Fanfic: PROIBIDA - SERIE SEGREDOS ADAPTADA - FINALIZADA | Tema: PONNY, HOT, AYA
EU E ELAS
Minha avó estava internada e mal de saúde. Já vinha há muito tempo sendo consumida pela doença, mas agora não tinha mais condições de ficar em casa. Eu e minha mãe nos revezávamos no hospital, mas era ela que pegava o pesado, pois eu tinha que ficar me deslocando de lá para Florada, de olho em tudo, vivendo naquele barraco no Sovaco de Cobra.
Estávamos na casa em que vivemos um bom tempo e que agora praticamente ficava vazia, com minha mãe direto no hospital acompanhando minha avó, e eu no barraco da favela. Estava abafado lá dentro, depois de tantos dias fechado. E nós duas em volta da mesa da cozinha, nos fitando e conversando.
- Não tem como eles rastrearem o e-mail. – Expliquei. – Eu o enviei de uma conta falsa, em uma lan house de Aracari, aquela cidade perto de Pedrosa. O máximo que podem fazer é chegar ao lugar, mas aí não tem mais pista.
- Ótimo. – Ela acenou com a cabeça, mexendo em sua xícara de café, séria como sempre. – E o telefonema?
- Arrumei um celular roubado com o Lauro. Está aqui. Fazemos a ligação e depois nos livramos dele.
- Falando em roubado, quando será o próximo roubo de gado? Lauro falou? Temos que dar prejuízo a esses desgraçados. E lucrar em cima deles. Nos devem muito. – Olhou-me irritada, como sempre ficava ao falar daquela família.
- Acho que vai ser amanhã à noite. Eles estão combinando.
- Certo. Então, ligue para ela. Vamos ver se o conteúdo do e-mail
a deixou ao menos curiosa.
Acenei com a cabeça e peguei o celular. Por mais incrível que pudesse parecer, me senti nervosa.
Seria a primeira vez que ia falar com a minha irmã. Até então, sempre a vi só de longe. Não demonstrei à minha mãe e a fitei, indagando a mim mesma se ela não sentiria falta da filha mais velha. Só falava de Anahi o essencial. Mas não era mulher de demonstrar o que sentia. Pus um lenço fino sob o bocal, concentrei-me para aprofundar mais a voz, disfarçando-a um pouco.
Quando Anahi atendeu, meu coração disparou.
- Alô?
- Sou eu. – Falei baixo.
- Quem? – Sua voz era suave, doce.
- Recebeu meu e-mail?
Anahi ficou muda. Esperei, ansiosa, tentando me manter fria, quando por dentro eu tremia. Então ela murmurou:
- Você ... é minha irmã?
Fiquei surpresa que ela soubesse. Fixei os olhos nos de minha mãe e fui engolfada por uma emoção indescritível. Tentei me concentrar, não vacilar. Não
respondi. Rebati:
- Viu ou não?
- Vi. Por que estão fazendo isso comigo? – Indagou angustiada.
- Precisa saber quem eles são.
- São meus irmãos, minha família. Me amaram e me protegeram quando vocês me abandonaram. – Acusou.
- Foi preciso.
- Preciso? Para quê? Para me usarem nessa vingança horrível? O que vocês têm contra eles? O que fizeram para ficarem com tanto ódio? – Parecia nervosa.
- Se viu as fotos, sabe que são assassinos. Mataram aquelas pessoas. – Comecei a ficar irritada, lembrando de tudo que passamos por causa deles. – Destruíram a nossa família, mas isso você não quer saber. Foi criada no luxo e eu na miséria. Agora nos dá as costas!
- Não é isso! Quem é você? Qual o seu nome? Podemos conversar, nos entender! Quero muito conhecer você! Por favor, me dê uma chance. Esqueça essa vingança e ...
- Nunca! Pensa que sou boba? – O tempo todo eu forçava a voz
para ser mais grossa, disfarçada. – Só quero saber uma coisa: está do nosso lado ou contra nós?
- Não estou de lado nenhum! Precisa entender, não conheço vocês! Não sei ao certo do que acusam meus irmãos!
- Não são seus irmãos! – Exclamei, com raiva. – Está no meio de assassinos! Mataram uma pessoa da nossa família. Nos tiraram tudo!
- Eles não fariam isso ... – Choramingou, angustiada. – Você não os conhece.
- Sei tudo sobre eles. Posso garantir que é você quem não os conhece. Só quero uma resposta: Vai nos ajudar? Ou está com eles?
- Quero ajudar vocês, mas sem essa vingança. Por favor, me escute ...
- Sim ou não?
Ouvi um barulho do outro lado da linha e outra voz. Me preparei para desligar, mas me assustei quando uma voz grossa de homem falou com rispidez:
- Quem é você? Por que não deixa a Annie em paz?
- Alfonso? – Arrisquei, nervosa, minha raiva aumentando.
Minha mãe arregalou os olhos.
Autor(a): hadassa04
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- Sou eu. Ao contrário de vocês, não tenho medo de me identificar. Se acham que foram injustiçadas e querem alguma coisa, mostrem a cara! – Exigiu, puto. - Vocês vão pagar por tudo, seus desgraçados! Por tudo! – E desliguei, tremendo, arquejando. - O que foi isso? – Exigiu minha mãe, vendo meu estado. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 167
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hadassa04 Postado em 25/01/2016 - 17:42:20
Fran, não tenha medo de ler FERIDA, a dor é grande, eu sentia odio em determinados momentos, mas o livro é inebriante, vale a pena
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franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:42:55
ai que dor no core...acabou ;( to com medo de ler o segundo livro...pelo jeito vão sofrer horrores...eu sempre vou olhar o poncho e a any dessa fic com carinho na outra kkkkkkkkkkkkkkkkkkk vou adorar saber um pouquinho mais deles na outra fic*
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franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:36:43
ai que deliciaaaaaaa
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franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:27:07
haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:20:57
ai que lindos meu deus!!!!!!!!!!!!!!! é muito lindoooooooooooooooooooooooooooo ler tudo isso.
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franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:14:41
haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaa foi lindo o casamento...ai deus eu sou uma lagrima...uma não um monte ;(
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franmarmentini♥ Postado em 19/01/2016 - 15:08:43
aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii janaaaaaaa to me afogando em lagrimas...tomei coragem pra terminar de ler...
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franmarmentini♥ Postado em 18/01/2016 - 15:54:18
;(
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hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:38:42
Cris linda da titia que bom que gostou... te espero em FERIDA
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hadassa04 Postado em 13/01/2016 - 23:37:14
Fran tbm amo essa fic, e meu coração doeu ao finaliza-lá mas era preciso