Fanfics Brasil - Feitiço de Amor (Terminada)

Fanfic: Feitiço de Amor (Terminada)


Capítulo: 8? Capítulo

424 visualizações Denunciar


  <!--
/* Font Definitions */
@font-face
{font-family:"Comic Sans MS";
panose-1:3 15 7 2 3 3 2 2 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:script;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:647 0 0 0 159 0;}
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-parent:"";
margin:0cm;
margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:none;
mso-layout-grid-align:none;
text-autospace:none;
font-size:10.0pt;
font-family:Arial;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";}
p.MsoHeader, li.MsoHeader, div.MsoHeader
{margin:0cm;
margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:none;
tab-stops:center 212.6pt right 425.2pt;
mso-layout-grid-align:none;
text-autospace:none;
font-size:10.0pt;
font-family:Arial;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";}
p.MsoFooter, li.MsoFooter, div.MsoFooter
{margin:0cm;
margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:none;
tab-stops:center 212.6pt right 425.2pt;
mso-layout-grid-align:none;
text-autospace:none;
font-size:10.0pt;
font-family:Arial;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";}
@page Section1
{size:612.0pt 792.0pt;
margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;
mso-header-margin:36.0pt;
mso-footer-margin:36.0pt;
mso-paper-source:0;}
div.Section1
{page:Section1;}
-->

CAPÍTULO I


 


Outubro de 1997


Christopher McBride admirou os lindos olhos azuis de Elsie
Kincaid, que adquiriam um brilho especial sob a luz da vela colocada sobre a
mesa do restaurante. A ilumina
ção também conferia aos seus cabelos um tom dourado. Porém, o que mais o empolgava não era a beleza da moça, e sim o fato de que ambos queriam a mesma
coisa para depois do jantar.


E o que ele
queria era levar Elsie para a cama. Sentiu um arrepio na espinha. Ser
á que dessa vez não
apareceriam im­previstos? Ele vinha se frustrando por cerca de uma d
écada pelo menos.


Empurrou o
prato para o lado, inclinou-se e pegou nas suas as m
ãos de Elsie.


Está pronta para a sobremesa? perguntou suave­mente.


Oh, Chris,
acho que voc
ê sabe o
que eu gostaria de sobre­mesa.


Ele forçou um sorriso porque ela o chamara de Chris,
um apelido que detestava. Mas n
ão era possível ficar irritado por tão pouco, especialmente porque sentia naquele
momento o p
é de Elsie
acariciando sua perna por baixo da mesa, aumen­tando o calor de seu corpo.


Posso, então, levá-la
para a minha...
Ele mordeu o
l
ábio. Para
a sua casa?
Não queria levar uma mulher para a sua própria casa, já que começava a
acreditar que o lugar estava assombrado. Acontecera de o aquecedor soltar fuma
ça preta, isso quando ele pretendia passar a noite
com aquela loira de olhos azuis, Suzanne. E houvera ainda aque­la outra vez com
Rebecca, tamb
ém loira e com
olhos azuis, quando o ar-condicionado pegara fogo. E n
ão podia se esque­cer da outra loira de olhos
azuis, Anne Marie, quando a equi­pe da Swat invadira sua casa, enganando-se de
endere
ço.


Nada disso. Não com... Elsie. Sim. Elsie. A jovem com seios
fartos, Christopher pensou.


Meu Deus, ele
s
ó pensava em sexo!


Claro. Minha
casa
é o lugar
perfeito
ela disse,
levantando-se.


Christopher pegou a carteira e jogou algumas notas sobre a
mesa. Estava pronto para segui-la at
é o fim do mundo. Porém, sentia-se
nervoso o tempo todo. Olhava em torno, imaginando o que poderia dar errado
dessa vez.


Elsie
sentou-se ao volante do carro dele, um Jaguar no qual gastara uma pequena fortuna,
uma vez que nenhum homem podia dirigir um Jaguar e n
ão desfrutar toneladas de sexo selvagem, certo?


Errado, já que a realidade tinha provado que isso era per­feitamente
poss
ível.


Posso dirigir
Chris, queridinho?
Elsie pediu
com voz adocicada.
Ficarei tão feliz...


— Oh, sim ele respondeu, estendendo-lhe a chave. Quando ela
deu a partida, Christopher ouviu o ru
ído
familiar do motor, sorriu e virou-se para ir at
é o banco do passageiro.


Ao perceber
uma altera
ção estranha no roncar do motor, virou-se, surpreso, imediatamente antes de ser atingido na
virilha pelo espelho lateral do carro.


Elsie gritou
antes que ele chegasse ao ch
ão. Christopher ainda escutou o barulho do freio sendo acionado, os passos apressados, a
justificativa de que o p
é tinha escorregado,
e chegou at
é mes­mo a
identificar o rosto dela sobre o seu. Concluiu que aquilo era o mais perto que
chegaria de uma mulher. Morreria virgem.


Então, perdeu os sentidos.


Ops! Fauna exclamou.


Ela e as irmãs estavam olhando para a bola de cristal.


Oh... De...
Deus...
Flora
balbuciou.
Será que nós
o matamos?


Não, mas podemos ter danificado alguma parte vital Fauna resmungou. Você viu onde aquela idiota o atingiu?


Ele vai ficar
bem.
Merri
afirmou.
Dulce está de plantão no pronto-socorro
esta noite. Agora que ela finalmen­te voltou para casa, j
á era hora de unir os dois.


Sim, já era hora. Estou exausta. Fauna se acomodou em uma cadeira. Nunca vi um homem tão determinado a fazer...


Fauna! A voz chocada de Flora e o rubor de seu rosto
impediram a irm
ã de
continuar.


Merri apenas
balan
çou a cabeça.


Está exagerando, Fauna. Qualquer homem agiria exa­tamente
desse jeito.


Mas Christopher tenta toda noite!


E toda noite
n
ós provocamos um desastre, e algo cai na cabeça dele. Achou que ele desistiria depois de algum
tem­po, n
ão é? Flora
perguntou, parecendo verdadeiramente pesarosa por tudo o que estavam for
çando o pobre Christopher McBride a passar.


Ele não está pensando com a cabeça, irmãs Fauna
observou, sorrindo.


Christopher não percebeu
ainda que a mulher certa para ele
é Dulce. Mas uma vez que tome consciência
disso...
Flora colocou
as m
ãos no rosto. Oh, só quero estar por perto para ver quando a flecha de Cupido atingir os dois em
seus cora
ções.


Admito que seria
bom ver o homem ser atingido por al­guma coisa al
ém de seu próprio
carro!
Ela e Flora
ca
íram na
risada, e Merri dirigiu
às irmãs seu olhar de indignação por aquela irreverência toda. No fundo, escondia um sorriso.


Dra.
Sortilege, comparecer ao pronto-socorro.
Uma
voz soou no sistema de alto-falante do hospital.


Aurora se
apressou a engolir seu ch
á de ervas e
interrom­peu a primeira pausa que fazia aquela noite. Dirigiu-se para a emerg
ência, os sentidos em alerta, dando-lhe as informa­ções necessárias.


O caso que
iria atender n
ão era grave,
mas provocava muita dor no paciente. Ela sempre sabia o que encontraria
em seguida.
O
dom que
herdara de seus ancestrais era algo bom, pois lhe dava tempo para se preparar
e, com muita fre­q
üência, ajudar
seus pacientes a se recuperar.


Tinha os
poderes por tanto tempo que j
á não mais os con­siderava estranhos. Aquilo era
apenas algo herdado, como os cabelos vermelhos e os olhos negros. Claro que
procurava n
ão se
identificar como bruxa. Enquanto trabalhava, mantinha seu pentagrama sob o
avental branco. Mas isso n
ão importava.
Todos na cidade sabiam das estranhezas das mulheres que moravam na velha casa
da colina.


Dulce tinha achado que as pessoas se esqueceriam daqui­lo
no per
íodo em que
estivera fora, o que n
ão acontecera.
Por alguma raz
ão, porém, os mexericos e rumores não mais a per­turbavam. Talvez porque agora fosse
uma mulher adulta, que sabia bem quem era e o que era. E que se orgulhava
disso.


Alguns
moradores do lugar a olhavam ressabiados; outros pareciam nervosos ao seu lado
e simplesmente a evitavam. Havia quem lhe pedisse po
ções do amor e números
para jo­gar na loteria, mas a maioria dos que moravam havia muito tempo na
cidade n
ão dava importância às
estranhezas de sua fam
ília. Afinal,
tivera gera
ções para se
acostumar.


Entrou na sala
de atendimento e rapidamente leu a ficha que uma enfermeira lhe passou.


Boa noite, Sr... Seu olhar encontrou o nome na ficha. McBride?


Ergueu os
olhos e viu o homem sentado na cama.


Os olhos dele
estavam fechados. Mas, definitivamente, era Christopher McBride. E Dulce sentiu algo estranho, como um estremecimento. Engoliu em seco e procurou
se concen­trar apenas no trabalho.


Pode me
chamar de Christopher
ele disse,
rangendo os dentes. Voltou à cabe
ça
em dire
ção a Dulce,
abriu os olhos e se deparou com a frente do avental branco. Correu os olhos pelas
belas pernas com interesse.
Oh, pode me
chamar como quiser, para falar a verdade.


Christopher McBride! Você continua o mesmo, pelo que vejo.


Seus olhares
se encontraram, e Dulce notou quando ele a reconheceu. Christopher leu, ent
ão, seu nome
no crach
á.


Dra.
Sortilege. Meu Deus, a bruxa est
á de volta!


Isso mesmo. Dulce forçou
um sorriso. Se a opini
ão das pessoas
n
ão a perturbava mais, então por que sentia aque­la pontada no coração com a observação
de Christopher?
Sou aquela
menina que voc
ê vivia
atormentando. Deve se lembrar, n
ão é? Você me disse que eu era uma peste, que minhas tias eram doidas e que eu,
provavelmente, teria verrugas no nariz. Elas ainda n
ão apareceram.


Christopher empalideceu.


Você... tem uma memória
muito boa, Dulce Maria  .
Forçou
um sorriso.
Não me diga que guardou mágoa de mim por tanto tempo.


Claro que não! ela
exclamou, deu seu sorriso mais doce e ent
ão
se voltou para a bandeja com os instrumentos. Pegou um bem longo e pontudo e
experimentou a ponta no dedo.
Enfermeira,
traga-me a broca de perfurar o cr
ânio,
por favor.


Epa, espere
um minuto...


Dulce olhou para o paciente e sorriu. A enfermeira,
Meg, sua amiga, caiu na risada enquanto Christopher olhava de uma para a
outra.


Ah, vocês, moças,
s
ão muito cruéis.


Não mais do que você foi dez anos atrás Dulce retru­cou. Estendeu o bisturi para Meg. Esterilize este, sim?


Meg pegou o
instrumento e saiu da sala. Dulce conse­guiu parar de sorrir e
inclinou-se sobre a cama.


Acho que já está machucado o suficiente sem que eu precise acrescentar algum outro ferimento.


Dá para perceber? E eu aqui tentando impressioná-la com a minha coragem de enfrentar a dor.


Não pode esconder nada de mim. Por isso, não precisa perder tempo se esforçando.


Oh, sim, eu
tinha me esquecido. Voc
ê é uma bruxa.


E uma médica ela
observou.


Uma médica bruxa? Deus me ajude!


Cuidado, Christopher,
ou logo estar
á sentado em
um pe­queno lago comendo moscas.


Engraçado. Agora quer me transformar em sapo. Ele se encostou ao travesseiro e a encarou. Está brincan­do, não é?


Dulce apenas sorriu.


Bem, vamos
ver se entendo o que aconteceu com voc
ê.
A sua namorada o atingiu na virilha com o seu Jaguar, foi isso?
Ela se inclinou um pouco e levantou a camisa,
expon­do a barriga de seu paciente.


Christopher começou
a ficar nervoso.


Calma. Relaxe
por um segundo
ela pediu.


Ele tentou. Christopher logo localizou onde doía, notou os
feri­mentos, mas percebeu que n
ão era nada sério. Confirmaria seu diagnóstico de forma mais científica, naturalmente. Mas sempre se sentia melhor
quando descobria rapidamente do que se tratava.


Você bateu a cabeça
quando caiu?


Christopher assentiu.


Dulce afastou para o lado os cabelos dele e examinou o
calombo que havia surgido. Sentiu-se aliviada ao perceber que n
ão era nada grave. Uma concussão pequena. Ela tam­bém confirmaria isso com um raio-X, por precaução.


Vai se sentir
melhor sabendo que n
ão é nada sério.
Far
á alguns
exames porque n
ão quero que
venha a me pro­cessar por diagn
óstico errado. Pôs
luvas, estendeu os de­dos e come
çou a abrir o
z
íper do jeans dele.


Ei, espere aí!


Ela não afastou a mão.


Algum
problema?


Sim, há um problema. O que pensa que está fazendo?


Dulce sorriu.


Sempre ouvi
dizer que os homens que dirigem um Jaguar t
êm
genitais pequenos
disse
suavemente.
Apenas quero
checar se
é verdade. Ao perceber o olhar dele, decidiu falar a sério. Vou
apenas examin
á-lo. Sou uma
m
édica, Christopher. O que pensa que estou
fazendo?


Gostaria de
um m
édico menos
sarc
ástico e com
um pouco mais de testosterona. Um m
édico
homem, se n
ão se im­portar.


Verdade? E
sobre os genitais pequenos...


Diabos, Dulce,
arranje um m
édico ou vou
embora da­qui agora.


Você continua um idiota, McBride ela retrucou. E
desejo que os seus test
ículos inchem
e caiam.


O que
aconteceu com aquela sua filosofia de nunca ma­chucar algu
ém?


Eu não disse que vou provocar isso, apenas que
gostaria que acontecesse. Antes de sair, vou lhe adiantar o diagn
óstico do Dr. Stewart, depois de um exame
minucioso e de centenas de d
ólares gastos em raio-X.
Voc
ê sofreu uma concussão nada grave,
provavelmente devido
à sua cabeça tão
dura. Suas j
óias de família vão
estar doloridas por um dia ou dois, mas n
ão
h
á nenhum problema com elas. E sofreu
uma batida no ombro direito. Este machucado
é o que vai doer mais do que tudo, cada vez que virar o braço. Dulce começou a deixar a sala. Mais uma coisa, e isso o Dr. Stewart não vai lhe dizer. Você ainda é virgem.


Christopher engasgou. Olhou para Aurora como se ela fosse um
ser do outro mundo.


Lembre-se
disso da pr
óxima vez que
duvidar de minhas habilidades como m
édica
ou como bruxa, Christopher McBride.


O Dr. Stewart
examinou-o minuciosamente e mandou-o fazer uma s
érie
completa de raios-X. Quando os exames fi­caram prontos, disse que ele tinha uma
concuss
ão leve. Que
sua virilha ficaria dolorida, mas que n
ão
era nada grave. E que a batida no ombro direito
é que doeria mais. O médico apenas não dissera a Christopher que ele ainda era
virgem...


Mas Dulce sabia. Como era possível explicar
isso? Como ela podia saber de uma coisa que ele nunca tinha contado a ningu
ém?


Diabos!


Christopher sentiu sua intimidade invadida. Ficou embaraça­do. Como se tivesse de se explicar e se
defender com Dulce.


Feria seu
orgulho o fato de ela saber que nunca tinha feito sexo. Ela ainda devia estar
rindo. Mas, afinal, o que lhe im­portava o que ela pudesse estar pensando? Al
ém do mais, não
era como se tivesse escolhido ser um celibat
ário.
Acontecia sempre um desastre quando tentava chegar perto de alguma mulher. Isso
vinha acontecendo desde o tempo de escola, e agora ele come
çava a acreditar que continuaria pelo resto de sua
vida.


Droga, talvez
devesse seguir a vida religiosa.


Era
como se tivesse sido amaldi
çoado.                               


Amaldiçoado?


E se... Dulce sempre o detestara. Supondo que ela...


Não!


Suspirou e
recostou-se ao travesseiro, antes de assinar os pap
éis que o Dr. Stewart lhe entregara.


Diga-me uma
coisa, doutor, o senhor acredita em mal­di
ções?


O Dr. Stewart
sorriu.


Sei que a
deixou louca da vida, mas Dulce Sortilege nunca colocaria um feiti
ço em ninguém. Não machucaria nem uma mosca. Não dê ouvido a fofocas.


— É fácil para o senhor dizer isso. Christopher falou. O que estava pensando era de fato uma
bobagem porque ele n
ão acreditava
em bruxarias.


Se alguém colocou uma maldição em você,
n
ão foi Dulce. Aposto meu último dólar
nisso.


Christopher engoliu em seco.


Está me dizendo que acredita nessa história de bruxa? O Dr. Stewart respirou fundo antes
de responder. Por fim, sentou-se ao lado da cama e cruzou as pernas.


Ontem, Dulce e eu estávamos
sentados na sala de caf
é. De repente,
sem nenhuma raz
ão, ela
derrubou a x
ícara no chão o médico contou. Esparramou
caf
é por toda
parte. Ela levantou-se e correu, como se a cadeira estivesse pegando fogo. Eu a
segui e a vi parar diante da porta de um dos quartos... e um segundo depois o
paciente l
á dentro en­trava
em choque.


Christopher observou atentamente a expressão no rosto do médico.


E o senhor
perguntou a ela a raz
ão da
correria?


Dulce me disse que tinha ouvido soar o alarme do
monitor do paciente. Mas n
ão havia
nenhum alarme. Descobrimos mais tarde que uma das enfermeiras o deixara
desligado. E essa n
ão foi a
primeira vez que alguma coisa desse tipo aconteceu
o Dr. Stewart acrescentou.


Então, o senhor acredita em algum tipo de bruxaria.


Vêm acontecendo coisas estranhas por aqui, isso eu
pos­so lhe dizer.


O homem não parecia estar brincando. E Christopher come­çou a pensar
sobre as coisas estranhas que vira Dulce fazer. Com o falc
ão, por exemplo.


Então... se houver alguma maldição sobre mim...


Ou mesmo se
estiver com azar
o Dr. Stewart
conti­nuou
—, Dulce é a pessoa certa com quem deve conversar. Tenho
certeza disso.


Claro, a não ser que ela me odeie. Ou tenha sido ela a me
enfeiti
çar. A possibilidade não
parecia t
ão absurda
agora.


O Dr. Stewart
riu e saiu do quarto.


Bem, Christopher pensou, não tinha nada
a perder. Se n
ão descobrisse
logo a raz
ão de o destino
estar conspirando para mant
ê-lo longe de
qualquer experi
ência sexual,
ficaria louco. E a parte pior era que completara vinte e nove anos. Dulce j
á sabia que ele era virgem. Assim, talvez devesse
tentar conven­c
ê-la a ajudá-lo.


Ou talvez
apenas devesse furar os pr
óprios olhos.
Mas primeiro tinha de decidir o que seria menos desagrad
ável.


Dulce parou debaixo dos sinos de vento pendurados na
varanda da casa. O lugar parecia uma geleira e os sininhos soavam sem parar.


Entrou bem
depressa e encontrou tia Flora entretida em lidar com duas velas cor-de-rosa
com cora
ções encravados
em suas bases e p
étalas de
rosas
à sua volta.


Oh, desculpe murmurou, diminuindo o passo. Estou interrompendo um ritual?


Não Flora disse
bem depressa. Quase como se esti­vesse escondendo alguma coisa.


Ora, tia,
isso parece um feiti
ço de amor. Não está tentan­do me arranjar algum príncipe que
venha me roubar do gosto­so conv
ívio que tenho
com as senhoras nesta casa, n
ão é?


Claro que não, querida! Ora, eu nunca faria uma coisa dessas.
Absolutamente n
ão. Ela pigarreou e fingiu estar ocupada com as
velas.


Dulce teve um pressentimento. Algo lhe dizia que as
tias estavam escondendo alguma coisa. Mas antes que pudesse fazer uma pergunta
para tia Flora, tia Fauna entrou pela porta dos fundos, trazendo no bra
ço uma cesta cheia de ervas frescas e várias raízes.


Oh, Dulce,
voc
ê está em casa! exclamou. Merri, ela está em casa.


Tia Merri
apareceu no topo da escada.


Espere até ver o que lhe comprei hoje, Dulce! Ela exibiu uma pequena caixa e desceu as escadas
balan
çando o corpo
inteiro.
Quando meus
olhos deram com isto, vi que tinha de ser seu.


Oh, espere
para v
ê-lo! Fauna exclamou largando as velas.


Não vai querer tirá-lo observou Flora.


Definitivamente,
as tias estavam agindo de maneira sus­peita naquela noite. Dulce ficou
alerta. Claro que ela ama­va as tr
ês
com todas as c
élulas de seu
corpo, e sabia que jamais sonhariam em fazer algo que a magoasse. Mas que havia
alguma coisa, havia...


Obrigada, tia
Merri.
Pegou a caixa
e a abriu.
Oh, que
lindo!
Tirou uma
corrente de ouro com um pingente de pedra em forma de rosa, a runa do amor.
Mas, tia Merri, por que esta pedra em particular?


Algo me disse
que deveria ser essa
Merri
justificou.
Pareceu-me a
combina
ção perfeita,
sabia? Bem, um da­queles meus impulsos consumistas.


A senhora
nunca se deixa levar por impulsos consu­mistas, tia Merri. Por que n
ão me contam logo o que está acontecendo?


Todas as tias
menearam a cabe
ça em uma
negativa, evi­tando, por
ém, que seus
olhares se encontrassem. A descon­fian
ça
de Dulce aumentou.


Conte-nos
como foi o seu dia, queridinha.


Oh, sim, faça isso! Encontrou alguém interessante hoje?


Alguém novo?


Aurora fez um
gesto negando, sabendo que as tias es­tavam querendo mudar de assunto. Decidiu
deixar de lado suas suspeitas. Por ora.


O único paciente novo não era de fato novo. Era aquele diabinho que
costumava me atormentar quando eu era pe­quena. Agora
é um diabo enorme, um porco machista.


Ora, a quem
est
á se referindo? Flora perguntou.


Certamente não ao doce garoto McBride! Fauna ex­clamou, e Merri lhe deu uma cotovelada.


Como é que a senhora soube...


Ora, pelas
cartas, querida. Pelas cartas.


Não sabia que no seu baralho havia uma carta com Christopher McBride, tia Fauna. A não ser que
esteja se referindo ao Bobo.


Oh, querida disse Fauna. Então você viu mesmo o garoto McBride hoje!


Só o tempo suficiente para desejar que não o tivesse visto. Juro que nunca conheci um
idiota maior em toda a minha vida. Imagine que ele exigiu um m
édico homem. Ora, como teve a coragem de...


Talvez ele
estivesse simplesmente embara
çado, Dulce Merri observou.


Ou é tímido Flora sugeriu.


Ou nervoso Fauna acrescentou.


Ou um idiota declarou Dulce. E se eu voltar a vê-lo,
eu... O qu
ê? Por que estão me olhando desse jeito?


De que jeito,
querida?


Como se
tivessem feito algo que vou odiar.


Bem... bem,
voc
ê vai nos
entender, t
ínhamos a
impres­s
ão de que...Fauna começou.


De que você e Christopher McBride eram velhos amigos Flora concluiu pela irmã.


Então, quando o pai dele nos telefonou para dizer que
ouvira contar que voc
ê tinha
voltado para a cidade, e para perguntar como voc
ê estava... A voz de
Merri falseou.


A senhora fez
o qu
ê?


Merri engoliu
em seco, ergueu o queixo e falou com firmeza:


Eu o convidei
para jantar.


Convidou Christopher e o pai dele, ela quer dizer Fauna
acrescentou bem depressa.
Você conhece o pai de Christopher, Daniel, um
homem t
ão bondoso
conosco... Sempre providen­cia as ervas que encomendamos, mesmo as
desconhecidas e dif
íceis de serem
encontradas, e nunca nos perguntou o que fazemos com elas.


Ele se
aposentou agora, sabia? Passou a cadeia de lojas para Christopher
Flora foi dizendo.


Cadeia de
lojas?
Quando Dulce tinha deixado a cida­de para estudar, eram apenas algumas drogarias pequenas.


Agora ele
possui uma cadeia de farm
ácias enormes,
querida
Merri
esclareceu.
Christopher é quem as
adminis­tra. O rapaz tem jeito para os neg
ócios.
E voc
ê não precisa se aborrecer por causa do jantar.
Apenas pensamos que seria agrad
ável...


Quando?


Ora, amanhã à noite,
querida.


Muito bem.
Simplesmente n
ão vou estar
aqui. Farei um passeio e...


Oh, não pode fazer isso Merri
disse, sua voz soando dura e desaprovadora.
Isso
seria uma indelicadeza enor­me e n
ão
a criamos para ser uma pessoa rude.


Dulce colocou as mãos
na cabe
ça e fechou os
olhos.


Está bem. Sofrerei durante todo o jantar com esse
idio­ta. Mas se esperam que eu me divirta, est
ão
enganadas.


Oh, querida,
assim est
á melhor. E
claro que vai se di­vertir. Tenho certeza de que Christopher se tornou
um homem maravilhoso.
Merri sorriu
triunfante.


Ninguém está nos melhores dias ao ir parar numa sala de emergência Flora observou bondosamente.


Você pode se surpreender, querida. Fauna sorriu, satisfeita.


Eu me
surpreenderei se ele tiver a coragem de aparecer aqui
Dulce retrucou, e então
subiu ao seu quarto para se sentar e pensar em como sua vida t
ão certinha e agradável
era perturbada agora pelo aparecimento de algu
ém
desagra­d
ável como Christopher McBride.


 


ultimo post d hoje




Compartilhe este capítulo:

Autor(a): lovedyc

Este autor(a) escreve mais 12 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

<!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Comic Sans MS"; panose-1:3 15 7 2 3 3 2 2 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:script; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:647 0 0 0 159 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagin ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 153



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • stellabarcelos Postado em 15/04/2016 - 11:49:30

    Amei! Muito linda

  • natyvondy Postado em 30/01/2010 - 19:14:10

    e posta em noites do oriente tbm, vc nunca mais postou la...

  • natyvondy Postado em 30/01/2010 - 19:14:10

    e posta em noites do oriente tbm, vc nunca mais postou la...

  • natyvondy Postado em 30/01/2010 - 19:14:08

    e posta em noites do oriente tbm, vc nunca mais postou la...

  • natyvondy Postado em 30/01/2010 - 19:14:05

    e posta em noites do oriente tbm, vc nunca mais postou la...

  • natyvondy Postado em 30/01/2010 - 19:12:49

    Amei!!!

    Blood Coven 1 - Boys That Bite

  • natyvondy Postado em 30/01/2010 - 19:12:48

    Amei!!!

    Blood Coven 1 - Boys That Bite

  • natyvondy Postado em 30/01/2010 - 19:12:46

    Amei!!!

    Blood Coven 1 - Boys That Bite

  • natyvondy Postado em 30/01/2010 - 19:12:44

    Amei!!!

    Blood Coven 1 - Boys That Bite

  • natyvondy Postado em 30/01/2010 - 19:12:43

    Amei!!!

    Blood Coven 1 - Boys That Bite


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais