Fanfic: Like Say I love You – Herroni (Mini-Web) | Tema: Rebelde

Despertei com cheiro forte em meu nariz. Era álcool, então abri meus olhos lentamente enquanto resmungava.  Ao abrir meus olhos deparei com dois pares de olhos claros me encarando, parecia intrigado e preocupado.   

- O que aconteceu? – indaguei confusa, pois me encontrava no chão com ele apoiando minha cabeça em seus braços.

- Você desmaiou – respondeu ele. – Se sente melhor?

Assenti com um aceno de cabeça e então me forcei para levantar-me, porém somente com sua ajuda consegui fazer isso.

- Tem certeza que está realmente bem? – insistiu ele.

- Sim, tenho sim. Não se preocupe, foi só uma queda de pressão – falei.

- Tudo bem então – suspirou ele olhando ao redor que estava cheio de policia, pessoas chorando, ambulância e tudo isso. – Fico contente e poder te ajudar – sorriu de canto. – Não só a você como toda a população – seu peito arfou quando ele inspirou profundamente. – Acho melhor te entregar em segurança – pausou erguendo sua mão. – Veio de quê?

- Com meu motorista – respondi, eu não estava totalmente bem, porém agora o causador disso não era a queda de pressão e sim esse homem que estava em minha frente sorrindo para mim.

- Certo. Te levo até ele – disse.

Então só depois disso é que peguei em sua mão. Sente-me estranha, muito estranho quando nos tocamos. Ele me conduziu até minha limusine, onde o meu motorista já se encontrava.

- Vá com cuidado – ele abriu a porta para que eu entrasse. – Desejo a você melhoras nessa sua pressão baixa – sorriu gentilmente.

Sorri. – Obrigada – disse e fiquei parada o fitando, não sabia o que fazia. Se entrava no carro – que estava com a porta aberta – ou se ficava o admirando. – Espero não te encontrar mais... – murmurei.

Ele riu. – Que indelicadeza – disse fingindo estar incrédulo.

Ri junto a ele. – Não, sem ofensas, mas é que para nos encontrarmos novamente eu teria que estar em uma situação igual a essa ou até pior – expliquei.

- Tem razão – concordou ele. – Boa noite Senhorita Perroni – ele se despediu.

- Boa noite – lhe dei um ultimo sorri, mas antes que eu pudesse entrar ele me impediu de fechar a porta.

Franzi o cenho intrigada com sua altitude.

- O que houve?

- Eles querem falar com vocês – disse ele somente.

- Quem? – indaguei confusa olhando ao redor e não vi nada.

- Os jornalistas querem te entrevistar – explicou ele. – Acho melhor eu ir – ele deu um impulso, pude ver que já ia embora voando pelos céus, porém segurei-o pela mão e então ele parou e voltou ao chão.

- Acho melhor você ficar – falei. – Assim vão se convencer de que você não é somente um “Mito” – pausei. – Por que não gosta de aparecer?

Ele manteve seu olhar no meu, olhando-me fixamente, então respondeu: - É perigoso, além do mais podem descobrir minha verdadeira identidade – explicou ele, mas para mim isso não fazia muito sentido, porém para ele parecia que sim e fazia muito sentindo. - Adeus Senhorita Perroni – ele sorriu e se foi logo em seguida sumindo entre as nuvens.

No momento seguinte os jornalistas me cercaram com câmeras e microfones em meu rosto. Fazendo-me varias perguntas.

Quando o relógio marcava 23h00min horas cheguei em casa e encontrei Christian esparramado no sofá.

- Mai, como está? Vi na TV o que houve – ele veio até a mim com seu semblante preocupado.

Sentei-me no sofá e finalmente disse: - Estou bem Chris, mas foi horrível – falei muito balançada. – As pessoas com medo, pedindo por socorro, machucados e até mortas... Na minha frente – murmurei recordando-me da cena. – Foi horrível!

- Mas agora está tudo bem – ele sentou-se ao meu lado e abraçou-me. – Está segura em sua casa e nada mais vai acontecer.

Assenti. – Mas não estou assim somente por isso Chris. Não é só por mim... Claro que foi horrível eu estar com uma arma na cabeça, mas estou bem. Porém e aquelas famílias que perderam um ente querido Chris? – uma lagrima escorreu pelo meu rosto, uma solitária lagrima.

- Não é culpa sua. Você não poderia ter feito nada – Chris disse esfregando as mãos em minhas costas em forma de consolo.

- Eu sei – concordei fungando.

Aconcheguei-me em seus braços. Christian sempre foi como meu irmão, era minha companhia, minha família... Meu Tudo!

- Mas mudando de assunto – pausou ele. – Como foi ser salva pelo “Super-Homem”? – perguntou, seu tom de voz era malicioso. Ele estava tentando descontrair o momento tenso, mas isso não significava que ele não estivesse curioso.

Sorri de leve. – Na verdade eu estava com tanto medo, tão apavorada que nem sei lhe explicar como eu me senti – mirei-o. – Acredita que eu desmaiei? – ri.

- Meu Deus! – ele riu junto a mim. – Que mico Mai!

- Acha que eu não sei? – ri ainda mais. – Mas ele foi super educado e atencioso.

- E como ele é? Realmente é tudo aquilo? – quis saber, seus olhos brilhavam de curiosidade.

Desviei o olhar. – Ai Chris. Não sei nem o que te dizer, serio – corei desconcertada.

- Nossa! Ele é tão assim? Digo, realmente é um gatão como todos os descrevem? – insistiu.

Dei de ombros, não falei nada.

- Me descreve ele, vai? – pediu, parecia uma criança querendo um doce.