Fanfic: Amor com luxuria | Tema: Portinon

A vida correu de uma maneira, que quando eu me dei conta, Juan-Luca estava com quatro anos. Falava pelos cotovelos, era muito curioso, levado que só ele, mas era um menino de ouro, muito amoroso e sorridente. Menino mais amado que ele não poderia existir. Era ele o responsável por levar alegria para aquela casa tão vazia.

Camille havia se mudado com Bianca para o loft no segundo ano da faculdade, que foi quando começou a trabalhar como ajudante na empresa que um dia fora do pai. Em seis meses ela já estava tomando conta de quase tudo sozinha, ela realmente tinha jeito com aquilo. Minha filhinha aos vinte e dois anos era uma mulher de negócios, sempre pronta para resolver qualquer problema daquele empresa que crescia cada vez mais.

Millena e Samara foram para Europa ficar por um ano e acabaram ficando por quarto. Estudaram por lá, trabalharam por lá, e até mesmo se casaram simbolicamente por lá. Coisa que eu não achei nada legal, porque eu realmente queria ter comparecido a algo tão importante assim. Mas quem sabe não fazem outra cerimonia para gente.

Dulce Maria e eu fomos levando nossas vidas da melhor maneira possível. Mais feliz aquilo só poderia ser se Millena e Camille estivessem com a gente para sempre. Mas elas não eram mais meninas e sim mulheres, não tinha como as prendes para sempre dentro de casa. Mas Juan existia exatamente por aquele motivo, levar alegria e um monte de coisas boas para aquela nossa família tão diferente.

Com Juan pequeno, com Millena fora, e Camille tão empenada no estudo e na empresa, que Maria e eu fomos deixando para nos casarmos depois e depois, e acabou que nunca aconteceu, não na teoria, porque na pratica já éramos mais que casadas. Mas com a volta de Millena, a estabilidade de Camille e o Juan-Luca já grandinho, podíamos finalmente fazer a cerimonia que queríamos, o casamento dos nossos sonhos.

Juan-Luca: Mãe, mãe, mamãe! – Ele disse ao pular entre nós. – Está na hora, está na hora! – Ele pulava em cima da gente nos acordando antes da hora. – Acorda mãe Anny, acorda mãe Dul. – Ele nos sacudia ansioso.

Dulce Maria : O que foi pequeno… – Ela quem respondeu primeiro se sentando a cama. – Está na hora de que? – Ela espreguiçou fazendo-me fazer o mesmo, mas ainda deitada.

Juan-Luca: Não é hoje que vocês falaram que a minha outra irmã, a Millena vai voltar para casa? – Aquele menino era tão esperto que quase sempre me assustava.

Dulce Maria : É hoje sim meu amor… – Ela o puxou para o seu colo. – Mas não é agora, ela vem de avião, e só vai chegar depois do almoço. – explicou para ele com um sorriso lindo.

Juan-Luca: Ah… – Ele arfou desapontado. – Mas então… não é agora?

Anahi: Não filho, só mais tarde… – Eu disse ainda deitada ao passar a mão em seu rostinho angelical. - A Camille e a Bianca vão vir para cá almoçar com a gente e depois vamos todos buscar a Millena no aeroporto.

Juan-Luca: Poxa… tá bem então… – Ele saiu bruscamente do colo de Maria. – Então vamos logo descer para tomar café… para gente pode almoçar depois… ai vamos poder ir buscar a minha irmã. – Ele disse animado.

Dulce Maria : Vamos sim, mas antes, vai lá no seu quarto pegar seu chinelo, que eu sei que você não veio com ele.

Juan-Luca: Está bem. – Ele sorriu para Maria, desceu da cama e correu para fora do quarto.

Dulce Maria : E eu achando que ia poder dormir até mais tarde hoje… – Ela me olhou com seu sorriso de canto.

Anahi: Está cansada Maria? – Eu perguntei com deboche. – Pois é, eu também, se a gente não tivesse ido dormir quase as quatro da manha, não estaríamos cansadas. – Eu a fuzilei com os olhos, mas sorri depois. – Mas valeu a pena… – Eu dei lhe dei um selinho ainda feliz pela linda noite amor. – Bom dia, e obrigada pela noite.

Dulce Maria : Trato é trato meu amor. – Ela selou minha boca segurando com uma de suas mãos em minha nuca. – E eu te prometi que faria isso para sempre… – Ela mordiscou meu lábio inferior. – E mesmo sem casamento de fato, eu cumpro minhas promessas. – Ela me deu um beijo selado mais longo.

Juan-Luca: Vamos vamos! – Ele disse ao voltar ao quarto quebrando o clima que estávamos entrando.

Como havíamos combinado, depois do almoço, fomos todos até o aeroporto buscar Millena e Samara, foi uma choradeira só, todo mundo se abraçando, se amando, até mesmo discutindo. Aquela sim era a minha família completa. Samara teria ido direto para casa, mas sua mãe e avô estavam viajando e só voltariam na semana seguinte. Então aquilo estava mesmo completo, aquele monte de mulher como havia sido em 2013, todas falando sem parar e dando toda a atenção para Juan-Luca, que estava se sentindo como uma verdadeira estrela.

Millena: Mãe… – Ela disse ao chamar a atenção de todos - Eu e a Samara estávamos conversando sobre como nos conhecemos, como Camille e Bianca se conheceram… E eu não lembro se você já nos contou essa história de verdade… Mas como foi? Como foi que se conheceram? O que foi que sentiram?
Dulce Maria : Essa eu quero contar… – Ela disse já animada.

Millena: Tanto faz, apenas queremos saber…

Dulce Maria : Meu irmão vivia trocando de namorada, e era sempre uma pior que a outra… Sério mesmo, teve uma, chamava Ritinha… – Todos se acomodaram para ouvirem a história. – Essa eu acho que foi uma dar piores… A menina só usava vestido e estava sempre sem calcinha. E ela amava sentar no colo dele em qualquer lugar que fosse, nas festinhas, na pracinha, nos bares… – Ela falava com certo nojo. – Era realmente uma menina repugnante, não sei como ele conseguia… – Maria fez uma pequena pausa como se lembrasse dos acontecimentos. - Até um dia que Alfonso chegou de manha em casa completamente louco de amores por uma que ele tinha conhecido em um luau. – Ela me olhou de canto, como se sentisse ciúmes, eu apenas sorri achando graça. Eu mesma já havia ouvido aquela história, mas eu confesso que sempre amava quando ela contava. – Começou a namora-la dois dias depois, eu nunca tinha o visto tão fascinado por uma menina antes… Então logo pensei que ela deveria ser a piriguete máster de todos os tempos. Que deveria ser a vadia de ouro, daquelas que todos os homens querem e sempre acabam conseguindo. Tanto que quando ele disse que a levaria para eu e a vovó conhecermos, eu simplesmente não dei a mínima… – Todos prestando atenção, incluindo Juan-Luca que estava no colo de Bianca. – Então a campainha tocou e a contragosto eu tive que abrir a porta… – Tanto eu quanto todos, já sorriamos com aquilo. – Então lá estava ela. Uma menina completamente diferente de tudo que eu havia imaginado. Bem vestida, com carinha de inocente e um olhar intenso, mesmo que tímido… – Ela olhou para mim e sorriu, mas logo voltou a olhar para as outras. – Foi naquele momento em que eu soube que ela seria minha, foi na primeira troca de olhares… E quando ela simplesmente retrucou o meu deboche, eu tive toda a certeza do mundo que aquela nova namoradinha do meu irmão era a mulher da minha vida… E hoje eu estou aqui, morando com ela, com um filho lindo para criarmos, e duas sobrinhas/filhas crescidas começando a vida agora. Eu sinto falta do meu irmão, e juro que agradeço a ele todos os dias por ter me feito conhecer a mulher da minha vida. E mesmo com todos os enormes problemas que tivemos pela vida. Ele sempre será meu irmão e Anahi sempre será o meu amor.

Anahi: Eu te amo Maria! – Eu disse ao ir até ela, me sentar em seu colo e lhe roubar um beijo.

Dulce Maria : Eu também amo você Anny. – Ela disse sorrindo.

Juan-Luca: Eu ainda estou aqui tá bem? – Ele disse ainda sentado no colo de Bianca.

Dulce Maria : Eu seu filho. – Ela disse ao rir do ele disse. – Vem aqui vem… – Ele praticamente pulou do colo dela e veio correndo até nós.

Anahi: Nós te amamos muito, tá bem? – Eu disse ao puxa-lo para o nosso colo.

Juan-Luca: Muito, do tamanho do céu?

Dulce Maria : Mais que o céu, nosso amor é maior que tudo.

Juan-Luca: Então tá bem! – Ele sorriu satisfeito. – Eu também amo vocês maior que tudo. – Ele nos abraçou fechando os olhinhos.

Millena: Eu estou com ciúmes… – Ela disse fingindo chateação.

Camille: É… acho que não somos mais amadas Millena… – Ela disse fazendo bico.

Anahi: Podem parando com o drama! – Eu abri os braços para elas. – Venham aqui agora!

Elas não pensaram nem duas vezes, vieram quase correndo como Juan havia feito. Se jogaram em cima de nós nos fazendo cair ao chão… Quase mataram o menino de tanto rir. Nosso abraço em família logo foi ainda mais completo com Samara e Bianca que se juntaram a todos nós estirados ao chão. Rimos até a barriga doer e o ar faltar, e depois ficamos ali, apenas deitados uns em cima dos outros, no carpete fofo, a espera do ar voltar, ou apenas tentando fazer daquele momento eterno. Eterno como o amor que sempre existiu entre Dulce Maria e eu.

FIM.