Fanfics Brasil - CAPITULO 8 PARTE 2 PROIBIDA - SERIE SEGREDOS ADAPTADA - FINALIZADA

Fanfic: PROIBIDA - SERIE SEGREDOS ADAPTADA - FINALIZADA | Tema: PONNY, HOT, AYA


Capítulo: CAPITULO 8 PARTE 2

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Virei e segui em direção a Annie, que me olhava séria, irritada, enquanto seus amigos davam risadinhas.


- Peão? Peão? – Segui em frente, quase correndo, deixando-a para trás. Mas estremeci quando gritou atrás de mim:


- Eu te amo, peão! Volta aqui! Sou sua, vem me pegar! Vem me pegar como fez


quando nos amamos, rolando nus naquela cama de hotel, onde te dei a


minha pureza!


Puta merda, que mentirosa! Se eu não estivesse com tanta raiva e com vergonha, ia rir da sua cara de pau. Pureza!


Um monte de gente achou graça, outros comentaram, mas eu só ignorei. Fui decidido até onde Anahi estava com os amigos, incomodado, querendo me explicar, mas com todo mundo em volta atrapalhando. Mas nem me deixou chegar perto. Saiu na mesma hora e a segui, mas de propósito entrou e quando vi, já estava de braço dado com Pedro, puxando assunto com ele e com a moça em sua companhia. Fez de propósito, pois sabia que eu não arriscaria de nossos irmãos desconfiarem de algo. Parei e respirei fundo, dizendo a mim mesmo para me acalmar. Ela não ficaria grudada em Pedro a noite toda, aí eu poderia conversar.


Segui em frente, olhando para ela. Ignorou-me completamente, mas eu a conhecia o bastante para saber que estava revoltada. Suas bochechas estavam coradas e os lábios franzidos.


Droga! Quando vi Claudinha entrando pela porta da frente, me buscando com o olhar, resolvi bater em retirada. Segui em direção à cozinha e saí, contornando a casa, indo em direção ao churrasco perto do refeitório. Era melhor sair um pouco e esfriar a cabeça. Quando voltasse , Claudinha já teria se distraído e Annie me ouviria. Enquanto isso, eu relaxaria tomando uma cerveja com os amigos.





 


                                                                EU E ELAS


 


 


Eu nem podia acreditar que estava lá, dentro do casarão, naquela festa. Nunca tinha pisado naque la fazenda antes. Quando nasci, já morávamos fora de Florada. E longe das terras que antes eram nossas, mas que agora faziam parte da Fazenda Falcão. Terras que queríamos de volta, com juros e correção.


Tinha sido difícil chegar ali.


Precisei de muito trabalho, tanto para me aproximar de alguém que fosse convidado quanto para me disfarçar. Não queria ser reconhecida, se por algum motivo no futuro eu precisasse aparecer como eu mesma. Mas tudo deu certo e lá estava eu, quieta, segurando um copo de vinho, meus olhos velados passando em cada canto e cada pessoa.


Eu tremia por dentro. Cresci ouvindo o que aquela gente fez com minha família, com nossa propriedade, com nossa vida. Vi aquele velho na cadeira de rodas quando cheguei e não senti pena. Continuava lá, com aquele olhar arrogante, aquela cara de mau. Afinal, ainda era rico e poderoso. Seus filhos ampliaram seu poder, sua riqueza. Ele estava vivo.


Evitei-os. Assumi meu papel de moça tímida, fazendo o possível para não chamar atenção. Meu cabelo loiro estava bem preso sob a peruca de cabelos negros. Meus olhos muito chamativos, azuis, precisaram de lentes descartáveis castanhas e um óculos sem grau, apenas vidro. Usava calça escura, jaqueta preta, pouca maquiagem. Já era pequena mesmo. Ninguém olhou para mim com muito interesse.


Eu acompanhava um dos contadores da Falcão no escritório da cidade. Era um homem solitário, gordinho, tímido, de quase trinta anos. Vivia para o trabalho e para ler livros de suspense. Aproximei-me dele numa livraria em Pedrosa, cidade vizinha à Florada. Puxei assunto, pedi recomendação de livros. Claro que já estava disfarçada.


No início gaguejou, ficou nervoso, mal me encarou. Mas fui simpática, doce, insisti. Ao final, sentamos para tomar um café e ele relaxou um pouco. Passei horas entediada ouvindo-o falar de livros de terror e de zumbi, sorrindo e fingindo interesse. Depois, nos encontramos de novo para um jantar e novamente a conversa foi sobre livro. Mas então, no último encontro, conduzi o papo para onde eu queria. Falei de gado e fazenda. Ele, Robson, acabou me contando o que eu já sabia: que trabalhava para os reis do gado. Sugeri sairmos no sábado e me falou daquela festa. Ao final, pareceu que ele teve a ideia de me convidar, mas o manipulei o tempo todo para isso. E lá estava eu. Felizmente Robson também não chamava muita atenção. Paramos a um canto da sala, conversando com outro contador amigo dele, tão chato quanto. E tive tempo e oportunidade de observar tudo. Eu já tinha o mapa da casa na cabeça. Nossos informantes me passaram, pelo menos o que eu precisava saber. E a arquitetura da casa estava boa para o que eu queria.


A escadaria de madeira que levava ao andar superior ficava em uma saleta lateral, entre a sala e a sala de jantar. Era um local quase vazio. E perto de um dos banheiros, justamente sob a escada. Eu poderia ir lá e, quando tudo estivesse livre, subir as escadas. Era muito arriscado, ainda mais com a casa cheia. Se eu fosse pega, poderia pôr tudo a perder. Mas não era de fugir sem tentar. Só esperava a oportunidade certa. Enquanto isso, só observava.


Em minha visão lateral, vi Alfonso Falcão ir até onde o pai estava com a enfermeira e Tia, a mulher que tomava conta de tudo no casarão. E depois levar o pai embora, enquanto Tia ia conferir algo em direção à cozinha. Depois ele voltou sozinho. Já o tinha visto várias vezes na cidade e soube, por meus informantes, que era o mais possessivo com Anahi. Dava para notar que havia uma relação forte entre eles e aquilo me preocupou. Já sabia que ela se dava bem com todos eles e era mimada pelos “irmãos”. Seria mais fácil se fosse mais distante deles. Minha mãe contou com o fato de serem frios e arrogantes. Alertar Anahi e trazê-la para nosso lado seria mais fácil assim. Aquela relação com eles poderia atrapalhar tudo, principalmente com Alfonso, que parecia estar sempre com ela, cercando-a, protegendo-a. Era até possessivo demais, como ficou claro no cinema.


Eu começava a desconfiar que não seria fácil trazê-la para nós. Contávamos que o sangue falasse mais alto, que ela entendesse tudo aos poucos, tivesse raiva daqueles ladrões e assassinos e quisesse justiça. Mas poderia ter sido corrompida pela criação que lhe deram. E também não acreditar na gente. É o que eu já havia falado com “Elas”, tínhamos que ter um plano B. Ou seria tudo em vão.


Robson e o outro contador continuavam falando de trabalho.


Ambos feios, chatos, maçantes. E meus olhos seguiam Heitor Falcão, que conversava com as donas do Herreranetes. Como os irmãos, era muito atraente, só que mais moreno, com barba, cabelos levemente compridos e negros. Sorria e parecia à vontade com elas, nem parecia estar em uma festa, usando camisa escura e jeans, relaxado.


Pensei que, se eu não soubesse que era um Falcão, poderia até achar que parecia um bom homem. Tinha algo nele que passava essa sensação, de masculinidade e ao mesmo tempo uma certa ternura. Talvez devido ao sorriso ou aos olhos escuros aveludados.


Desviei o olhar para o outro, Pedro Falcão. Era mais agressivo, tanto fisicamente, quanto sua aura. Talvez pelo fato de ter investigado e ouvido falar sobre todos eles, tinha aquela impressão. Pois enquanto Heitor era homem da terra e mais tranquilo, contido, Pedro vivia parecendo extravasar energia.


Mesmo conversando com uma mulher, olhava em volta, se mexia, observava. Não sei se estava incomodado, sentindo que eu estava de olho neles. Por isso quase não o fitava diretamente.


Tinha uma beleza bruta, rosto quadrado, alto e musculoso, cabelos


loiros arrepiados, olhos glaciais que desmentiam seu furor interno. Soube que perdia a cabeça fácil, ia para Pedrosa lutar boxe, dar e tomar socos, e de vez em quando enchia a cara. Um descontrolado. Capaz de tudo. Devia ser o que fazia o trabalho sujo para eles.


Christopher Herrera Falcão tinha passado ali perto, mas estava longe das minhas vistas. Vi-o apenas de relance, usando casaco, calça e camisa pretos, elegante e com o porte de todo poderoso. Era sério, semblante fechado, rosto magro marcado por um bigode e uma barba cerrada. Apesar de moreno e com


cabelos escuros, tinha olhos de um azul forte, penetrantes, duros. E um nariz romano arrogante, talvez uma mistura de italiano e grego. Tudo nele gritava poder. Até andava como se fosse dono do mundo, coluna reta, queixo erguido, algo de perigoso cercando-o.


Era o que eu mais odiava. Por ser mais velho, devia saber de todas as maldades do pai e loucuras da mãe. Devia ter sido coadjuvante nos crimes de Mário Falcão. E dera continuidade a eles, como o desaparecimento do meu namorado


Flávio. E como de outras pessoas ao longo dos anos. Eu o odiava, pelo que era e representava. E queria derrubá-lo. Se Anahi passasse para nosso lado, seria fácil. Teríamos a faca e o queijo nas mãos. Sempre achei um risco muito grande o que minha mãe fez, largando-a no meio deles. Mas agora era tarde, tudo já tinha sido preparado. E era hora de começar a acontecer.



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Autor(a): hadassa04

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 167



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  • hadassa04 Postado em 25/01/2016 - 17:42:20

    Fran, não tenha medo de ler FERIDA, a dor é grande, eu sentia odio em determinados momentos, mas o livro é inebriante, vale a pena

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:42:55

    ai que dor no core...acabou ;( to com medo de ler o segundo livro...pelo jeito vão sofrer horrores...eu sempre vou olhar o poncho e a any dessa fic com carinho na outra kkkkkkkkkkkkkkkkkkk vou adorar saber um pouquinho mais deles na outra fic*

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:36:43

    ai que deliciaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:27:07

    haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:20:57

    ai que lindos meu deus!!!!!!!!!!!!!!! é muito lindoooooooooooooooooooooooooooo ler tudo isso.

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:14:41

    haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaa foi lindo o casamento...ai deus eu sou uma lagrima...uma não um monte ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:08:43

    aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii janaaaaaaa to me afogando em lagrimas...tomei coragem pra terminar de ler...

  • franmarmentini♥ Postado em 18/01/2016 - 15:54:18

    ;(

  • hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:38:42

    Cris linda da titia que bom que gostou... te espero em FERIDA

  • hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:37:14

    Fran tbm amo essa fic, e meu coração doeu ao finaliza-lá mas era preciso


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