Christopher me deixou em casa as seis, nosso momento no carro foi silencioso e desconfortável, eu não sabia o que dizer, e ele sempre que me olhava parecia querer dizer algo, mas nada saia de sua boca.
Depois da nossa tarde incrível seus pais chegaram, e tivemos que nos apressar para vestir e parecer inocentes e não que estávamos transando. Enfim a chegada dos pais dele, nos impediu de conversar. E quando saímos acabamos conversando menos ainda.
Então ficamos calados, e ao chegar em casa, Charlie já estava lá, ficamos parados dentro do carro sem falar um palavra se quer.
Confesso eu estava quase dando com a cabeça no vidro, talvez acontecesse algo, lógico que eu iria para o hospital, mas ainda sim era um acontecimento.
- Eu...
- Eu... – falamos ao mesmo tempo e rimos um pouco envergonhados, Christopher estava vermelho de novo, se bem que eu estava também.
- Desculpa. – ele falou de repente e franzi o cenho.
- Pelo que?
- Te forçar, bem não forçar, mas bem hum, sobre nós...
- Espera, vo – você se arrepende?
- Não, quer dizer sim... Merda dull...
- Chega. – gritei saindo do carro e batendo a porta, lágrimas de frustração já enchiam meus olhos e corri para casa, Christopher me alcançou me fazendo encará-lo.
- Dull, por favor...
- O que? Vamos fingir que nada aconteceu?
- Você disse que nada ia mudar. – ele resmungou e bufei.
- Não ia, até você agir como um idiota. – o empurrei e entrei em casa batendo a porta. Meu pai me olhava confuso saindo da cozinha e grunhi abrindo a porta novamente, Christopher estava parado lá, e olhei feio pra ele. – E nem precisa vir me buscar amanhã. – bati a porta novamente e sorri.
- Oi pai.
- Oi menina, o que foi isso?
- Nada. – já ia subir quando ele me chamou.
- Dulce Maria?
- É serio pai, nada demais mesmo.
- Ok. Jantar sai em cinco minutos.
- Okay.
[...]
Quando finalmente fui me deitar, sem ter feito os deveres por que minha mochila ficou no carro de Christopher, merda, tomei um banho e fui dormir.
Estava me sentindo mal, eu não queria mesmo que as coisas mudassem, e não ia até ele dizer que foi errado.
Merda! Foi minha primeira vez e foi lindo, e ele estraga, pior ainda nem satisfez as minhas curiosidades, e eu tinha um monte. Teria que arrumar outro garoto pra me ajudar.
Mas isso seria difícil, eu não sabia agir como uma garota afrescalhada, eu nem tinha um vestido. Eu acho. Talvez eu tenha.
Sorri lembrando do meu presente de aniversario de 16, Charlie me dera um vestido azul bonito, mas era muito curto, minhas pernas ficariam de fora, isso era constrangedor.
Fui dormir pensando no que fazer no dia seguinte, estava começando a me preocupar, o que eu faria sem Christopher, ele era o único amigo que eu tinha. Amigo de verdade. Os outros garotos me viam como um moleque.
Quando acordei na manhã seguinte estava decidida, eu iria mudar, ai isso vai ser uma merda. Mas eu iria, iria fazer garotos me notarem, isso, se Christopher não queria, eu ia arrumar quem quisesse.
Fiz minha higiene e quando fui para o quarto comecei a fuçar meu guarda-roupa, a coisa era grave, acabei pegando uma calça de quando eu tinha quinze e a vesti ela ficou muito apertada, mas fiquei com a bunda empinada, já era alguma coisa. Achei uma camiseta baby look preta pequena também, e um pedaço da minha barriga ficou de fora, corei imaginando que todos olhariam para mim.
Suspirei e fiz um rabo de cavalo e me olhei no espelho, nada mal Dulce.
Cacei entre minhas coisas um batom, a única coisa que achei foi um gloss rosa brilhante, vai essa merda mesmo. Quando estava pronta desci para baixo e dei bom dia ao pai, e fui tomar um copo de suco, quando peguei o suco na geladeira e olhei para trás, meu pai me olhava com a boca aberta.
- O que?
- Nada, hum, está bonita filha.
- Valeu pai. Hey pode me dar uma carona?
- Claro, mas e Christopher?
- Eu disse pra ele não vir.
- Acho que ele não ouviu.
- Por quê?
- Ele está lá fora tem quase uma hora.
- Sério? – corri para a janela e vi o volvo parado em frente à garagem, rolei os olhos. – Ok, eu vou com ele, preciso pegar minha mochila mesmo.
- Tem certeza?
- Tenho sim. Já vou pai.
- Ok querida. – ele beijou minha testa e fui para fora, caminhei até o carro de Christopher e abri a porta já entrando e fechando em seguida.
- Não estou falando com você. – evitei olhar para ele, mas percebi que ele não falou e nem ligou o carro, franzi o cenho e olhei para Christopher.
- O que? – ele me encarava com a boca aberta, seus olhos disparando para meus seios que estava muito empinados por causa da camiseta apertada, e minha barriga que estava um pouco de fora. – O que? – gritei já irritada e ele pigarreou.
- Você vai pra escola assim?
- Vou, por quê? – olhei feio pra ele, Christopher respirou fundo passando a mão pelo cabelo.
- Só – só... só acho muito chamativo.
- Eu to feia? – perguntei desesperada, ele pigarreou.
- Não, ta linda, mas os garotos...
- O que tem?
- Vão ficar te olhando.
- Ah isso, que olhem.
- Dulce!
- Christopher, você vai ou não, se não eu pego carona com Charlie. – ele ligou o carro e virei à cabeça para fora o ignorando. Sentia que Christopher não tirava os olhos de mim.
Christopher dirigiu devagar, o que não era normal dele, minha perna já se movia com impaciência, olhei de esguelha pra ele que apertava o volante com força e tentei ignorá-lo. O que era horrível, pois Christopher sempre foi meu melhor amigo, eu odiava o clima tenso entre nós. O carro finalmente parou e suspirei olhando para a escola, o estacionamento estava cheio e comecei a ficar nervosa de sair com essas roupas. Mas eu não daria o gostinho a ele, eu mostraria que eu poderia...
Hey meninas...não poderei outra vez responder aos comentários...mas comentem, pois sempre os leio...mil beijos e comentem
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