Fanfics Brasil - CAPITULO 9 - PARTE 1 PROIBIDA - SERIE SEGREDOS ADAPTADA - FINALIZADA

Fanfic: PROIBIDA - SERIE SEGREDOS ADAPTADA - FINALIZADA | Tema: PONNY, HOT, AYA


Capítulo: CAPITULO 9 - PARTE 1

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Mas não sabia até que ponto eram lembranças verdadeiras ou criadas por mim. Tudo era muito confuso, tinha acontecido quando era muito novinha.


Abri os olhos, fitando a foto e a mensagem. Soube que, independente de qualquer coisa, eu não poderia mais fugir daquilo, fingir que não acontecia. Tinham entrado no meu quarto e na festa só tinha pessoas conhecidas, empregados, amigos. Um deles fez aquilo. Um deles podia estar perto de mim o tempo todo só me observando e passando informações.


Podia, inclusive, ser alguém da minha família verdadeira, disfarçado.


Era impressionante, parecia algo fora da realidade. Mas estava acontecendo. E simplesmente por falar em sangue e vingança, podia ser extremamente perigoso. Tinha que contar aos meus irmãos. Mas o medo era maior que tudo. Medo que descobrissem quem eu era e isso os fizesse mudar em relação a mim. E ainda mais, que afastasse Alfonso da minha vida. Eu não tinha feito nada, não era culpada, mas me sentia em meio à um fogo cruzado.


Precisava entender, saber tudo o que tinha acontecido. Lutei comigo mesma, sem saber até que ponto contar a eles ou esperar mais, investigar sozinha. Não sei o que poderiam ter feito para suscitar tanto ódio, mas recordei as palavras de


Chris contando sobre o homem que espancava e estuprava a mulher e de como foi resolvido. Aquilo não tinha nada a ver comigo, foi realizado depois que eu já tinha sido adotada.


Mas demonstrava como Chris podia ser duro e passar por cima da lei quando necessário. Já devia ter feito aquilo antes e esse era o motivo da vingança. Algo que ele ou nosso pai cometeu no passado.


Exausta, eu não conseguia mais pensar. Não tinha condições de decidir nada naquele estado. Peguei com cuidado a carta e a foto e pus sobre a mesinha ao lado. Tranquei a porta e me joguei na cama, tremendo, chorando baixinho, tentando de todas as formas pensar e tomar a decisão certa. Mas nunca estive tão confusa e perdida.


Achei que não dormiria, mas fui vencida pelo cansaço emocional e apaguei.


Só fui acordar de manhã e a primeira coisa que pensei foi naquilo tudo. Sentei de supetão, nervosa, olhando para aquela carta e foto ao lado como se fossem uma serpente prestes a me atacar. E novamente as dúvidas e o desespero me dominaram e prostraram. Ainda não sabia o que fazer e fiquei agoniada, perturbada.


Levantei, sabendo que não suportaria guardar aquilo para mim mesma. Precisava pedir a ajuda de alguém. Enfiei jeans, uma camiseta qualquer, sandálias. Dobrei aquela carta com a foto e pus no bolso da calça, penteando o cabelo de qualquer jeito, arquejando, sufocando. Me dilacerei sem saber a quem procurar. Alfonso? Tia? Chris? Heitor ou Pedro? Uma pessoa de fora para me aconselhar, como Mai?


Saí do quarto, mais perdida do que nunca. Desci, tendo dificuldades em encarar meus irmãos, em contar que eu era uma inimiga implantada entre eles. Não tive coragem de ir até a cozinha, onde deviam estar tomando café da manhã com nosso pai. Acabei saindo pela porta da frente, tremendo, quase chorando. E então vi Alfonso sentado ali no degrau, sozinho, dedilhando seu violão. Ele me fitou e seus olhos verdes amarelados na hora mudaram, ganharam mais vida, espelharam sem disfarces o seu amor.


Parei de supetão e entreabri os lábios, recebendo sua presença como um sinal, algo que Deus pôs em meu caminho. O medo me espezinhou e soube que eu poderia perdê-lo, como soube também que era a pessoa que eu mais amava naquele mundo. E em quem confiava. Foi durante minha vida tudo para mim: meu irmão, meu amigo, meu protetor. Mesmo quando fugia de mim, eu sabia que podia contar com ele. E agora não seria diferente.


Confiei em meu coração e dei dois passos em sua direção, com lágrimas nos olhos, murmurando desesperada:


- Me ajude ...


- Annie? – O pânico se espelhou nas feições dele. Na mesma hora largava o violão e ficava de pé, vindo até mim urgentemente, sério, nervoso.


O que houve? Segurou meus braços, buscou meus olhos, cheio de preocupação.


Sacudi a cabeça, tentei conter meu pânico, falei baixo:


- Preciso te contar uma coisa. Mas não aqui. Por favor ...


- Sim. – Mas parecia em pânico ao ver como eu estava. – Vamos andar.


- Não. Me tire da fazenda, Poncho Me leve para longe só por hoje.


- Calma. Fique aqui. Vou pegar a carteira, a chave do carro e dizer aos outros que vou te levar na cidade para alguma coisa. Volto logo. Não saia daqui.


- Não vou sair.


Ele acariciou meu rosto, apreensivo, curioso, aflito. E entrou logo. Esperei-o no mesmo lugar, tremendo. Quando voltou e segurou meu braço com carinho, levando-me para a garagem, fui em silêncio.


Ajudou-me a entrar em seu 4x4 e deu a volta. Ao sair com o carro, deu-me uma olhada ansiosa e indagou:


- O que aconteceu?


- Vamos parar em algum lugar e falo. – Tinha conseguido controlar as lágrimas, mas ainda tremia. Mas paciência não era virtude de Poncho, ainda mais vendo meu estado.


- Está grávida? – Indagou de supetão.


Olhei-o surpresa. Sacudi a cabeça:


- Não. Acho que não.


- Aquela primeira vez gozei dentro de você. Achei que fosse isso.


- Ainda ... é muito cedo para saber. Tem só pouco mais de uma semana. Não é isso.


- Então é o que, Annie? Estou nervoso!


- Eu sei ... – Torci as mãos, sabendo que não poderia contar de qualquer jeito.


Mas por favor, Poncho, vamos para um lugar longe disso tudo, onde eu possa me acalmar e te contar.


- Certo. – Ele se controlou, acelerando o carro na estrada cercada de árvores dos dois lados.


Ficamos um tempo em silêncio. Mas então indaguei:


- Estavam todos tomando café na cozinha?


- Não. Tia disse que Chris e Heitor foram à missa. Pedro não dormiu em casa. Ela tomava café com nosso pai e Margarida.


- O que disse para ela?


- Que você queria encontrar umas amigas da faculdade na cidade de Pedrosa e eu ia te levar. Isso desculpa se nos demorarmos muito.


E ela sabe que não gostamos que dirija sozinha para lá, pois passa perto da favela Sovaco de Cobra.


- Sim, entendi. Vamos para lá mesmo? Seria bom, teríamos mais privacidade. – Pedi, pois além de tudo queria poder ficar com ele mais do que tudo. E em Florada seria impossível, éramos conhecidos demais.


- Vamos. – Confirmou, lançando-me um novo olhar. – Mas me prometa que vai se acalmar. O que quer que tenha acontecido, vamos dar um jeito. Eu prometo.


E eu acreditei. Só assim consegui acenar com a cabeça e respirar com um pouco mais de calma, recostando minha cabeça no banco.



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Autor(a): hadassa04

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 167



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  • hadassa04 Postado em 25/01/2016 - 17:42:20

    Fran, não tenha medo de ler FERIDA, a dor é grande, eu sentia odio em determinados momentos, mas o livro é inebriante, vale a pena

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:42:55

    ai que dor no core...acabou ;( to com medo de ler o segundo livro...pelo jeito vão sofrer horrores...eu sempre vou olhar o poncho e a any dessa fic com carinho na outra kkkkkkkkkkkkkkkkkkk vou adorar saber um pouquinho mais deles na outra fic*

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:36:43

    ai que deliciaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:27:07

    haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:20:57

    ai que lindos meu deus!!!!!!!!!!!!!!! é muito lindoooooooooooooooooooooooooooo ler tudo isso.

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:14:41

    haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaa foi lindo o casamento...ai deus eu sou uma lagrima...uma não um monte ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:08:43

    aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii janaaaaaaa to me afogando em lagrimas...tomei coragem pra terminar de ler...

  • franmarmentini♥ Postado em 18/01/2016 - 15:54:18

    ;(

  • hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:38:42

    Cris linda da titia que bom que gostou... te espero em FERIDA

  • hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:37:14

    Fran tbm amo essa fic, e meu coração doeu ao finaliza-lá mas era preciso


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