Fanfic: Amor com luxuria | Tema: Portinon

O assunto meio que morreu ali por curto tempo. Ela voltou a olhar para fora quando o cigarro dela acabou, mas o meu ainda nem estava na metade. Eu não queria subir, não queria parar de conversar com ela. Todo aquele medo que eu estava de me aproximar ou falar um ‘oi’ se quer, não existia mais. Eu só queria prolongar aquele momento o máximo que eu pudesse. As coisas que ela me fazia sentir quando estávamos próximas, era surreal demais para mim.

Anahi: E você e aquela ruiva? – Eu disse sem pensar, e me arrependi em seguida.

Dulce Maria: A Joana? – Ela sorriu achando graça voltando a olhar para mim.

Anahi: Sei lá o nome dela. – Eu fui meio grosseira, mas foi sem querer.

Dulce Maria: É, deve ser, era a única ruiva que estava aqui hoje… – Ela se virou para mim por completa outra vez. – É uma garota ai que de vez em quando me diverte.

Anahi: Diverte?… Sei… – Eu disse com um tom de ciúmes que não deveria.

Dulce Maria: Por que quer saber? – Seus olhar eram provocante. – Está com ciúmes?

Anahi: Claro que não, não seja egocêntrica, só achei nada haver você e ela… – Eu fiz cara de nojo.

Dulce Maria: Não me convenceu, mas vou deixar passar…

Anahi: Por que você é assim, hein? Você se acha demais! – Eu disse com certa raiva.

Dulce Maria: Eu não me acho cunhadinha, só enxergo o mundo muito melhor que as pessoas… Mas não vamos brigar agora, vamos curtir a noite… – Ela disse como se fosse a dona da verdade.

Anahi: Você me irrita… – Eu disse sem pensar outra vez.

Dulce Maria: Não tem problema, você também… Agora já são quatro cosias em comum… Acho que não somos tão diferentes como imaginei… – Ela sorriu de um jeito cafajeste outra vez, fazendo-me ter vontades estranhas, uma delas de tocar em sua boca com meus dedos. – Amo essa musica… – Ela disse assim que ‘Dois para lá, dois para cá’ começou a tocar. – Vem, vamos dançar! – Ela pegou em minha mão me puxando.

Anahi: Que?… Não! – Eu soltei minha mão.

Dulce Maria: Para de ser tão chatinha e vem, vamos dançar, amo demais essa musica! – Ela pegou em minha mão outra vez me puxando até o centro da sala onde ficou de frente para mim. – Vem… – E me puxou pela cintura colando nossos corpos. – Não vai morrer se dançar um pouco comigo… É fácil, são dois para lá e dois para cá… – Ela disse já me conduzindo.

Eu estava em êxtase, era como se eu estivesse sonhando. Dançávamos no ritmo da musica, lentamente. Dessa vez meu coração estava acelerado, mas eu não queria sair dali, não queria soltá-la. E a letra da música parecia ter sido feita para aquele momento. Com quase todos os detalhes iguais… O perfume dela entrava em meus pulmões me marcando por dentro… Minhas mãos acariciavam seu pescoço sem eu perceber, era como se eu tivesse hipnotizada. Suas mãos em minhas costas me acariciavam sem pudor, como se aquele território já tivesse sido explorando muitas vezes. Eu não sabia o que pensar, minha cabeça estava rodando, tudo que eu estava fazendo era como se estivesse no automático. E não foi o whisky com guaraná que havia me embriagado, e sim, Ela… Nossas orelhas estavam grudadas, mas eu queria olhar em seus olhos, eu queria ver dentro dele alguma coisa que me dissesse que eu não era tão louca, que eu não estava sentindo aquelas coisas sozinha… E como se ela tivesse lido meus pensamentos, começou a roçar seu rosto no meu, chegando-o lentamente para trás como se quisesse me olhar também, mas ao mesmo tempo sem querer desgrudar de mim… Sua boca roçou de leve da minha antes de abrirmos os olhos ainda dançando. Não dissemos nada, apenas continuamos dançando olhando uma nos olhos da outra… Vez em quando ela olhava para os meus lábios e eu para os dela… Eu podia sentir sua respiração tão forte quanto a minha, ela estava nervosa, isso era nítido. E por mais doido que aquela situação fosse, eu estava querendo mais. Era como se eu tivesse cheirado cocaína. Eu sabia que não era certo, que deveria parar, mas eu só pensava em ter mais, em sentir mais… E quando a música estava quase acabando, ela mordeu seu o lábio inferior, respirou fundo e me beijou com toda a vontade. Eu não resisti, me deixei levar, me entreguei completamente. E aquele foi o melhor beijo que havia dado até então. Foi o melhor em todos os sentidos… O beijo parecia não ter fim, o nosso fôlego também não. Só consegui voltar ao meu estado normal quando senti meu sutiã abrir… Empurrei-a de modo brusco, olhei em seus olhos que estavam assustados com minha atitude e apontei um dedo em sua cara.

Anahi: Nunca mais faça isso outra vez. – Eu disse ainda meio sem ar ajeitando meu cabelo. – Nunca mais! – Eu repeti antes de subir correndo para o quarto de Alfonso.