Fanfic: Forever With You | Tema: Lali Esposito, Peter Lanzani, Laliter

FLASHBACK ON 

"Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida. É pique, é pique, é pique, é pique, é pique. É hora, é hora, é hora, é hora, é hora. RATIMBUM. Mariana. Mariana. Mariana. "

-Faz um pedido filha... " 

FLASHBACK OFF

Lembro como se fosse ontem. Todos felizes na sala, cantando Parabéns para mim, a velhinha de 8 anos acesa e eu prestes a fazer um pedido, alguém cai em meio a sala fazendo todos se assustarem. "Papai" , foi a única coisa que eu disse e talvez a última coisa que ele escutou antes de falecer. Em segundos a sala foi ficando pequena para tanta preocupação. Eu, que acabara de completar 8 anos, não estava entendendo nada, mas sabia que algo estava errado. Logo um grupo de médicos tomou conta da sala e o barulho da sirene da ambulância invadia a casa. 

-Filha? -mamãe apareceu na porta. 

-Oi. -sorri tentando me livrar dos pensamentos. 

-Parabéns meu amor. -ela sentou na cama ao meu lado e me abraçou. 

-Você sabe que eu não gosto de "Parabéns". -disse me levantando e indo em direção ao guarda roupa.

-Eu sei filha. Achei que esse ano ia ser diferente. -ela disse deitando na cama.

-Nunca vai ser diferente. "Os 18 anos da adolescente que não vê a hora de sair de casa" , ta, e? -disse pegando uma roupa e indo ao banheiro me trocar. 

-Você precisa aprender a conviver com isso. Já fazem 10 anos. -mamãe disse.

-Pois é, hoje fazem 10 anos que meu pai morreu. -disse saindo do banheiro e o silêncio tomou conta do quarto. 

Descemos, tomamos café e logo fomos levar  meus irmãos,  Ana e Lucas para a escola. Logo depois iríamos buscar minha tia Carmen no aeroporto que eu não via desde a morte do meu pai. Ela iria se mudar para a cidade.  

......

-Nossa, como você cresceu. Eu não te vejo desde quando você tinha, desde que...  sei lá, uns 10 anos? Parabéns . -ela perguntou. 

-É... desde quando meu pai morreu... E obrigada. -sorri forçado. 

Minha mãe percebera que o comentário não havia me feito nada bem. Logo tia Carmen percebera também e mudara de assunto. 

-E então? Como vai a família? .- ela perguntou enquanto íamos para o carro.

-Estamos bem. -mamãe disse ligando o carro. 

Chegamos em casa e tia Carmen foi desfazer suas malas. Ela ficaria uma semana, mas parecia que tinha trazido roupa para morar. Passamos a tarde conversando. 

-E então? Quando se mudam? -mamãe perguntou. 

-Creio que semana que vem já estamos aqui. -tia Carmen respondeu. 

-Vai vir só a senhora tia?. -perguntei. 

-Não, não. Vai vir seu tio também, seu primo, e um amigo dele. -ela respondeu. 

-Primo? Devo nem mais lembrar dele. -ri.

-Seu primo Luís. Vocês se viram quando ainda eram pequenos. Ele diz que sempre lembra de você. -ela sorriu e eu fiz o mesmo. 

-E porque o amigo dele vai vir pra cá? .-perguntei. 

-Porque ele mora com a gente já há 7 anos. Me chama de Mãe, seu tio de Pai. E é um irmão pro Luis. Nós resolvemos adotar ele quando os pais morreram. -ela respondeu. 

-Entendi. -sorri forçado. 

Passamos tanto tempo conversando que nem nos demos conta da hora. Já eram 17:30 , mamãe foi buscar as crianças na escola e tia Carmen saiu e não disse pra onde ia. Passado algum tempo ouvi o carro da mamãe parar na garagem. E tia Carmen bater a campanhia. 

-Parabéns pra você... -ela entrou na sala com um mini bolo na mão. -Nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida. -ela continuou. Mamãe e as crianças entraram na sala e viram que eu não estava bem.

-Faz um pedido, Mari. -tia Carmen falou e meus olhos encheram de lágrimas.  -Mari?. -ela estranhou minha reação, e logo uma lágrima escorreu, fazendo com que eu corresse até meu quarto.

 

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