- É meu pai! – os olhos de Christopher se arregalaram e olhei pra ele em pânico, mais rápido do que achei possível eu me levantei, Christopher fez o mesmo e joguei sua camisa pra ele e o empurrei em direção à escada.
- Sobe. – ele assentiu freneticamente e subiu peguei minha blusa no chão... Hey essa blusa não é minha que se dane, a vesti mesmo assim, ficou enorme, e assim que acabei de me vestir meu pai entrou na sala e me olhou confuso.
- Dull?
- Hey pai. – passei a mão nervosamente pelos cabelos, ele franziu o cenho e olhou para mim depois para o chão, na mesinha de centro estavam vários cadernos.
- Tudo bem querida?
- Sim, tudo ótimo, incrível, melhor impossível. – ele me lançou um olhar confuso e olhou pra cima.
- Christopher está no banheiro?
- Christopher? Ele não está aqui.
- O carro dele está lá fora. – dei um tapa na testa.
- Sim, claro Christopher, ele está no banheiro. – ele me olhou estranhamente.
- Ok. – nos encaramos em um silencio tenso por alguns minutos e ouvi barulho lá em cima.
- Bem, eu e Christopher terminaremos os deveres lá em cima. – comecei a juntar rapidamente os cadernos.
- Está bem, eu vou fazer o jantar. Christopher vai comer conosco?
- Christopher, hmmm claro. – corri para cima entrando no meu quarto ofegante, fechei a porta encostando-me nela e respirei fundo algumas vezes.
- Dull? – levantei os olhos e Edward ainda estava sem camisa e corei mordendo os lábios. – Tudo bem?
- Sim, bem você vai ter que jantar aqui. – ele riu nervosamente e tirei sua camisa, a risada morreu e ele engoliu em seco.
- Dull...?
- Se vista, antes que ele suba. – Christopher pegou a camisa e se virou de costas, cassei uma camisa qualquer no guarda roupa para eu poder vestir. Christopher continuava de costas e suspirei indo até ele e o abracei.
- Relaxa Christopher, vai ficar tudo bem. – ele se virou e me abraçou de volta.
- Ok, mas eu não quero ser caçado pelo chefe Savinon – eu ri e fiquei na ponta dos pés e beijei seus lábios.
- Eu te protejo seu bobo. – ele deu um lindo sorriso e voltei a beijá-lo.
- DULL JANTAR. – meu pai gritou, suspirei me afastando de Christopher e peguei sua mão.
- Vem vamos jantar. – ele assentiu passando a mão pelo cabelo e descemos a escadas, vi meu pai nos olhar curiosamente e sorri pra ele.
- Então tudo bem com vocês?
- Claro, por que não estaria?
- Bem, ontem você parecia bem zangada. – olhei para Christopher que corou um pouco e ri.
- Foi uma briguinha de amigos. – fiz pouco caso, meu pai riu e deu de ombros.
- Ok, vamos jantar.
Sentamos e começamos a comer em silencio, a comida do meu pai era muito boa, era as conseqüências de ser pai e mãe, ele teve que aprender a se virar. E devo confessar ele é o melhor pai e mãe do mundo, menos quando me chama de pentelha.
- Vocês têm planos para o fim de semana? – meu pai perguntou de repente e olhei para Christopher que deu de ombros.
- Não, por quê? Quer que a gente vá pescar com o senhor?
- Deus me livre.
- Por quê?
- Dull você espanta os peixes.
- Espanto nada, eu só perguntei por que eu queria aprender.
- Dull, você já estava me perguntando coisas que tinham nada haver com pescaria.
- Bem, uma duvida emenda à outra. – ele rolou os olhos e vi Christopher rindo, bufei. – Então por que perguntou?
- É que eu vou para Port Angeles.
- Fazer o que?
- Resolver um assunto.
- Que assunto?
- Uma coisa com os rapazes.
- Que rapazes?
- Eu, Harry, Jack e Peter.
- E vão fazer o que?
- Coisas de homens.
- Que coisas de homem?
- Chega pentelha.
- Mas você não me respondeu nada. – ele rolou os olhos.
- Por que não é importante. O que importa é se você acha que os Uckermann deixariam você dormir lá.
- Deixam sim Sr. Savinon. – Christopher falou rapidamente.
- É pai, Alexandra me adora.
- Não sei como. – ele murmurou fazendo Christopher rir.
- Hey.Alexandra responde todas as minhas perguntas.
Os dois riram e voltaram a comer, mas era sério Alexandra sempre respondia todas as minhas perguntas, era a única que não me mandava calar a boca ou me chamava de pentelha, Victor simplesmente fugia de mim. Não que eu me incomodasse, eu sabia que era chata, mas não podia evitar.
Pena que Alexandra já era casada com Victor, eu gostaria que ela fosse a minha mãe, ela era tão doce e gentil. Suspirei terminando o meu jantar, eles terminaram também e comecei a tirar os pratos.
- A louça é de vocês crianças, irei ver o jogo. – papai pegou uma cerveja na geladeira e sumiu para a sala.
- Sempre sobra pra mim. – resmunguei fazendo Christopher rir e ficar ao meu lado na pia.
- Você lava e eu seco.
- Ok.
- Então, vai passar o fim de semana em casa.
- É nós podíamos ir a Port Angeles, ir ao cinema ou... – parei de falar e olhei de esguelha para Christopher.
- O que foi? – ele me olhou confuso.
- Hmmm?
- Você parou de falar.
- Eu estava me perguntando, você quer ficar comigo não é?
- Claro que sim.
- Mas você não prefere estar em um encontro com Belinda ou qualquer outra?
- Não.
- Tem certeza?
- De onde veio isso?
- Eu estava pensando em quando Belinda comentou que estava disponível para o baile, sabe ela gosta de você.
- Mas não gosta de você.
- E o que tem, quem vai ficar com ela é você e não eu.
- Mas eu nunca namoraria uma garota que não gostasse de você. – ao mesmo tempo em que eu gostei de ouvir isso, foi doloroso. Era horrível imaginar Christopher com outra.
- É, sou sua melhor amiga. – murmurei enxaguando um prato e senti o corpo de Christopher roçar o meu em um empurrão de brincadeira e olhei pra ele.
- Você é mais que isso Dull. – eu mordi os lábios para conter o imenso sorriso.
- Oh, ok. – ele riu e me roubou um beijo rápido.
- Agora pare de moleza e lave logo essa louça. – eu ri tacando espuma nele e voltamos a combinar nosso fim de semana.
[...]
Era sexta feira quando as coisas ficaram estranhas.
Desde o pequeno desentendimento com as lideres eu estava evitando o campo, mesmo com Christopher me pedindo pra ficar eu ia pra casa antes dele, ia no ônibus da escola mesmo, e como o jogo estava próximo quando ele chegava em casa já estava tarde e não tinha tempo para nós.
Embora não gostasse, eu entendia, Christopher adorava jogar e eu ficava feliz por ele. Mas sexta eu não consegui fugir do treino, eu iria dormir na casa dos Uckermann, então iria para casa do Christopher direito, já havia separado minhas roupas que estavam no seu carro.
- Você sabe que se elas implicarem com você é só falar comigo? – ele comentou no almoço e sorri.
- Eu vou ficar bem Chtistopher. – ele assentiu e sorri, e voltamos a combinar nosso fim de semana.
Nas aulas de biologia, Belinda não vinha para a nossa mesa rastejar atrás de Christopher. o que eu agradecia imensamente, era ótimo não ter que agüentar a baranga pra cima do meu Christopher.
Sim eu estava começando a fica possessiva sobre ele, o que me deixava um pouco nervosa, e se ele não quisesse ser o meu Christopher?
Quando finalmente as aulas acabaram, Christopher e eu saímos para fora e ele me entregou sua mochila e a chave do carro e me pediu para guardar nossas coisas no carro, assenti e fui para o carro. Eu caminhava de cabeça baixa enquanto ia para o estacionamento, cheguei ao carro e coloquei as coisas, fechei o carro e fiz uma careta ao ver Mike caminhando em minha direção.
Hey...gente irei viajar amanhã e talvez so poste segunda-feira...se la tiver net é claro que tirarei um tempinho pra postar...obrigado pelos comentários e continuem comentando...mil beijos