Fanfic: Amor com luxuria | Tema: Portinon

Anahi •

Quando consegui sair do loft já se passavam das oito da noite, provavelmente todos já estavam em casa. E eu ia ter que arrumar um boa desculpa por está chegando tão tarde. No caminho eu já fui bolando toda uma história, de que o empresário ligou de última hora, e que quis uma reunião para falar sobre a capa… Tudo já estava bem armado em minha mente, não tinha como dar errado.

Assim que entrei pela porta da frente, toda a sala estava escura. Achei estranho, já que quando Alfonso está em casa ele sempre fica a essa hora na parte de baixo. Mas talvez devesse estar vento televisão na sala lá de cima. Assim que liguei a luz eu cheguei a dar um pulo de susto. Lá estava meu marido. Sentado ao lado das bebidas com um copo de whisky em mãos. Ele não era de beber essas coisas. Sua expressão também não era nada boa. Seus olhos estavam vermelhos e assim que seu olhar se encontrou com os meu eu soube que ele estava bêbado, e que boa coisa não estava por vir.

Anahi: Aconteceu alguma coisa amor? - Eu perguntei receosa ao colocar minha bolsa no sofá e me a aproximar de onde ele estava.

Alfonso: Onde você estava Anahi? - Ele perguntou com a voz baixa, mas eu podia sentir a raiva sair de dentro dele. - Estou te esperando desde as cinco da tarde.

Anahi: Eu estava com a Maria e… - Ele me interrompeu.

Alfonso: Não, não responde! - Ele disse apontando um dedo para mim. - Cala a boca! - Ele bebeu os últimos goles de seu copo e se levantou. - Eu já não falei que não quero você com ela? - Ele disse em tom alto.

Anahi: Calma amor, estávamos resolvendo…

Alfonso: Já mandei você calar a boca! - Ele quase gritou. - Eu mando aqui, e eu não quero você com ela, achei que tivesse sido claro, não quero você com ela! - Ele ainda apontava o dedo para mim.

Anahi: Eu trabalho com a Maria Alfonso… - Eu falei com calma.

Alfonso: Trabalha porra nenhuma, você é minha mulher e dona de casa.

Anahi: Sua mulher sim, mas dona de casa não sou mais, agora eu ganho meu próprio dinheiro. - Eu disse com certa raiva. Já ele riu ironicamente em tom alto, totalmente debochado. Aquilo me deu uma raiva tão grande.

Alfonso: Você é ridícula Anahi … Chega a ser patética! - Ele ficava tão diferente quando bebida. – Dulce  não é companhia para você, logo você que tem a cabeça tão fraca…

Anahi: Eu não quero mais ouvir isso… - Eu dei as costas, mas ele foi rápido e me puxou, segurando em meus ombros com força.

Alfonso: Não de as costas para mim! - Ele gritou comigo. - Eu ainda estou falando com você… - Ele me sacudia enquanto falava. - Quero deixar tudo bem claro dessa vez…

Anahi: Está me machucando. - Eu empurrei ele. - E eu não quero ouvir você falar mais nada. Eu trabalho com Maria e vou continuar trabalhando, quer você queria ou não. - Eu disse firme.

Alfonso: Não vai, não vai, não vai! - Ela gritava, estava transtornado. - Vocês já passaram muito tempo juntas, já puderam até matar a saudades. - Ele falava com nojo na voz. - Mas agora chega. Não sou otário e não tenho mais dezessete anos… Você não vai mais ver Dulce entendeu? - Ele me segurou pelos braços com força outra vez.

Anahi: Me larga Alfonso. - Eu disse ainda firme. - Me solta, você está bêbado e está me machucando.

Alfonso: Você acha que eu sou otário? Acha que pode fazer o que quiser na rua com aquela mulher e voltar para casa como se nada tivesse acontecido? Você acha mesmo que eu esqueci aquele dia? Aquele dia em que eu fiz Dulce Maria ir embora?

Anahi: Me larga Alfonso, me larga! - Eu comecei a falar em tom alto também, enquanto ele tagarelava coisas sem sentido, ou talvez com muito.

Alfonso: Sabe porque eu deixei ela ficar aqui em casa, Anyzinhaa? - Ele disse com deboche. - Porque eu queria ver a sua cara. - Ele soltou um de meus braços, segurando com uma mão em meu rosto, o apertando. - Queria saber exatamente com o que eu estava lidando. Porque ela voltar para nossas vidas era inevitável, mas eu tinha que ver de perto se aquela merda toda ainda existia. Se o otário aqui ia se feito de idiota pela segunda vez… E não é que está sendo? - O jeito com que ele falava estava me dando medo.

Anahi: Para Alfonso… - Eu senti que ia chorar de nervoso. - Não tem nada acontecendo…

Alfonso: Nada? - Ele disse entredentes com raiva. - Nada Anahi? Nada? - Ele gritou em minha cara, ainda segurando em meu braço e rosto. - Sínica, suja! É isso que você é… - Ele me soltou. - Sínica… - Ele me olhava com nojo.

Anahi: Para com isso amor, não tem nada acontecendo, você só está bêbado… - Eu disse tentando acalma-lo.

Alfonso: Eu estou ótimo, melhor do que nunca… E para de mentir para mim. - Ele apontou novamente na minha cara. - Para de mentir! - Ele gritou.

Anahi: Não estou mentindo amor… - Eu disse meio chorosa. - Acredita em mim… Fica calmo… Não tem nada acontecendo, nada…

Alfonso: Sínica! - Ele gritou e veio para cima de mim outra vez.