Fanfic: Amor com luxuria | Tema: Portinon

Anahi •

(Julho de 2012)

A manha estava cinza e fria, aquela casa estava silenciosa de mais para um sábado comum. Mas como Millena e Camille haviam viajado na noite anterior, eu não poderia esperar nada menos do que o silêncio Alfonso saiu bem cedo para ir até a zona norte da cidade, fazer compras na feira perto da casa de sua avó. E minha única companhia naquela grande varanda era meu café, meu cigarro e um livro do Mario Prata, chamado ‘Purgatório’, que Camille havia lido e me recomendado. O livro contava a historia de Dante e Beatriz. Dante é casado com Gemma, mas seu verdadeiro amor é Beatriz, que há 25 anos foi embora para França. E que um belo dia resolveu voltar e o procura para que ele vá busca-la no aeroporto… De alguma maneira estúpida eu me interessei pelo livro. Que me fez lembrar em alguma memória distante de Dulce Maria a irmã gêmea de Alfonso.

Com minha xícara em uma mão e o livro na outra, lendo mais um capitulo de Purgatório, ansiosa para saber mais sobre a historia deles, meu marido chegou estacionando o carro na frente da casa. Eu vltei toda minha atenção para ele, onde su do carro, abriu a porta de trás retirou as sacolas, fechou-a de novo, olhou para mim e sorriu com felicidade.

Alfonso: Bom dia meu amor. – Se aproximando.

Anahi: Bom dia. – Eu sorri para ele, coloquei o livro sobre a mesa ao lado e me levantei para ajuda-lo. – Deixa eu te ajudar… – Estendendo a mão para ele me dar alguma sacola.

Alfonso: Não precisa, só abre a porta para mim.

Alfonso é um ótimo marido, um ótimo pai, um ótimo homem… Mas todos têm defeitos e o dele é ser machista de mais. Ele nunca me deixa carregar nada, não me deixa pegar peso e muito menos fazer funções na casa que ele diz ser coisa de homem. Como trocar lâmpada, colocar um prego na parede, ajeitar as portas e cosias mais. Assim como ele não lava uma louça, não arruma a cama, não troca o rolo do papel higiênico, não coloca um copo na pia. Coisa que ele diz ser função de mulher. E como se tem três em casa e ele sustenta praticamente todas sozinho, ele não faz esse tipo serviço de jeito nenhum… Tirando a compra da feira, que ele diz que tem que fazer porque só um homem sabe negociar de verdade com um vendedor. Mas tirando isso, ele é perfeito.

Depois que eu guardei toda a compra - coisa que eu como mulher tenho que fazer – eu me juntei a ele, que ficou sentando a mesa da cozinha tomando sua cerveja com o olhar meio distante, com a mente vagando por lugares que eu nem imaginava qual era…