmo então melhor tentar conhecê-la antes que ela se tranque naquele quarto e volte a me ignorar como sempre.E por que eu me importo com isto?Por que isto me incomoda...Por que querer a atenção de uma coisinha, tão...Olhei para ela, que aguardava minha resposta, olhei aqueles olhos curiosos , as mãos sobre o colo...é tão adorável!Como me incomoda que ela seja tão adorável...Me incomoda o tempo que minha mente tem se dedicado a ela.Mas enfim estávamos frente a frente e sai do transe para dar a resposta que ela aguardava, enquanto entrelaçava os dedos das mãos, ansiosa. Sorri e disse

_Por que não?Vamos a sua brincadeirinha então...

–Vou vendar seus olhos, em seguida colocarei algo em sua boca e você deve dizer que gosto tem! Melhor deve dizer o que é.Certo?

Sorri vitorioso, que ingenuidade me propor uma brincadeira destas, eu iria obviamente acertar todos os sabores, pobre criança não sabe nada sobre mim!Sentei-me ao seu lado, retirei minha cartola e coloquei do lado vago do sofá.

Deixei que ela me vendasse e começasse sua tola brincadeira ,acertei sete vezes seguidas, mesmo quando a malvada punha pimenta e pasta de dente para me confundir.Tenho que admitir que comecei a me divertir, porém Lolita tinha outra surpresa, ela tinha para mim um sabor que eu não conhecia, que nunca provei e que jamais pensaria em provar com uma garotinha da idade dela.Em tom risonho ela me falou, de uma distancia ...diria eu...imprópria, perigosa a qual o perfume de seus cabelos invadiam minhas narinas, aguçando meus sentidos e deixando minha razão rendida, o que estava acontecendo?

Ela pressionou seus delicados lábios aos meus...Aquele simples toque me deixou, estático, estarrecido, ao mesmo tempo revirou tudo dentro de mim,senti sua respiração,seu hálito de hortelã, o contato com sua pele quente,não pude conter o desejo que me impulsionava a querer provar aquele sabor...Meu corpo agia por instinto, sem pensar comecei a explorar com a língua, os delicados lábios da pequena, sentindo sua respiração se tornando mais ofegante,suas mãos foram aos meus cabelos e minhas mãos em sua cintura, estreitando abruptamente a distancia entre nossos corpos, eu poderia morrer pela sensação de apertar seu pequeno corpo esguio,tremulo e de pulso impaciente, que se rendia ao ato...Minha língua continuava a explorar-lhe os lábios e ele repetia o ato, subtamente ela entreabriu a boca um pouco mais , forçando a respiração o que me deu a deixa de invadi-la com toda a que me fora acometida no momento,meu abraço a pressionou com mais força conta mim, o contato entre nossas línguas me fazia delirar...

POV LOLITA

Meu plano não era beijá-lo, para começar eu quase não acreditei que ele aceitou brincar mesmo comigo!Enfim depois da surpresa ele se sentou tentando fazer uma cara de desdém...Ele adora bancar o indiferente. Sai da sala um minuto para pegar o que era ultilizado na brincadeira, fiz umas alterações em alguns produtos...O senhora gênio devia estar achando que seria fácil!Retornei para sala e ele contorceu o rosto.Peguei a venda e me aproximei, cheguei bem perto para colocá-la e ele estremeceu levemente...Ora quem diria eu também o deixo nervoso? Passei a venda em seus olhos e me aproximei, propositalmente o Maximo possível enquanto fingia dificuldades em amarra-la,ele fechou abriu e fechou os punhos em sinal de nervosismo.Achei divertido toda aquela reação do Lobo Mau, quase terminando de amarrar a venda e ele respirava com dificuldades, quando me afastei ele deu um suspiro profundo, quase como se sentisse um alivio, aquilo me deixou mais empolgada.

Avisei quando começaria a brincadeira e arg... Tem razão do cara ser convencido, ele acertou todos os sabores, mesmo estando evidentemente nervoso .Posso ser uma menina, mas como quero ser atriz eu estudo muito bem sobre leitura corporal e saber que eu o deixava daquele jeito me instigou a fazer uma brincadeirinha um pouco mais interessante.

         Qual seria a reação do Lobo Mau se eu o beijasse?Está bem...sei que sou BV mas já vi vários beijos nas novelas e nos filmes, não parece complicado e ele está ali na minha frente tão vulnerável , com aquele cheirinho doce e ao mesmo tempo refrescante...Se ele se zangar comigo depois, não me importa, eu já ia embora mesmo...Não faça isto Lolita...Sim faça, você o deixa nervoso e isto quer dizer que ele te quer...Vai garota coragem, nada mais vale apena na sua vida mesmo então rouba este beijo como lembrança!

  Olhei mais uma vez o “todo poderoso senhor Wonka” sentado em minha frente e não resisti ao impulso de beijá-lo...Nota , meu primeiro beijo com uma criatura quase que lendária,Pensar nisto me fez rir um riso abafado, logo eu falei:

_Muito bem senhor Wonka, agora experimente o ultimo sabor!

Me aproximei, ele fez uma expressão engraçada, apóie minhas mãos ao sofá uma de cada lado dele e ele se assustou fazendo um movimento com o tronco para trás, mas eu já estava com o rosto muito próximo, fechei meus olhos e colei nossos lábios, ele estremeceu com o susto,dando um breve gemidinho ,o que fez nossos lábios se colarem mais...Ah meu Deus, na hora eu já não sabia mais o que fazer, mas ele lambeu meus lábios lentamente...sentir o calor de sua língua passando suavemente em meus lábios me deixou derretida...Ver um beijo nas telas é  muito excitante, mas sentir este toque é enlouquecedor, senti o ar me faltar, meu coração parecia  saltar do meu peito, abri a boca em busca de ar e ele a invadiu com sua língua...Ah deliciosa...Seu sabor é delicioso, me senti apertada em seus braços com força, me senti derretendo...

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