Fanfic: Like Say I love You – Herroni (Mini-Web) | Tema: Rebelde

P.O.V Maite

Com a TV ligada no noticiário Christian, meu cabeleireiro, maquiador e amigo me arrumava devidamente para a entrevista coletiva que eu ia ter hoje na parte da tarde. Na TV mostrava um noticiário especial falando do “Mito”, pois hoje fazia exatamente dois anos que o Super-homem havia desaparecido de nossas vistas. Há quem diz que ele morreu como sempre salvando vidas, mas ninguém sabe ao certo o que realmente de fato houve. Pessoas dizem ter o visto pessoalmente e que ainda foram salvas por ele, descrevem o mesmo por ser alto, forte, olhos claros e de uns poderes paranormais. Porém há pessoas que não acreditam nisso, acham que tudo é bobagem, já que a TV nunca o gravaram nem nada parecido, somente uma fotografia muito vaga de um paparazzi, porém ninguém acreditou que fosse uma foto do tal “Super-Homem”, mas o que de fato é verdade é que muitas pessoas foram salvas de um jeito misterioso.

- Queria conhecê-lo – comentei enquanto mirava o noticiário.

- Para conhecê-lo teria que estar em perigo – disse Chris. – Além do mais isso é só mito Mai, ele não existe.

- Bem... Isso ninguém comprovou, mas também nunca o vimos – concordei.

- Ele é bom demais para ser verdade – suspirou Chris.

Ri. – Você é uma comedia.

- Eu sei – Christian riu também. – Mas pare com isso, você que é a famosa, então ele que tem de querer conhecer você, não o contrario!

Rolei os olhos. – Nada haver Chris, tenho fãs, mas posso ser fã também – discordei.

- Então é fã do... Do... Como se chama mesmo? – questionou ele.

- Super-homem?

- Isso! Então é fã do Super-homem, é? – riu. – Meu Deus! É um mito Maizita!

- Olhe Chris, eu acredito em tudo que fale que existe, sabe... Não duvido de fantasmas, nem de E.T, então também não duvido da existência dele. Porque se há pessoas más, também pode haver pessoas boas como ele, por que não?

- Bem, exatamente. Há pessoas boas, mas não precisar ser especificamente um homem bonito, vestido com uma roupa colada, que voa, sai laser nos olhos e tudo isso, precisa? – ele arqueou uma sobrancelha. – Você é uma pessoa boa. Há ONG´s, vai à África uma vez no mês ajudar os pobres, os Hospitais de crianças com câncer, isso é ser uma pessoa boa, não acha?

Bufei.

Chris não me entendia, ou não queria me entender.

Papo para lá e papo para cá e já era hora de minha entrevista.

                                                      ***          

Exatas duas horas depois eu já estava em minha casa vendo minha entrevista de duas horas atrás na TV. Não gostava de ver nas entrevistas e nem nada disto, mas era bom para ver se realmente tinha me saído bem como meu Produtor Pedro Damián havia me dito.

Eu estava largada no sofá, tinha tomado um banho e estava exausta. Só queria ficar assim o resto do dia. De repente interromperam MINHA entrevista para uma noticia urgente.

“Estamos falando diretamente de Manhattan, onde foi visto algo caindo. Um pequeno ponto vermelho e azul. Caia rapidamente como podem ver” – a Repórter disse e na TV apareceu uma gravação da tal coisa caindo. “Depois quando desapareceu no meio dos prédios, houve um pequeno estrondo, como se houvesse atingindo o chão e depois uma nuvem de poeira da colisão” – mostrou o que ela descreveu. “Agora, depois que a ambulância apareceu no local nos deu a informação de que o que caiu foi uma pessoa, isso mesmo, para ser mais especifica foi um homem. Agora deixamos a pergunta, se caiu do céu, sabe-se lá de onde, era para restar algo ainda desta pessoa? E o pior, era para estar ainda vivo? Pois é, o homem estava sim vivo e não em pedaços e acabou de ser levado para o Hospital Central. Será que esse tal homem é o “Mito”? É o Super-Homem? Logo, logo voltamos com mais informações!”  finalizou ela e em seguida voltaram com minha entrevista.

Fiquei paralisada... Será que era ele mesmo? E se sim o que houve?

Meus pensamentos foram interrompidos com meu celular tocando, era Pedro.

- Alô? – atendi um pouco atônica.

- Maite chame o Christian e esteja pronta em menos de uma hora em meia. Vou aí te pegar para a noite de gala – disse ele sem rodeios.

- Noite de quê? – eu estava ainda muito avoada.

- Noite de gala, lembra? – indagou ele.

- Ah... Sim... Noite de gala... – murmurei.

- Exato. Nos vemos – ele finalizou desligando o telefone.