Fanfic: Amor com luxuria | Tema: Portinon

Camille •

Que noite era aquela? Se tudo não passasse de um sonho eu realmente queria nunca mais acordar na vida. Bianca era mais maravilhosa do que eu imaginava. Depois de horas la em cima, nos beijando e nos conhecendo melhor. Fomos assistir ao show no primeiro andar. Achei que ela fosse me tratar diferente no meio dos conhecidos, que fosse fingir que nada havia acontecido entre a gente. Mas não foi nada daquilo que eu imaginei. Minha professora de português ficou o tempo todo ao meu lado, vezes me beijava, vezes me abraçava… Eu estava completamente louca por ela, completamente apaixonada. Logo que eu sempre achei que esse tipo de coisa só existia em filmes.

Bianca: Não olha para ela! - Ela disse com cara de brava me abraçando e me virando para o outro lado.

Camille: Para quem? - Eu perguntei sem entender.

Bianca: Para quela mulher nojenta, só não olha! - Ela segurou meu rosto. - Olha para mim. - Ela ainda estava com cara de brava.

Camille: Se eu olhar você vai ficar mais brava? - Eu disse com um sorriso torto.

Bianca: Claro!

Camille: Então deixa eu olhar, cadê ela? - Eu a procurei e ela segurou meu rosto outra vez me fazendo olhar em seus olhos.

Bianca: Não tem graça Camille! - Ela realmente ficou mais brava. - Você não sabe como eu odeio aquela mulher. E o quanto suja ela é.

Camille: Achei ela com cara de limpinha. - Eu sorri debochando e ela me soltou

Bianca: Debochada, abusada, insistente, mimada… - Ela contava nos dedos. - E o que mais vamos incluir na sua listinha?

Camille: Linda, perfeita, maravilhosa, cheirosa, divertida… - Eu disse com um tom de sarcasmo.

Bianca: Ah claro, convencida também, como eu tinha me esquecido desse? - Ela disse revirando os olhos.

Millena: Vamos embora! - Disse minha irmã surgindo das cinzas.

Camille: Que? Não!

Millena: Minha mãe ligou, temos que ir.

Camille: Ah, pede para ela esperar um pouco…

Millena: Ela parecia está bem irritada, acho melhor a gente ir logo…

Camille: Mas ainda está cedo! - Eu disse como uma menina mimada.

Millena: São quatro horas da manha Camille, vamos logo!

Bianca: Mentira! - Ela disse espantada.

Camille: São quatro nada, a hora não passou tão rápido assim! - Eu disse olhando no relógio. - Gente são quatro e quinze…

Samara: É eu também fiquei chocada…

Bianca: Vocês vão embora como? - Ela perguntou mais para mim do que para elas.

Millena: Acho que de taxi não é? - Ela perguntou para mim e eu dei de ombros.

Bianca: Mas vão pegar aqui na frente?

Camille: Não, vamos andando até perto dos arcos.

Bianca: Mas porque vão andando até lá? É perigoso andar por ai assim. - Ela parecia preocupada.

Camille: Que nada, é tranquilo.

Bianca: Não é não, eu moro aqui e sei como as coisas funcionam, é perigoso sim três meninas bonitas, com cara de ricas andando pela lapa sozinhas, mesmo estando cheia as ruas, é perigoso sim. - Ela realmente estava preocupada. - Então parem de inventar moda e peguem o taxi aqui na frente.

Millena: Mas nossa mãe e nossa tia estão perto dos arcos, temos que encontrar elas lá. - Ela disse como se fosse algo obviu.

Bianca: Ah, elas vieram buscar vocês? Pede para virem até aqui!

Camille: Não, elas vieram com a gente, entraram em outro lugar, sei lá. E agora temos que nos encontrar no ponto que marcamos…

Bianca: Então vou com vocês até lá.

Camille: Não precisa, a gente vai na boa!

Bianca: Não to pedindo autorização, eu vou levar vocês até lá e pronto.

Insisti que ela não fosse, que ficasse por lá mesmo e curtisse o final da noite. Mas ela não deu o braço a torcer. Pagamos nossas comandas e saímos da ‘Sinônimo’ em direção ao ponto de encontro. Até mesmo aquela `corridinha’ que demos foi maravilhosa. Ela ao meu lado o tempo todo, como se já fosse minha a mil anos. Assim que chegamos ao local, tanto minha mãe como minha tia estavam de cara fechada. Alguma coisa havia acontecido, mas confesso que nem me interessei em saber, eu só conseguia pensar em Bianca.

Na verdade tudo que estava lindo e colorido em minha mente começou a ficar negro, quando eu vi Bianca olhando de um jeito totalmente estranho para tia Dulce. Sua expressão misturava duvida, felicidade e até medo. Enquanto minha linda professora olhava daquele jeito em especial para minha tia, Dulce Maria a olhava como se perguntasse `algum problema?’

Bianca: Você não é… - Ela ainda a olhava do mesmo jeito. – Dulce Maria?

Dulce Maria: Eu mesma e você quem é? - Ela pergunto com aquele ar de esnobe dela.

Bianca: Bianca! - Ela disse sorrindo, enquanto minha tia a olhava como se nunca a tivesse visto no mundo.

Dulce Maria: Desculpa… Era para eu te conhecer? - Ela perguntou de cara.

Bianca: Sou eu Dulce, Bianca, do Educandário, sua mascotinha! - Ela disse feliz.

Aquilo era muito estranho, muito, muito estranho mesmo. Como assim elas se conheciam? Como assim `sua mascotinha’. Uma raiva subiu por dentro de mim, só de pensar que havia toda uma história por trás delas. Olhei para Millena e Samara, que estavam as olhavam confusas. Em seguida para minha mãe, que as olhavam de um jeito um tanto familiar para mim…