– Você nunca gostou de Roslyn, mas gostaria que não fosse rude com ela.
Anahí ergueu uma das sobrancelhas.
– Nunca? E não imagina por quê? – Dando-lhe as costas, ela se encaminhou à janela que dava vista para a piscina e o jardim na ala esquerda que separava as duas áreas das piscinas.
– Por que ela parece tão à vontade nesta casa e, no entanto, esta é a primeira vez que venho aqui?
Anahí enrijeceu o corpo quando as mãos de Alfonso pousaram em seus ombros.
– Roslyn sempre viaja comigo. Desta vez, tomei providências para que ela fique em Corinto e esteja disponível se eu precisar de seus serviços. Mas a presença dela não será um
problema para você. – Os lábios sensuais roçaram a têmpora de Anahí. – Quanto ao motivo de você nunca ter estado aqui, só posso lhe dizer que não houve oportunidade. Quando eu retornava de Nova York, após semanas fora, estava mais interessado em passar o tempo a seu
lado e não desperdiçá-lo viajando.
Anahí virou-se e, sem pensar, fechou os braços em torno do torso forte e enterrou o rosto no peito musculoso.
– É que me sinto tão frustrada! No entanto, não me desculparei por não gostar que a assistente do meu noivo desfile pela casa dele com uma linha a lhe cobrir os atributos. Ou que ela se sinta perfeitamente à vontade em um lugar em que eu deveria me sentir, mas não me
sinto.
– Se isso a faz se sentir melhor, nem notei os atributos de Roslyn. – O tom de divertimento na voz de Alfonso serviu apenas para lhe aumentar a irritação.
Quando ela tentou se afastar dos braços fortes, ele a segurou pelos ombros e a prendeu junto ao corpo. Os olhos faiscavam com um desejo que fez o coração de Anahí dar saltos ornamentais dentro do peito. Em um gesto de nervosismo, ela umedeceu os lábios, fazendo-o
gemer antes de lhe capturar a boca. Anahí sentiu como se lhe tivessem atirado um fósforo na pele coberta de querosene. Ah, sim, seu corpo se recordava e ansiava pelo toque daquele homem. A língua experiente exigindo que seus lábios se abrissem. Com um suspiro, ela cedeu
e logo se deleitou com a invasão quente e eletrizante. Sentindo as pernas enfraquecerem, se recostou ao corpo forte e Alfonso a comprimiu contra o peito. Um gemido baixo escapou da garganta de Anahí e foi abafado pela boca ávida que explorava a dela. As mãos delicadas apertando os ombros largos, necessitando da força daquele homem. Os mamilos se enrijeceram e formigaram quando uma das mãos longas escorregou por baixo da bainha da blusa de gestante para acariciar com a suavidade de uma pena a pele de
seu abdome até se espalmar sobre o bojo do sutiã. Antes que ela pudesse processar a intenção de Alfonso, sentiu o sutiã afrouxar e o polegar longo lhe roçar o mamilo intumescido. Tremores incontroláveis lhe abalavam a estrutura delicada enquanto os lábios quentes
imprimiam uma trilha de fogo em seu pescoço e mais abaixo até a curva de um dos seios.
Quando Alfonso lhe capturou um dos mamilos na boca, ela quase se despedaçou no círculo seguro daqueles braços.
– Por favor – ofegou ela.
A súplica o fez erguer a cabeça. O choque refletido nos olhos Mel.
– Theos mou! Estava a ponto de violá-la neste chão – disse em tom desgostoso, apressandose em lhe ajeitar o sutiã e recompor a blusa.
A mão de Anahí tremia quando ela a ergueu para tocar os lábios intumescidos. Cada terminação nervosa de seu corpo berrando de desejo. Sua reação a Alfonso a assustava. Era tão intensa! Volátil. Com que facilidade se incendiava no instante em que ele a tocava.
– Não me olhe dessa maneira – disse ele. A voz quase um rosnado.
– Como? – Anahí perguntou.
– Como se tudo que desejasse fosse que eu a levasse para nossa cama e fizesse amor com você a noite toda. Não tenho tanto controle assim.
Uma risada rouca e repleta de desejo escapou da garganta de Anahí. Em uma tentativa de acalmar a reação do próprio corpo àquelas palavras, escorregou as mãos de modo suave pelas
laterais do corpo.
– E se eu tivesse desejando exatamente isso?
Alfonso ergueu uma das mãos e lhe segurou o queixo.
– O médico chegará dentro de alguns instantes. Quero que ele a examine para nos certificarmos de que a viagem não a prejudicou. Sua saúde é minha prioridade.
– Acho que acabo de ser repelida – murmurou ela tristonha.
Alfonso se moveu com a rapidez de um piscar de olhos. Em um momento, ele se encontrava a trinta centímetros de distância, e no outro, Anahí se descobriu comprimida contra o peito largo. Os olhos dourados queimando os dela.
– Não confunda minha hesitação com desinteresse – disse ele em um tom letal. – Pode ter certeza de que, tão logo o médico nos tranquilize sobre seu estado de saúde, você estará em minha cama. – Lentamente, ele a soltou, e Anahí deu um passo vacilante atrás. – Acho que
estou ouvindo o barulho do helicóptero. Deve ser o médico e a srta.Cahill. Por que não lava o rosto e se coloca à vontade? Enviarei o médico para examiná-la.
Anahí anuiu como uma pateta e o observou se retirar. Tão logo Alfonso desapareceu pela porta, ela se deixou afundar sobre a cama e fechou os dedos com força sobre o colo. Como era capaz de reagir de forma tão inflamada a um homem que, para todos os efeitos, lhe
era um estranho?
Alfonso tinha razão. Seu corpo o reconhecia mesmo quando a mente era incapaz. Deveria encontrar algum consolo nisso, mas a intensidade da atração que sentia por ele a assustava. Mais alguns instantes e teria se perdido naquele toque ígneo. Lembrando-se de que o médico subiria a qualquer momento e não desejando lhe dar motivos para deixá-la em repouso, jogou um pouco de água no rosto, em uma tentativa de se livrar do rubor que ainda lhe queimava a pele.
Passou uma das mãos pelos cabelos cacheados e franziu a testa diante da própria aparência.
Seus cabelos não pareciam penteados da maneira adequada. Uma imagem pipocou em sua mente. Era ela, rindo, mas com os cabelos mais curtos. Os cachos lhe emoldurando o rosto como uma boina rebelde. Mesmo diante daquele breve lampejo na memória, sabia que
preferia seus cabelos curtos. Então por que os deixara crescer? Com um gesto negativo de cabeça, Anahí jurou que os cortaria assim que tivesse oportunidade. Uma batida na porta a fez sair apressada do toalete. Alfonso entrou, acompanhado de perto por um homem mais velho. Camila os seguia e sorriu para Anahí da outra extremidade
do quarto.
– Este é o dr. Karounis. É chefe de um setor de obstetrícia em Atenas e teve a gentileza de concordar cuidar de você enquanto estiver na ilha – Alfonso disse enquanto lhe cingia a
cintura.
– Srta. Portilla , é um prazer lhe dar a assistência que for necessária – disse o médico em tom formal.
Um sorriso nervoso curvou os lábios de Anahí.
– Obrigada. Alfonso se preocupa demais. Estou certa de que não havia necessidade de fazê-lo viajar até aqui.
– Ele deseja o melhor para a senhorita e para a criança. – O dr. Karounis retrucou com um sorriso genuíno. – E não posso culpá-lo por isso.
Anahí exibiu um sorriso tristonho.
– Suponho que não. Faça o que for necessário para persuadi-lo de que estou bem. – Ela dirigiu um olhar penetrante a Alfonso. – E que sou perfeitamente capaz de subir e descer escadas sozinha.
A expressão de Alfonso não se alterou.
– Fará isso por mim, pedhaki mou. Não estou lhe pedindo muito. Ter alguém a seu lado para subir e descer a escada não a atrasará e me tranquilizará.
Ah, aquele homem sabia como fazê-la se sentir alguns centímetros mais alta. Anahí deixou escapar um suspiro.
– Está bem. – Fixou o olhar no médico e gesticulou para que Alfonso e Camila os deixassem.
Antes de sair, Alfonso levou as mãos pequenas aos lábios e lhe beijou as palmas.
– Depois que o médico terminar, por que não toma um banho relaxante e descansa antes do jantar? Eu virei buscá-la quando estiver na hora de descer.
Anahí anuiu, e os olhos mel faiscaram em triunfo. Em seguida, ele se retirou, fechando a porta.
Meninas desculpa a falta de poste é que voltei a trabalhar e a noite tenho curso tá uma correria mais vou tentar continuar postando um dia sim outro não.
E a memória dela esta começando a voltar `-`
CONTINUA....