Fanfic: Amor com luxuria | Tema: Portinon

Camille•

Aquele vestido preto deixava o corpo de Bianca ainda mais bonito. Suas curvas, sua bunda, ali na minha frente, subindo aqueles degraus… foi enlouquecedor.

O terceiro e ultimo andar não era grande, apenas uma parte aberta para os fumantes. Com bancos e um pequeno bar onde vendia balas e cigarros.

Bianca caminhou lentamente a minha frente até o final do lugar, onde finalmente se virou para mim me olhando com aquela cara de brava. Eu não disse nada, apenas a olhei como se perguntasse ‘fala’.

Bianca: Eu não quero você falando com aquela mulher. - Ela disse séria, como se fosse uma mãe ou minha dona, eu adorei aquilo.

Camille: Aé? Porque não? - Eu resolvi provocar.

Bianca: Porque aquela mulher é suja, podre, vadia e sem caráter! - Ela disse com nojo.

Camille: Hum… Eu não to nem ai, não quero me casar com ela mesmo. - Eu disse séria como se realmente tivesse interesse na outra.

Bianca: Independente do que você queria, ela não deixa de ser uma vadia suja… E eu não quero você se envolvendo com pessoas assim!

Camille: Cara, ela me pareceu uma pessoa bem legal. - Eu provoquei com um sorriso de canto.

Bianca: Não, não é, ela é nojenta e muito velha para você também! - Ela realmente não me queria perto da tal `Flavia’.

Camille: Você e esse seu problema com a minha idade, a Flavia não me pareceu se importar com isso, ela me adorou do jeitinho que eu sou. - Eu cruzei os braços me encostando a parede a olhando de lado.

Bianca: É sério Camille, eu te proíbo de chegar perto dela! - Ela ainda falava como se fosse minha dona, aquilo era excitante.

Camille: E desde quando você manda em mim? - Eu disse meio debochada.

Bianca: Não mando, mas sou sua professora e quero sempre o melhor para os meus alunos, não vou deixar você fazer isso com você! - Ela ainda estava irritada.

Camille: Aqui, nesse lugar você não é nada minha, você nem se quer é minha colega, talvez uma conhecida. - Eu estava falando sério, aquele joguinho estava ficando muito bom. - Então não pode me proibir de nada…

Bianca: É sério Camille… - Ela pareceu mais irritada, era quilo que eu queria. - Ela não é mulher para você!

Camille: Quem é mulher para mim então? - Eu descruzei os braços e fiquei de frente para ela a olhando sério.

Bianca: Não sei, mas ela não!

Camille: Faz assim professora Bianca. - Eu disse com deboche. - Me de um bom motivo para eu não descer lá e ficar com ela agora mesmo.

Ela ficou calada, como se pensasse no que ia dizer. Aqueles pequeno segundos pareceram durar horas. Bianca negou com a cabeça como se não concordasse com algum pensamento, me olhou com aquela cara de brava, respirou fundo revirando os olhos e por fim molhou os labios com a língua me encarando outra vez… Que mulher maravilhosa Deus, como pode ser tão perfeita em tudo que faz. Eu realmente estava apaixonada por ela…

Bianca pegou ar, como se fosse dizer alguma coisa, mas nada disse. Com uma mão ela em empurrou pela barriga me encostando a parede, colou seu corpo no meu me deixando totalmente `drogada’, segurou em minha nuca com sua outra mão e beijou meus lábios como se fossem seus… Sua boca era tão macia e gostosa que eu tive certeza que era aquela mulher, dona do melhor beijo, que eu iria provar em toda a minha vida. Inacreditável, eu estava mesmo beijando Bianca… Ela beijava de um jeito doce e feroz ao mesmo tempo, puxava meus cabelos vez ou outra, mordia meus lábios e chupava minha língua. Eu passava as mãos em suas costas, pela lateral de seu corpo até quase seus seios… Suas curvas eram ainda mais belas sobre minhas mãos, seu gosto era ainda mais saboroso em minha boca, e seu cheiro ainda mais gostoso de tão perto.

O beijo acabou, mas ficamos com os lábios colados por um tempo, com as respirações alteradas… Suas mãos em minha nuca, as minhas em sua cintura a segurando com firmeza. Não queria que aquilo fosse mais um sonho, não queria que fosse mais um devaneio. Ela se afastou calmamente de mim. Ajeitou seus cabelos e limpou de leve ao redor de seus lábios, tudo da maneira mais sexy possível.

Bianca: Está ai um bom motivo. - Ela disse séria, mas com um léve sorrido de canto.

Camille: Todos na verdade. - Eu estava meio que em choque ainda, encostada a parede, com minhas pernas um pouco afastadas olhando para ela com aquela cara de idiota apaixonada. - Você não existe sabia?

Bianca: É o que vai acontecer comigo, deixar de existir de isso sair daqui. - Ela começou a parecer preocupada. - Se alguém descobre o que eu acabei de fazer acho que vou ter que mudar de país!

Camille: Hey… - Eu a puxei pela mão, fazendo-a ficar bem próxima a mim. - Para de se preocupar com isso, ninguém vai descobrir, e mesmo se descobrissem não aconteceria nada!

Bianca: Como não? - Ela se afastou. - Você só tem dezesseis anos. E eu… eu tenho vinte e sete… Você nem maior de idade é ainda!

Camille: Esquece a minha idade física por favor!? - Eu disse com raiva. - Esquece também que você me da aulas, e sei la… Finge só que me conheceu aqui, finge que é a primeira vez que me viu, e que se apaixonou por mim a primeira vista, porque eu sou muito irresistível e gostosa. - Ela começou a sorri de canto como se achasse graça. - Finge que eu disse que tenho vinte e cinco anos, que moro sozinha e que trabalho como… como motorista de caminhão. - Ela soltou uma risada. - E que como você eu também me apaixonei a primeira vista…

Bianca: O que eu fiz para merecer você em garota? - Ela disse ainda com um sorriso no rosto. - Qual foi o pegado que eu cometi em outra vida em…?

Camille: Pegado é o que você está cometendo agora ficando tão longe de mim. - Eu a puxei pela mão outra vez.

Bianca: É criança, eu vou pro inferno mesmo… - Ela mordeu o próprio lábio antes de me beijar outra vez.

Voltamos a nos beijar, tão ou mais intensamente do que antes. Bianca era uma pessoa difícil e controladora, até onde eu colocava minhas mãos ela queria ter o controle. Não sei se por estarmos em um local público ou por gostar de estar sempre no comando. Aos beijos, palavras entre lábios e mãos tentando se encontrar ouvi alguém forçando um pigarro ao meu lado. De imediato soube que era Millena, inconveniente.