Fanfic: Amor com luxuria | Tema: Portinon

Dulce Maria: É… – Ela riu meio estranho, como se ficasse sem jeito. – Agora você me pegou… Mas é que eu e sua mãe… Bem ela era uma chata e só me chamava de Maria, na verdade ela é a única pessoa do mundo que me chama assim… Então um dia eu a chamei de Anny, porque sempre achei Anahi muito grande para ficar falando toda hora, ai acabou pegando.

Camille: Interessante. – Eu achei aquela historia meio mal contada, mas deixei passar. – Mas assim, quem sabe que você é gay?

Dulce Maria: Todo mundo e mais um pouco.

Camille: Até meus pais? – Eu disse meio assustada e ela riu.

Dulce Maria: Até seus pais, seus avós, sua bisa, todo mundo, todos.

Camille: Nossa, e como foi que você se assumiu? Como aconteceu? Me conta? – Eu estava fascinada com aquilo.

Dulce Maria: Porque só está me fazendo perguntas difíceis em? – Ela riu meio sem jeito outra vez. – Bem, o que posso te dizer é que eu não me assumi. E sim que descobriram, deu a maior merda e eu tive que ir morar na Espanha.

Camille: Ah é, você morava com meu pai e a bisa. – Eu disse ao me lembrar de antigas histórias de família. – Mas foi por isso que você foi morar lá? Sempre achei que quisesse ter ido.

Dulce Maria: Não, eu nunca quis partir. – Ela parecia pensar muito no que ia dizer antes. – Mas aconteceu… E da pior maneira possível…

Camille: Mas como foi? Me conta, como aconteceu?

Dulce Maria: Vou ficar de te devendo essa historia, talvez um dia te conte, mas hoje não. – Ela parecia meio nervosa e eu achei aquilo bem estranho. – Você não tinha que estar fazendo trabalho?

Camille: É eu tinha… Mas já tem duas fazendo, para que mais uma? – Eu sorri sem vergonha.

Dulce Maria: Você deixou aquelas duas malucas sozinhas? Elas vão acabar se matando ou… – Ela riu sozinha sem terminar a frase.

Camille: Ou?

Dulce Maria: Me tira uma duvida. – Ela me olhou com um olhar meio maligno.

Camille: Diga.

Dulce Maria: Sua irmã não é gay é?

Camille: Não… – Eu não sabia se deveria contar.

Dulce Maria: Mas ela e essa Samara… – Ela apenas jogou um verde.

Camille: Bem… Acho que também vou ficar te devendo essa história. – Eu sorri com sarcasmo.

Dulce Maria: Diferente de você eu obcervo as coisas e pego no ar, sei mais do que imagina. Talvez se fosse mais ligada, eu nunca precisaria ter te contado que era gay.

Camille: Aé, me esqueci que você já é uma senhora de idade. – Eu debochei dela

Dulce Maria: Senhora é a sua bisa, eu tenho quase a idade da sua professora. Que por sinal você está afim.

Camille: Pegou pesado agora… Chateada… – Rimos juntas. – Bem tia, vou descer, antes que aquelas duas se matem ou… – Rimos mais uma vez.

Dulce Maria: Depois a gente conversa mais… Ai eu te conto algumas aventuras minhas e você me conta as suas. Quem sabe trocamos algumas figurinhas?

Camille: Ótimo! – Eu disse feliz por agora ter alguém como eu próxima a mim.

 Eu sai de seu quarto ainda mais leve, mas também com algumas perguntas pertinentes em minha cabeça. Porque ela não podia me contar o que havia acontecido? Porque ela ficou meio sem jeito quando perguntei do apelido da minha mãe? Tem alguma coisa nessa historia, e eu vou descobrir, nem que eu tenha que mudar de nome.