– Não precisa ser só quando ele ganhar. Vai ser sempre que você quiser. – ele sorriu brilhantemente e me abraçou apertado.
– Eu vou te querer pra sempre Dull. – suspirei e deitei minha cabeça em seu peito.
– Eu também. Para sempre.
Christopher sorriu e esfregou seu nariz no meu, dei uma risadinha e ouvimos algumas batidas na porta, meus olhos se arregalaram.
– Merda! – Christopher grunhiu e começou a pegar suas roupas, vestiu as calças do uniforme e as proteções e camisa ficou na sua mão. Me vesti rapidamente.
– TEM ALGUEM AI? – ouve alguns gritos e mais batidas. Christopher me entregou sua mochila e pegando as coisas fomos até a porta a abrindo.
Assim que a abriu demos de cara com as lideres. Belinda na frente delas e nos olhando com a boca aberta.
– Mas o que...? – ela começou e seus olhos disparavam entre minhas roupas tortas e meu cabelo todo bagunçado e o peito de Christopher. Na verdade ela estava encarando demais o peito do meu Christopher.
Já irritada fiquei na frente dele e coloquei a mão na cintura encarando Belinda.
– Pois não?
– E... esse é nosso vestiário. – ela falou engolindo em seco e sorri colocando a mão no peito.
– Oh é mesmo. – olhei para Christopher que estava com as bochechas rosadinhas. – Entramos no vestiário errado, amor. – murmurei e ele riu baixo. Voltei a olhar para Belinda.
– Eu sinto muito. Mas estávamos tão felizes pela vitoria que precisávamos comemorar. – dei um grande sorriso e Belinda bufou.
– Comemorem em outro lugar.
– Ah nos vamos. Aqui foi só o aquecimento. – pisquei para ela e agarrei a mão de Christopher o puxando para longe daquelas taradas.
– Não acredito que você disse isso.
– Nem eu. Mas Belinda ta começando a me irritar. Poxa ela não se toca. – resmunguei indo em direção ao seu carro.
– Hey Dull, eu ia tomar um banho antes... – me virei para ele com um pequeno sorriso.
– Que tal irmos pra sua casa e eu te dou um banho? – Christopher abriu a boca algumas vezes a fechando novamente, por fim sorriu e começou a me puxar em direção ao seu carro.
– Então vamos logo.
[...]
– Eu não sei, eu pareço um bolo. – olhei para Alexandra que ria do meu pequeno comentário. Mas tínhamos que admitir, era um vestido estranho. – E um bolo feio. – completei, e ela riu mais.
Já havia experimentando vários vestidos e sempre eu achava um motivo para reclamar deles. Aposto que Alexandra já estava se arrependendo de ter vindo comigo.
– Você está adorável querida.
– Ta, amanhã vão falar, lá vai o bolinho ambulante.
– Não precisa exagerar, vamos ver esse. – ela me entregou um vestido azul e suspirei de alivio, ele não tinha vários forros, e nem era cheio de babados.
– Esse parece legal. – sussurrei o pegando e ela sorriu.
– Eu o achei lindo. E definitivamente você não vai parecer um bolo. – eu ri e entrei no provador e tirei o vestido de bolo, e vesti o azul. Ele era tomara que caia, e batia nos joelhos sendo um pouco rodado, havia laço preto que cobria toda a cintura.
Respirando fundo sai do provador e girei mostrando o vestido para Alexandra. Ela estava sendo tão legal em vir comigo. Sorri ao ver seus olhos brilhando.
– Oh Dull, você está tão linda. – corei passando as mãos pelo tecido macio.
– Ele é lindo tia.
– Você quer ele?
– Sim, eu realmente gostei dele. Quanto será que custa?
– Não, é meu presente.
– Tia...
– Nem comece, eu sou sua tia e futura sogra. – eu ri e a abracei.
– Obrigada tia. Ele é lindo. – ela beijou minha testa e mandou eu me trocar e foi pagar pelo vestido.
Fomos comprar sapatos depois e isso foi mais fácil, escolhi uma sapatilha azul com um laçinho preto, para combinar com o vestido. Depois fomos comer no Mcdonalds.
– Ansiosa para o baile? – Alexandra perguntou quando nos sentamos, as bandejas na nossa frente.
– Sim. Acho que vou acabar vomitando.
– Não precisa estar tão ansiosa. Christopher estará com você. – sorri amplamente.
– Eu sei.
– Então... – ela começou sem me olhar e ri.
– O que?
– Você já disse a ele. – eu corei, havia esquecido de contar a ela. Afinal foi bem nos meus dias dumal. E eu evito as pessoas esses dias. Então não fui na casa de Christopher.
– Sim.
– Oh. – ele pegou minha mão sob a mesa e ri.
– Foi lindo, e na verdade ele disse primeiro.
– Fico feliz. Eu sabia que ele te amava. Christopher é tão doce quanto Victor, da pra ver nas ações quando eles amam.
– Você e tio Vic, fazem um lindo casal.
– Vocês também querida.
Sorrimos uma para a outra e começamos a comer.
[...]
Cheguei em casa exausta. O baile seria amanhã à noite e estava ansiosa. Felizmente o problema da roupa já havia sido resolvido. Agora só precisava superar meu nervosismo.
Eu nunca havia ido a um baile. Eu nem sabia o que se fazia em um. Ok se dança e toma ponche, ponche batizado. Bem era o que acontecia nos filmes. Alias eu nem gostava de ponche. E ainda mais batizado, era só o que me faltava tomar ponche batizado no meu primeiro baile acabar bêbada e estragar a noite.
– Tudo bem Dull? – ouvi a voz do meu pai e levantei os olhos, eu ainda estava parada na porta segurando as sacolas.
– Sim. Como está pai?
– Bem querida. Divertiu-se com Alexandra?
– Oh sim, foi ótimo. Ela me deu o vestido de presente. – falei sorrindo e ele riu.
– Que bom. Então, Sue vem jantar conosco. Tudo bem?
– Claro. Vou tomar um banho e já desço. – subi rapidamente para o quarto, joguei as sacolas na cama, peguei uma roupa confortável e fui para o banheiro.
Tomei um banho rápido e me vesti. Depois já no meu quarto penteei os cabelos, e depois guardei meu vestido com as sapatilhas.
Já iria descer quando ouvi meu celular tocar, sim eu tinha um, mas eu nunca sabia aonde o havia colocado, afinal só Christopher ligava para mim. Sim a minha vida social é mínima, na verdade era inexistente exceto por Christopher.
Comecei a procurá-lo pelo quarto e percebi que o som vinha da cama, puxei o edredom e cobertas, lençóis e nada.
– Mas que merda! – irritada já levantei o colchão e o achei embaixo da cama. Sorri ao ver o nome de Christopher.
– Alô.
– Demorou para achar dessa vez.
– Sério, ta cada dia mais difícil de achá-lo. Por que você simplesmente não liga pra minha casa. Você sabe que eu tenho um telefone no quarto.
– É mais divertido saber que você está se descabelando para achar o celular.
– Christopher! – gritei ofendida e desliguei.
Aquele idiota.
Não passou nem um minuto o celular tocou novamente e sorri ao ver sua ligação.
– Pois não?
– Foi maldade desligar na minha cara.
– Foi maldade me ligar no celular sabendo que eu ficaria horas o procurando.
– A culpa não é minha se você nunca o guarda.
– O que eu posso fazer, ninguém me liga.
– Muito obrigada pela consideração. – rolei os olhos.
– Christopher a gente se vê praticamente o tempo todo. Não vamos colocar um celular na frente do nosso amor.
– Você é louca Dull.
– Mas você me ama mesmo assim. – falei sorrindo e ouvi sua risada.
– Sim eu amo.
– Então por que você me ligou?
– Eu já nem sei mais, você me deixa zonzo Dull.
– Bem, Sue vem jantar, quando você lembrar por que me ligou, você liga de novo.
– O que... – não deixei que ele terminasse de falar e desliguei o celular.
Olhei para meu quarto e fiz uma careta, mas eu arrumava depois, olhei para o celular em minha mão e olhei para a zona que estava meu quarto, bufei e o joguei em uma gaveta.
Ouvi a campainha enquanto descia a escada e meu pai andar afoito para a porta sorri vendo ele cumprimentar Sue com um beijo rápido, ela riu e o abraçou pelo pescoço e lhe deu um beijo mais demorado, eles eram fofos juntos, de um jeito meio bizarro. Mas fofos.
– Olá Sue. – falei quando cansei de olhar e cheguei ao primeiro andar.
– Dull, como está querida?
– Bem e você.
– Ótima querida. E as novidades? – eu sorri e agarrei a mão de Sue e a levei para sala para falar do meu lindo vestido.
Ficamos tagarelando por algum tempo, Sue era muito divertida, e me deu alguns conselhos sobre o baile. Não foram muito úteis, mas ela não pareceu se importar, parecia que ela realmente gostava de falar.
– Eu vomitei no meu par. – ela confessou me fazendo gargalhar.
– Mentira.
– Sério, o idiota pensou em me dar o ponche batizado, achando que poderia ser mais fácil me levar para a cama no final da noite. O trouxa só conseguiu vomito em seus sapatos. Para o azar dele eu amei o ponche batizado e praticamente seqüestrei a poncheira tomando tudo sozinha. – ela fez cara de pesar e comecei a gargalhar.
– Então ficar longe do ponche. Anotado.
– Ah e como você e Christopher já não são mais inocentes. – ela piscou para mim me fazendo corar. – Talvez estiquem a noite. Eu distraio Charlie pra você.
– Sue, você é a melhor.
– Tudo pela minha futura filhinha. – ela piscou novamente e ri.
– Meninas o jantar está pronto. – meu pai gritou e sorrimos e fomos comer.
Pela primeira vez eu me senti como em uma família completa, tipo pai, mãe e filha. Sue nunca substituiria minha mãe em meu coração, mas era boa a sensação da família reunida para o jantar.
[...]
No final da noite, depois de dar boa noite ao meu pai e Sue, ela iria passar a noite, por ser sexta-feira, eu não via diferença de ela ficar aqui qualquer outro dia, mas os adultos são confusos.
Entrei em meu quarto e fiz uma careta para a bagunça. Suspirei e fui até a gaveta pegar um pijama e vi meu celular piscando lá dentro.
Serio quando eu coloquei ele aqui?
Peguei e vi varias ligações perdidas de Christopher, suspirei e me troquei, e depois me joguei no colchão no chão mesmo, me embolei no bolo de cobertas e liguei para ele.
– Dull?
– Hey amor.
– Não me venha com, Hey amor.
– Você prefere paixão?
– Dulce Maria.
– Desculpa Christopher .Eu esqueci o celular na gaveta.
– Tudo bem.
– Hey por que não ligou aqui em casa?
– Não queria atrapalhar seu jantar. Foi tudo bem?
– Muito bom, mas vamos evitar tomar ponche.
– O que? Por quê?
– Sue me contou algumas historias preocupantes. – Christopher riu.
– Anotado. Nada de ponche.
– Então? O que queria me perguntar aquela hora? – Christopher ficou um tempo e silencio, com certeza tentando lembrar do que ia dizer, fiquei brincando com a pontinha do meu cabelo e esperando.
Cara preciso dar um jeito nesse cabelo, o coisa triste. Até o Christopher tem um cabelo melhor do que o meu. Talvez eu roube um dos xampus dele.
– Dull, você ta ai?
– To sim. Já lembrou? – ele riu. Era muito comum eu falar muito e fazer Christopher esquecer os assuntos, então nos estávamos acostumados com esse tipo de coisa.
– Sim. Queria saber como foram às compras.
– Oh foram ótimas. Meu vestido é muito bonito.
– Aposto que é.
– Então o que você fez hoje sem mim. Sei que sua vida praticamente para sem mim, né. – Christopher riu.
– Verdade Dull, eu fico perdido sem você.
– Então? Como foi seu dia sem Dull savinon?
– Muito bom.
– O que?
– Brincadeira Dull. Eu joguei, depois Poncho foi pra casa e ficamos jogando vídeo-game.
– Ah bom. E a vadia?
– Quem?
– Não se faça de inocente Uckermann. – o ouvi suspirar.
– Não reparei em Belinda, Dull. Ela tava lá com as outras lideres, como sempre.
– Ok. Mas já vou avisando, se ela chegar perto de você, nem Poncho conseguira me segurar.
– Hmmm, minha namorada é muito ciumenta.
– Olha quem fala. Mike não pode nem chegar perto de mim.
– O que? Ele chegou perto de você, eu arrebento o Newton...
– Christopher não viaja. Eu estava dando um exemplo.
– Oh, ok. Acho que é melhor desligarmos.
– Ok. Queria que você estivesse aqui.
– Também gostaria.
– Então vem.
– Olha que eu vou mesmo.
– Perdeu o medo do chefe Savinon?
– Não totalmente. Mas eu posso sair daí antes que ele me veja. – eu ri.
– E o carro?
– Eu estaciono na esquina.
– Nossa você já tem tudo planejado. – ele riu.
– Quer que eu vá?
– Quero.
– OK. – Christopher desligou, antes que eu falasse que era brincadeira e encarei o celular em pânico.
OMG.
Hey gente vlw pelos comentários e comentem, quero uns 100 coments no fim ou mais...mil beijos