Fanfics Brasil - Capítulo 7 - Parte 5 PROIBIDA - SERIE SEGREDOS ADAPTADA - FINALIZADA

Fanfic: PROIBIDA - SERIE SEGREDOS ADAPTADA - FINALIZADA | Tema: PONNY, HOT, AYA


Capítulo: Capítulo 7 - Parte 5

18 visualizações Denunciar





seus olhos cinza azulados um tanto duros. Heitor não se alterou. Chris ponderou o assunto. Por fim, falou baixo, olhando-a diretamente:


- Não somos assassinos.


Anahi suspirou, visivelmente aliviada. No entanto empalideceu quando ele completou:


- Mas infelizmente há momentos em que temos que fazer escolhas difíceis.


- Como assim? – Mordeu os lábios. Percebi o quanto aquilo parecia importante para ela.


Indaguei a mim mesmo por que Chris respondia, porque não a deixava


acreditar que o mundo era cor de rosa.


Mas meu irmão mais velho odiava mentira e omissão. Se alguém perguntasse, teria uma resposta honesta.


- Há uns anos atrás, havia um casal trabalhando aqui e morando numa das casas da fazenda. – Ele explicou, tenso, seus olhos azuis escuros sem emoção. – Foi na época que começaram a trazer drogas para a favela Sovaco de Cobra. Esse homem era estressado, perdia a cabeça fácil e tinha arrumado briga algumas vezes. Eu o chamei e alertei que isso não seria admitido aqui. Mas então, começaram a correr boatos de que ele batia na mulher e estava se drogando.


- E então? – Eu me vi perguntando, pois lembrava vagamente daquilo.


- Eu o demiti. E ofereci dar apoio à sua esposa, se quisesse continuar a trabalhar aqui. Ela quis e pediu a separação. Resumindo, ele saiu, mas um dia a atacou na cidade, enfiou-a dentro do carro, bateu nela e estuprou-a. Conseguiu fugir e o delegado o capturou no meio do caminho.


- Eu me recordo desse caso. – Pedro acenou com a cabeça. – Ficou preso um tempo, mas quando saiu veio de novo atrás dela. Esperou-a sair da igreja na missa de domingo e a sequestrou de novo. Levou-a e a mulher ficou desaparecida por dois dias.


- Ai, meu Deus ... – Anahi levou a mão à boca, nervosa. – E o que aconteceu?


- O delegado fez suas investigações e eu as minhas. – Chris parecia muito calmo. Terminou seu vinho. E a fitou. – Meus agentes descobriram primeiro o paradeiro dele. Vivia em um barraco em outra cidade, num lugar distante. Tinha


espancado e violentado a esposa naqueles dois dias e ela estava inconsciente na cama enquanto ele bebia e via televisão.


- Você o matou, Chris? – Annie indagou em um frio de voz.


- Eu não. – Havia uma frieza latente nele. – Mas digamos que ele quase não ficaria na cadeia. Ainda tem um preconceito da lei muito grande em casos de estupro, ainda mais se tratando da própria esposa. Ou poderia fugir. E quando saísse, faria de novo. Teve o destino que mereceu.


- Mas ... você disse que não o matou. – Ela disse, nervosa.


- Eu não.


Repetiu e finalmente Anahi entendeu. Chris não o matara. Mandara matar.


Estava muito pálida. Eu sinceramente não o culpei. Acho que faria o mesmo. Às vezes a justiça, ou a falta dela, enraivecia qualquer um. Mesmo sabendo que as leis existiam e que seria uma baderna maior sem elas, entendi o lado dele.


Pelo jeito, Heitor e Pedro já sabiam daquela história, pois nem se alteraram.


- Isso ... – Ela murmurou. – Foi antes de eu vir para cá?


- Não. Tem uns doze ou treze anos.


Suspirou, um pouco menos tensa. Mordeu os lábios.


- E a ... a mulher? O que aconteceu com ela?


- Sobreviveu. Precisou aprender a viver com o que aconteceu. Acabou indo morar com a família que tinha em São Paulo.


Chris olhou-a, atento. Não se desculpou por tê-la decepcionado nem por fazer o que achava que fosse certo.


Tive pena de Anahi, pois parecia preocupada, querendo perguntar muito mais, mas como se não tivesse coragem. Mas Heitor resolveu a questão mudando de


assunto.


Naquela madrugada, quando a procurei e fui para sua cama silenciosamente, recebeu-me nua, ansiosa, mas estranhamente nervosa.


Abraçou-me, beijou-me, pareceu buscar acima de tudo carinho. E foi o que dei. Amei-a com ternura na cama, beijando-a na boca o tempo todo em que estive dentro dela, até fazê-la gozar e choramingar. Depois ficamos abraçados e perguntei se o que a perturbava era o que Chris tinha contado.


Com a cabeça em meu ombro e a mão em meu peito, confessou


baixinho:


- Eu tenho medo. Não acho que devemos tirar a vida de ninguém.


- Mas o homem quase matou a esposa, Annie.


- Sei disso. – Estremeceu, apertando-me mais. – Também senti raiva, quis matá-lo. Mas Poncho ... é errado. Nunca pensei que Chris ...


- Está decepcionada com ele.


- Com ele ... Com eles. Até que ponto fazem isso? Já fizeram de novo? – Ergueu o rosto para mim, chocada, pálida. – E você?


- Já tive vontade, mas nunca matei ninguém. E Annie, nossos irmãos não são assassinos. Foi um caso isolado. Talvez a decisão tenha sido tomada na hora da raiva. E sabemos que Chris tem responsabilidades enormes, às vezes precisa tomar decisões difíceis.


- Eu não sei o que pensar … Não quero mais falar sobre isso. Por favor, me abrace forte, Poncho


- Não fique assim. O que a perturba tanto? – Apertei-a, beijando seu rosto, seu cabelo, puxando-a mais para mim.


- Isso tudo. Mas vamos deixar esse assunto de lado. Só fique aqui, comigo.


- Estarei sempre com você, Annie. – Murmurei, segurando-a com força. – Agora esqueça.


Não disse nada. Mas a senti tremer. Aquela história toda a tinha abalado. Tentei distraí-la.


No fundo, não condenei Chris. Um homem na posição dele era obrigado a ter atitudes extremas de vez em quando. Podia ter mandado matar aquele desgraçado. Mas podia também ter salvado a vida da mulher dele. Quem garantia que o bastardo não tentaria uma terceira vez e aí conseguiria?


Acariciei o cabelo dela, pensando que nossa sociedade estava tão corrompida que agíamos cada vez mais como animais. Mas quem era eu para julgar?



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): hadassa04

Este autor(a) escreve mais 8 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

CAPÍTULO 8   ALFONSO   A semana transcorreu em relativa calma, após o roubo do gado. O delegado Ramiro não conseguiu descobrir nada, nem os investigadores contratados por Chris. Somente acharam marcas de pneus de caminhão em uma estradinha secundária, que acabava se perdendo ao chegar ao asfalto. Era como se ladrõe ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 167



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • hadassa04 Postado em 25/01/2016 - 17:42:20

    Fran, não tenha medo de ler FERIDA, a dor é grande, eu sentia odio em determinados momentos, mas o livro é inebriante, vale a pena

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:42:55

    ai que dor no core...acabou ;( to com medo de ler o segundo livro...pelo jeito vão sofrer horrores...eu sempre vou olhar o poncho e a any dessa fic com carinho na outra kkkkkkkkkkkkkkkkkkk vou adorar saber um pouquinho mais deles na outra fic*

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:36:43

    ai que deliciaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:27:07

    haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:20:57

    ai que lindos meu deus!!!!!!!!!!!!!!! é muito lindoooooooooooooooooooooooooooo ler tudo isso.

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:14:41

    haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaa foi lindo o casamento...ai deus eu sou uma lagrima...uma não um monte ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:08:43

    aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii janaaaaaaa to me afogando em lagrimas...tomei coragem pra terminar de ler...

  • franmarmentini♥ Postado em 18/01/2016 - 15:54:18

    ;(

  • hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:38:42

    Cris linda da titia que bom que gostou... te espero em FERIDA

  • hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:37:14

    Fran tbm amo essa fic, e meu coração doeu ao finaliza-lá mas era preciso


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais