Fanfic: Amor com luxuria | Tema: Portinon

Anahi •

- Sexta-feira 03 de Março de 1995 -

Eu realmente não queria voltar àquela casa tão cedo, não queria nem mesmo esbarrar com Dulce Maria pela rua. Mas o carnaval havia acabado a avó de Alfonso tinha ido à casa de uma amiga e só voltaria Domingo, deixando a casa vazia. Pela manhã Alfonso havia me ligado e dito que a festa seria só para os nossos amigos, que havia conseguido despachar sua irmã para outro lugar. Mas quando entrei pela porta da frente e além dos meus conhecidos, eu vi pessoas que não conhecia, um frio na barriga tomou conta de mim. Alfonso logo veio me receber com um beijo gostoso e em seguida me pedindo desculpas… Disse que havia conseguido fazer Dulce desistir de também dar uma festa, mas no último instante ela apareceu com um monte de gente.

De início eu fiquei bem incomodada com a presença dela e dos seus amigos estranhos. Eram bem diferentes dos nossos, meio grunges, e fumavam e bebiam demais. O espaço estava bem dividido, Alfonso, eu e nossos amigos ficamos mais dentro de casa, na sala mesmo, conversando, rindo e bebendo. Enquanto os amigos da minha cunhada ficaram mais na parte de fora da casa, na varanda e no quintal.

Maria nem se quer me deu um oi, passou por mim duas vezes me olhando do mesmo jeito que da outra vez, como se visse minha alma, me despisse por inteira, e me comesse com os olhos. Ficou quase o tempo todo do lado de fora e das vezes que passei pela porta da sala onde eu conseguia vê-la, ela estava agarrada com uma menina ruiva, muito da estranha. Achei até ter visto elas se beijando, mas antes mesmo de ter essa nojenta confirmação eu virei a cara e fui procurar por meu namorado…

A festinha estava indo muito bem, até Alfonso começar a ficar estranho, transtornado, estava bêbado demais, falando e fazendo coisas que normalmente não faz. Deixei ele sozinho por 5 minutos para ir ao banheiro, e quando voltei a sala, não havia mais ninguém, ouvi gritos vindo de fora e corri para ver, a pancadaria estava rolando solta. Os meus conhecidos estavam brigando com os convidados de Maria. Eu fiquei desesperada, eu gritava para eles pararem, e procurava por Alfonso no meio das pessoas, e lá estava ele, batendo e apanhando. Mas não durou muito, graças a Deus! Logo a briga acabou e todos se foram acabando com a festa, sobrando apenas Alfonso, Maria e eu parados na porta da casa.

Entrei com meu namorado, que mal se aguentava em pé, não pela briga, mas sim pelo álcool. Estava bêbado demais, falando nada com nada. Levei-o até o quarto e ele já achou que ia rolar alguma coisa, não que eu não quisesse, mas eu tinha certeza que ele não ia conseguir nem me dar um beijo descente, ainda mais abrir meu sutiã. E não foi diferente do que achei que seria. Assim que ele deitou na cama, apagou… Tirei seus sapatos, liguei o ventilador, desliguei a luz, e sentei-me na cadeira da escrivaninha. Fiquei olhando-o dormir por um tempo. Ele era realmente lindo, o cara que toda menina desejava em ter, e eu tive sorte, porque ele era meu e de mais ninguém…