Fanfic: Amor com luxuria | Tema: Portinon

Anahi •

De início, eu e Alfonso discutimos na sala de sua casa, ele brigava comigo por eu ter ido embora, e eu brigava com ele por ter me tratado mal. Maria apenas observava a pequena discussão, enquanto nossas vozes iam se elevando e a briga ia ficando pior. Até que ele subiu me deixando falando sozinha, eu fui atrás dele gritando pela escada e entrando em seu quarto. Brigamos, gritamos e no final quando eu fui ver já estávamos nos amando dentro do box, de baixo do chuveiro. Depois que fizemos as pazes, eu já podia ir embora, já que Alfonso iria para o futebol. Descemos as escadas sorrindo, felizes, de mãos dadas. Mas assim que vi Dulce Maria com o cabelo molhado, sentada no sofá da sala, eu tive certeza que não ia conseguir ir embora daquela casa tão cedo.

 Dulce Maria: Vocês vão sair? – Ela perguntou para ele me olhando no final.

Alfonso: Eu vou para o futebol, e Anahi vai para casa, por quê? – Ele disse com um pouco de indiferença;

Dulce Maria: Nada… – Ela me olhou e pareceu pensar antes de continuar. – Por que você não fica mais um pouco?

Anahi: Não sei… – Eu olhei para meu namorado, como se pedisse permissão.

Alfonso: Fica, amor… – Ele disse sorrindo - Assim você me espera… Ai quando eu voltar a gente come alguma coisa juntos. – Ele disse achando uma ótima ideia.

Anahi: É pode ser… – Eu estava me sentindo péssima e ao mesmo tempo feliz. – Mas não demora muito não, quando sair de lá, vem direto para cá está bem? – Eu sorri para ele.

Alfonso: Amor, você sabe que o treino está marcado para as duas da tarde, e que hoje vai ser longo o dia lá. – Ele dizia olhando em meus olhos. - Vou tentar chegar antes de escurecer aqui, mas não prometo nada. Vou voltar assim que for liberado… – Ele sorriu para mim. – Está bem?

Anahi: Tá… – Eu selei sua boca. – Até mais tarde… – Eu fui com ele até a porta que me beijou antes de ir.

A porta fechou-se e ele se foi. Virei-me para Maria e ela ainda estava no mesmo lugar. Com a cara fechada me olhando séria. Fiquei nervosa e tive vontade de ir embora. Mas eu queria ficar, na verdade eu não fazia ideia do que eu queria. Me aproximei aos poucos e sentei ao seu lado, sem dizer nada, ela continuava a me olhar séria. Parecia que estava com raiva de mim.

 Anahi: Por que esta me olhando assim, posso saber? – Eu disse meio grosseira.

Dulce Maria: Nada. – Ela disse ainda séria, mas desviou o olhar se levantando. – O que você quer fazer? Ver tv? Escutar musica? Dar uma volta? Beber?

Anahi: Não sei, o que você prefere? – Eu perguntei tentando entender porque ela estava falando daquele jeito, como se eu tivesse feito algo de errado.

Dulce Maria: O que eu prefiro você não vai querer fazer, então escolhe você! – Ela sorriu meio safada, e eu fiquei com medo de perguntar o que era.

Anahi: Podemos beber, ouvir boa música… Não sei… – Eu só queria ficar ali com ela, o que íamos fazer não importava.

 E foi o que começamos a fazer, a uma da tarde de um domingo fresco. Só havíamos tomado café da manhã, então depois de alguns copos já estamos rindo do que nem tinha graça. A conversa de início foi meio travada, mas mais pela parte dela do que da minha, mas depois voltou ao normal. E lá estava ela me olhando daquele jeito, sendo sarcástica e linda o tempo todo. Jogava umas piadinhas as vezes, mas eu fugia antes que o assunto virasse outro.

 Dulce Maria: Então… Anny… – Ela disse me olhando meio pensativa e sorrindo. – Gosto de Anny… – Eu apenas a olhava sem entender muito bem. – Gosto mesmo de Anny… – Ela sorriu feliz. – A partir de agora só vou te chamar de Anny!

Anahi: Não, Maria! – Eu disse ainda senta em cima da mesa da sala, enquanto ela estava parada próxima ao sofá. – Anny é um apelido feio…

Dulce Maria: Não é nada… E eu vou te chamar de Anny sim… – Ela disse fingindo estar brava. – Você é a única pessoa do mundo que me chama de Maria, então isso me da liberdade de te chamar como eu quiser. – Ela disse ao vir em minha direção. – Anahi é difícil demais de falar toda hora, Anny é muito mais simples…

Anahi: Você esta bêbada, e não está mais falando coisa com coisa! – Eu disse rindo.

Dulce Maria: Não estou, só bebi quatro copos de whisky. – Ela disse ao se sentar ao meu lado. – Você que está ai toda sorridente. Mal está aguentando o seu terceiro. – Ela riu ao me olhar de canto.

Anahi: Você… – Eu me levantei rindo. – Não sabe de nada!

Dulce Maria: Eu sei de tudo, sei coisas que até não deveria saber… – Ela bebeu um gole de sua bebida e me olhou de cima a baixa.

Anahi: Ah é? Tipo o que então? – Eu já não estava no meu estado normal, então a provoquei com um sorriso.

Dulce Maria: Tipo que se eu… – Ela parou de falar, sorriu, mordeu o próprio lado e disse não com a cabeça.

Anahi: Fala, Maria! – Eu perguntei ainda sorrindo do mesmo jeito.

Dulce Maria: Não, melhor não… – Ela se levantou indo em direção a janela da sala.

Anahi: Isso só prova que você esta bêbada… – Eu ri vitoriosa.

Dulce Maria: Não, isso só prova que eu não vou falar nada. – Ela me olhou de canto e me deu um sorriso cafajeste.

 Fiquei olhando para ela do mesmo jeito que ela me olhava. Intenso, sedento, nervoso. Ela foi até a janela e fechou as cortinas, deixando a sala à meia luz. Depois foi até a porta e passou o trinco por dentro. Virou-se para mim e me olhou de um jeito que eu senti todo o meu corpo tremer. Algo estava muito errado ali.

 Anahi: Por que você fez isso? – Eu perguntei com os olhos arregalados próxima a mesa ainda.

Ela não me respondeu, apenas veio vindo em minha direção, com um sorriso malicioso nos lábios… Algo dentro de mim, bem distante me mandava fugir. Mas grande parte do meu ser dizia-me para ficar. Ela parou próxima a mim, tão próxima que eu podia sentia seu cheiro.

Dulce Maria: Tipo que se eu… – Ela parou de falar sorrindo mais uma vez, como se tivesse veneno nos lábios. – Tipo que se eu…  Se eu chegasse perto o bastante de você… Eu sei exatamente o que você faria…