Fanfic: PROIBIDA - SERIE SEGREDOS ADAPTADA - FINALIZADA | Tema: PONNY, HOT, AYA
Alfonso
Desde que Anahi tinha voltado para casa, para passar o Natal, o Ano Novo e as férias, eu a evitava e quase não parava em casa.
Tinha sido a maneira que encontrei para fugir da tentação. Não adiantava muito, pois eu continuava louco por ela, enfeitiçado, desejando sua companhia como um desesperado. A vontade de beijá-la e tocá-la era quase uma dor física, mas contra a qual eu lutava com afinco há mais de um ano, desde a última vez em que não resisti.
O fato dela estudar longe ajudava a manter aquele controle. E naqueles dias em que estava em casa, eu redobrava os cuidados, esperando ansiosamente o dia em que voltaria para sua faculdade e eu poderia respirar mais aliviado, sem
aquela luta tremenda para ser apenas o que deveria ter sido desde o início: seu irmão.
Sentados em volta da imensa mesa de jantar, nós comíamos juntos naquela sexta-feira. Tão logo o jantar terminasse, eu ia escapar para a cidade e só voltaria de madrugada, quando todos já tivessem se recolhido e eu me jogasse em minha cama, após trancar a porta do quarto, claro. Assim não tinha riscos de perder a cabeça e fazer alguma besteira.
Chris ocupava a cabeceira da mesa, como chefe da família que agora era. Apesar de nosso pai ainda estar vivo, ele estava preso em uma cadeira de rodas e tinha problemas para falar e se comunicar, embora entendesse tudo.
Geralmente não jantava conosco, pois se retirava cedo para seus aposentos. Mas nos finais de semana, quando estávamos em casa, ajeitávamos nosso horário para tomar café e almoçar com ele.
À direita de Chris sentava-se Pedro e eu ao lado dele. Do outro lado ficava Heitor e Anahi.
Assim, era impossível não levantar o olhar e vê-la. Geralmente
encontrava seus olhos castanhos claros em mim, com aquela fome lá no fundo, que aprendi a reconhecer tão bem. Era igual à minha. E muitas vezes me indaguei como os outros não notavam. Parecia tão claro, tão óbvio. E ao mesmo tempo, era só nosso. Nosso segredo.
Tentei me concentrar em outra coisa que não fosse ela, embora não pudesse deixar de notar seus lábios polpudos e doces, sua pele macia com sardas claras e esparsas, os cabelos acobreados que caíam em ondas por seus ombros. Era linda, perfeita, pequena e delicada, feminina e cheirosa, a minha perdição, o meu tormento, o meu pecado.
Eu comia tenso, cada músculo do meu corpo retesado, a respiração descontrolada. Perto dela cada célula minha reagia, o desejo me varria violento, meu pau ficava duro dentro da calça. Pensamentos perversos passavam por minha mente. Sem querer eu fitava seu pescoço esguio e lembrava das vezes em que o beijei e mordi. Ou via seus seios subindo com a respiração e seus mamilos vinham claros em minha mente, em seu formato e cor, em sua delícia contra minha língua. Minhas mãos comichavam para correr sobre a pele macia, minha boca ansiava por ter a dela contra a minha. Meu corpo pedia, exigia seu toque, seu contato. E eu me transformava numa latência viva de sensações e desejos abafados e gritantes, enlouquecedores. Não sabia mais quanto tempo aguentaria aquilo.
Já quase terminávamos de jantar, quando Heitor disse de modo calmo:
- Você não tinha algo a nos contar hoje, Anny?
Ela parou de cortar a carne e ergueu os olhos rapidamente, direto para os meus. Vi sua ansiedade e nervosismo. Desviei o olhar em silêncio, mascarando minha curiosidade.
Na mesma hora olhou para Chris e percebi que devia ser sério,
pois tremia um pouco e largou os talheres sobre o prato, escondendo as mãos no colo.
Também olhei para nosso irmão mais velho. Todos nós o respeitávamos. Chris conseguiu aquilo sem precisar nunca bater ou gritar conosco, nem mesmo comigo ou com Anahi que éramos os caçulas. E olha que praticamente nos assumiu e criou, pois em 1999 nossa mãe morreu e logo depois aconteceu a tragédia, que ninguém comentava
na família. O assunto que ficou guardado entre as paredes daquela casa e deixou nosso pai inválido e fez nosso irmão Micah sair de casa aos 18 anos e se perder no mundo.
Desde então, Theo, aos vinte e sete anos, assumiu todas as
responsabilidades, incluindo minha, com 11 anos e de Anahi, com apenas cinco anos. Claro que Tia ajudou a nos criar, assim como Pedro e Heitor. Mas quem se tornou o chefe de tudo foi o nosso irmão mais velho, que eu tinha quase como um pai.
Ele era um homem sério, rígido e exigente. Mas sempre atento às nossas necessidades. Não era como nosso pai, que muitas vezes nos deixou de lado para cuidar da Fazenda. Não, ele fazia isso, mas se preocupava com nossa educação, nossos sentimentos, nossa vida. E acabou assim se tornando nosso parâmetro familiar. Todos nós o tínhamos como exemplo e tentávamos ser justos e honestos por causa dele.
Por tudo isso, era natural que sempre procurássemos sua
aprovação em qualquer assunto, como Gabriela estava tentando fazer agora.
- O que queria falar conosco,
Anny? – Theo se recostou na cadeira, tomando um gole do seu
vinho e depositando a taça na mesa.
Apesar de dono de terras e fazendeiro, era elegante e bem-educado. Alto e moreno, tinha cabelos escuros levemente ondulados e olhos de um azul escuro, que de longe pareciam negros. Seu rosto era anguloso, com nariz reto e prepotente, faces magras, queixo firme. Havia uma sombra de barba e bigodes aparada, além de sobrancelhas negras, o que tornava seu semblante bem sério, certamente uma cara de mau. Que quando necessário, era fato. Mas que todos nós sabíamos apenas disfarçar um coração justo e cheio de amor por nós.
Anahi sempre foi uma boa irmã e o respeitou. Mas agora
parecia nervosa e eu a conhecia o suficiente para saber que não ficaria assim sem um motivo verdadeiro, pois estava claro que diria algo que nem Chris, nem nenhum de nós ia gostar. Aguardei, preocupado. E então ela falou ansiosa:
- Eu não vou voltar para a faculdade por enquanto.
Gelei e fixei meus olhos nela.
- Como assim? – Chris a encarava, sério, compenetrado.
Estremeceu. Olhou dele para mim, mordeu os lábios ao ver minha cara feia. Eu me desesperava só de imaginar ter que lutar contra o que sentia por ela todo santo dia, tendo-a ali sob o mesmo teto que eu.
Rapidamente fitou Pedro e depois Heitor, não recebendo nenhum olhar mais cândido onde pudesse encontrar um aliado.
Respirou fundo e tornou a encarar Chris, seus olhos se enchendo de lágrimas. Quase murmurou:
- Eu odeio minha faculdade. Choro lá quase todos os dias. Odeio o barulho da cidade, não consigo dormir, sinto falta daqui. Por favor, Chris, não me mande voltar!
Autor(a): hadassa04
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- Já conversamos sobre isso. – Disse ele, encarando-a. - Eu sei, mas ... - Anny. – Heitor segurou sua mão sobre a mesa, fazendo com que o olhasse. – Eu achei horrível ter que fazer faculdade longe daqui. Alfonso também. Mas nosso pai exigiu que todos tivéssemos diplomas universitá ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 167
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hadassa04 Postado em 25/01/2016 - 17:42:20
Fran, não tenha medo de ler FERIDA, a dor é grande, eu sentia odio em determinados momentos, mas o livro é inebriante, vale a pena
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franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:42:55
ai que dor no core...acabou ;( to com medo de ler o segundo livro...pelo jeito vão sofrer horrores...eu sempre vou olhar o poncho e a any dessa fic com carinho na outra kkkkkkkkkkkkkkkkkkk vou adorar saber um pouquinho mais deles na outra fic*
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franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:36:43
ai que deliciaaaaaaa
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franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:27:07
haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:20:57
ai que lindos meu deus!!!!!!!!!!!!!!! é muito lindoooooooooooooooooooooooooooo ler tudo isso.
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franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:14:41
haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaa foi lindo o casamento...ai deus eu sou uma lagrima...uma não um monte ;(
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franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:08:43
aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii janaaaaaaa to me afogando em lagrimas...tomei coragem pra terminar de ler...
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franmarmentini♥ Postado em 18/01/2016 - 15:54:18
;(
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hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:38:42
Cris linda da titia que bom que gostou... te espero em FERIDA
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hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:37:14
Fran tbm amo essa fic, e meu coração doeu ao finaliza-lá mas era preciso