Fanfics Brasil - capitulo 6 - PARTE 3 PROIBIDA - SERIE SEGREDOS ADAPTADA - FINALIZADA

Fanfic: PROIBIDA - SERIE SEGREDOS ADAPTADA - FINALIZADA | Tema: PONNY, HOT, AYA


Capítulo: capitulo 6 - PARTE 3

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- A melhor família que alguém poderia ter. – Sorri emocionada,


pois era verdade.


Passei os olhos por cada um deles e o medo continuou lá, dentro de mim. Não queria perdê-los nem vê-los de maneira diferente. Pior, não queria que me vissem de maneira diferente. E se eu fosse de uma família que fez mal a eles?


Havia muitos segredos ali. Coisas que eu não entendia. Sempre quis saber por que Alice Falcão, minha mãe adotiva, vivia em seu mundo particular e era considerada louca. Perguntei diversas vezes a eles e à Tia, mas todos diziam o mesmo, tinha ficado doente. Tive pouco contato com ela.


Aos meus cinco anos morreu enquanto dormia.


Logo depois, houve a confusão dentro de casa. Vi a correria, a briga, lembro do caos e de Tia me tirando de perto. Depois disso meu pai ficou muito tempo no hospital e Micah sumiu. Nunca mais o vimos. E quando meu pai voltou, estava naquela cadeira de rodas. Da qual nunca mais saiu.


Sei que Micah teve a ver com tudo aquilo e na época era pequena demais para entender. Em casa meus irmãos não tocavam nesse assunto e quase não falavam no nome de Micah. Era praticamente proibido, embora ninguém o dissesse. Eu perguntei outras vezes a Tia, mas ela também desconversava. E só dizia que eles brigaram e o que aconteceu com meu pai foi sem querer. Que ninguém sabia ao certo.


Agora, eu não entendia como pude me contentar com tão poucas informações. Aquele bilhete me despertou, mexeu com meus medos, que já não eram poucos. Além de tudo, havia o meu amor por Alfonso. A nossa relação não podia ter


começado em pior hora. Era como se um caldeirão tivesse começado a ferver e jogássemos mais lenha na fogueira. A sensação que eu tinha era ruim, apertava meu peito, me alertava a ser cuidadosa.


Tentei puxar outros assuntos, mas podia ver a preocupação de Alfonso, que não tirava os olhos de mim. Chris estava sério e pensativo. Pedro e Heitor pareciam mergulhados em seus pensamentos.


Eu os tinha feito voltar ao passado, coisa que acho que nenhum deles gostava de fazer. O que mais haveria no meio de tudo? Meus irmãos saberiam? Ou era algo que foi enterrado com minha mãe e estava guardado com meu pai, que mal falava?


Terminei de jantar forçando a comida a descer, pois a preocupação e as dúvidas me martirizavam. Mal acabamos, Alfonso saiu da mesa e da sala. Eu quase pedi que ficasse, pois o queria perto de mim. Mas mantive-me quieta enquanto me levantava. Pedi licença aos meus irmãos, pensando em sair um pouco, buscar o ar fresco lá de fora.


Sentia que me observavam. E Chris segurou minha mão quando passei por ele, olhando-me com preocupação e carinho.


- Há algo que eu possa fazer para ver de novo o seu sorriso, Annie?


Tinha se levantado e estava de pé, alto e elegante perto da sua cadeira. Ergui os olhos para os dele e me senti protegida, amada. Era o mais perto de um pai que tive, sempre atento às minhas necessidades, disposto a tudo para me proteger. Parte da minha angústia se foi, pois tive certeza de que poderia contar com ele. Naquele momento, quase falei do bilhete. Mas ainda tinha medo. E acabei deixando passar.


- É besteira minha, vai passar. – Garanti, sorrindo para ele. Estendi meu sorriso a Heitor e Pedro ainda sentados, igualmente atentos.


Foi uma curiosidade boba.


- Vamos fazer de tudo para descobrir algo sobre você. Talvez hoje, com tanta tecnologia nova, seja mais fácil. – Opinou Heitor.


- Está bem. Não se preocupem, estou legal. – Fiquei na ponta dos pés e beijei o rosto de Chris com carinho. Sorri para eles. – Vou à varanda um pouco.


Saí e os deixei em silêncio. Mal tinha chegado à varanda, a porta se abriu atrás de mim. Virei um pouco. Era Alfonso, sem aquele chapéu que estava sempre em sua cabeça, usando um jeans velho e uma camisa, seus olhos me consumindo. Percebi o motivo de ter saído logo da sala de jantar.


Trazia na mão seu violão. Tinha ido buscá-lo. Desde bem jovem ele gostava de tocar e cantar.


Como eu vivia grudada nele, me ensinou a tocar também. Tínhamos passado vários dias sentados sob a copa das árvores treinando e tocando juntos, até que eu ficasse fera.


Depois que começamos a nos envolver romanticamente e que ele passou a me evitar, nunca mais tocamos juntos. Quando eu o ouvia, era no meio dos outros, em um luau ou em volta da fogueira. Nunca mais tinha sido só nós dois. E agora ele foi buscar o violão para tocar, só comigo. Isso me emocionou.


- Venha. – Com a mão livre, segurou a minha ao se aproximar, levando-me com ele até os degraus da varanda. Descemos juntos e só de estar ao seu lado, sentir seu toque, eu parecia renascer, ganhar forças.


Não nos preocupamos em sermos vistos. Tínhamos feito aquilo antes, andar de mãos dadas, ficarmos horas ouvindo música ou conversando. Há anos não acontecia. E eu ficava feliz por ter voltado. Sabia onde me levaria. À árvore muito antiga que tinha ali ao lado direito da casa, seguindo em frente alguns metros, logo após os jardins de nossa mãe. Ela ficava perdida sozinha ali, cheia de raízes para fora do chão. No passado, tinha sido nosso lugar eleito para sentar e tocar. Assim, me acomodei em uma raiz e olhei-o enquanto se sentava em outra e dobrava os joelhos, acomodando o violão no colo, fitando-me com aqueles seus olhos lindos que pareciam amarelados ali na luz mais difusa.


- Quer começar? – Perguntou baixinho.


- Não. Quero ouvir você, Poncho.


Ele concordou com um aceno de cabeça. Recostou-se no tronco, sem tirar os olhos de mim. Sérios, atentos, fogosos, preocupados, apaixonados. Seus dedos correram lentamente as cordas, tirando as primeiras melodias, o som suave ecoando na noite quase silenciosa.


Ninguém saiu de casa. Éramos só nós dois ali e deixei meu amor sair, transbordar, ficar à mostra. Da mesma forma vi o dele. Vi em seu olhar, em seu rosto, na energia que desprendia do seu corpo em minha direção. E senti no mais íntimo do meu ser, quando murmurou sem deixar de tocar:


- Essa é para você. – E com voz baixa, rouca, grossa, cantou Tem que ser você, de Victor e Leo:





Um dia seus pés vão me levar


Onde as minhas mãos não podem chegar


Me leva onde você for


Estarei muito só sem o seu amor


Agora é a hora de dizer


Que hoje eu te amo


Não vou negar


Que outra pessoa não servirá


Tem que ser você


Sem por que, sem pra que


Tem que ser você


Sem ser necessário entender


Me leva onde você for


Estarei muito só sem o seu amor





O mundo tinha deixado de existir. No meio do chão gramado, embaixo daquela árvore que já estava ali antes que eu nascesse, testemunha silenciosa do amor que eu sentia por ele só crescer no decorrer do tempo e tomar conta de mim, eu olhei Alfonso cantar para mim e tudo que importou foi isso.


Sua voz, seu timbre, seus sentimentos e suas emoções. Ele se declarava a mim, me dizia que estaria comigo aonde quer que eu fosse, olhando em meus olhos, se dando mais do que já tinha feito até agora.


Primeiro foi seu corpo, que entregou a mim quando abriu mão de lutar, quando me fez dele. Agora me dizia através de uma letra e uma melodia, num dos momentos mais confusos da minha vida, que estava comigo. Que me amava. Era tão simples e ao mesmo tempo tão único, tão nosso! Uma declaração completa. O que eu precisava para sentir aquela angústia sair de mim


como uma catarse, substituída apenas pelo amor que vinha dele para mim e ia de mim para ele, em uma troca mais do que justa.


A emoção circulou dentro de mim, se expandiu, e completou. Senti meus olhos marejados de lágrimas e felizmente estava de costas para a casa, podia olhar para Alfonso com todo amor e toda entrega transbordando. Quis ir para os braços dele, mas isso tive que segurar. O resto, eu deixei sair livre, somente para ele.



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Autor(a): hadassa04

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 167



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  • hadassa04 Postado em 25/01/2016 - 17:42:20

    Fran, não tenha medo de ler FERIDA, a dor é grande, eu sentia odio em determinados momentos, mas o livro é inebriante, vale a pena

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:42:55

    ai que dor no core...acabou ;( to com medo de ler o segundo livro...pelo jeito vão sofrer horrores...eu sempre vou olhar o poncho e a any dessa fic com carinho na outra kkkkkkkkkkkkkkkkkkk vou adorar saber um pouquinho mais deles na outra fic*

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:36:43

    ai que deliciaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:27:07

    haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:20:57

    ai que lindos meu deus!!!!!!!!!!!!!!! é muito lindoooooooooooooooooooooooooooo ler tudo isso.

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:14:41

    haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaa foi lindo o casamento...ai deus eu sou uma lagrima...uma não um monte ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:08:43

    aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii janaaaaaaa to me afogando em lagrimas...tomei coragem pra terminar de ler...

  • franmarmentini♥ Postado em 18/01/2016 - 15:54:18

    ;(

  • hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:38:42

    Cris linda da titia que bom que gostou... te espero em FERIDA

  • hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:37:14

    Fran tbm amo essa fic, e meu coração doeu ao finaliza-lá mas era preciso


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