Fanfic: Amor com luxuria | Tema: Portinon

Millena: Ai, amém, amém, amém! – Ela disse ao se levantar do sofá, parecia mesmo aliviada ao me ver.

Camille: Onde você estava mãe, onde? – Ela disse em tom de briga, como minha mãe costumava fazer.

Olivia: Oi meninas. – Ela disse totalmente descontraída logo atrás de mim.

Anahi: Aconteceu alguma coisa gente? – Eu disse preocupada

Camille: Responde mãe, onde você estava? – Ela parecia bem nervosa.

Anahi: Onde eu disse que estaria. – Eu disse como se fosse obvio.

Camille: Não estava não, meu pai ligou para casa dela – Ela apontou para Olivia. – E a empregada disse que não tinha ninguém lá.

Olivia: Claro que não tinha, saímos bem cedo para caminhar na praia. Minha empregada nem estava lá em casa ainda… Mas ficamos mais tempo sentadas no quiosque conversando do que caminhando. – Ela riu como se fosse uma piadinha interna nossa.

Camille: Mãe, onde você estava, responde logo!

Anahi: A Olivia acabou de falar filha, você não ouviu?

Camille: Você está com roupa de sair à noite e de salto, como foi caminhar assim? – Ela estava parecendo era o Alfonso agora falando daquele jeito.

Anahi: E-eu me troquei no carro. – Tentei parecer natural e verdadeira.

Millena: Mãe porque está mentindo para gente? – Já ela estava mais triste do que com raiva, diferente se sua irmã.

Anahi: Não estou mentindo para ninguém.

Camille: Não? – Ela disse com deboche. – Você está com roupa de sair, de salto e com a cara amassada como se tivesse acordado a dez minutos, tem certeza que não está mentindo para gente Anahi? – Eu vi foi Alfonso em Camille e não minha filha.

Millena: Fala a verdade mãe, fala, para de mentir para gente.

Olivia: Não é mentira meninas, a gente saiu bem cedo para caminhar, e a Antonieta se trocou no carro, essa cara de amassada é porque fomos dormir tarde e acordamos cedo.

Nada daquilo estava adiantando, nada do que a gente falasse ia faze-las acreditar em nós. Então resolvi usar minha autoridade de mãe, para ver se pelo menos elas engoliam as nossas mentiras.

Anahi: Olha só. – Eu disse firme. – Eu falei a verdade, querem acreditar, ótimo, não querem? Problema de vocês. Eu estou cansada e com fome. E não estou afim de ficar levando bronca de uma crianças.

Camille: Então espero que goste de levar bronca do meu pai, porque essa historinha ai que você inventou não vai colar com ele. – Ela disso antes de dar as costas e ir em direção a escada.

Millena: Espero pelo menos que esteja valendo a pena toda essa mentira. – Ela disse meio triste puxando Samara para se levantar. – Vem, vamos subir Samara…

E lá se foram minhas meninas, que já nem eram tão meninas assim. Eu estava chateada com aquilo tudo, queria poder dizer a verdade a elas. Queria poder ser feliz sem medo. Poder tomar meu café todos os dias com Dulce Maria e dormir ao lado dela todas as noite.

Antes de ir para parte de trás da casa com Olivia eu me troquei colocando qualquer roupa. Alfonso ia chegar em a qualquer momento e ele não podia me ver vestida daquele jeito.

Olivia: O que você vai fazer Anahi? – Ela perguntou baixinho ao repousar sua xícara no pires.

Anahi: Eu quero ela Olivia, eu quero ela… mas… – Eu disse certa do que queria.

Olivia: Mas como, como você vai fazer isso? Você pretende mesmo largar tudo?

Anahi: Não sei, eu estou confusa, não sei o que pensar. Quero ela, mas tenho medo.

Nesse momento ouvimos alguém passar pela cozinha e logo Alfonso surgiu pela porta. Sua cara era de poucos amigos, eu conseguia sentir o ódio vir de dentro dele.

Alfonso: Você pode nos deixar sozinhos? – Ele falou com Olivia.

Olivia: Claro, eu já estava indo mesmo. – Ela se levantou com pressa. – Foi tudo ótimo amiga, espero poder te ver mais. – Ela me deu dois beijinhos.- E vê se libera mais essa mulher homem, a noite das meninas tem que acontecer pelo menos uma vez no mês. – Ela disse para meu marido que não esboçou nenhuma expressão.

Anahi: Pede para Neide ou para Adriana abrirem a porta para você.

Olivia: Ok, até mais gente. – Ela disse ao entrar pela cozinha e partir.

Alfonso estava sério, mas eu sabia que estava explodindo por dentro. Sabia que vinha uma bomba para cima de mim. Ele passou a mão nos cabelos e olhou ao redor, eu fiquei calada apenas observando, ele veio até mim e se abaixou a minha frente apoiando as mão em minhas pernas. Por mais calmo que ele parecia está eu sabia que não era bem assim.