Fanfics Brasil - Infância interrompida Velha Paixão

Fanfic: Velha Paixão | Tema: Alternativo


Capítulo: Infância interrompida

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Mariana narrando:


A melhor lembrança que eu tenho da minha infância é de um domingo chuvoso, no dia do meu aniversário de 10 anos. Minha mãe estava na cozinha fazendo o meu doce favorito, torta mineira com bastante abacaxi, e eu, esparramada no sofá assistindo o meu desenho favorito e dando gargalhadas de coisas que hoje em dia, não fazem sentido nenhum. A campanhia tocou neste meio tempo e, era ele. Rafael Vieira, meu melhor amigo, meu namoradinho de segredo. Meu maior pensamento. Seus olhos verdes estavam cansados, ele sempre foi muito dorminhoco e tinha uma cara de sono o tempo todo, o seu sorriso estava aberto, sempre estava, e aquele velho moletom de sempre que cheirava de longe a mofo e um perfume de farmácia que sua mãe insistia em fazê-lo usar. Junto dele, uma rosa nas mãos, provavelmente arrancado do jardim na frente da minha casa. Eu o atendi com um sorriso gigante que sempre se fazia presente perto dele e o puxei pela mão. Ele soltou e eu franzi a testa, quando fui tomada por um abraço. - Parabénsss Mari, mais uma vez. Mais um aniversário. Cadê o bolo? Disse ele. Quando pensei em soltar uma resposta sarcástica minha mãe interrompeu: -Que bom que veio, Rafael. Vou servir uma torta que a Mari adora, fique por aqui... Que bela flor, filha. Agradeça o seu amiguinho. Olhamos um ao outro e seguramos a risada, mal ela sabia que éramos namoradinhos. Ela continuou a olhar pra mim como quem diria ``então, tá esperando o que pra agradecer?`` -Obrigada, Rafa. Eu disse rindo. Minha mãe voltou até a cozinha e eu puxei o Rafa pro meu quarto que ficava no segundo andar pra mostrar a ele o presente que eu havia ganhado.Tirei o sapatinho que eu tinha ganhado da minha mãe e mostrei pra ele mas ele não deu muita importância, só disse que era bonito e continuou a mexer na minha caixinha de música. -Gostou dela Rafa? Falei sarcasticamente. -Gostei sim, parece com você esse pato dançarino. Eu fechei a cara, mas não aguentei, as piadas sem graça dele sempre me faziam rir. Nós rimos disso por um tempo e ficamos sem assunto por um segundo. -Sabe, Mari. Eu gosto muito de você. Disse ele. Eu sorri e retruquei -Eu também gosto, chatinho. Mas ele insistiu e disse a coisa mais bonita que eu já tinha ouvido de alguém: -Mas eu gosto de verdade. Você é tão legal e adoro quando você ri das minhas brincadeiras, você é a única pessoa que acha graça. Quando a gente crescer quero que você continue sendo assim tá? E que continue sendo a minha namoradinha. Eu sorri e o abracei. Ele de longe foi a melhor coisa que eu já tive, meu corpo todo era testemunha disso. 


   Essa foi de fato, a melhor lembrança que eu tenho da minha infância e da minha vida até então. Nesse dia aconteceram várias outras coisas marcantes, como guerra de comida entre nós três e brincadeira na chuva, mas aquelas palavras, estão cativadas na minha mente e sempre vão estar. 


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PARTE 2


 Minha mãe era uma eterna criança e guerreira. Mesmo com a minha pouca idade, eu reconhecia isso muito bem. Ela me criou sozinha, meu pai me abandonou antes de eu nascer e mesmo assim, ela me deu tudo de melhor. Éramos nós por nós, não tinhamos mais ninguém e eu gostava disso (sempre fui muito ciumenta). Ela sempre brincava comigo e fazia de tudo pra me ver feliz. Era a melhor mãe do mundo e minha melhor amiga, eu sempre dizia que ela seria eterna, mas vejam só, o destino me contrariou e hoje estou aqui, com um casal estranho que me chamam de filha e ``abusam`` de mim. 


  Minha mãe morreu exatamente 11 meses depois do meu aniversário, em um assalto no banco. Ela não só morreu mas morreu uma parte de mim também. Ela e o Rafa eram as únicas coisas que eu tinha e agora, eu sou metade. Com a morte da minha mãe, fui transferida pra um orfanato porque os únicos parentes vivos que eu tinha, eram tios que eram velhos e não podiam cuidar de mim. A mãe do Rafael até tentou, mas não conseguiu a minha guarda por já ter filhos demais. Sem a minha mãe e sem o Rafael, virei um nada tentando encontrar uma saída pra tanto sofrimento. 


  Fiquei 3 meses no orfanato, sem contato com o Rafael e totalmente desapontada com tudo, até que um casal que morava no RJ me adotou. 



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Autor(a): jasmine f

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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