Fanfics Brasil - Prologo cont. PROIBIDA - SERIE SEGREDOS ADAPTADA - FINALIZADA

Fanfic: PROIBIDA - SERIE SEGREDOS ADAPTADA - FINALIZADA | Tema: PONNY, HOT, AYA


Capítulo: Prologo cont.

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 Era o local predileto de Alice Falcão, a matriarca da família, ela própria tinha plantado tudo.


Cicinho não era de se meter na vida dos patrões nem gostava de fofoca. Talvez só um pouquinho. Mas até ele sabia que, apesar de rica e poderosa, aquela família era problemática. Ninguém sabia ao certo o que tinha acontecido com a bela Alice, mas há uns sete anos ela quase morreu e agora vivia assim, aérea, sem falar nada. Parecia uma alma ambulante, um fantasma, com aquela pele tão branca que era quase translúcida e o cabelo loiro entremeado de branco.


 Ia para onde a levassem. Era aluada, como todo mundo dizia. Coitada! Uma senhora tão bonita e doce!


Ele sacudiu a cabeça. No jardim, Tia parou com a menininha no colo e parou ao lado dela ao ver o casal. Alice estava sentada em um banco, olhando para fora, para o nada. De pé ao seu lado, o fazendeiro Mário Falcão, de 61 anos, dono de tudo aquilo, a olhava sério como sempre. Virou-se ao vê-los.


Não era tão alto quanto os filhos, todos com mais de um metro e oitenta. Devia ter por volta de um metro e setenta e cinco, mas era forte, com ombros largos e tão esticado e duro que parecia maior.


Seus cabelos eram quase todos brancos e os olhos bem azuis,


vívidos, mas ferozes. Qualquer um tremia diante daquele olhar, do rosto vincado, do ar de arrogância que vinha dele.


Cicinho o conhecia há anos, desde que Mário era um garoto.


E sempre o respeitou e temeu um pouco. Apesar de ser justo e honesto, era capaz de tudo. Isso já tinha ficado claro em mais de uma ocasião, com quem se atreveu a se meter em seu caminho. Talvez até com a esposa, segundo diziam as


más línguas.


- Quem é a menina? – Sua voz parecia uma trovoada, alta e possante. Olhou para a ruivinha e ela se encolheu com medo,


escondendo o rosto no pescoço de Tia, que a abraçou a sacudiu com carinho, olhando para o velho


cozinheiro. Ele tirou o chapéu velho e surrado, batendo-o na coxa, explicando:


- Eu estava indo pro refeitório e encontrei a garotinha no caminho, sozinha e chorando, descalça e suja.


Chamava pela mãe. Não conseguiu dizer muita coisa. Aí trouxe para cá.


Não sei de nenhum empregado da fazenda que tenha filha ou neta assim pequena.


- Ela não é daqui. – Garantiu Tia, que conhecia todo mundo.


Franziu o cenho, fitando o patrão. – Como chegou aqui?


- É o que quero saber. – Continuava muito sério, seus olhos


analisando a garota, voltando-se para Cicinho.


Avisou:


- Chame Lúcio e Guilherme. Vou mandá-los averiguar tudo.


Eram dois capatazes da fazenda. O velho assentiu e ia se virar, pronto para ir, quando a menininha voltou a chorar e


murmurar:


- Mamã ... mamã ...


E então aconteceu o que ninguém esperava. Alice Falcão se


virou de repente e pela primeira vez em anos os presentes viram uma luz de vida em seus olhos castanhos.


Fixou-os direto na menina. E quando ela choramingou de novo  chamando pela mãe, a mulher loira de 49 anos se ergueu, sem esperar ajuda de ninguém.


Todos ficaram chocados. Em geral ela não tinha reação. Comia o que lhe davam, ia para onde levavam, não mostrava interesse por nada. Era muda, parecia sempre perdida longe. Mas agora estava alerta, fixa na criança, reagindo de imediato a ela.


Mário Falcão se aproximou da esposa, talvez temendo que caísse com o movimento súbito. Era muito magra e pequena, parecia um passarinho frágil nas vestes brancas, mas ela não precisou de ajuda.


 Foi firme até Tia e estendeu os braços para a menina.


A ruivinha olhou-a com lágrimas nos olhos, indecisa. E


Alice murmurou rouca:


- Vem ... mamãe ... E, como se acreditasse ou apenas quisesse seu carinho, a garota se jogou nos braços dela.


 Tia ainda as amparou, com medo que caíssem, mas Alice a abraçou com força e sorriu, talvez pela primeira vez em sete anos.


Mário a encarava, imobilizado. Cuidadosa, caminhou até o banco e sentou-se com a menina no colo, ninando-a,


acariciando seu cabelo. Continuava a sorrir, enquanto era alvo de três olhares embasbacados. E voltou a


murmurar:


- Xiiii ... Mamãe tá aqui ...


Tia olhou para Cicinho, sem entender nada. Mário não tirava os


olhos dela, como se um milagre tivesse ocorrido. Eles ficaram sem ação, até que o todo poderoso da Fazenda Falcão Vermelho virou-se para o empregado e ordenou


duramente:


- Traga os capatazes, Cicinho.


- Pode deixar, senhor Falcão.


– Ele voltou a colocar o chapéu na


cabeça e se afastou, abismado.


Não era de fazer fofoca mesmo, mas já até imaginava a cara do povo quando contasse todas as novidades.


Primeiro a aparição da menina misteriosa, não se sabia de onde.


 Depois a reação de Alice, que saiu do seu mundo particular. E pior, se achando a mãe da menina!


Caramba! Mais tarde Cicinho teve que contar tudo de novo na sala do casarão da fazenda. Os capatazes tinham feito varredura e investigação na fazenda e ninguém sequer imaginava quem era a garota.


Era como se tivesse caído do céu. E o delegado foi chamado e tinha feito várias perguntas.


Alice não queria deixar a menina sair do seu colo e bem que


Tia tentou pegá-la para dar um banho. Mas a senhora não a soltava, enquanto a acalmava e acarinhava, deixando realmente a garota mais tranquila.


Tia a alimentou no colo da senhora, enquanto Mário Falcão


terminava de resolver as questões com o delegado e seus filhos se juntavam todos ali, curiosos.


O primeiro a chegar foi Chris Falcão, o mais velho de vinte e cinco anos. Fez várias perguntas, inclusive para a menina, ao sentar ao lado dela e da mãe no sofá. Apesar de ter uma aparência dura e autoritária como o pai, falou com ela


suavemente e, por incrível que pudesse parecer, a garota respondeu.


- Quero a mamã ...


- Vivi é sua mãe? – Sua voz era grossa e forte. Era um homem


alto, anguloso, com os olhos azuis duros do pai. Talvez fosse o que mais se parecia com ele, só que mais alto e bonito.


- Não ... – Sacudiu a cabecinha. – Vivi é a bebê ...


Chris franziu o cenho e acenou com a cabeça.


- Entendi. Você é Vivi.


- Não. Vivi é a bebê. – Disse de novo, olhando-o curiosa.


Estendeu os grandes olhos castanhos claros para os outros rapazes que tinham se aproximado um pouco


mais.


Pedro, de vinte e um anos, com seus cabelos loiros escuros e


olhos de um cinza azulado, rosto quadrado, parecia um tanto


desconfiado e se mantinha calado.


Há sete anos ele e os irmãos tentavam animar a mãe, arrancar alguma reação dela e nada. O pai estava sempre ocupado e era seco.


A mãe vivia em seu próprio mundo. Eles cresceram praticamente por conta própria, sendo mais educados


por Tia.


E agora, aquela menina em segundos conseguia um milagre.


Heitor, de vinte anos, o mais alto deles com um metro e noventa, moreno de cabelos e olhos castanhos escuros, pensava o mesmo.


Tinham se acostumado a não depender nem da mãe nem do pai, se virarem por conta própria. O carinho que recebiam era de Tia, a mãe postiça deles. Por isso se ligava tanto aos irmãos.


 Eram unidos, principalmente ele e Pedro, com diferença de apenas um ano de idade. Eram acima de tudo amigos, inseparáveis. E para ele era um milagre ver a mãe


reagindo assim. Michael, de 16 anos, o rebelde dos filhos, sentava-se no degrau da grande escadaria que levava ao


andar superior, mantendo-se longe de tudo, só olhando. Não havia nada de fazendeiro nele, nem nas roupas, nem no jeito. Seus cabelos castanhos eram compridos e bagunçados, o


rosto ganhando as primeiras penugens de barba. Usava brinco na orelha, tatuagens, calças rasgadas e vivia com uma jaqueta de couro.


 Era o terror da escola e o filho que mais causava reações de ódio no pai. Na verdade, o único. De vez em quando


eles se estranhavam e enfrentavam. Era necessário Chris ou Tia intervirem para a coisa não ficar mais séria. Ninguém entendia ao certo porque eles pareciam se odiar tanto e porque o menino era rebelde daquele jeito.


O caçula de nove anos, Alfonso, loirinho e de olhos verdes, era um menino amado por todos.


Desde o pai ranzinza, passando pelo irmão mais velho, os dois do meio e Micah, como ele o chamava. Micael o protegia e era paciente com ele, por isso Joaquim vivia atrás do irmão.


 Mas quando tentou imitá-lo e falou em colocar brinco e fazer tatuagem, só faltou levar uma sova do pai, o que o fez rapidinho se calar.


Agora estava perto do sofá, olhando impressionado para a menina no colo da mãe. E ela olhava muito para ele, como se, por ser o mais novinho, pudesse entendê-la.


Movia seus olhos entre Chris, que lhe fazia perguntas, e Alfonso, que a fitava. E por fim explicou:


- Eu sou “Anai”.


- Anahi? – Chris deu um leve sorriso para ela, segurando sua mãozinha. Acenou com a cabeça. –


Você tem quantos anos?


- Isso ... – Abriu dois dedos e depois três. – Vou fazer isso.


- Entendi. E você sabe o nome de mais alguém? Do papai, mamãe,


irmão?


- Mamã. E Vivi.


Chris bem que tentou, mas foi tudo que conseguiu arrancar dela.


Então acariciou seus cachos acobreados e se ergueu, indo para perto do pai e do delegado.


A sala estava em silêncio. Parecia que ninguém mais tinha solução para o caso da menina misteriosa. Chris indagou ao pai:


- O que o senhor vai fazer?


- Mandar que procurem a família dela na cidade.


- E enquanto isso? – Pedro também se acercou, bem sério.


- Ela fica aqui. Acho que vai ser difícil tirá-la de sua mãe. –


Apesar de não haver nada de suave nele e de ser sempre muito calado com a esposa, não deixava lhe faltar nada.


 Os filhos sabiam que tinha sido e bem provavelmente ainda era fissurado nela. Apesar de terem também assistido brigas e cenas de rancor entre eles no passado.


- Vou investigar tudo. – Disse o delegado. – Mas está parecendo um caso de abandono. E aí teremos que chamar as autoridades e encaminhá-la a um orfanato.


Mário encarou-o daquele seu jeito autoritário. Lei e política


sofriam muita influência dele naquela parte de Minas Gerais. E


sabia disso.


- Tudo pode ser resolvido aqui mesmo.


Heitor parou ao lado de Pedro e eles trocaram um olhar.


Conheciam o pai e sabiam que ele já tinha tudo resolvido para falar assim. Micah os olhava da escada, atento e calado. Alfonso sentou-se ao lado da mãe, ele e a menina se fitando. Sem que esperasse, ela estendeu a mão e segurou a dele, dando um sorriso tímido que o encantou de imediato. Ouvia a


conversa ao longe.


- O que o senhor pensa em fazer? – Indagou Chris, embora desconfiasse.


Mário olhou na direção da esposa, que sorria bobamente com a menina no colo.


- Alice sempre quis uma filha.


Vamos adotá-la. Era maluquice. Todos os filhos sabiam disso. A mãe mal sabia cuidar de si mesma. Mas apesar de tudo, das brigas e da mágoa que ele parecia guardar da esposa, ela sempre foi o centro do seu mundo. E ele faria de tudo para tirá-la um pouco da apatia que vivia há anos. Até colocar uma estranha entre eles.


Os olhares se voltaram para a ruiva pequena, no colo da mulher magra e loira. E nenhum deles disse nada.


Foi assim que surgiu Anahi Cruz Falcão, a filha adotiva. O mais novo membro da rica e poderosa família Falcão.


 



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Autor(a): hadassa04

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 167



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  • hadassa04 Postado em 25/01/2016 - 17:42:20

    Fran, não tenha medo de ler FERIDA, a dor é grande, eu sentia odio em determinados momentos, mas o livro é inebriante, vale a pena

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:42:55

    ai que dor no core...acabou ;( to com medo de ler o segundo livro...pelo jeito vão sofrer horrores...eu sempre vou olhar o poncho e a any dessa fic com carinho na outra kkkkkkkkkkkkkkkkkkk vou adorar saber um pouquinho mais deles na outra fic*

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:36:43

    ai que deliciaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:27:07

    haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:20:57

    ai que lindos meu deus!!!!!!!!!!!!!!! é muito lindoooooooooooooooooooooooooooo ler tudo isso.

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:14:41

    haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaa foi lindo o casamento...ai deus eu sou uma lagrima...uma não um monte ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:08:43

    aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii janaaaaaaa to me afogando em lagrimas...tomei coragem pra terminar de ler...

  • franmarmentini♥ Postado em 18/01/2016 - 15:54:18

    ;(

  • hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:38:42

    Cris linda da titia que bom que gostou... te espero em FERIDA

  • hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:37:14

    Fran tbm amo essa fic, e meu coração doeu ao finaliza-lá mas era preciso


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