Pollitavondy: pra você amada! obrigada por comentar!

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 - O que diabos você está fazendo aqui? – eu assobiei para Christy quando vi que era ela e não Christopher subindo as escadas.

 - Eu vim falar com você.

 - Como você entrou aqui? – meu cabelo estava escorrendo no fundo da minha blusa preta e pingando no chão.

 - Eu tenho uma chave. – ela disse com um sorriso.

Christy estava no topo da escada há apenas alguns metros de mim, enquanto eu estava no batente da porta do quarto de Christopher.

 - Por que você tem a chave?

 - Eu tinha feito uma enquanto eu estava com Christopher.

 - Ah... então ele não sabe? – eu perguntei com atitude na minha voz e cruzei os braços sobre o peito.

 - Não, e você sabe, Dulce, eu não estou aqui para ter uma conversa fiada com você. – ela retrucou.

 - Bem, por que diabos você está aqui? – eu podia sentir meu sangue começar a ferver.

 - Eu vou acabar com você considerando que você está no caminho no que diz respeito a Christopher e eu ficarmos juntos...

 - Eu estou no caminho? Ele não quer ficar com você, Christy. – gritei enquanto eu a interrompia e soltei meus braços ao lado do meu corpo, em protesto.

 - Antes de você entrar em cena, nós éramos felizes. Nós íamos nos casar. – ela gritou de volta.

 - Ah, é mesmo? Será que ele propôs para você? – eu perguntei quando cruzei os braços sobre o peito novamente.

 - Bem... não.

Christy estava ali como se fossemos amigas, tendo uma conversa normal e não se moveu além do topo da escada. Esta cadela era insanamente louca e realmente estava começando a me irritar.

 - Então, como é que você tem tanta certeza que vocês iam se casar?

 - Apenas um pressentimento de que ele teria proposto em breve, se você não tivesse entrado em cena e estragado tudo!

  - Isso era o seu estômago lhe dizendo que ia levar um fora. – eu disse quando ri um pouco.

 - Fo/da-se, sua pu/ta! Isso acaba agora. É hora de tirar você de cena. – o rosto dela estava vermelho brilhante quando ela gritou comigo.

- E como você planeja fazer isso? – meu sangue estava em chamas e minhas mãos estavam tremendo de raiva quando eu as deixei cair ao meu lado novamente.

 - Eu vou matar você!

 - Você o qu... – Christy começou a procurar atrás das costas dela e vi a luz da janela acima das escadas refletindo sobre algo brilhante. Antes          que eu pudesse ter um perfeito vislumbre do que ela estava puxando de trás de suas costas, ela se lançou em minha direção com a mão direita para fora. O objetivo brilhante era uma faca.

Eu puxei meu ombro direito para trás apenas para evitar que a faca fosse dirigida diretamente para meu peito. Christy quase caiu quando a faca não me acertou. Eu rapidamente me apoie em direção a escadas e Christy se lançou em mim novamente. Eu continuei a girar em círculo e ela quase caiu novamente.

 - Christy, se acalma, por/ra, você está agindo como uma louca! Você não considerou as consequências disso!

 - O inferno que não! Eu estava planejando isso a duas semanas. – ela disse com uma risada maligna.

Christy e eu estávamos girando em círculo como uma luta no pátio da escola. Era a luta ou instinto de fuga e eu tinha contrariado e escolhi lutar. Eu vi a faca na mão dela, à espera da próxima investida.

 - Então o seu plano é me matar e você acha que o Christopher não vai te odiar para o resto da sua vida?

 - Christopher não vai descobrir.

 - Como é isso? Estamos em seu apartamento, por/ra!

 - Eu trouxe ajuda e artigos para descartar seu corpo.

Demorei alguns segundos para processas o que ela havia dito. Nós continuamos a girar lentamente. Isto ia ser assim? Eu ia morrer? Nunca veria Christopher novamente?

 - E todo sangue? Como é que você vai limpá-lo antes que ele chegue aqui? – eu perguntei, tentando ganhar mais algum tempo, enquanto eu tentava pensar em um jeito de sair desta situação louca.

 - Como eu disse, eu tenho ajuda. – ela pulou em mim novamente. Minhas costas estavam no topo da escada. Curvei minhas pernas enquanto eu girava novamente para a direita. Christy errou novamente, mas desta vez ela caiu da escada.

Eu estava no topo da escada observando como ela deslizava de bruços, com os braços se esticando à sua frente, apertando a faca em sua mão direita. Antes de chegar no pé da escada, seu corpo enrolou em uma bola e continuou a cair pela escada, com a cabeça voltada para os corrimãos.

Quando ela finalmente chegou no nível mais  baixo, eu vi a faca saindo de seu estômago. O sangue começou a escovar através de sua blusa no chão. Seus olhos estavam fechados e ela não estava se movendo.

Eu fiquei lá por um minuto ou dois apenas olhando para ela em estado de choque, esperando que ela fizesse o menor movimento. Ela não se moveu. Corri para o quarto de Christopher e peguei o telefone sem fio na mesa de cabeceira e disquei 911.

 - 911, qual é a sua emergência? – o atendente perguntou.

 - Alguém entrou no apartamento do meu namorado e nós lutamos... e há sangue por toda parte. – eu gritei para o receptor.

 - Minha senhora, se acalme. Alguém está ferido?

 - Sim.

 - Você ou seu namorado se feriram?

 - Não... Eu estou aqui sozinha com ela. – lágrimas começaram a juntar nos meus olhos quando eu comecei a gritar.

 - O intruso está ferido?

 - Sim, sim ela está. Há sangue por toda parte e ela não está se mexendo. – lágrimas rolavam pelo meu rosto. Eu enxuguei, mas as lágrimas continuavam a rolar pelo meu rosto.

 - Tudo bem, senhora. A ajuda está a caminho. Você está segura neste momento?

 - Eu... eu não sei. Ela não está se movendo.

 - Ok, eu vou ficar no telefone com você até que a ajuda chegue. Se você não se sentir segura, por favor, se tranque em um quarto. A ajuda vai estar aí a qualquer minuto.

 - Tudo bem... obrigada. – eu funguei.

Assisti Christy enquanto ela estava deitada com os olhos fechados. O sangue começou a fazer uma piscina ao redor de seu corpo. Alguns segundos depois, ouvi o som fraco das sirenes a distância.

 - Eu ouvi as sirenes. – eu disse ao atendente.

 - Sim, senhora, eles chegarão em menos de um minuto.

 - Ok, obrigada. Eu preciso ligar para o meu namorado.

Eu desliguei o telefone antes que o atendente pudesse responder. Eu precisava ligar para Christopher. Eu não sabia por quanto tempo Christy e eu lutamos, mas eu estava esperando por ele a qualquer momento. Me sentei no primeiro degrau da parte superior da escada, olhando para o corpo de Christy.

 - Hey Baby, Alfonso e eu estamos no fim da rua. Há alguma confusão com policiais e caminhões de bombeiros, por isso estamos parados no trânsito para deixá-los passar.

 - Chris... topher...  – minha voz falhou.

 - Dulce, o que há de errado? Você nunca usa o meu nome.

 - Eu... eu acho que... eu acho que eu matei o seu bebê. – eu comecei a chorar quando as palavras saíram da minha boca.

 - O que você quer dizer?

 - Christy invadiu...

 - Ela o quê? Fiquei aí, eu estou quase lá. – eu ouvi Christopher dizer a Alfonso que Christy tinha invadido e então ouvi a porta do carro abrir e um monte de barulho de fundo, como se estivesse correndo.

 - Baby, eu estou literalmente a uma quadra de distância. Você se machucou?

 - Não. – eu funguei novamente.

 - Onde está Christy?

 - Ela está deitada no chão sem se mexer, há sangue por toda parte.

 - Fiquei comigo no telefone, baby. Basta continuar falando comigo até eu chegar aí. – eu poderia dizer que Christopher estava correndo. Ele não estava ofegante, mas ele parecia um pouco sem fôlego.

Eu comecei a contar como Christy usou uma chave que ela fez e entrou no apartamento quando eu estava saindo do banho. Antes que eu pudesse ir mais longe, bombeiros e paramédicos estavam entrando no apartamento. Eu olhei para eles onde estavam sobre o corpo de Christy. Atordoada, eu olhava para eles por um momento, sem saber como eles haviam entrado. Então eu percebi que Christy tinha provavelmente deixado a porta da frente aberta.

Eu desliguei com Christopher. Ele disse que estava no elevador e um paramédico estava subindo as escadas em direção a mim.

 - Senhora, você está machucada?

 - Não. – eu respondi enquanto eu olhava para ele.

Eu apertei o telefone na minha mão, quando o paramédico se virou e caminhou até o corpo de Christy. Fiquei ali sentada olhando enquanto os paramédicos atendiam a ela.

Christopher correu para o apartamento alguns segundos depois. Ele parou por um breve momento, olhando a cena sangrenta. Ele olhou para mim, os nossos olhos se encontraram e ele foi imediatamente até as escadas para envolver seus braços em volta de mim, me abraçando apertado.

 - Graças a Deus você está bem. Diga-me o que aconteceu. – ele disse, enquanto continuava a me abraçar, segurando a parte de trás da minha cabeça firmemente com a mão direita e com o braço esquerdo em volta das minhas costas.

Eu puxei minha cabeça para trás olhando para Christy e de volta para Christopher quando comecei a recontar a ele o que tinha acontecido. Antes que eu pudesse terminar novamente um policial e Alfonso subiram as escadas.

Christopher e eu continuamos sentados no degrau mais alto da escada, quando eu disse ao policial o que tinha acontecido. Alfonso se inclinou no parapeito um pouco atrás do policial e ouviu a minha história enquanto Christopher descansou o braço em volta dos meus ombros para me confortar.

Enquanto eu estava retransmitindo tudo ao policial, os paramédicos colocaram Christy em uma maca e a levaram para o hospital. Ela estava viva. Nós dissemos ao policial que ela estava grávida de Christopher e ele perguntou para mim se eu queria ir para o hospital para ver como ela estava indo.

Eu poderia dizer que Christopher estava rasgado. Eu fiz a decisão fácil para ele. Eu não queria ficar sozinha e eu sabia que ele precisava verificar seu bebê. Deixei Christopher e Alfonso quando eu fui para o quarto de Christopher para terminar de me mudar para que pudéssemos ir para o hospital.

Eu coloquei o meu sutiã e coloquei de volta a minha blusa preta que eu usava naquele dia para a sexta-feira casual o trabalho, a parte de trás da blusa ainda estava úmida do meu cabelo. Eu coloquei meu casaco de moletom do Giants San Francisco que eu tinha pendurado no armário de Christopher e coloquei minhas botas cinza escura de pele de carneiro.

Puxei meu cabelo para trás, acabando em um nó frouxo no alto da minha cabeça, mas eu não tive energia ou força de vontade para colocar qualquer maquiagem. Eu não queria sair em publico parecendo uma bagunça, mesmo que por dentro eu estivesse tremendo.

Alfonso saiu para pegar Annie enquanto deixava Christopher e eu no hospital. Ele disse que iria nos encontrar lá. Pedi para Alfonso ligar para Maite para mim e ele disse só quando eu desse um abraço nele.

Quando Christopher  e eu chegamos no hospital, nós chegamos na sala de emergência e fomos orientados a esperar até que um médico poderia nos dar uma atualização sobre como Christy e o bebê estavam passando.

Nós esperamos e esperamos. Alfonso e Annie chegaram seguidos por Maite e Will. Contei o evento horrível enquanto Annie e Maite ofegaram várias vezes. Todo mundo me abraçou várias vezes de como eles eram gratos por eu não estar ferida. Christopher nunca soltou a minha mão.

Finalmente, depois de esperar várias horas uma médica veio falar com a gente. Ela estava relutante em falar com a gente porque não éramos da família, mas só tínhamos uma pergunta para ela.

 - Como está o bebê, doutora? – Christopher perguntou.

 - Bebê? – a médica fez uma pausa e olhou para o formulário. – Eu sinto muito, eu não posso lhe dar qualquer informação. Você precisa falar com a Sra. Adams a respeito.