Fanfic: O Que Sempre Sonhei — Herroni (Finalizada) | Tema: Herroni

- Hm... Nossa, cada dia cozinhando melhor, sabia? – Maite sorriu limpando a boca com o guardanapo em seguida.

- Ah é? – Alfonso deu seu sorriso torto. – Não sabe o quanto isso me agrada senhorita Perroni. – disse com satisfação.

- Você é o homem que sempre sonhei em ter ao meu lado. – disse com um lindo sorriso estampado no rosto, seus olhos negros brilhavam e em seguida colocou sua mão sobre a dele que estava em cima da mesa.

- Serio? – Alfonso franziu o cenho. – E o Richard? – fez uma carranca.

Maite estreitou o olhar intrigada. – Por que está lembrando-se dele agora?

- Porque estou com ciúmes? – indagou como se fosse obvio. – Você já foi casada com ele e já o amou... Será que o que sente por mim é mais forte do que já sentiu por ele? – mirou-a sério, a conversa agora estava tensa e Maite nem ao menos sabia como isso havia acontecido. – Você quase nunca diz um “Eu te amo” para mim Maite! – complementou incrédulo retirando sua mão debaixo da dela imediatamente, sabia que estava estragando a noite, mas já era hora de dizer algumas coisas a sua amada. Queria mais que isso... Queria escutar ela dizer que o ama.

- Você sabe como me sinto em relação a isso Alfonso, pelo amor de Deus! – ela de repente se levantou aturdida.

- Saber eu sei Maite, mas entender já é outra coisa, sabia? – Alfonso mirou-a com firmeza.

- Pois você deveria me entender! Já sabe por tudo que passei, deveria me entender Alfonso! – Maite disse alterada. – Você mais do que ninguém havia de me entender... – as lagrimas escorreram por seu rosto. – Além do mais você está tão estranho ultimamente e eu não disse nada.

- Estranho? – indagou ele – Estranho como? – desviou o olhar dando de ombros, demonstrando indiferença.

- Estranho como? – Maite riu com ironia. – Está frio, calado, sempre no seu canto, mal sorri, não é como antes. Entendo que seu Pai morreu há pouco tempo Alfonso, mas sinto que vai mais, além disso, e você não quer que eu saiba.

Alfonso engoliu em seco. – Está imaginando coisas! – gritou de repente assustando-a.

- Ok, acho que esse jantar já deu o que tinha que dar, não é? – ela o fitou com seriedade.

Alfonso apenas a fitou e Maite saiu rumo ao quarto.

- Droga... Essa história está indo longe demais... – suspirou ele recolhendo os pratos e os copos que estavam na mesa.

Ficou enrolando um pouco na sala de estar. Não tinha coragem o suficiente de enfrentar Maite.

Alguns longos minutos mais tarde ele fui a caminho do quarto. Girou a maçaneta entrando no mesmo. As luzes estavam apagadas, o quarto silencioso e Maite deitada na cama. Virada de lado, não estava dormindo, ele percebeu, pois mesmo estando escuro ali ele escutou os soluços de seu choro.