Fanfics Brasil - Prologo PROIBIDA - SERIE SEGREDOS ADAPTADA - FINALIZADA

Fanfic: PROIBIDA - SERIE SEGREDOS ADAPTADA - FINALIZADA | Tema: PONNY, HOT, AYA


Capítulo: Prologo

369 visualizações Denunciar


Prólogo


Junho de 1997


 


Muitos sons podiam ser ouvidos durante o amanhecer na


Fazenda Falcão Vermelho. O relincho dos cavalos, o mugir do


gado, o cantarolar do galo, os primeiros trabalhadores acordando e se preparando para mais um dia na lida.


Mas não o que o velho cozinheiro Cicinho ouviu ao se dirigir para o grande refeitório em um galpão ao lado de uma das margens do córrego que cortava as terras verdejantes.


O sol nem tinha nascido, mas toda manhã ele fazia aquele trajeto, saindo da casa em que morava junto das outras reservadas aos empregados, até o refeitório onde era o cozinheiro oficial e preparava o café da manhã.


 


Mesmo tendo famílias ali, o café da manhã e o almoço eram oferecidos por Mário Falcão para que todos tivessem uma


alimentação decente durante o trabalho duro. Além de todos os


direitos trabalhistas reservados e aquela alimentação, o salário era digno e havia também escola primária para os filhos dos


funcionários.


Durante muitos anos Cicinho trabalhou cuidando dos cavalos, ma uma queda o deixou manco e com dor nos quadris.


Foi remanejado para a cozinha, já que sempre gostou


de preparar as refeições quando ficavam longe por alguns dias nos campos remarcando o gado. Para ele foi bom, pois teria morrido se não tivesse nada para fazer.


Aquele dia frio de junho seria como outro qualquer e ele


caminhava pensando se seu ajudante, Rosendo, teria já preparado a massa do pão e colocado para assar.


Rosendo era maluquinho, nasceu com problemas mentais e ria de tudo.


Não dava para lidar com gado, se atrapalhava todo.


Tinha vinte e um anos e era órfão. Todos acharam que seria mandado embora, pois não tinha utilidade ali. Mas Chris Falcão, o filho mais velho da família, de vinte e cinco anos, arrumou uma ocupação para ele como ajudante de


cozinheiro no refeitório.


Para surpresa de todos e até de Cicinho, Rosendo mostrou-se um padeiro de mão cheia. E ótimo cozinheiro. Ele o ajudava muito. O duro era aguentar suas risadas a manhã inteira, sem mais nem menos.


Cicinho sacudiu a cabeça, paciente. E foi quando ouviu o choro


estridente, que o fez parar. Passou os olhos em volta dos campos e árvores, do caminho de terra batida


até o refeitório não muito longe. À direita, mais para frente, podia se ver o enorme casarão branco da


residência dos Falcão, suas telhas vermelhas recortando o céu da madrugada que começava a ganhar luz.


E foi então que ele viu a trouxinha branca se arrastando em


sua lateral, perto da entrada do refeitório. Sua visão já não era boa aos 72 anos, mas pareceu uma criança.


 Franziu o cenho e, mancando, se aproximou dela,


tentando lembrar qual dos empregados tinha um filho tão


pequeno.


A criança berrou de novo, um som que demonstrava medo, desespero, sofrimento:


- Mamã! Mamã!


Foi o mais rápido possível até ela e viu que era uma menina,


descalça, com uma camisola branca suja de barro, cabelos ruivos desgrenhados até os ombros. Tomou cuidado para não assustá-la:


- Oi, menininha ...


- Ah ... – Gritou, se virando de um pulo, olhando-o apavorada.


Seu rostinho com sardas estava manchado de lágrimas e barro, como se tivesse estado ao chão e se esfregado nele.


Voltou a chorar:


 - Quero mamã ...


- Claro, vamos procurar sua mamãe. – Agachou-se um pouco,


seus ossos rangendo, a droga do quadril doendo.


Preocupado, percebeu que a criança devia ter entre dois ou três anos e parecia muito assustada. Evitou tocá-la para


que não saísse correndo, pois era óbvio que estava com muito medo.


– Cadê a sua mamãe? Sabe o nome dela?


- Mamã ... – Esfregou os olhinhos, chorando muito,


estremecendo. Ele se encheu de pena e estendeu a mão.


- Vem com o vovô, vou te ajudar a encontrar sua mamãe.


Ela o fitou com os olhos castanhos claros vermelhos e


inchados, molhados.


Devia ser uma menina boazinha, pois deu uns passos em sua direção. Mas mesmo assim continuava assustada,


soluçando, o catarro escorrendo do nariz.


Na mesma hora Cicinho tirou seu lenço do bolso e, cuidadoso,


limpou seu rostinho.


Ela ficou quieta, tão pequenininha e suja que dava pena. Ele sempre amou crianças, pena que nunca casou nem


 teve filhos e netos. Guardou o lenço de volta e segurou a mãozinha dela, garantindo com carinho:


- Vamos procurar sua mamãe.


Sabe o nome dela?


Parecia confusa. Murmurou:


- Mamã ... Vivi ...


- Sua mãe é Vivi?


- Quero a Vivi ... – Voltou a chorar.


- Vem aqui. – Compadecido e vendo a garotinha descalça no chão com pedrinhas, ele pouco ligou para suas dores.


Abaixou-se com dificuldade, pegou-a no colo e, manquejando, voltou pelo caminho, em direção ao casarão da fazenda.


Ela se segurou em seu ombro, fungando, tão pequenininha e perdida que dava pena.


– Conta pra mim o nome do seu papai ...


Olhou-o quieta, como se não entendesse. Seus ossos reclamavam, embora fosse levinha. Sacudiu a


cabeça, pensando qual irresponsável deixava uma menina solta assim.


Mário Falcão ia ficar uma fera e brigar com os pais, com certeza.


Era um homem justo com seus empregados, mas muito duro e


exigente. Cicinho não queria estar na pele dos pais irresponsáveis.


Pensou mais um pouco, sem saber quem tinha uma filha tão


pequena. Ninguém que se lembrasse. Muito estranho tudo aquilo. Sacudiu a cabeça e seguiu em frente. Subiu com dificuldade os degraus do varandão que rodeava toda a casa,


engolindo a dor e segurando a menina com firmeza. Bateu forte


com a aldrava na porta e esperou, sabendo que o pessoal na casa acordava cedo. E não demorou. A governanta e faz tudo da casa, Cátia Oliveira, que todo mundo chamava de Tia,


abriu a porta enxugando as mãos no avental. Era uma mulher mediana, com cabelos curtos escuros entremeados de fios brancos e olhar penetrante. Tomou um susto ao vê-lo  com a garotinha ruiva no colo.


- Que é isso, Cicinho?


- Boa pergunta. – O homem resmungou, seu quadril e costas


doendo e latejando.


 – O Sr. Falcão está acordado?


- Sim, já até tomou café. Estava levando Dona Alice para os


fundos, para as rosas dela. Tadinha, parece assustada. – Aproximou-se e estendeu os braços.


– Vem aqui com a tia, meu anjo.


A menina era muito boazinha mesmo. Com carinha de dar pena, ainda com soluços ocasionais, jogou-se no colo da senhora, que a amparou com carinho, afastando os fios vermelhos e acobreados dos seus olhos. Cicinho suspirou


aliviado em suas dores.


- Entre, vamos lá falar com Mário. Mas o que houve?


Ele a seguiu para dentro. Sempre ficava abismado com o tamanho daquela sala. Não era luxuosa nem cheia de frufru, ainda mais quando a casa era cheia de homens e a dona, Alice Falcão, vivia mais no mundo da lua do que na realidade.


Tia também era seca, pouco feminina para se preocupar


com frescuras. Mas era de bom gosto, com móveis de madeira de lei, antigos e caros. Cada detalhe demonstrava a riqueza e a grandiosidade da família, sem exageros.


Seguiu Tia para os fundos,


explicando:


- Vamos encontrar o senhor Falcão e explico de uma vez só.


- Tá.


Atravessaram a sala de jantar igualmente gigantesca e a cozinha, cheia de panelas de cobre e com um


cheiro bom de café. Saíram para os fundos, onde havia um jardim cheio de rosas e bancos de madeira, além de plantas de diversos tipos.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): hadassa04

Este autor(a) escreve mais 8 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

 Era o local predileto de Alice Falcão, a matriarca da família, ela própria tinha plantado tudo. Cicinho não era de se meter na vida dos patrões nem gostava de fofoca. Talvez só um pouquinho. Mas até ele sabia que, apesar de rica e poderosa, aquela família era problemática. Ninguém sabia ao certo o q ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 167



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • hadassa04 Postado em 25/01/2016 - 17:42:20

    Fran, não tenha medo de ler FERIDA, a dor é grande, eu sentia odio em determinados momentos, mas o livro é inebriante, vale a pena

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:42:55

    ai que dor no core...acabou ;( to com medo de ler o segundo livro...pelo jeito vão sofrer horrores...eu sempre vou olhar o poncho e a any dessa fic com carinho na outra kkkkkkkkkkkkkkkkkkk vou adorar saber um pouquinho mais deles na outra fic*

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:36:43

    ai que deliciaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:27:07

    haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:20:57

    ai que lindos meu deus!!!!!!!!!!!!!!! é muito lindoooooooooooooooooooooooooooo ler tudo isso.

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:14:41

    haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaa foi lindo o casamento...ai deus eu sou uma lagrima...uma não um monte ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:08:43

    aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii janaaaaaaa to me afogando em lagrimas...tomei coragem pra terminar de ler...

  • franmarmentini♥ Postado em 18/01/2016 - 15:54:18

    ;(

  • hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:38:42

    Cris linda da titia que bom que gostou... te espero em FERIDA

  • hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:37:14

    Fran tbm amo essa fic, e meu coração doeu ao finaliza-lá mas era preciso


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais