Fanfic: [ACABADA]

O clima esquentou na festa da volta de Giovana. Parece que Emily pegou
uma meia conversa de T e G. Uma conversa do passado dos dois, um
namoreco relâmpago. Adoro o perigo da Emily. Ela esconde o veneno
dela e eu quero fazer de tudo para que ela jogue em G.

A explicação foi
tensa, mas o lado bobo de Emily acreditou numa boa.

-Que você não... - G.

-Pode saber que... que.
- T.

-Hã? - Emily com cara
de idiota.

-Que você não pode
saber da surpresa que ele vai preparar pra você. - Giovanna enrolou.

-Isso. Mas é surpresa.
- Thierre estava com a face nervosa.

-Agora não é mais. Me
conte... - pediu Emily.

-Surpresa. - sorriu
Giovanna.

-Ela sabe? - perguntou.

-Não. -respondeu
Thierre. -Só contei da surpresa, não os detalhes e o que eu vou
fazer.

-Que bom amor. -ela o
beijou.

Tinham que ver a cara
de Giovanna. Peninha dela.

A amizade permanece? O
cardápio do jantar não foi tão bom, mas olhem o do brunch de hoje:

-Mãe, onde está o meu
antigo diário? -perguntava Giovanna aos berros.

-Não sei. -respondeu a
sra. Barken.

 
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-Você deu o meu diário
pro Thierre e Emily? - G.

-Sim. -respondeu com
cara de deboche Isabella.

 
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-Vocês já namoraram e
não me contaram nada? -choramingou Emily.

 
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-Você não deveria
fazer isso vadia.

 
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Acordei.
O dia anterior foi maravilhoso. Ver aquele sorriso cristalino, aquele
rosto sublime como um anjo e ele era a prova da perfeição: Thierre.
Eu estava tão animada para o dia de hoje e eu olhei para o
calendário e só faltava cinco dias para o natal. No natal a gente
sempre se reunia na casa da família Espinosa, a de Emily. Era um
natal perfeito.

Pulei da cama e fui
para o banheiro escovar os dentes e lavar o rosto. Desembaracei o meu
cabelo e troquei o pijama. Desci para o café da manhã e la estavam
minha mãe, minha irmã e meu pai.

-Filha. -meu pai se
levantou.

-Pai. -abracei ele com
força.

-Desculpe por não
acompanhar sua volta. O vôo atrasou.

-Tudo bem.

-Bom dia filha.
-cumprimentou minha mãe.

-Bom dia Giovanita.
-cumprimentou minha irmã de um modo tosco.

-Bom...

-Hoje tem um brunch na
casa dos Espinosa. -alertou mamãe.

-Sério? Que máximo.
-comentou Isabella.

-É às 13:00 e ninguém
pode perder.

-Eu ia fazer uma...

-Você não ia fazer
nada Giovanna. Você está obrigada à ir. - mamãe.

-Ah é? Então eu vou.
-sorri.

Nem encostei nos bolos
nem nos pães. Tomei um suco e subi rapidamente correndo sem da
satisfações.

Fui arrumando minhas
coisas para dentro do armário... Minhas fotos com o Thierre...
Minhas fotos com Emily. Era tudo tão legal antes! Mas eu tinha que
sair dessa vida. Era muita adrenalina. Eu queria mostrar quem eu era
mesmo. Uma garota medrosa e romântica.

Avistei meu antigo
diário. Com a capa acabada e com algumas páginas rasgadas. Voei as
mãos em folhas e folhas até relembrar de uma terrível lembrança
que eu era proibida de lembrar, mas tinha medo de esquecer.

Querido diário,
hoje é um dia especial para mim. Comecei a namorar o Thierre. Nunca
imaginei isso, hoje vamos para uma boate. Vou fazer de tudo para que
aconteça nossa primeira vez. To com dó de Emily, pois sei que gosta
dele. Mas eu amo ele e não vou querer perder ele para ninguém. Um
beijo, pois tenho que ir.

Antes
eu pensava só em sexo e... Era a coisa que eu mais adorava. Hoje em
dia é a coisa que eu mais temo. Só eu sinto na pele o que o sexo
pode fazer.

-Filha...
-ouvi os berros da minha mãe. -Visita.

Larguei
tudo em cima da cama e desci correndo.

-Onde
está o sr. Barken? -era Emily.

-Amor,
nós vimos ele saindo. -era Thierre.

-Eu
não vi nada. -Pietro acompanhava o finalzinho do que o Thierre
falara.

Eu
vi eles e sorri. Eles retribuíram, menos Pietro que ficou olhando
minhas pernas.

-Ah!
Oi Giovanna. -cumprimentou Emily.

-Amiga.
-ela se assustou, mas mesmo assim me abraçou.

-Viemos
só pra confirmar se vocês vão ao brunch. -disse Thierre.

-Espero
que vá mesmo Giovanna. -Pietro deu um sorriso malicioso.

-Cadê
a Isabella? -perguntou E.

-To
aqui. -disse Isabella descendo.

Ela
correu e se enfiou entre Thierre e Emily.

-Bom,
esse almoço tem que ser uma festança pra recompensar esses três
meses que você foi embora que pra todos foi muito tempo e colocamos
só coisas saudáveis pra você não engordar. -dizia Emily.

-Eu
to gorda? -perguntei.

-Um
pouco. -me espantei, mas agradeci pela sinceridade.

-Vamos
indo para nos arrumar. - Thierre.

-Nos
vemos mais tarde. -Pietro me roubou um beijo no rosto.

-Eu
quero falar com os dois. -pediu Isabella.

-Comigo
também? -perguntou Pietro.

-Não.
-respondeu.

Quando
eles foram saindo com Isabella eu subi para me arrumar. Foi rápido,
mas minha mãe não me poupava elogios. Quando me dei conta já
estava arrumada. Eu estava sentindo falta de alguma coisa na minha
cama. O que poderia ser?

Meu
diário. Claro. Onde ele poderia estar?

Revirei
o quarto todo e não encontrei.

-Mãe, onde está o meu
antigo diário? -perguntei aos berros.

-Não sei. -respondeu
ela.

-Oi maninha. -Isabella
entrou no quarto com a cara debochada.

-Oi, você viu meu
diário? -perguntei desesperada.

-Veja com a Emily e com
o namoradinho dela.

-Você deu o meu diário
pro Thierre e Emily? - disse nervosa.

-Sim. -respondeu ela
com a cara debochada.

-Isabella. -eu ia dar
um tapa na cara dela. Mas corri pela porta.

Eu não podia deixar
eles lerem. Era o fim do mundo. O fim do meu segredo. Eu não podia
deixar o Thierre ver aquilo.

Eu peguei um táxi
correndo. Não dei nenhum tchau. Não dei satisfações, mas depois
eu ligava.

-Leblon. Por favor.
Rápido.

Eu estava nervosa,
lutando contra o tempo. Eu tenho um segredo e para não magoar minha
amiga e meu grande amor. E se eles lessem? Será que me perdoariam? E
se não lessem? Também será que me perdoariam por eu impedir?

Enfim cheguei. Sai
correndo e esqueci o dinheiro para pagar. Corri, corri, mas meus
músculos pareciam que não me obedeciam. Eu queria poder voar, mas
voar é pra anjo e eu não sou. Cheguei na casa de Emily e entrei
correndo.

-Oi Giovanna Barken. O
que faz na minha casa? -perguntou choramingando Emily.

-O que foi? -perguntei
desesperada.

-Giovanna vá embora.
-ordenou Thierre.

-Se quiser venha pra
minha casa. -Pietro debochou.

-Vão todos vocês.
-mandou Emily.

-O que foi? -perguntei.

-Vocês já namoraram e
não me contaram nada? -choramingou Emily.

-Choque. É sério
isso? -perguntou Pietro.

-Não é só sério
como esse é o motivo de ela ter ido embora. Eu te esperei muito
Giovanna eu esperei muito para olhar nos teus olhos e dizer que te
amo. Que eu amo sua amizade, que eu amava passar a tarde com você na
piscina, na praia. Eu amava ir pras baladas com você. Brincar de
verdade ou desafio. Nossas festas de pijamas. Mas você volta de um
sumiço porque transou com meu namorado? Eu pensava que nossa amizade
era de sinceridade. -isso doeu em mim. Eu comecei a chorar.

-Na época vocês não
namoravam. Eu não queria magoar você. -fui sincera.

-Mas eu era sua amiga.
Você poderia ter me contado.

Isabella tinha chegado.
Estava sorridente.

-Oi pessoal.

-Cala a boca. -mandei.
-A culpa disso é toda sua.

PÁ! Bati nela e
foi pouco. Eu estava muito triste. Eu não iria nunca mais ser feliz
sem meus amigos de infância. Era como se eu tivesse morrido, mas
numa morte sem sentido. Esquecesse a vida e fosse ser julgada sem ao
menos saber quem eu era. Ela revidou e eu cai ao chão.

-Parem. Por favor.
-pediu Thierre.

-Você foi embora por
um motivo bobo. Enquanto eu sofria. Você escondeu o segredo da sua
primeira vez e... abortou uma criança?

-Na verdade eu não
abortei. -fui sincera.

Todos arregalaram os
olhos e eu cai de cabeça ao chão.

-Você escondeu isso
de...

-Saiam todos daqui ou
eu chamo os seguranças.

Pietro me levantou e
fomos embora... Eu chorava e chorava. As lágrimas era como meu
sofrimento, não parava.

-Giovanna eu quero
respostas. Você não abortou a criança?

-Opa! Esse papo não é
comigo. -ele me deixou em pé e puxou Isabella. Foram embora.

-Eu ia me sentir mais
culpada em tirar uma vida que não pediu pra nascer.

-Você não devia ter
escondido isso de mim. Você voltou só pra me separar de Emily?

-Não... Eu queria
voltar a ser uma pessoa normal e abortar no Rio, mas eu não quero
mais.

-Você vai abortar.

-Você quer que eu
aborte? Eu não vou fazer o que você deseja. Não somos namorados,
não somos maridos e eu quero ir embora.

-Você pediu pra sua
irmã dá o diário pra gente não é?

-Pois é, eu pedi sim.
Agora licença. -ironizei.

-Você não deveria
fazer isso vadia.

Ele me deu um tapa na
cara e eu não tinha mais forças para ficar em pé. Aquilo foi o
mais doloroso. Eu chorava, mas não com dor física e sim dor no
coração. Porque ele fez isso? Eu queria que ele cobrasse o que me
prometeu e não cumpriu: me amar para sempre. Acho que fui só uma
namorada dele, fui só uma qualquer. Fui aquela que mudou por ele.
Fui ela. Mas agora não sou mais. Tenho uma solução: esquecê-lo. A
dor era tão forte que eu desejava a morte. O que mais dói na gente
não é uma ferida, não é um corte e sim amar e não ser
correspondido.