Fanfic: Amor com luxuria | Tema: Portinon

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Anahi •

Depois de uma noite daquela, o que eu mais desejava era dormir até tarde, acordar com carinhos e beijos e depois tomar meu café da manhã as duas da tarde. Mas não foi assim que aconteceu. Acordamos com a campainha tocando loucamente, meio desnorteada Maria se levantou pegou algumas peças de roupas no armário e nos vestimos correndo. Foi em quem desceu para abrir a porta, de início achei que fossem minhas filhas, e já estava tentando arrumar uma desculpa para tudo. Mas eu me surpreendi ao ver quem era.

Anahi: Olivia? – Eu disse da sacada do quarto. – Aconteceu alguma coisa? – Eu desci quase correndo em direção a elas.

Olivia: Ainda não mulher, mas se veste, correndo, o mais rápido que puder… – Ela parecia nervosa. – Minha empregada me ligou a uns cinco minutos falando que um homem ligou lá para casa e fez um monte de perguntas, tenho certeza que é seu marido. – Ela estava afobada.

Anahi: Como assim, ele disse que só voltaria amanhã. – Eu disse já nervosa. – E como chegou tão rápido aqui?

Olivia: Por Deus eu estava a duas quadras daqui, agora só se veste e vamos embora… – Ela olhou no relógio. – Vai Anahi, o tempo está passando… ele não te achou em casa e nem na minha, ele deve tá vindo para cá. Se você não quer um barraco vamos logo antes que ele apareça.

Anahi: Tá, tá! – Eu disse meio desnorteada indo a procura de minhas peças de roupas pelo loft.

Dulce Maria: Entra, quer alguma coisa? – Ela disse com calma para Olivia ao fechar a porta.

Olivia: Não obrigada, só quero que a Anahi ande logo, imagina dar com ele do elevador?

Dulce Maria: Por mim seria na minha cama mesmo.

Anahi: O que você disse Dulce Maria? – Eu disse ao parar e olhar para ela.

Dulce Maria: Que por mim será na minha cama mesmo. – Ela disse alto como se eu fosse surda.

Anahi: Está falando que queria que ele nos pegasse na sua cama? – Eu disse sem acreditar.

Dulce Maria: Exatamente. – Ela disse séria. – Assim acabava logo com essa palhaçada toda.

Anahi: Não acredito que estou ouvindo isso. – Eu disse ao tirar a camisa de Dulce Maria que eu estava ficando só com a calcinha que ela havia me emprestado e colocando minha roupa de qualquer jeito.

Dulce Maria: Eu que não acredito que depois de ontem você ainda tem a capacidade de pensar em continuar com ele.

Anahi: E quem disse que eu quero? – Eu disse ao colocar os sapatos.

Dulce Maria: Se não quisesse você ficaria.

Anahi: Eu quero ficar, mas não assim. – Eu peguei minha bolsa. – Não vou deixar as coisas acabarem em um barraco. Não faz sentido algum isso que você está falando.

Dulce Maria: Se não for em um barraco nunca vai ser, porque você é covarde de dar um ponto final de verdade.

Olivia: Hum… pegou pesado. – Ela disse mais para ela do que para gente.

Anahi: Não estou acreditando nisso, qual o seu problema Dulce Maria? – Eu disse ao me aproximar dela. – Porque está querendo brigar logo agora?

Dulce Maria: Porque eu não aguento mais só ter um pedaço seu, não aguento mais essa situação de quando meu irmão aparece você tem que colocar o rabo entre as pernas e correr para casinha. Porque eu não aguento mais ser apenas a outra. Quero você só para mim… Sem ter que te perder toda manhã… – Ela parecia meio triste ao dizer aquelas coisas.

Anahi: Me dá um tempo, por favor, deixa eu terminar de uma maneira digna. Estamos falando de um casamento e não de um namorico.

Dulce Maria: Quero ver por quanto mais tempo você vai me enrolar Anahi… – Ela disse fria ao abrir a porta.

Anahi: Me da um tempo, só isso… – Eu tentei beija-la para me despedir mas ela me empurrou.

Dulce Maria: Vai, vai embora…

Anahi: Eu amo você. – Eu disse ao passar a mão em seu rosto.

Dulce Maria: Tchau. – Ela virou a cara.

Olivia: Desculpa qualquer coisa… – Ela disse para Maria, que a ignorou e fechou a porta na nossa cara.

Como uma noite tão magica poderia ter uma manhã tão péssima… Esse tipo de coisa deveria ser proibido, na verdade qualquer mudança brusca na vida, deveria ser proibido. As coisas deveriam seguir como em um gráfico que sobe e desce lentamente. Olivia foi falando sem parar a até minha casa, falando mil coisas ao mesmo tempo, do qual não faço ideia do que era. Eu só queria tomar um calmante ou um whisky, precisava me acalmar e pensar no que realmente iria fazer. Eu já sabia que queria ficar com Dulce Maria, mas tinha resolver como isso iria acontecer. Ao chegar em casa minhas filhas e Samara estavam na sala como se estivessem à minha espera.