Fanfic: Amor com luxuria | Tema: Portinon

Dulce Maria: Por favor, me chame de Dulce… – Ela deu um sorriso irônico. – Entra… – Ela deu passagem. – Ele esta tomando banho, já vai descer.

Eu entrei passando por ela indo em direção ao centro da sala, antes mesmo da porta bater uma senhora apareceu toda sorridente, foi super simpática e se apresentou dizendo que era a avó de Alfonso e de Dulce. Também disse que era para eu chama lá de avó, e não de senhora como eu estava fazendo. Logo mandou a menina abusada subir para apressar meu namorado e ir se arrumar para o almoço, voltando para a cozinha e me deixando sozinha…

Em um mês e dez dias de namoro pela primeira vez eu não estava pensando em Alfonso, não estava nervosa por estar dentro da casa dele, em sua sala. A única cosia que ocupada minha mente e me deixava irritada foi o primeiro contato que tive com sua irmã. O jeito que ela falou comigo, seu olhar, sua voz, as coisas que eu senti, tudo… A cena se repetia em minha cabeça sem parar, me deixando cada vez mais irritada. Eu estava quase fugindo para bem longe, antes que ela voltasse e fizesse tudo outra vez, ou até mesmo pior…

Me levantei indo até a estante onde tinham varias retratos. Pude ver nitidamente Alfonso e sua irmã com mais ou menos uns oito anos, incrível como ela sempre foi linda. Logo depois vi uma foto mais atual de Dulce Maria, profissional, provavelmente de um book. Tive vontade de encostar nela e quando eu estava quase tocando o retrato Alfonso apareceu dando o maior susto da minha vida… Eu o beijei e o abracei e só de estar ao lado dele, todos aqueles pensamentos loucos sumiram e eu me senti bem, protegida e querida…

O almoço teria sido perfeito se não fosse Dulce Maria presente. Ela me incomodava, incrível como eu sentia minha pele queimar quando ela estava me olhando, e sempre com aquele olhar de superior, como se me julgasse o tempo todo, como se visse minha alma. Eu me sentia nua… Algumas de suas piadinhas também me deixaram bem irritada, mas de um jeito ou de outro eu sempre conseguia rebater no mesmo tom…

Dei graças a Deus quando Alfonso quis me levar em casa e tomar um sorvete lá pelo Flamengo mesmo. Eu estava me sentindo tão estranha com a presença da minha cunhada, que provavelmente eu não voltaria em Vila Isabel tão cedo.