Y.B: lindinha, vou ver uma história que tenha mais agito pra postar!

Continuando amada!

♥ Capítulo 14 ♥

                                     - Aw, a princesa está finalmente acordando. – disse ele.

A voz soava familiar, mas eu não poderia situar. Eu tentei abrir meus olhos, mas não podia. Eu não sabia onde eu estava ou quem estava falando quando eu lentamente comecei a acordar. Minha cabeça parecia que eu tinha bebido uma garrafa inteira de vodka sozinha, mas eu só lembrava de beber dois Cranberries a noite inteira. Eu tentei me lembra como cheguei nesta superfície dura, mas tudo o que eu conseguia lembrar era que estava caminhando para a máquina de gelo e enviando mensagem de texto para Christopher.

 - Vamos, princesa, acorda. Nós vamos nos divertir agora. – disse ele, chutando o fundo do meu pé esquerdo.

Eu tentei abrir meus olhos novamente, mas ainda não conseguia. Era como se eu estivesse sonhando que estava em um sonho e eu não podia acordar. Talvez eu estivesse sonhando, mas por que a dor que eu senti na minha cabeça doía como se fosse real?

 - Acorda, acorda. – disse ele, chutando meu pé novamente. – Não me faça te machucar, Dulce. – ele rosnou.

 - P... Por quê? – eu sussurrei.

Senti as mãos em cima dos meus ombros enquanto eu estava ainda de costas sobre uma superfície dura. Me implorei para abrir meus olhos, mas eu não conseguia abri-los. Sentia-os pesados e não importa o quanto eu tentava, eles simplesmente não abriam.

As mãos em meus ombros começaram a me tremer. Parecia real. – Olha cadela, eu tenho sido paciente com você por meses. Eu te deixei viver sua vida feliz, mas agora é hora de finalmente conseguir o que é meu. – o tremor parou e eu tentei tão difícil abrir os olhos. Eles finalmente começaram a abrir, mas tudo o que eu via era um borrão. – Dizem que quando você precisa de algo bem feito, faça você mesmo. Então, acorda, por/ra!

Meus olhos finalmente se abriram e a neblina apagou. Ele ainda estava agachado ao meu lado, olhando para mim. O pânico começou a afundar dentro de mim. O que eu tinha feito em uma vida passada para merecer isso? Eu o conheci em Las vegas, que era longe de onde eu morava, mas ele ainda me seguia e agora eu estava aqui, com ele olhando para mim. – Trevor? – eu disse, tentando me sentar para que eu pudesse aumentar a distância. Eu mal podia falar ou mover minha cabeça, muito menos todo o meu corpo. Senti uma lágrima quente escorrer pelo meu rosto. – Por que você está fazendo isso?

 - Bem Dulce, ou devo continuar te chamando Courtney? – perguntou zombando de mim. – Seu namorado perfeito arruinou a minha vida e agora ele vai pagar.

 - O que você está falando? – eu perguntei, enxugando a lágrima solitária do meu rosto. Eu não iria chorar. Eu não demostraria medo.

 - Você não tem que fazer perguntas! – Trevor gritou, correndo as mãos pelos cabelos loiros.

 - Agora, vamos te sentar, para que possamos enviar ao namorado menino bonito um vídeo.

Trevor me agarrou pelos ombros de novo e me sentou. Olhei ao redor da sala de estar quase nua e pensei que estava em uma casa, mas eu não tinha ideia de onde. As persianas e cortinas estavam fechadas e havia um sofá verde-limão no centro do piso que parecia que foi tirado de uma lixeira.

Em frente ao sofá estava uma cadeira de diretor de pano preto. Candeeiros de pé em cada lado do sofá eram a única fonte de luz na sala.

 - Posso ter um pouco de água? – eu perguntei, tentando mascarar os nervos que corriam pelo meu corpo. Minha boca estava seca, áspera e doía para falar. Eu lembrava vagamente do pano fedorento que foi colocado sobre a minha boca. Trevor deve ter me drogado e os efeitos estavam finalmente começando a desaparecer lentamente.

 - Não. – ele disse, me levantando pelos meus ombros.

 - Por favor? Eu mal consigo falar. – eu disse com a voz rouca.

Ele me pegou pelo meu braço direito e me levou para o sofá. Ele não estava me machucando, para minha surpresa. – Tudo bem. Olhe Dulce, apenas faça o que eu digo e você não vai se machucar. Seu namorado precisa me pagar o que me deve. – disse ele, caminhando em direção à cozinha.

Senti uma vibração dentro de meu sutiã. Olhei para minha blusa de paetês preto e vi que meu telefone ainda estava no meu sutiã. Eu empurrei mais para garantir que Trevor não o visse e comecei a pensar em uma maneira de fazer uma chamada para o 911, sem ele saber. – Eu não entendo. – eu disse quando ele voltou da cozinha com um copo vermelho de água da torneira.

 - Christopher e eu temos uma história e quando eu pensei que ele estava fora da minha vida, ele volta e toma outra coisa de mim. Ele precisa pagar.

 - O que ele tirou e você? – o pouco de água estava fria contra a minha garganta inflamada e já me sentia melhor, fazendo com que a minha voz voltasse ao normal.

 - O que eu disse sobre fazer perguntas? – perguntou Trevor, pegando o copo.

 - Eu estou tão confusa. Eu não entendo como Christopher diz respeito a qualquer coisa quando eu era a pessoa que você conheceu em Las Vegas antes mesmo de saber quem Christopher era.

 - Eu conheço Christopher desde a faculdade. – disse ele, fazendo com que uma lâmpada saísse na minha cabeça.

 - Você é o outro quarterback? Aquele que quebrou sua coluna?

 - Eu não quebrei a coluna dele. – gritou, e em seguida, cerrou os dentes e cerrou os punhos.

 - Você fez aqueles caras fazerem isso por você! – eu gritei de volta.

Silêncio caiu sobre a sala estranha. Meu celular começou a vibrar novamente justamente quando Trevor se levantou e começou a andar, passando as mãos nos cabelos novamente. Eu me inclinei no sofá tentando chegar o mais longe que pudesse para que ele não ouvisse a vibração. Era um milagre ele não saber que eu tinha o meu telefone. Não deve ter tocado enquanto eu estava inconsciente. Mas não seriam Maite, Annie e as meninas perguntando onde eu estava?

Eu estava tentando não demonstrar medo na frente de Trevor, mas eu não conseguia parar de pensar no que ia acontecer. Ele disse que não ia me machucar, mas eu nunca o tinha visto tão zangado antes. Me sentei ali olhando para ele medindo os passos, acalmando meus nervos. Eu posso fazer isso. Eu posso fazer o que quiser para que ele me deixe ir embora.

 - Ok, o que...

Eu ouvi a porta da frente, que estava ao lado oposto da parede à minha direita abrir naquele momento. Meu coração parou. Eu olhei para Trevor, mas ele não parecia preocupado. Meu olhar se voltou para a minha direita, assim que Matt entrou na sala. De todas as vezes que eu tinha visto Trevor, Matt nunca estava com ele, exceto em Las Vegas.

 - Ela está acordada. Eu vejo. – Matt disse, caminhando até onde Trevor estava depé.

 - Sim, ela está acordada há cerca de dez minutos. Você conseguiu voltar a tempo?

A tempo?

 - Nós vamos fazer isso agora Michael? – perguntou Matt, colocando um jornal na cadeira de diretor.

Michael?

 -  Eu imaginei que seu nome fosse Trevor? – perguntei.

 - Você não é a única que usa um nome falso. – Michael disse, rindo com Matt.

 - E me deixe adivinhar, o seu nome não é Matt?

 - Nope. – ele disse, rindo novamente.

Percebi que Christopher nunca me disse o nome do cara que tinha tirado ele da faculdade – não que isso importasse, eu pensei que era Trevor... Trevor.

 - Tudo bem, Dulce. – Michael disse, caminhando até mim chegando por trás das minhas costas. – Vamos fazer um vídeo resgate para o seu pequeno namorado agora. – disse ele, puxando uma arma de trás das costas.

Meu corpo se enrijeceu coma visão da arma. Eu ficava repetindo na minha cabeça, eu não vou demostrar medo, não vou demostrar medo.

 - Agora, eu quero que você segure este jornal aqui e, em seguida, fale para o telefone com a câmera que Matt vai segurar. Eu quero que você fale com o seu precioso Christopher que eu quero um milhão de dólares até o emio dia de amanhã ou bem – você morre.

 - Ok. – eu sussurrei e engoli em seco, pegando o jornal.

 - Diga a ele que ele precisa ir ao Great America, em Santa Clara, entrar na fila para andar de Top Gun, colocar a mochila cheia de dinheiro no cubículo onde se guarda objetos, em seguida, subir no Top Gun ao meio-dia. Uma vez que ele fizer isso e eu tiver o dinheiro, eu vou deixar você ir embora. Nada de polícia. Se alguma coisa acontecer comigo ou com o dinheiro, Matt aqui vai te matar.

Eu não vou demonstrar medo, não  vou demostrar medo,  eu ficava repetindo naminha cabeça novamente. E se Christopher não tivesse esse dinheiro? E se ele não conseguisse o dinheiro então? Great America é um parque de diversões há cerca de uma hora de carro de San Francisco. Em qualquer fim de semana, quando o parque está aberto, há milhares de pessoas. Eu não vou demonstrar medo, eu não vou demonstrar medo.

 - Como é que ele vai conseguir todo o dinheiro e passar pelas pessoas sem que verifiquem sua mochila quando ele entrar?

 - Não é problema meu. – disse Michael. – Pronto Colin?

Colin... seu nome é Colin, não Matt.

 - Yeah.

Michael me entregou o jornal. – Por que eu tenho que segurar o jornal em cima? – perguntei.

 - Você nunca ouve o que lhe dizem ? você faz muitas perguntas. é assim que se obtém informações.

 - Sim, mas eu vi Christopher hoje. Tenho certeza que ele saberá o que quer dizer amanhã ao meio-dia.

 - Você está realmente começando a me irritar! Basta fazer isso. – ele disse, levantando a arma na minha cabeça.

 - Tudo bem. – eu disse, segurando o jornal e olhando para Colin. Eu não vou mostrar medo.

 - Iniciar em três...dois...um. – Colin disse.

Eu tomei uma respiração profunda, - Meu lindo, Michael da sua faculdade que que você leve um milhão de dólares para o Great America ao meio-dia de amanhã. Você precisa colocar o dinheiro em uma mochila e leva-lo com você para a montanha russa Top Gun. Pegue o passeio, mas deixe a mochila em um dos cubículos de armazenamento que as pessoas usam para deixar suas coisas enquanto eles estão passeando. Depois que fizer e eles tiverem o dinheiro, eles vão me deixar ir embora. Não leve ninguém para ajudá-lo ou chame a polícia. Se você fizer isso, seu amigo, Colin, vai me matar.

 - Por/ra, cara, ela disse meu nome! – Colin disse a Michael.

 - Seja como for, não importa. Ele não viu seu rosto. Apenas a mensagem de vídeo para Christopher. – ele estalou, levando o jornal a partir de mim e caminhando para Colin.

 - Agora que eu fiz o que você pediu, por favor você pode me dizer como você sabia sobre mim em Vegas?

Michael olhou para Colin, em seguida, voltou para mim. – Você sabe o quê, Dulce, eu vou te dizer tudo, porque não importa. Assim que eu receber o dinheiro, meu filho e eu vamos pra o México. – disse ele, dando um “toca aqui” em Colin  enquanto ele ria e caminhava até se sentar na cadeira em frente a mim. – Então, eu acho que você sabe tudo sobre como eu fui para a faculdade com Christopher e tudo o que eu disse antes a você não importa, por isso vou avançar rapidamente para um ano atrás. Colin e eu éramos donos de uma academia em Seattle. Você sabe, aquela que Christopher comprou?

 - Você era o dono da academia que estava com execução hipotecária?

 - Sim.

 - Desculpe interromper o tempo da história, mas você está contando a ela tudo de um típico vilão de filme clichê? Todo mundo sabe que é assim que o bandido sempre é pego. Além disso, não precisamos mais dela agora como brinde do garoto Christopher, porque ele sabe que estamos falando de negócio. Vamos apenas nos livrar dela agora. – Colin interrompeu.

 - Isso é cinema, na vida real não e´ assim que funciona. Além disso, não somos assassinos como Christy, cara.

Christy? Que por/ra é essa?

 - Christy? Você fazia parte disso também?

 - É uma loucura o que cadelas fazem por amor. – ele disse, rindo. – Como eu lhe disse quando você estava acordando, quando você quer algo bem feito, faça você mesmo. Depois que eu descobri que ele queria comprar a academia de Seattle tomar alguma coisa que me pertencia, Colin o localizou e, em seguida, acompanhamos a sua vida por meses.

Eu não podia acreditar no que Trevor – Michael – o que diabos o nome dele era – estava me dizendo.

Depois de todos esses anos, ele ainda guardava rancor de Christopher por ser o melhor quarterback. Se Michael nunca tivesse contratado um grupo de rapazes para bater em Christopher, ele nunca teria sido expulso e, provavelmente, teria tido o seu diploma e seria um empresário melhor.

 - Então você se aproximou de Christy após a separação para me matar, dizendo que ela iria ter de volta, mesmo você sabendo que ela iria rasgar Christopher se eu fosse morta e que ele pagaria por tirar a sua glória na faculdade e ter comprado o seu negócio?

 - Exatamente, mas Christy também ia me enviar dinheiro da conta de Christopher, uma vez que eles voltassem a ficar juntos. Ela é uma idiota e eu não queria dizer a ela que Christopher iria deixa-la depois que descobrisse que ela roubou dele. Eu só queria o dinheiro.

 - Mas eu não entendo como você sabia sobre mim e se aproximou de mim em Las Vegas antes mesmo de eu falar uma palavra com Christopher.

 - Nós colocamos escutas no escritório de Christopher na academia. Ele tem falado sobre você desde o dia em que a viu pela primeira vez, então quando Colin viu você no mesmo voo, ele me ligou e começamos a trabalhar o plano A. o plano de Christy era o plano B, mas ela é uma idiota e que eu deveria ter percebido e ficado apenas como plano A.

 - O plano A era me raptar para o resgate?

 - Sim.

Eu estava tentando processar tudo o que Michael estava me dizendo. Primeiro, ele era tão louco como Christy – ou mais louco. Ele culpou Christopher por arruinar sua vida e, quando Christopher começou a se preparar para comprar a sua academia, foi a gota d’água e ele queria que Christopher pagasse. Michael havia se aproximado de Christy após Christopher terminar com ela e então, Christy tiraria dinheiro de Christopher para pagar Michael. A partir do momento que Christy não foi bem sucedida, Michael e Colin voltaram em seu plano de me raptar para pedir dinheiro e agora, aqui estou eu sentada, esperando que Christopher consiga um milhão de dólares até amanhã, e que Michael e Colin realmente me deixem ir embora, uma vez que tenham o dinheiro.

 - Cara, são duas da manhã. Vou dormir um pouco agora que você enviou o vídeo. – disse Colin.

 - Sim, eu vou te acordar às seis horas, quando será a minha vez.

Eu não sabia que eram duas da manhã. Quando saí da suíte no Westin para pegar gelo, eram apenas cerca de nove e meia. Eu estava ficando muito cansada, mas não havia nenhuma maneira que eu poderia dormir com uma pessoa louca olhando para mim.

 - Eu tenho que ir ao banheiro. – eu disse para Michael.

 - É pelo corredor, primeira porta à esquerda. Vá em frente, todas as janelas estão fechadas em casa. Você não vai escapar, se é isso que você está pensando.

Corri para fora do sofá e fui para o banheiro. Peguei meu celular do meu sutiã e vi que eu tinha treze chamadas não atendidas de Christopher, dez de Maite e sete de Annie. Eu estava prestes a enviar uma mensagem em grupo, quando ouvi um estrondo do lado de fora e um monte de gritos. Eu não sabia o que estava acontecendo.

Eu me afastei da porta, olhando em volta por um lugar para me esconder, mas eu estava em um pequeno banheiro que não tinha cortina no box na banheira e somente uma pia em um pedestal.

Entrei na banheira para que eu pudesse pelo menos ficar longe da porta se fosse voar aberta. Meu coração estava acelerado. A briga parou e, em seguida, fez silêncio. Eu estava congelada, prendendo a respiração, com medo de me mover.

 - Dulce?

Alguém estava chamando meu nome, mas eu não tinha ideia de quem. Não parecia a voz de Michael ou Colin, mas era um homem.

 - Dulce, sou o oficial Martino, você está aqui?

Oficial? Como é que a polícia sabia? Como ele sabia o meu nome? Eu não tinha certeza se eu deveria me mexer.

E se isso era algum tipo de armadilha? Mas então, por que seria uma armadilha? Michael e Colin já me tinham como refém. O que mais poderia acontecer?

A porta começou a abrir lentamente. – Dulce? – um policial abriu a porta totalmente, olhando para mim de pé na banheira.  – Dulce, sou o oficial Martino. Você está segura agora e podemos te tirar daqui. Christopher e seus amigos estão lá fora com os outros policiais. – ele disse, estendendo a mão para mim.

 - Ok. – eu disse, pegando sua mão e saí da banheira.

O oficial Martino me levou para o jardim da frente. Quatro carros de polícia e uma ambulância piscavam na rua do bairro. As pessoas estavam do outro lado da rua me observando. Olhei para os rostos à procura de Christopher. Antes que eu pudesse encontra-lo, braços fortes me envolveram em um abraço apertado.

 - Oh meu Deus, minha linda, eu estava tão preocupado com você!

 - Eu estou bem. – eu disse enquanto ele se inclinou e me beijou. – O que aconteceu?

 - Dulce, meu nome é Jaime Brooks e eu sou o advogado da vítima atribuído ao seu caso. Eu estarei com você durante a entrevista na delegacia. Depois de ser verificada pelos paramédicos, iremos para a delegacia.

 - Ok, Christopher pode vir comigo?

 - Sim, mas ele não poderá falar. Ele só pode estar lá para apoio emocional.

 - Isso é bom. – eu disse, me inclinando no peito de Christopher. – Quem está aqui com você? – eu perguntei olhando para Christopher.

 - Maite, Annie, Alfonso, Will e Acyn.

 - Acyn? – eu questionei, sentindo que meus olhos estavam arregalados fora da minha cabeça.

 - Ele foi o único que percebeu a sua falta.

 - Oh – então você sabe?

 - Sim? – Christopher disse, sorrindo.

 - Você está louco?

 - Como posso ficar com raiva de você depois de tudo o que você acabou de passar?

 - Não foi tão ruim assim.

 - Minha linda. – ele disse quando parou de andar e me virou para ele usando meus ombros. – Você foi sequestrada e mantida refém. Eu estava tão assustado. Você estava ali com uma arma apontada para sua cabeça.

 - Eu sei, mas eu estou bem.

Eu realmente estava bem – fisicamente. Tudo aconteceu tão rápido e minha cabeça ainda estava girando por tudo o que Michael tinha me dito. Jaime e Christopher me levaram até a ambulância para ser examinada por um médico. Olhei para a multidão e vi meus amigos.

 - Posso ir ver os meus outros amigos? – eu perguntei ao Jaime.

 - Sim, mas só por um minuto. Precisamos leva-la para a delegacia, agora que os paramédicos já examinaram você.

 - Ok. – eu disse, pegando a mão de Christopher e caminhei até os meus amigos.

Quando Maite e Annie me viram andando em direção a elas, correram ao redor do policial que estava de pé na frente delas.

 - Está tudo bem, oficial Hunter-Cogan. – o oficial Martino disse, deixando minhas amigas passarem.

Mais uma vez, minhas amigas foram me abraçar depois de um acontecimento trágico. Me senti como quando Christy tinha tentado me matar.

 - Eu juro por Deus, Dulce, vou comprar algemas e você nunca mais vai ficar sozinha! – Maite me disse, a tal ponto que eu não conseguia respirar a abraçando.

 - Eu estou bem, Mai.

 - Se Acyn não tivesse percebido que estava fora por muito tempo depois de sua pequena performance, eu não sei  que teríamos feito. – Annie disse, me abraçando, também.

Me virei para Acyn e murmurei: - Obrigada. – ele acenou com a cabeça em confirmação com as mãos nos bolsos. Eu sabia que ele queria me abraçar  e eu queria abraça-lo para expressar a minha gratidão – mas eu não podia.

Depois de todos terem me abraçado e viram que eu estava bem, Jaime andou com Christopher e eu até um carro da polícia e estava esperando pela gente para sair para a delegacia. – Onde estamos? – perguntei.

 - Estamos em San Jose, minha linda.

 - Me levaram todo esse caminho para San Jose?

 - Sim, é por isso que eu não cheguei mais cedo.

 - Christopher, eu sinto muito. Eu sei que você quer contar tudo a ela, mas você não pode. Ainda não. – Jaime disse, se virando no banco da frente para nós.

A exaustão finalmente me chutou, por isso durante a curta viagem, acabei dormindo no ombro de Christopher enquanto ele me segurava perto. No ano passado, minha vida tinha sido posta em perigo duas vezes por causa de Christopher, mas não havia ainda nenhum lugar que eu preferiria estar, do que ao seu lado.

Durante a entrevista, Christopher apertou minha mão enquanto eu contava o começo da noite. Eu disse tudo a eles, desde a primeira vez que vi Michael em Las Vegas, quando ele me disse que se chamava Trevor até ele me dizer que ele era um dos cumplices que estava com Christy, quando ela tentou me matar há, cinco meses atrás.

Depois que eu dei a minha entrevista, eu me sentei com Christopher , enquanto ele dizia aos detetives como ele conheceu Michael.

Tudo o que Michael me disse era verdade, exceto que Christopher não sabia que ele estava comprando a academia de Michael. Embora ele soubesse do verdadeiro nome de Michael, ele nunca tinha somado dois e dois juntos. Michael Smith era um nome tão comum e tinha passado 12 anos desde a última vez que ele tinha visto Michael.

O sol estava começando a subir quando nós finalmente deixamos a delegacia de polícia um pouco antes as seis. Deixei meu carro no Westin e combinamos com Alfonso ou Annie para busca-lo para mim. Eu não queria nada mais do que apenas ir para casa a me espalhar na minha cama e dormir.

 - Como é que a polícia soube? Como você foi lá? – eu perguntei a Christopher enquanto dirigíamos pela Highway 101 em direção a San Francisco.  

 - Minha linda, durma um pouco. Podemos falar sobre isso mais tarde. – ele disse, levando minha mão aos lábios.

 - Eu não consigo dormir, por favor, me diga.

 - Ok – Annie me ligou por volta das dez horas da noite passada dizendo que você saiu para pegar gelo e não voltou. Elas procuraram por toda parte. Elas ainda desceram até o manobrista e foram informadas de que você não saiu com o seu carro. Eu usei o aplicativo “localizar amigos" e vi que você estava em San Jose. Nós todos entramos em pânico.

 - Eu arruinei a festa de despedida de Maite. – eu disse enquanto as lágrimas finalmente começaram a cair.

 - Minha linda, você não fez nada errado.

 - Eu sei, mas ela teve que interromper a sua festa.

 - Maite está feliz que você está viva. Todos nós tentamos ligar para você, mas você não respondia. Alfonso, Will e eu entramos no meu carro e viemos pra cá e dissemos a Annie e Maite para nos ligar quando elas estivessem perto de San Jose para que pudéssemos nos encontrar. Quando estávamos quase ao centro da cidade, eu recebi o vídeo de Michael. Felizmente, Alfonso levava o carro, porque eu queria continuar tentando ligar para você. Se eu estivesse dirigindo quando recebi o vídeo, eu acho que teria destruído o carro, quando vi uma arma em sua cabeça.

 - Eu estou bem. – eu disse, com necessidade de assegurar tanto a ele quanto a mim.

Liguei para o 911 assim que eu terminei de assistir ao vídeo. Eles disseram que iriam mandar um carro patrulha para conferir. Assim que nós chegamos à casa que vocês estavam, os policiais chegaram junto, também. Mostrei a eles o vídeo e chamaram reforços. Alfonso e Will tiveram que me segurar fisicamente por trás para não entrar na casa para pegar voe. Se os policiais não já estivessem lá, eu teria entrado. Eu o teria matado com minhas próprias mãos.

Estendi a mão e esfreguei a perna de Christopher. – Estou contente que foram os policiais que foram lá e fizeram o trabalho, ele tinha uma arma.

 - Eu ainda quero matar o filho da pu/ta.

 - eu também, meu lindo, eu também. Eu não ouvi nenhum tiro ou qualquer coisa, apesar, que eu estava no banheiro.

 - Eu não podia ver o que acontecia na casa, mas cinco policiais entraram e alguns minutos depois, eles saíram com Michael e Colin algemados.

 - Estou muito contente por isso ter acabado. – eu disse, suspirando.

 - Eu também. Eu não posso acreditar que o tempo todo, Trevor era Michael. Ele fez isso de propósito para que eu não o visse. Estou surpreso que Annie não o reconheceu naquele dia fora da academia.

 - Ela não o viu e nem Maite. Ele provavelmente fugiu assim que viu Annie.

Finalmente chegamos em casa depois de uma hora e meia de carro. Eu andei até as escadas e fui direto para o banheiro da nossa suíte máster, tirando minha roupa assim que entrei no quarto.

Christopher seguiu atrás de mim e nós dois ficamos debaixo da água quente, lavando tudo para fora.

Flashes de tudo passavam pela minha cabeça. Não fui capaz de segurar por mais tempo, eu me virei nos braços fortes de Christopher e chorei em seu peito duro, meu corpo tremia enquanto minhas lágrimas eram lavadas pela água do chuveiro.

 

Bom amadas, como disse ontem, esse capitulo eu digitei no word por medo de perdê-lo de novo. Amanhã eu volto digitando direto no site. bjs, comentem