Fanfic: Amor com luxuria | Tema: Portinon

Anahi: Nossa, me sinto um nada perto de você… – Eu estava encantada com aquela historia de vida.

Dulce Maria: Por que?

Anahi: Porque minha vida não tem nada de legal como a sua. Sou filha única, moro com meus pais em uma cobertura no Flamengo e nunca tive conflito algum na vida… Não como esses…

Dulce Maria: Toda vida é única, não é porque sua vida foi diferente da minha que não é interessante e importante. Aposto que tem muitos problemas na hora de escolher a cor do esmalte – Ela disse com um sorriso irônico.

Anahi: Ah, para ta bem? – Eu joguei uma almofada nela. – Nem sou tão fútil assim… – Ficamos em silêncio por alguns segundos – Por que não foram dessa vez?

Dulce Maria: Porque eles vieram para cá, passaram o natal e o ano novo. – Estávamos tão esparramadas no sofá que nossos pés já se encontravam. – Mas foram logo embora, até queriam que fossemos passar o resto das férias lá, mas dessa vez a gente preferiu ficar.

Dulce Maria: Ah entendi… – Eu aos poucos ia refletindo sobre a história. – Você e o Poncho… Pareciam tão próximos e unidos, por que mudou tanto? – Ela sorriu de um jeito gostoso, achando graça da pergunta.

Dulce Maria: É, sempre fomos um só, mas as coisas mudaram muito de uns dois anos para cá… Que foi quando ele descobriu que eu beijava meninas.

Anahi: Hum… – Eu senti ciúmes ao ouvir aquilo. – Então, quer dizer, que você beija meninas por ai… – Eu fui irônica.

Dulce Maria: É, beijo sim, várias, de todos os tipos… – Ela disse meio sarcástica, com um sorriso de canto. – Você deveria tentar, aposto que não vai se arrepender. – Senti um calafrio percorrer por todo o meu corpo.

Anahi: Não… não… Eu sou comprometida e gosto muito do meu namorado. – Eu frisei a palavra ‘namorado’.

Dulce Maria: É, eu sei o quanto gosta… – Ela mordeu de leve seu próprio lábio.

A conversa estava tomando um rumo do qual eu queria evitar. Mas ao mesmo tempo queria instigar. Era tão bom conversar com ela, o jeito que me olhava, que gesticulava. Tudo nela para mim era diferente. Até aquela minha mesma vontade de sempre, de tocar nela, sentir a textura da pele contra a minha. Cheirar seus cabelos, beijar seu rosto… E antes que eu avançasse em cima dela como uma maluca, eu tinha que cortar o assunto pela raiz.  

Anahi: Então… Será que o Danilo já está chegando? – Eu disse ao me recolher no sofá ficando o mais longe possível dela. Enquanto minha cunhada riu de mim.

Dulce Maria: Acho que acabou de chegar!

Anahi: Que, onde? – Eu olhei para porta. – Como sabe?

Dulce Maria: Ouvi o portão bater…

Naquele mesmo instante a porta da sala abriu-se . Alfonso entrou como um zumbi. Com a cara amassada, a blusa suja e o tênis na mão.