Fanfic: Por ele sou Matt | Tema: Levyrroni
O astro lunar estava suspenso ao ar, iluminando as casas abaixo de si, mas não era somente o satélite que exercia o trabalho de iluminar aquela noite. As casas da vila do reino de Skining estavam pegando fogo. Labaredas sobre labaredas destruíam algo que os cidadãos da cidade demoraram tempo, muitos até anos para construir para sumir tudo diante de seus olhos em menos de minutos. No meio dessas famílias que estavam sendo dizimadas naquela noite horrível, um homem em especial lutava para que pelo o menos uma vida daquela família fosse salva. – May. – o homem de olhos de um profundo verde e pele alva segurava a filha mais velha nos braços. – Eu preciso que você corra. – Eu vou para onde pai? – a menina estava desesperada, as lágrimas caiam de seus olhos banhando o rosto palida que tinha puxado da mae. Diferente do homem, Maite tinha os olhos castanhos escuros – quase pretos - como de sua mãe e os cabelos em um profundo Negro. – Vai para o meio do mato, e corra o mais rápido que você conseguir. – estrondos podiam ser ouvidos do lado de fora da casa, assim como os gritos de socorro e suplica pela a parte das pessoas que tentavam fugir. – Você chegará até o reino do seu tio e ele lhe protegerá. – Eu não quero deixá-lo. – a menina agarrou o pai pela a cintura com força. – Eu quero ir com o senhor e com o Renzo. – seus olhos caíram sobre o irmão que detinha seus três anos, dois anos mais novo que Maite. – Sabe que não pode. – Miguel puxou a filha para que essa o olhasse nos olhos. – Eu sou homem, o Enzo também, se eles a pegarem eles lhe machucarão, e isso é a última coisa que eu quero nessa vida, por isso eu preciso que você seja forte e corra muito, minha filha e fuja desse destino cruel. – Pai. – o tom de voz dela era de suplica. – VAI MAITE! – Miguel empurrou a filha para longe do seu corpo. – Sai logo daqui. – visto que o pai estava desesperado, Maite pegou o punhal que o pai tinha lhe dado de presente – punhal esse que pertencia a sua mãe antes de falecer. Com o punhal na mão a menina de cabelos negros saiu correndo pelo os fundos da casa vendo a agonia nos rostos das pessoas que choraram e pediam socorro. Sua vila estava em chamas, e os soldados a mando do rei só faziam espalhar mais sofrimento. Com lágrimas nos olhos e força de vontade Maite adentrou a floresta correndo sem olhar para trás. Caindo várias vezes, machucando os joelhos, mãos e rosto, mas não desistiu. Correu até a margem do rio que fazia a divisa de vilas e atravessou já totalmente sem forças o pequeno riacho. A vila do seu tio era chamada de Fire conhecida por deter soldados e guerreiros fortes. Assim como as outras detinha um pouco de miséria, mas todas as vilas eram assim depois que o príncipe Sólon tomou o poder no lugar do seu pai, tornando-se um rei cruel e levando vilas a destruição e fazendo as famílias de escravas. O lugar estava quieto, era de noite todos deviam estar dormindo. Maite buscando as últimas forças que lhe restava chegou ao meio da vila e desabou desacordada.
Anos depois....
– Levanta. – a almofada foi jogada contra o rosto da menina. – Aí. – um som de dor saiu do meio dos lábios. Maite abriu os olhos e encarou o primo Ethan trajando somente uma calça deixando o peitoral trabalhado no músculo pelos os muitos treinamentos que ele tinha. Tinham se passado quatorze anos. Cento e sessenta e oito meses passados desde que a tragédia havia apossado-se de uns dos integrantes da família Perroni. Naquela noite fria Maite conseguiu chegar à vila do tio. Ela estava cansada e com fome, tinha corrido quase horas pela a floresta. Permaneceu desacordada por dois dias e quando acordou chorou por mais três dias, até que as lágrimas já não caiam mais e aos poucos ela foi conformando-se da perda do pai e do irmão. Voltou ainda com o tio a vila, mas não tinha restado pedra sobre pedras. Todas as casas tinham sido queimadas e os corpos jaziam ao chão sem vida. Não pode enterrar o pai ou o irmão, não encontrou o corpo de nenhum dos dois. – Temos que treinar. – Ethan que era o primo de Maite detinha os seus vinte e dois anos. Era um homem alto, bonito de olhos verdes como a maioria dos Perroni. Ele era filho único e quando Maite chegou à vila viu na sua prima uma forma de ter alguém ao lado como irmã, mas o coração nos prega peças, e o que ele sentia por ela era muito mais do que amor de primo. – Não quero. – a menina que agora detinha os seus dezenove anos estava ainda mais bela. Os cabelos que estavam ainda mais Pretos chegavam à cintura, a pele Palida, e os olhos cor de negros tudo isso ligado aos lábios vermelhos e carnudos, eram a perdição de muitos da vila, mas Msite era diferente das meninas do reino Fire. Enquanto muitas queriam casar e ter filhos, Maite queria treinar, aprender a embainhar uma espada e entrar para o exército de guerreiros que Ethan comandava. Ela sabia que isso era impossível de acontecer, mas todos os dias sem exceção ela treinava, não queria mais ser frágil, queria poder defender-se e defender o pouco da família que lhe restou e estava pronta para quando os soldados do reino do Rei Sólon atacassem novamente. – Não perguntei se você quer, estou mandando você vim. – Ethan puxou Maite pelo o braço fazendo com que ela caísse ao chão fazendo um barulho oco. – Seu idiota. – a menina bradou colocando a mão sobre a nuca de onde uma dor forte saia. – Cinco minutos no campo. – Ethan saiu da tenda deixando a sua costa musculosa amostra. May suspirou olhando o primo ir embora. Não era somente Ethan que sentia algo a mais pela a prima, o sentimento era recíproco, contudo o que faltavam aos dois, era coragem de revelarem os seus sentimentos. Maite andou até a bacia com água que estava em um canto lavando o rosto. Fazendo a sua higiene matinal, trocou as roupas de dormi por calça de couro. - Ela não usava vestido, só fazia o uso do mesmo para dormi – vestiu a blusa, e as botas de couro, amarrou os cabelos em um coque bem apertado, pegou a espada e saiu da tenda em direção ao campo que sempre lutava com o primo. As pessoas a cumprimentavam e a mesma retribuía a gentileza. Muitas a admiravam, afinal ela tinha superado muita coisa. Outros achavam um disparate uma mulher lutar, e os homens lamentavam o fato dela não querer casar. – Ethan. – Maite chamou pelo o primo a chegar ao campo. – Ethan não tem graça, eu ainda estou com sono. – os olhos da menina esquadrilhavam todo o local a procura de um sinal do primo. – Ethan. – chamou pela a terceira vez, e quando estava começando a se preocupar levando a mão à espada ela escutou um barulho vindo por trás e só deu tempo de defender o golpe do primo com a espada. – Louco. – gritou empurrando o mesmo para longe. Ethan não deu ouvido. Com o olhar duro e sério andou até a prima em posição de ataque e deferiu outro golpe que foi defendido pela a jovem. – Para. – ela pediu andando para trás. Nada feito o seu primo voltou a atacar e dessa vez deu uma sequência de golpes com a espada que foram defendidos. Contudo, Maite tropeçou em uma pedra indo chão, ao que seu primo encostou a lamina da espada em seu pescoço. – Morta. – pronunciou afastando a mesma. Maite estava com a respiração ofegante e os olhos arregalados. Em um impulso de raiva ela deu uma rasteira no primo o levando ao chão subindo sobre o seu corpo e posicionando a espada também em seu pescoço. – Você também. – falou rindo. – Me diz como você faria uma coisa dessas? – indagou rindo e afastando a espada. Maite colocou a mesma ao lado do corpo do primo. Seus olhos cor de negros ficaram presos aos olhos verdes e os seu coração passou a bater mais forte. – Ethan eu... – as palavras queria pular de sua boca junto com o seu coração. – Você? – ele perguntou levando as mãos para o braço da prima em incentivo. – Eu... Eu... Acho que eu... – Eu também. – Ethan não deixou a menor falar. Puxou a prima pelos os braços prendendo a cintura em volta do corpo devorando aqueles lábios que sempre lhe encantaram. O beijo foi com paixão, como há muito tempo os dois queriam que fossem. Ethan empurrou o corpo da prima para que ficasse deitado sobre a grama e com cuidado como se ela fosse um cristal, passou a beijar cada parte do corpo. Aos poucos as roupas foram retiradas e quando os dois perceberam, estavam sem roupas pronto para se amarem. E foi o que os dois fizeram, os dois uniram-se com a natureza como testemunha do amor dos dois.
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Os dois entraram na tenda sorrindo de mãos dadas, mas o sorriso foi embora quando encararam a figura que estava sentada dentro do local. – Pai. – Ethan cumprimentou o pai. – Tio. – Maite correu até o mais velho depositando um beijo em sua testa. Antonio tinha tornado-se seu pai. Ele tinha a acolhido com todo amor e carinho e lhe ensinou tudo que era possível, sem contar que sempre fora gentil com ela. – Precisamos conversar. – o homem de olhos verdes olhou para o filho. – Eu vou sair. – Maite ameaçou deixar o local, mas foi impedida. – Fica May, o que tenho que falar desrespeita a você também. – a menina concordou e sentou na outra cadeira olhando para o tio que não parecia muito feliz. – Onde vocês estavam? – Treinando. – Ethan respondeu primeiro. – E quem ganhou? – Os dois. – Ethan também respondeu essa, com a diferença que piscou para a prima a fazendo corar. Antonio suspirou profundamente. Era do seu total conhecimento que o seu filho e a sua sobrinha detinham sentimentos um pelo o outro. E visando isso ele estava disposto a terminar com aquilo antes mesmo que começasse. Não queria nem em seus melhores sonhos ver o filho casado com a prima de sangue, isso não era possível, sem contar que o seu irmão se contorceria todo fosse onde estivesse. – Ethan. – chamou a atenção do filho. – Sim. – Eu estava pensando, e cheguei à conclusão que você deveria casar. –antonio olhou para o filho que lhe encarava incrédulo e olhou para a sobrinha que encarava o chão. – Como? Acho que não entendi bem, o senhor disse casar? – Não entendeu mal não, foi isso mesmo que eu disse casar. – Eu não quero, ou melhor, eu não vou. – Não é o caso de querer ou ir, você irá. – Como que o senhor é capaz de fazer isso comigo? Como quer que eu case sem amor? – Porque é para o seu bem. – Para o meu bem ou para o seu bem? – Ethan apontou para o pai. – Para o bem de todos. – Antonio responde tentando ser justo. Ele não podia aceitar aquilo. – Por que isso agora? O senhor nunca falou de casamento comigo, e justo agora vem com essa loucura. – Porque eu percebi uma coisa que não me agradou. – o mais velho ditou sério. – E o que seria? – Ethan desafiou. – O fato de você está apaixonado pela a sua prima. – Maite agora levantou os olhos e encarou a ira do tio. – Eu não quero vê-los juntos, é errado, é pecado, eu não vou permitir isso, não quero que quando eu encontre o meu irmão ele me cobre por ter deixado vocês dois juntos. – EU NÃO VOU ME CASAR. – Ethan pela a primeira vez em vinte e dois anos tinha gritado com o pai. Antonio ficou de pé feito um trovão e Ethan só sentiu a ira do pai no lado esquerdo da face. – Não levante a voz para mim, eu sou o seu pai. - exigiu respeito. - Se você resolver me desafiar eu serei obrigado mandar a Maite para outro lugar, e aí você jamais a verá, a escolha é sua. Ethan baixou os olhos para o chão. Não queria e não choraria na frente do pai. – Tudo bem. – aceitou por fim. – Ótimo. –Antonio bateu no ombro do filho. Seu coração também doía por fazer aquilo, mas não tinha escolha. – Maite vá ajudar a sua tia. – Está bem tio. – Maite saiu rápido do local indo para o rio, onde sua tia e outras mulheres estavam lavando as roupas. – Ele falou com vocês? – Rosa uma mulher loira e muito bonita falou passando as mãos pelo os cabelos da sobrinha. – Sim. – Maite respondeu tentando sorrir. – Eu tentei fazê-lo mudar de ideia, mas ele estava irredutível. – Tudo bem tia. Com quem ele irá casar? – Advinha? – a loira fez uma careta. – Não me diz que é com a Ciara? – a mais velha maneou a cabeça em resposta. Ciara era uma moça bonita, mas todos sabiam do amor que ela sempre teve por Ethan, e por conta desse amor ela aprontou muita coisa fazendo com que muitas pessoas a odiassem. Ela tanto tinha persistido que enfim realizaria o seu sonho. – Pode deixar que eu faço aqui, vá andar. – Rosa deu um beijo no topo da cabeça da sobrinha. Tinha Maite com a filha que ela não pode ter. Todo o amor que ela estava guardando para quando a sua filha chegasse ela depositou em Maite e não se arrependia disso. Maite tomou o caminho do lago, local que ela gostava de ficar quando tinha que pensar, e esse era um momento para isso. Tinha demorado tanto tempo para declarar o amor que sentia pelo o primo e quando enfim isso aconteceu veio à bomba do casamento. Ela choraria se ela não tivesse prometido nunca mais derramar uma lágrima, sofreria se não tivesse prometido que nunca mais sofreria, pois uma promessa ela já tinha quebrado, que era apaixonar-se ou até mesmo amar alguém. Subiu na árvore – que era onde ela ficava olhando tudo – avistou de longe um grupo de meninas vindo em sua direção. Ciara estava no meio sorridente gritando aos quatro ventos que se casaria com Ethan. Maite pulou da árvore em frente o grupo fazendo todas gritarem e lhe olharem com raiva. – O que esse menino está fazendo aqui? – Ciara atiçou as outras meninas a rirem de Maite que não se importou nem um pouco com aquilo. Nada daquilo lhe ofendia, gostava de ter essa imagem, significava que não seria frágil perante ninguém. – Já sabe da novidade? – Novidade? – Vou me casar. – Ciara falou cheia de si. – Isso não é novidade, isso é um pesadelo para o Ethan. – algumas meninas abafaram a risada. Não podiam ir contra Ciara. – Você está com inveja. – Inveja? – Maite começou a rir em deboche, deixando Ciara nervosa. – Eu estou é com pena do meu primo. – lembrar que Ethan estava preste casar doía em sua alma, mas mantinha o rosto sem expressão, seu tio estava certo, aquilo não podia acontecer. – Você está é querendo me matar, pois todos sabem que você morre de amor pelo o Ethan. Você não tem vergonha? De amar o seu próprio primo? Sangue do seu sangue. – Vergonha eu teria se eu fosse como você. Se eu agisse como você, sempre querendo me dá bem sobre as pessoas e os seus sentimentos. Peço aos céus e aos deuses para que o Ethan tenha paciência para aturá-la. – Ele já tem, pelo menos quando ele partilhava da minha cama ele sempre dizia que me amava. – Como? – aquilo tinha sido um balde de água fria para Maite. Até aquele momento ela pensava que o primo estava casando obrigado, quando na verdade o mesmo já tinha partilhado até da cama de Ciara. – Isso mesmo que você escutou, já partilhamos a cama, e seremos felizes juntos. Maite ignorando o que a rival falava saiu em direção da aldeia, ela não estava acreditando. Dedicou todo o seu amor a uma pessoa que mentia para ela, Ethan nunca a amou, somente a usou. – Você e Ethan já dormiram juntos? – uma das meninas que seguia Ciara perguntou. – Não sua tonta, ele nem de mim gosta. – Então por que você falou aquilo? – Só para receber essa reação que eu acabei de receber. – ela respondeu com um sorriso vitorioso nos lábios.
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Os dias que se passaram foram durezas para a maite. Ela só não era obrigada a presenciar o casamento do primo e o homem que ela amava chegando, como tinha que ajudar nos preparativos do mesmo. A aldeia era pequena e todos cooperavam de algum jeito. Como o seu tio Antonio tinha pedido, ela afastou-se de Ethan, não deixava o primo nem chegar perto para dá um oi, o que estava matando o mais velho, pois ele era completamente apaixonado pela a menina. A lua brilhava forte, iluminando tudo em sua volta. As pessoas já aguardavam para o evento que estava preste a acontecer. O casamento de Ethan, filho de uns dos chefes da aldeia e Ciara filha que um dos moradores do local. Ciara e as amigas eram só sorrisos arrumando-se na tenda. Enquanto em outra, Ethan pensava em uma forma de fugir daquilo, mas sabia que não tinha como, era o destino dele casar-se com Ciara e perder Maite. Os cabelos batiam com o vento enquanto as lágrimas caiam na face palida. Ela tinha tomado uma decisão, não viveria ali para ver Ethan formar a sua família com outra pessoa. Não tinha forças para carregar aquele fardo pelo o resto da vida, já bastava à morte do pai e do irmão que lhe atormentaria pelo o resto da vida, não sofreria vendo o primo com outra, quando preferia está nos braços dele. O vestido igualmente como o cabelo voava ao vento. Ela estava linda, tinha colocado o melhor vestido e feito o melhor penteado, segundo o tio ninguém poderia achar que ela estava triste pelo o primo. E somente por Ethan que ela tinha tomado àquela decisão. Ao longe as pessoas conversavam. A cerimônia já tinha terminado e Ethan agora era um homem casado. Observou com um pesar no coração o primo recebendo cumprimentos dos convidados enquanto ao seu lado Ciara sorria e apertava a mão do agora esposo. Dando uma última olhada para a vila que lhe acolheu com tanto amor, Maite subiu em seu cavalo – que tinha ganhado de presente do primo – e sumi dentre a floresta deixando o seu coração com o primo e jurando que nunca mais voltaria a amar na vida.
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Depois de duas horas cavalgando Maite parou perto de um riacho, tinha que descansar e colocar o animal para beber algo e comer alguma comida também. Sabia que há essa hora todos na vila já deveriam estar doidos atrás dela, era desumano fazer o que tinha feito, mas preferia isso a ter que conviver com Ciara como esposa de Ethan. Fez uma pequena fogueira e trocou o vestido por vestes masculinas que tinha pegado do primo. Sabia que se ficasse com vestido e alguém aparecesse seria o seu fim. Tirou o vestido colocando as roupas e guardou o mesmo no fundo da bolsa que estava carregando, poderia precisar da peça algum dia. Pegou o punhal – que havia sido de sua mãe – e analisou a lamina limpa e afiada, nunca tinha usado o punhal. Segurou uma generosa mecha dos cabelos negros e de olhos fechados passou a lâmina do punhal nos mesmo, cortando-os. De primeiro seu coração doeu com aquilo. Poderia não parecer, mas era vaidosa, e muita mais ainda com os cabelos. Ela repetiu o ato pelo o resto do cabelo e reparou com um pequeno espelho que detinha que agora não tinhas mais as mechas enroladas e lisas, seu cabelo estava curto. Tudo aquilo com a junção das roupas e o pouco do músculo que ela detinha pelos os treinamentos com o primo lhe deram um ar de um homem. Um homem jovem e um tanto quanto com feições femininas, mas ainda sim um homem. Jogou os cabelos fora para que o vento levasse para longe a prova do seu crime. Guardou o punhal e deitou em volta da fogueira pegando no sono quase que imediatamente.
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Longe daquele riacho, na aldeia de Fire um rosto estava banhando em lágrimas. Ele sabia o que tinha acontecido, ela tinha o deixado pela a sua covardia. Ele deveria ter fugido com ela, ou ter batido o pé até o final, deveria ter provado o quanto a amava como tinha dito, contudo o que ele fez, foi exatamente o contrário. – Eu vou atrás dela. – Ethan fez menção de sair, mas os braços do pai o seguraram. – Você acabou de casar. – a voz de Antonio era dura. – Você irá voltar para a sua casa e consumar o seu casamento. Eu já mandei soldados atrás dela, e se for do querer dela ser encontrada, ela será. – Pai. – Não vou falar de novo Ethan. Vá para a casa agora, sua esposa o espera. E ficarei sabendo se você não for. Antonio ficou observando o filho, estava começando a achar que tinha sido uma péssima ideia ter forçado o filho a casar. – Desculpe meu irmão. – falou ao vento saindo da tenda e olhando para o céu. – Desculpe por ter falhado. Peço aos deuses que protejam a nossa menina. Sentiu braços gentis lhe abraçando e virou para encarar a face da esposa. Os olhos estavam vermelhos dando a entender que ela estava chorando. – Eu vou trazê-la de volta. – Antonio respondeu ao pedido mudo da esposa. Rosa somente assentiu e abraçou o esposo com mais força. Queria a sua menina de volta. – Eu vou trazer a nossa menina de volta. Sabia que maite não era fraca, detinha treinamento e chegava a ser melhor do que muito soldado com patente, mas ela ainda era uma menina, e isso tornava tudo mais doloroso e difícil.
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O sol bateu nos olhos da jovem a acordando. Levantou lavou o rosto no riacho, comeu algo, deu algo de comer ao cavalo e voltou a cavalgar não podia perder tempo. Andou o que pareceu ser mais três horas até que conseguiu avistar uma aldeia ao longe. Colocou o cavalo para correr e logo estava adentrando os portões do vilarejo que parecia ser maior e mais prospero do que o dela. Desceu do cavalo o amarrando e indo em direção de umas pessoas que estavam paradas conversando. – Bom dia. - lembrou-se de engrossar mais a voz, afinal aos olhos dos outros ela era homem. Não teve o cumprimento respondido. As pessoas, ou melhor, os homens que estavam ali lhe encaravam com desconfiança. – O que você quer cabelo da noite? – um homem moreno ditou. Os olhos de Maite caíram sobre a maioria eram morenos e tinham algns loiros, altos com corpos bem trabalhos, o que lhe fez pensar que eram índios. – Está procurando o que? – outro perguntou. – Gostaria de saber se posso residir na aldeia de vocês? – todos começaram rir, até as crianças que estavam perto. – Residir? Aqui? – ela parecia ter falado algo proibido, ou até mesmo ter contado uma piada. – Isso só pode ser brincadeira não é? – Por quê? – ela desafiou o que fez o homem parar de rir e rosnar baixo. – Vou lhe mostrar o porquê. – ele ficou em pé muito rápido, quando Maite percebeu ele detinha um punhal em seu pescoço e ria levando os presentes a rirem juntos. Contudo o que ele não sabia era que a menino que era uma menina em sua frente não era ágil e sabia lutar muito bem. Aproveitando-se da distração do mesmo. Maite inverteu os papéis. Quando o moreno alto deu-se por si, estava no chão com o punhal apontado para a face. E um ser olhando raivoso em sua direção. – Já chega. –Maite elevou os olhos para a voz e o seu coração parou um batida. Em sua direção caminhava um homem que era loiro como os outros. Seu peitoral estava à mostra, deixando o corpo trabalhado para que todos vissem. Ethan era forte, mas o desconhecido era mais. Foi isso que maite pensou olhando aquele ser que andava em sua direção totalmente sério. – Você poderia deixar um dos meus melhores soldados levantar, por favor? – a voz dele era sexy o que fazia a combinação perfeita com o corpo. Maite tirou o punhal e o outro ficou em pé reclamando. – Que feio peter, derrubado por um homem mais baixo que você. – Ele me enganou. – o outro rosnou pronto para continuar com a briga. – Ele foi esperto. – o recém-chegado ditou rindo. – Eu estava ao longe e percebi tudo, admitia, ele é mais ágil que você. – todos os outros começaram a rir deixando peter que aparentava ser bem nervoso ainda mais nervoso. – Em que posso ajudá-lo? – agora a atenção era voltada para a Maite. – Gostaria de saber se posso residir aqui na vila de vocês, e até mesmo fazer parte da tropa. – agora ninguém mais ria, todos encaravam o homem. – Residir e fazer parte da tropa? – ele passou a mão pelo o maxilar, parecendo analisar o pedido do homem e a sua frente. – Sim. – Maite respondeu com segurança. – Posso falar com o chefe de vocês? – Com o nosso chefe? – o loiro do corpo definido disse com um sorriso de canto. – Me acompanhe. Maite seguiu o homem até uma casa, entrou e o mesmo andou até um canto colocando o machado que carregava nas mãos no canto. – Estava buscando lenha. – respondeu vendo que Maite olhava o machado. – Qual é o seu nome? – Você irá ou não me apresentar ao seu chefe? – Está com pressa? – Só não quero perder o meu tempo com aquele que é um simples cidadão. – o homem gargalhou pendendo a cabeça para trás. Maite sentiu o corpo tremer com aquela risada, ela tinha efeito sobre si. – Simples cidadão? – ele perguntou com o olhar divertido. – Desculpe. – Maite falou ficando vermelha de vergonha. – Eu estou nervoso, preciso de um lugar para ficar. – Por quê? – Porque preciso. – falou baixando os olhos lembrando-se de Ethan com Ciara. – Por causa de alguma mulher? – o outro perguntou reparando o olhar do menor em sua frente. Maite maneou cabeça em resposta. – O que aconteceu? – Casou-se com outro. – respondeu olhando na face do outro. – Entendo. – o mais velho suspirou. – Acho que você pode ficar aqui. – Seu chefe não irá se importar. – Acho que não. – Como você sabe? A última coisa que quero e arrumar problemas para você. – E não irá, pois eu sou o chefe, e estou dizendo que você pode ficar. A primeira reação da Maite foi se espantar e depois uma vontade súbita de apertar o outro em sua frente e por fim uma vergonha por pensar em tocar aquele corpo. – Obrigado. – ditou baixo. – De nada pequeno. – foi o que o outro disse – A propósito. – ele andou até Maite. – Eu sou Willian Levy. – estendeu a mão e Maite tocou fazendo com que uma corrente passasse para o corpo do outro que puxou a mão com medo daquilo. – E você? – falou arqueando a sobrancelha. – Matt. – falou o primeiro nome que veio em sua mente. – Seja bem vindo Matt. – Willian olhou para o menor em sua frente, sem entender nada. Queria saber o porquê de querer tanto protegê-lo, e pior tomá-lo nos braços. Sempre foi homem e sempre gostou de mulheres, mas o seu coração estava batendo forte pelo o menino que estava em sua frente, e aquilo estava o assustando e muito.
Autor(a): evekyn
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Comentários da Fanfic 3
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Quesia Levyrroni Postado em 06/05/2015 - 19:22:06
amei linda anciosa pra ver o que will vai fazer ao ler a carta da irma mais isso só acontecerar depois da "comversa" ele tera com a May rsrsrs comtonia por favor
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Quesia Levyrroni Postado em 02/05/2015 - 09:22:27
amei continua flor porfavor <3
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Quesia Levyrroni Postado em 30/04/2015 - 21:36:44
Digite o seu comentário aqui demais essa fanfuc amei è muita engraçada de vez enquanto amei continua por farvor