Fanfics Brasil - As Duas Faces da Felicidade AyA (Terminada)

Fanfic: As Duas Faces da Felicidade AyA (Terminada)


Capítulo: 47? Capítulo

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O lugar para onde se dirigiram ficava a uns dez quilómetros da cidade, tratava-se de uma propriedade pequena, porém muito bem cuidada, composta de alguns bangalôs, que pareciam ser de cons­trução recente. Alfonso parou o carro diante de um deles, que tinha uma placa com seu nome, anunciando que o imóvel estava à venda, e deixou-a com a promessa de que não se demoraria muito. Anahí não se importou. Naquela tarde ela não se importava com nada.


Ele estava sorrindo quando voltou.


— Acabo de ter minha fé na humanidade restaurada — obser­vou, enquanto dava partida no motor e se afastava do meio-fio. — Esse pessoal concordou em reduzir cem libras no preço de venda, só para não decepcionar um jovem casal que não conseguiu levan­tar o empréstimo que esperava. Foi muita generosidade, sobretudo quando se considera que podiam ter vendido a propriedade por um preço doze vezes maior.


Anahí indagou cautelosamente:


— Mas é profissional de sua parte ficar tão contente assim com isso? Sua comissão não diminui?


Ele deu de ombros, despreocupado.


— Nem tanto. Os Moore são um casal simpático, e ficaram ena­morados por este lugar. — Desviou o carro, entrando na estrada principal, e acrescentou. — Estava pensando se não seria uma boa idéia nos mudarmos para a cidade. Não tenho o menor problema em encontrar um comprador para o bangalô. O que você acha?


Deixar o bangalô! Subitamente Anahí sentiu um baque, ao pen­sar naquela hipótese.


— Não cabe a mim decidir — disse finalmente. — A casa é sua.


  Nossa — ele a corrigiu, sem tirar os olhos da estrada. — Assim que voltamos da Áustria eu retifiquei a escritura e ela ficou também em seu nome. — Deu um sorriso rápido. — E o tipo da atitude que um homem toma quando sente que está para morrer. Não vou negar que não sentiria pena por abandonar a casa, mas isso passaria logo. É que eu me empenhei tanto em reformá-la... Mas se isso vai nos ajudar eu não hesitarei. Basta você dizer.


— Não — disse ela com rapidez e firmeza. — Não quero mudar. Gosto de lá.


Ele a contemplou.


— Você sabe que no inverno aquilo lá fica ainda mais solitário? No ano passado, quase ficamos isolados pela neve. Isso não a desanima?


— Não. — Havia muito terreno perdido a ser recuperado antes que o inverno chegasse, e naquele momento ela estava contente em dar um passo por vez. — Você tinha razão em relação à paisa­gem daqui — acrescentou efusivamente. — É linda. Não precisa visitar nenhum outro cliente?


— Só às cinco horas. Poderíamos passear um pouco. Que tal?


— Ótimo. — Apoiou a cabeça no encosto do banco, sentindo-se protegida pelo cinto de segurança. — Nós costumávamos passar tardes como esta quando você não estava muito ocupado?


  Com muita frequência. Você tinha o hábito de aparecer no escritório inesperadamente, como hoje, e me acompanhar quando eu tinha de visitar um cliente.


— Você não se importava?


— Isso é como perguntar se eu me importava por estar casado. Gostava de sua companhia tanto quanto você da minha. — Ele lançou-lhe um olhar. — Esta é a primeira vez que você mostrou interesse em nosso passado comum, desde o dia em que você saiu do hospital,


  Eu sei. — Ela procurou escolher as palavras, não querendo que aquele clima se dissipasse. — Eu tenho experimentado um sen­timento tão estranho, como se se tratasse de uma outra pessoa que tivesse vivido no chalé antes de mim. Alguém com meus hábitos e métodos, porém uma pessoa diferente. Fazer perguntas a respeito dela poderia parecer... uma intrusão. Isso lhe parece ridículo?


— Não, acho que estou começando a compreender tudo aquilo por que você tem passado. — Havia um carro à frente. Alfonso ace­lerou e ultrapassou-o, prosseguindo em seguida: — Por mais que a gente tente, é quase impossível se colocar em uma posição que a nossa própria mente sente dificuldade em apreender. A gente lê que coisas desse tipo acontecem com outras pessoas, mas quando acontece com a gente parece tão irreal que eu temo ter ficado muito mais preocupado a respeito de meus próprios sentimentos do que com qualquer outra coisa.


  Isto não é verdade — disse ela. — Você tem sido muito paciente.


— Pelo fato de não ter feito nenhuma pressão em relação a meus direitos matrimoniais? — Ele sorriu e sacudiu a cabeça. — Não pense que eu não fiquei tentado. Muitas vezes pensei que seria necessário uma atitude enérgica para quebrar o gelo. Uma questão de orgulho. Nenhum homem gosta de pensar que foi esquecido com tanta facilidade.


A estrada subia por uma colina, e Alfonso dirigiu o carro para onde a vegetação se adensava, A frente deles estendia-se a paisagem da baía de Southampton, com o rio Solent desembocando nela e a mancha que era Portsmouth bem à esquerda. Daquela distância as docas pareciam brinquedos, e nuvens cinzentas adensavam-se no horizonte.


— É uma vista e tanto, não acha? — observou ele. — E evidente que num dia mais claro ela se torna mais bonita. Quando aquela ilha fica coberta pela névoa significa que vem vindo chuva. — En­fiou a mão no bolso. — Cigarro?


Anahí aceitou um, deixou que ele o acendesse e ficou a contem­plá-lo acendendo o seu. Há um mês ela estivera com ele naquele carro, com os nervos à flor da pele e tremendo de tensão. Hoje a barreira ainda existia, porém não era mais intransponível. Havia uma chance para eles. Uma boa chance, se eles a aproveitassem lenta e descontraidamente. Quantas mulheres, ela pensou, tiveram a oportunidade e o incentivo de se apaixonar pelo mesmo homem duas vezes na vida?


— Costumávamos passar muitos feriados na ilha — ela observou após um momento. — Estranho, não é mesmo, como as coisas se configuram? Quero dizer, é estranho que eu acabasse por viver em uma região do país que nós dois amávamos. Até leva a gente a ima­ginar se não haveria alguma verdade nessa história de fatalismo.


— Não. — O tom com que se exprimia era enérgico. — Moldamos nossa vida de acordo com aquilo que somos.


— Não é mais ou menos a mesma coisa?


— Penso que não. A realização é a coisa principal. O contorno de sua vida pode ser modificado, se o conhecimento chega a tempo. — Permaneceu com um cotovelo apoiado na direção, o corpo ligei­ramente inclinado para ela e o cigarro se consumindo entre seus dedos. — Ainda temos muita coisa a viver, Annie, e compete a nós dois saber como fazê-lo. A primeira coisa que você precisa encarar é o fato de que você talvez jamais recupere a memória de nossos três primeiros meses juntos. Com o risco de parecer irônico, você acha que poderia aprender a esquecer esse lado de sua vida?


  Não — disse ela suavemente. — Mas poderia aprender a viver com ele, no devido tempo. Não me apresse, Alfonso. É tudo o que eu peço.


— Não é muito, pensando bem. — Seu sorriso era ligeiramente irônico. — E provavelmente mais do que mereço. — Atirou fora o cigarro e ligou o motor. — Está na hora de voltarmos.



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Autor(a): Bela

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 162



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  • kikaherrera Postado em 31/01/2010 - 00:56:08

    AMEI ESSA WEB,COMO TODAS AS OUTRAS.

  • kikaherrera Postado em 30/01/2010 - 02:01:51

    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AMO ESSA WEB.

  • rss Postado em 26/01/2010 - 12:21:40

    posta maisssssssssssssss a web ta ficando kda vez mais lindaaaaaaaaa

  • css Postado em 26/01/2010 - 07:23:43

    Ai...stou muuuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiito curiosa...posta mais. BEIJO.

  • kikaherrera Postado em 25/01/2010 - 23:36:33

    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • rss Postado em 24/01/2010 - 23:00:11

    posta mais
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  • kikaherrera Postado em 24/01/2010 - 16:48:09

    ESTOU CURIOSA PARA SABER QUEM ERA NO TELEFONE.
    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • css Postado em 23/01/2010 - 08:09:22

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • kikaherrera Postado em 23/01/2010 - 00:45:20

    SUAS WEBS SÃO UMA DAS MELHORES E ESTÃO ACABANDO TUDO DE UMA VEZ ESTOU TRISTE.
    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • rss Postado em 22/01/2010 - 18:26:25

    posta maisssssssssssssssssssssssssssssssss


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