Fanfic: We`re Still Together | Tema: Romance

Sophia’s POV

Eu não sabia o que fazer, estava sufocada, meus pensamentos continuavam naquele homem ao meu lado que tentava, sem resultado, quebrar o vidro daquela janela. Não conseguia mais me segurar e minhas lágrimas já se misturavam com a maldita água que ainda insistia entrar naquele carro. Eu via aquele automóvel cada vez afundando-se mais pelo imenso lago. Meus olhos ardiam, meu braço doía, tudo doía, mas o que mais me machucava era a forte pontada que meu coração insistia em sentir. Eu estava desesperada, eu não conseguia parar de chorar, eu sentia repulsa de mim por ter deixado aquilo acontecer. Se ele morresse eu morreria junto, tinha certeza disso, não pelo fato de estar nos afogando juntos e sim pelo fato de ele levar meu coração consigo. MEU DEUS, nunca pensei que um dia eu pudesse perdê-lo, pelo menos não desta forma. Eu faria qualquer coisa pra vê-lo parar de sofrer tanto e naquele momento eu tinha a certeza: Eu o amava. Deus sabe como eu o amava, mesmo muitas vezes tendo admitido pra mim mesma que não, naquele momento nada mais importava. Meu sofrimento não importava, minhas lágrimas não importavam, minha dor não importava, mais ELE, somente ele, me importava. Tom parou instantaneamente o que fazia quando percebeu que eu o olhava. Eu sabia que Tom me amava, mas não tinha a certeza que ele sabia meus sentimentos por ele, então olhei implorando pra que olhasse no fundo dos meus olhos... Porque o coração nunca mente...

Thomas’s POV

Como não sentir que aquilo era culpa minha? Eu dirigia a porra do carro, nervoso, eu morreria por ela, mas nunca a deixaria vir comigo. Só Deus sabe o quanto eu clamava para conseguir tirar pelo menos ela desse sofrimento. A culpa era inteiramente minha, como pude deixar isso acontecer? Eu era um grande idiota mesmo. Tentava de todas as formas quebrar aquele maldito vidro que cobria a porcaria da janela, mas como nem tudo é um mar de rosas aquela porcaria não quebrava por nada. Eu sentia Soph tentando, com seus braços fracos, quebrar o vidro, mas era em vão, se eu não consegui ela não conseguiria. Mesmo assim não parei um minuto, eu tinha que salvá-la, ela não podia ir, Sophia era minha vida, meu tudo. Viver sem ela não era uma das minhas hipóteses, muito menos deixá-la morrer. Tinha que existir alguma coisa nessa merda de carro que pudesse quebrar o vidro. Meu braço já doía, meus olhos ardiam e eu sentia que a qualquer momento eu estaria chorando como uma criancinha. Eu faria qualquer coisa para tirá-la daquele sufoco. Percebi que ela tinha parado de resistir e tudo ficou quieto, meu coração gelou e o medo de olhar pro lado e me deparar com a cena que eu mais temia naquele momento. Assim que eu me virei vi uma cena tão dolorosa quanto a morte, lá estava ela com marcas meio arroxeadas pelas mãos e seus olhos vermelhos talvez tanto pelo choro como pela água que dava uma certa ardência. Só havia uma coisa que eu poderia fazer naquele momento, e o fiz. A beijei como nunca, como se eu fosse passar naquele beijo toda agonia e medo de perdê-la. Assim que finalizamos o beijo, a olhei no fundo dos olhos e essa foi a última coisa de que eu me lembrava...