Fanfic: " Inocência Escura" | Tema: vondy

Apesar de seus desejos mesquinhos, a christopher não importava...

 Pela primeira vez em quinhentos anos, a luz do sol lhe deu totalmente na face. Observou de dentro através da janela as roseiras á luz do dia. A dor que tinha sentido em seu corpo quando tinha trocado sua experiência pela nova habilidade adquirida, havia valido a pena. Justo no momento em que se separava da janela, encontrou-se com Dulce que ao vê-lo soltou um grito.

- Mas que susto! vai me desculpar senhor Uckermann... mas você parece um fantasma ou um espectro.

 " Ou a própria morte ". Christopher sorriu ao ouvir o eco dos pensamentos de Dulce.

- Bom dia para você também, pequena Dulce- Sorriu e sentiu satisfação ao ver o repentino tom vermelhos nas bochechas da garota.

- Bom... bom dia- Gagueira.

- Já tomou o café da manhã?

- Sim, faz um momento- A observou abrir os olhos surpreendida e como seu cenho começava a franzir-se. " não tinha uma enfermidade que lhe impedia de sair á luz do sol? filho da... assim era mentira?! como pude me compadecer por um instante se quer"

 Os pensamentos de Dulce o açoitaram de novo. Mas esta vez sentiu tristeza em vez de graça.

 Ela possuía veneno no que se referia a ele. Já não podia ouvir os desejos internos de seu corpo, a excitação, a luxúria e o desejo tinham desaparecido sendo suplantados por um ódio enorme e difícil de ignorar.

 " Tranquila, dul... tranquila, respira fundo, conta até dez... não tem porque se importa, possivelmente estava ocupado ou possivelmente acaba de se curar milagrosamente. Deve ter uma boa razão para ter faltado ao enterro de seus pais." esse pensamento lhe surpreendeu. Observo-a durante uma fração de segundo, ela tentava contolar o repentino enguiço em sua respiração, mordia seu lábio inferior e seus punhos estavam apertados a ambos os lados de seu corpo.

" Oh Deus... ainda tenho que lhe dizer do... ai senhor, como o faço? " arqueou uma sombrancelha.

 Dizer-lhe o que...?

- Quer dar um passeio comigo pelo jardim, pequena Dulce?

 Levantou a vista  e observou. Lúgubre... mas formoso. Sem dúvida alguma o homem mais formoso que tivesse visto em sua vida. Apesar de ir vestido de luto. Assentiu levemente e se sobressaltou ao ver que lhe estendia seu braço direito. Mordendo seu lábio inferior, colocou delicadamente a mão em seus bíceps.

 Fortes e duros. O rosto lhe ardia, devia estar mais vermelha que um tomate amadurecido. Mas a fúria se dispersou sendo substituída pela forte quebra de onda de desejo. E o estava tocando. Que não lhe caísse baba, pois isso seria muito vergonhoso. Pensa em outra coisa, pensa em outra coisa!

 Sim, a " coisa " que tinha encontrado. Que nome lhe poria? era mais negro que a noite... Brownie!

 Tudo bem, não é? até que era imaginativo... Brownie como o delicioso chocolate do bolo, como a escura noite, como o liso e sensual cabelo negro de Christopher... oh basta! por que todos seus pensamentos não faziam sentido? não entendia...

 Observou de soslaio Christopher e por pouco não saltou ao ver que lhe devolvia o olhar.

- Quer me dizer algo, pequena Dulce?

 E outra vez com o " pequena, Dulce." Não planejava lhe dizer que não a chamasse assim, mas em excesso poderia chegar a ser doentio. Ela percebeu o sorriso que aparecia no canto da boca. Estava sorrindo? era como se lhe lesse a mente.

- O que faz pensar isso, senhor Uckermann?

- Christopher- disse repentinamente.

- Ah?

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