- Dulce, você viu minha arma? – Christopher me soltou imediatamente com olhar de pânico, fiz uma carranca para meu pai.
- Sua o que?
- Nada não. Eu só queria lembrar que eu tenho uma. – ele olhou ameaçadoramente para Christopher e grunhi.
- Arg. Vamos logo Christopher. – ele assentiu e abriu a porta para mim e correu para seu lado, saindo o mais rápido e no limite da lei possível.
- Não ligue pra ele Christopher. Ele nunca atiraria em você.
- Atiraria se soubesse que você não é mais virgem, e que eu tirei sua virgindade.
- Ele não precisa saber, e você não devia se preocupar, ok?
- Claro, claro. – ele resmungou e ri, ele estacionou o carro e já havia algumas pessoas, olhei de esguelha pra ele mordendo meu lábio.
- Você ainda quer fazer isso? – eu sussurrei e ele me olhou confuso.
- Fazer o que?
- Ser meu namorado? – falei baixinho dando de ombros, Christopher rolou os olhos, em seguida segurou meu queixo e me deu um beijo rápido.
- Não seja absurda Dull, lógico que eu quero. – sorri e agarrei seus cabelos e o beijei de verdade, ele riu contra minha boca.
- Achei que você quisesse beijos assim na frente de Belinda. – murmurou contra meus lábios e me afastei dele com um sorriso.
- Muito bem lembrado. – já ia sair do carro quando ele me impediu.
- Espere aqui.
- Ok. – ele me deu um beijo rápido e saiu apressadamente, e em seguida abriu a porta pra mim estendendo a mão.
- Senhorita. – dei uma risadinha e segurei sua mão saindo do carro.
- Obrigada. – apertei sua mão e dei um beijo rápido em seus lábios, alguns garotos ficaram nos olhando e corei miseravelmente.
- Você fica muito bonita corada. – ele murmurou beijando minha bochecha e corei mais ainda, se fosse possível.
- Claro, claro. – ele riu e pegou nossas mochilas, e jogou o braço sobre meus ombros.
- Pare de reclamar e vamos logo namorada. – eu dei uma risadinha.
- Ok.
- Você está muito risonha hoje.
- Não posso evitar. – ele riu e me deu um beijo rápido na boca.
- Não evite, você fica linda assim.
- E você está muito galanteador.
- Meu pai me deu umas dicas. – eu gargalhei dessa vez.
- Sério?
- Sim, eu estava um pouco nervoso de manhã. Meu pai disse: "Elogios Christopher, as garotas adoram um bom elogio". – ele imitou a voz de seu pai e ri.
- Quem diria, Dr. Uckermann um galanteador.
- Também fiquei surpreso. Mas ele conquistou minha mãe, então resolvi tentar.
- Fico feliz em ser sua cobaia.
- Não iria querer outra além de você. – nós estávamos rindo e já chegando a nossa sala quando demos de cara com Belinda. Ela nos olhou desconfiada, acenamos pra ela e entramos na sala.
- O que será que ela está pensando?
- Nem ligo. – Christopher murmurou e tentamos nos concentrar na aula, mesmo com o sorriso idiota na minha cara e os galanteios de Christopher.
Na hora do almoço todos já nos olhavam com curiosidade, afinal todos sempre viram eu e Christopher como amigos, e agora agíamos como um casal. Compramos o almoço e sentamos na mesa de sempre, Christopher continuava galanteador me fazendo rir toda hora, estava roubando seu refrigerante, quando alguém pigarreou ao nosso lado, ambos levantamos o rosto e Belinda Schüll parecia irritada.
- Oi Belinda. – Christopher cumprimentou e aproveitei e roubei sua coca. – Hey Savinon! – ele fingiu estar bravo e ri.
- Ninguém mandou se distrair, e o que aconteceu com os galanteios.
- O cavalheirismo morre, quando se trata de coca-cola. – eu gargalhei e Belinda pigarreou de novo.
- Sim? – Christopher olhou pra ela, e ela deu seu melhor sorriso brilhante, de quem estava fazendo comercial de pasta de dente.
- Podemos conversar Christopher.
- Claro, senta ai. – ela pigarreou novamente.
- Em particular. – ele suspirou e olhou pra mim.
- Se importa Dull? – dei de ombros, fingindo não me importar, mas odiava saber que ele ia.
- Vai lá. – ele assentiu se levantando, mas parou de repente.
- Espere Belinda, esqueci de uma coisa. – vi ele virar para mim e se abaixar, o encarei e sorri quando vi seus olhos intensos.
Christopher segurou meu rosto e me beijou. Deus foi definitivamente um beijo desentupidor de pia. Sua boca se apossou da minha com urgência, sua língua em minha boca, em toda a minha boca. Quando ele se afastou eu estava até zonza.
- UAU. – ele piscou pra mim, e ficou de pé se voltando para Belinda.
- Vamos. – ela assenti meio confusa e eles se afastam um pouco do refeitório ficando nas portas, fiquei observando as conversas deles, mas um cara enorme senta bem na minha frente e dou um pequeno sorriso.
- Hey Dull.
- Olá Ponchito. – um pouco atrás dele estava Mike e sorri envergonhada. – Olá Mike.
- Dull.
- Então? – olhei para Poncho que ficou me encarando com um sorriso.
- O que?
- Você veio aqui só pra ficar me encarando? – ele riu.
- Não, quero que você de um recado ao Uckermann.
- Eu tenho cara de menina de recados?
- Não, mas não faria essa gentileza? – rolei os olhos.
- O que é pra dizer?
- Diga a ele que, o treinador nos liberou da ultima aula, que temos que treinar mais, por causa do jogo de amanhã.
- Ok.
- Cadê o Uckermann?
- Com a Schüll.
- E você deixa seu homem com ela.
- Como sabe que ele é meu homem?
- Bem acho que todos viram vocês andando agarradinhos pela escola. – dei uma risadinha.
- Nós estamos namorando. – falei baixinho e ele sorriu.
- Isso é legal, Dull. Melhor do que as patricinhas que andam com Belinda.
- Você sabe que Anahí faz parte delas né?
- Eu tenho esperanças que ela mude. – ele piscou pra mim e se levantou, Christopher já voltava e eles falaram rapidamente.
Fiquei observando Poncho e sorri, eu era amiga de todos os garotos do time, não amiga como era com Christopher, mas eu gostava de algum deles, meu favorito era Poncho. Ele era grande e engraçado, e tinha uma queda por Anahi Giovanna, mas ela era uma das patricinhas de Belinda. Só esperava que ela largasse o lado negro e desse uma chance para Poncho.
Christopher voltou para a mesa e pegou nossas mochilas, fiquei de pé ao seu lado e ele beijou rapidamente meus lábios.
- Tudo bem?
- Claro.
- O que ela queria?
- Queria uma explicação.
- Como é? O que ela pensa, que é sua dona?
- Acho que sim. Na verdade foi mais ou menos isso que ela falou. Que eu deveria ser dela, por ela ser a chefe das lideres, e eu do time. – eu comecei a rir.
- Essa menina é louca.
- Ela só foi seduzida pelo charme dos Uckermann. – olhei feio pra ele. – Foi o charme Dull, eu nunca fiz nada.
- Bom mesmo, Sr. Uckermann. Ou eu conto pro chefe Savinon, como começou nosso namoro.
- Não precisa me ameaçar. – nós rimos indo para a sala e tentando ignorar Belinda quando ela entrou na sala nos olhando com raiva.
Era só o que me faltava.
[...]
- Como estou? – resmunguei olhando para Charlie, eu usava uma calça jeans e uma blusa mais feminina, que achei em meu guarda-roupa. Quando eu realmente precisava eu não achei.
- Está linda Dull.
- Que seja.
- Você vai se comportar.
- Estarei no meu melhor comportamento. – dei um sorriso doce e ele fez uma careta resmungando.
- Vamos ver. – a campainha tocou e fiquei sentada no sofá, Charlie estava na cozinha preparando o jantar.
- Dull atenda.
- Ok. – a contragosto fui para a porta e sorri ao abrir e era Christopher.
- Você veio.
- Eu disse que vinha, não disse?
- Achei que a essa hora teria comprado uma passagem para a China. – ele riu.
- É vou pra China corto o cabelo tigelinha e começo a andar com os olhos apertadinhos. – ele apertou os olhos e comecei a rir.
- Entre. – ele começou a entrar quando vimos um carro estacionar em frente a viatura de Charlie e a Sue saiu.
Agora eu dei uma boa olhada nela. Até que ela era bonitinha, sua pele era morena meio amadeirada, ela devia ser da reserva El Dorado, tinha cabelos negros lisos e cumpridos e olhos pretos. Ela deu um bonito sorriso e se aproximou de nos.
- Olá Dull.
- Oi. – resmunguei sem olhá-la e ela fez uma careta.
- Dull. – Edward me deu um cutucão e sorri.
- Olá Sue, que bom que veio.
- Obrigada eu estava curiosa para conhecê-la.
- Mesmo?
- Sim. Charlie evitava tanto o encontro que começava a achar que você tinha algum problema.
- Mesmo? – ela riu.
- Sim, que você fosse algum tipo de adolescente incendiário, ou uma traficante, ou... – ela continuou falando coisas absurdas e olhei para Christopher que riu. – Ou algum tipo de psicótica que proibia Charlie de sair.
- Sabe Sue, eu acho que podemos ser amigas. – coloquei o meu braço no dela e a levei pra dentro da casa.
Tínhamos que admitir, a mulher tem uma mente interessante.
Hey chicas bonitas...gostando da fic? Espero que sim, Obrigado para os comentários e pra quem tem dúvidas! Sim eu leio os comentários...então comentem... mil beijos