Fanfic: PROIBIDA - SERIE SEGREDOS ADAPTADA - FINALIZADA | Tema: PONNY, HOT, AYA

- Mas é verdade o que o povo falou! – Sacudiu a cabeça, pasma. Estava toda maquiada, usando um vestido curto e colado e sapatos de salto alto mesmo no chão irregular de terra. Não sei como conseguia se manter naquilo. – Sabe que isso é estupro?

- O quê? – Encarei-a, irritado.

– Tá maluca?

- Mas é estupro! Quando irmãos namoram, ou pai e filha, ou tia e sobrinho! O nome é estupro, pelo amor de Deus!

- Não quer dizer incesto? – Anahi corrigiu-a, séria.

- É isso aí mesmo. – Sacudiu na mão e olhou-a de cima abaixo, medindo seus atributos. Lamentou: - Eu te tratando como minha cunhada e você me passando a perna!

- Olha, não vem se meter comigo não que não tenho a mesma paciência do Poncho! – Gabriela se irritou.

- Epa! – Claudinha se sacudiu, jogando os cabelos pra trás e os peitos para frente. – Quer encarar?

- Quero sim!

- Annie, pare com isso! – Exclamei surpreso ao vê-la toda vermelha. Puxei-a para mais perto de mim, preocupado e ao mesmo tempo divertido com seu ciúme. Disse a ela, como se isso explicasse tudo:

- É a Claudinha.

- Sei que é ela! – Olhou-me irritada. – Mas quando essa menina vai entender que você não tem nada com ela?

- Mas ele era meu namorado até você aparecer, sua... sua... sua loira! – Claudinha estava inconformada e começou a contar nos dedos: - Quem foi que mandou um carro de som chiquérrimo no aniversário dele? Quem saiu de dentro do bolo? Quem...

Parou de contar e ficou pensando o que dizer. Chamava atenção de todo mundo e as pessoas riam, se divertindo. Eu já estava morto de vergonha e Anahi irritada. Pensei no bebê e resolvi acabar logo com aquilo. Disse a Claudinha, bem sério:

- Olha, por que não esquece que eu existo? Quando vai entender que não tenho nada com você? Annie é minha namorada e não quero mais essas graças comigo. Acabou, Claudinha!

- Mas peão ...

- Não quero que me chame de peão. Se não me escutar, vou parar de falar com você.

Meu tom, acho que a alertou. Arregalou os olhos, chocada. Levou a mão ao coração.

- Não pode ser verdade. Eu já falei, isso é estupro! Vocês não podem...

- Não é incesto. – Corrigi. – Somos irmãos adotivos, não temos o mesmo sangue.

- Mesmo assim ...

- Claudinha, o que eu preciso fazer para me deixar em paz? –

Perdi a paciência. Mas ela levou a sério a pergunta e ficou pensativa.

Eu suspirei, olhei nosso público divertido e depois para Anahi, que sacudiu a cabeça e revirou os olhos.

- Bom, segundo a Mãe Menininha da Cigana Preta, vou ser a Senhora Falcão. Se não é com você, o mínimo que pode fazer para compensar ter me traído com a sua irmã ... – Apontou para Annie e depois me olhou, decidida. – É me

apresentar devidamente a um de seus irmãos. Qualquer um serve, mas se for para escolher pode ser aquele fo/dão, o chefe da família... Nossa, ele tem um olhar que minhas carnes se tornam gelatina … Estremeceu.

- Não tem jeito, não. – Reclamou Anahi.

- É o que te falei. – Disse a ela. – Nem sei mais o que faço com essa maluca. Vive no mundo dela.

- Quem é maluca aqui? – Claudinha se invocou. – Peão, escute bem! Eu posso escolher qualquer homem aqui! Escolhi você, mas agora estou “desescolhendo”! Chega! Quer ver só? Quem aí quer a Claudinha Silva?

Ninguém disse nada. Olhou abismada para os rapazes. Abriu os braços.

- Olha aqui! Qual de vocês entra na briga?

- Na briga com quem? – Perguntou Dado.

- Com o peão!

- Comigo não! – Eu fiz questão de esclarecer. – Podem ficar à vontade!

- E aí? – Ela girou em volta de si mesma. Ninguém se candidatou e ficou possessa. – Não tem macho aqui não?

- Tem macho de bom gosto. – Uma loirinha falou com deboche e

os outros riram. Vendo Claudinha ali, fazendo papel de ridícula, olhei em volta.

Todo mundo se divertia às custas dela e nem se dava conta. Fiquei com pena e suspirei. Mas sabia que se fosse legal com ela, ia interpretar errado.