- Sim, que você fosse algum tipo de adolescente incendiário, ou uma traficante, ou... – ela continuou falando coisas absurdas e olhei para Christopher que riu. – Ou algum tipo de psicótica que proibia Charlie de sair.
- Sabe Sue, eu acho que podemos ser amigas. – coloquei o meu braço no dela e a levei pra dentro da casa.
Tínhamos que admitir, a mulher tem uma mente interessante.
- Amigas? Ela não era ex-presidiária Dull? – Christopher falou entrando e olhei feio pra ele.
- Christopher! Não fale assim, Sue pode pensar mal de mim. – ele sorriu e olhei corando para Sue, ela riu.
- Não se preocupe Dull. Eu entendo por que você pense assim. Afinal eu também pensaria algo sim, se descobrisse de repente que meu pai tem uma namorada.
- Pois é. Tipo são 10 anos de mentira. E ele dizia que ia pescar.
- Cá entre nós, ele é um péssimo pescador.
- Eu já devia imaginar. E ele sempre colocava a culpa em mim, quando me levava. Dizendo que eu falava demais.
- Ele fazia isso comigo também. – nós começamos a rir, e meu pai entrou na sala.
- Estão se dando bem? – falou bem humorado, olhamos para ele com um sorrisinho, e ele engoliu em seco. – Como vai Christopher?
- Bem chefe Savinon. – Christopher falou nervosamente e rolei os olhos.
- Me chame de Charlie. Sou seu sogro agora. – arquei uma sobrancelha olhando para meu pai que deu um sorriso amarelo, e foi até Christopher e o abraçou pelos ombros.
Christopher me olhou nervosamente e dei de ombros e puxei Sue para a sala, meu pai arrastou Christopher para a cozinha, e pensei ter visto seus lábios se movendo, definitivamente em um pedido de socorro, algo como "Ajude-me".
Definitivamente ele precisava de mim, já ia para a cozinha quando Sue começou a falar.
- Então, seu namorado é muito bonito. – olhei para Sue esquecendo o que ia fazer e sorri.
- E como. E é complicado namorar alguém tão bonito.
- Eu imagino. As peruas devem ficar rodeando ele.
- Nem faz idéia. Na minha escola é cheia de piranhas. Mas Christopher, sempre foi meu melhor amigo, e sempre me preferiu a elas.
- Oh ele parece ser um doce.
- Ele é mesmo. – olhei para ela e fiquei séria. – Então, quais as suas intenções com meu pai? – ela sorriu.
- Eu amo Charlie.
- Sério? – ela riu assentindo.
- Seu pai é ótimo Dull. Carinhoso, e gentil, e muito viril...
- Eca. Eu não preciso saber dos detalhes sórdidos. – ela gargalhou e estremeci. Parece que isso respondia minha pergunta, Charlie dava no coro. Quem diria.
- Não seja boba. Seu pai é homem precisa dessas coisas.
- Por favor, informação demais. Você por acaso, acha que meu pai gostaria de saber que Christopher e eu já fizemos sexo.
- Já?
- É já. E foi bom, muito bom.
- Nossa. Vocês fazem um casal lindo. Mas não achei que já fizessem, seu pai com certeza pensa que não.
- Ainda bem. Morreria se meu pai soubesse.
- Sim, seria muito constrangedor.
- Nem fala. Já pensou ele descobrindo que eu chupei Christopher.
- Dull...
- Sério, foi horrível, o gosto é horroroso. Já disse para Christopher nunca mais.
- Dulce... – ela sussurrou me olhando em pânico e franzi o cenho.
- Por que ta fazendo essa cara? Não é tão ruim assim, eu faria de novo, eu só não engoliria...
- Dulce Maria Savinon. – meu rosto ficou branco, e virei para trás e vi meu pai com a cara vermelha, tentei sorrir, Christopher parecia que ia ter um infarto, e por que ele estava tão perto da porta?
- Hey pai. A Sue é ótima.
- Dulce...
- É serio, sou totalmente a favor de vocês casarem.
- A gente vai casar? – Sue falou toda animada e sorri para ela.
- É meu pai tava comentando.
- Estava Charlie?
- Eu... Eu... – ele começou a olhar em pânico de mim para ela sem saber o que dizer.
- Sério pai, vocês formam um casal lindo. Eu vou ser dama de honra, Sue pode mudar pra cá. Como vocês vão dividir o quarto, não vai mudar muita coisa. Lógico que nós não sabemos se ela é boa cozinheira, então é melhor o senhor continuar cozinhando por um tempo. Mas sou totalmente a favor do casamento... – enquanto eu falava sem parar eu fazia gestos mandando Christopher embora, ele pareceu ter entendido, pois fugiu enquanto meu pai parecia zonzo com minha falação.
- Eu sou ótima cozinheira. – Sue falou de repente e olhamos para ela.
- Sério?
- Sim, não é Charlie? Sempre que ele fica em minha casa eu cozinho. E cozinho muito bem modéstia a parte. Charlie nunca reclamou, e sempre elogiou. Eu posso cuidar das refeições quando nos casarmos. Oh eu posso te ensinar Dull, te passar as receitas que minha mãe me ensinou.
- Mesmo. Seria ótimo, aqui entre nós, meu pai é meio ruinzinho na cozinha. Mas só tem ele mesmo. Então melhor nem reclamar. Tia Alexandra me ensinou a cozinhar um dia, mas eu não sou muito boa, eu botei fogo no miojo, ai ela me proibiu de ajudá-la.
- Ah não se preocupe, eu trago o meu extintor de incêndio para cá. Assim se pegar fogo a gente apaga e começa de novo.
- Você tem um extintor de incêndio?
- Tenho, eu tive alguns pequenos acidentes algumas vezes. Mas eu não desisti, e graças a isso sou uma ótima cozinheira. Não é Charlie? – nos olhamos pra onde ele deveria estar e estávamos sozinhas na sala.
- Ué, cadê ele?
- Acho que ele foi deitar um pouquinho.
- Por quê?
- Ele faz isso quando fica lá em casa. Ainda mais quando eu começo a falar com a minha irmã.
- Você tem uma irmã? – Sue sorriu animada e se sentou e começou a falar sobre sua família.
Hey chicas...obrigado pelos comentários e comentem...MIL BEIJOS