Fanfics Brasil - 18♡ Traição AyA

Fanfic: Traição AyA | Tema: Ponny aya


Capítulo: 18♡

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Os dois se encaminharam à biblioteca, onde um homem mais velho estava dispondo os

mostruários forrados de veludo sobre a mesa de Alfonso. Quando entraram, a expressão do joalheiro se iluminou.

– Sente-se. – O homem a encorajou, contornando a mesa para segurar a mão de Anahí, levá-la aos lábios e lhe depositar um beijo formal no dorso. Depois de acomodá-la em uma das cadeiras, Alfonso se sentou ao lado dela, e o joalheiro se apressou a contornar a mesa outra vez.

Deparada com anéis estonteantes e uma vertiginosa fileira de diamantes, Anahí ofegou e dirigiu um olhar questionador a Alfonso.

– Eu o chamei aqui para que possamos escolher seu anel – Alfonso disse em tom casual.

Como se a visita de um joalheiro em sua casa fosse algo corriqueiro.

– Não estou entendendo – começou ela insegura.

Alfonso lhe ergueu a mão esquerda, pressionando os lábios sobre os dedos delicados.

– É importante para mim que use uma aliança. Ainda não tínhamos escolhido uma quando você teve seu… acidente. Quero consertar isso.

– Ah! – No quesito respostas, aquela não era uma das mais brilhantes, mas foi tudo que Anahí conseguiu dizer.

Alfonso a estimulou a desviar a atenção para as joias e assim ela o fez, embora um pouco nervosa. Aqueles anéis eram tão grandes. E caros! Não queria nem se inteirar do preço daquelas peças. Após experimentar vários, Anahí encontrou um que a encantou, mas logo

imaginou se Alfonso não ficaria ofendido com sua escolha. O olhar insistia em voltar ao gracioso anel, mesmo enquanto continuava a experimentar os que o joalheiro tentava lhe impingir.

– Aquele – disse Alfonso, apontando para o anel na extremidade direita.

Para a surpresa de Anahí, o joalheiro pegou aquele que ela estivera admirando e o entregou a Alfonso, que o deslizou por seu dedo. A joia se encaixou com perfeição. Era menor que os outros e simples, mas combinava com ela. Um solitário de safira que faiscava a

qualquer movimento e, de repente, Anahí não queria mais tirá-lo.

– Você gostou desse – afirmou Alfonso.

– Amei – sussurrou Anahí, relanceando o olhar a ele. – Mas, se preferir outro, não tem problema.

– Ficaremos com este – disse Alfonso ao joalheiro.

Se o homem ficou desapontado, não demonstrou enquanto dirigia um largo sorriso ao casal. Com treinada eficiência, guardou as demais joias e as colocou em uma caixa que trancou em seguida. Minutos mais tarde, Alfonso o acompanhou ao helicóptero que o aguardava, mas

não sem antes deixar uma ordem austera para que Anahí não saísse do lugar. Uma risada abafada escapou dos lábios de Anahí quando ele se retirou. Alfonso parecia tão exasperado. Provavelmente estava acostumado com pessoas obedecendo a todas as suas ordens e permanecendo onde ele determinava. Um pensamento repentino deixou-a horrorizada. Teria sido uma daquelas pessoas? Certamente não. Podia ter perdido a memória, mas não havia sido submetida a um transplante de personalidade. Com aquele pensamento em mente, deixou a biblioteca e foi em busca de algo para comer. Agora que sentia o estômago reclamar, se arrependia de não ter comido no café da manhã. Antes que pudesse abrir o refrigerador, ouviu Alfonso entrar na cozinha.

– Por que será que adivinhei que você não estaria onde a deixei? – disse ele.

Anahí girou com um doce sorriso a lhe curvar os lábios.

– Por que não pediu com educação?

Alfonso deixou escapar uma risada baixa, um som sexy que lhe reverberou pela espinha.

– Pedi que o helicóptero voltasse dentro de uma hora. Se estiver disposta, pensei em visitarmos as ruínas pelas quais se interessou e aproveitar para conhecer outros lugares.

– Ah, eu adoraria! – Esquecendo a comida e tudo mais, Anahí cruzou a cozinha apressada e se atirou nos braços musculosos, abraçando-o com força.

Alfonso soltou outra risada baixa.

– Então, estou perdoado por ser muito sério?

Anahí recuou e fez uma careta.

– Você é bom em me atirar as palavras de volta na cara. Mas, sim, está perdoado. Deixe-me apenas mudar de roupa.

– Traga um suéter. Esfriará no fim do dia.

Anahí virou-se, apressada, mas ele a puxou de volta. Ela colidiu com o peito musculoso e ergueu o olhar para descobrir os lábios sensuais a centímetros dos seus.

– Certamente mereço uma recompensa? – murmurou ele.

Anahí umedeceu os lábios, fazendo-o gemer.

– Suponho que uma pequena recompensa não faria mal algum – retrucou com voz rouca.

A boca exigente se fechou sobre a dela e Anahí se derreteu no círculo seguro daqueles braços fortes. Quando Alfonso aprofundou o beijo, ela estremeceu e um gemido fraco lhe escapou da garganta.

Quando ele interrompeu o beijo, labaredas incendiavam os olhos mel.

– É melhor eu ajudar você a subir a escada para que troque de roupa.Do contrário,acabaremos não indo a lugar nenhum a não ser para a cama.

Um sorriso malicioso curvou os lábios de Anahí antes de ela se afastar na direção da escada. Não que tivesse a ilusão de que subiria sozinha e não subiu. Antes que pisasse no primeiro degrau, Alfonso a alcançou.

Enquanto subiam a escada, ela lhe relanceou um olhar exasperado.

– Estou perfeitamente apta a subir a escada sozinha. Não sou uma incapaz.

– Posso ser um homem tolerante, mas não nesta questão – retrucou ele, arrogante. –Desculpe, mas terá de conviver com o fato de que pretendo tomar conta de você.

Anahí revirou os olhos, mas um sorriso lhe ergueu os cantos dos lábios. Era evidente que ela testava a paciência de Alfonso, mas por alguma razão aquilo a divertia. Enquanto Anahí trocava de roupa, ele a aguardou e, por fim, lhe entregou um suéter. Ela o pendurou sobre um dos braços e, mais uma vez, Alfonso a guiou pela escada e na direção

do heliponto, onde estavam sendo aguardados pelo piloto. Dentro de alguns minutos, sobrevoavam o oceano e, pouco depois, aterrissaram em Corinto. Um carro os aguardava e, para a surpresa de Anahí, Alfonso a acomodou no banco do carona de um luxuoso carro esporte. Em seguida, contornou o veículo e escorregou para trás do volante.

– Eu sei dirigir – disse, conciso, quando ela o encarou um olhar inquiridor.

Anahí soltou uma risada.

– É que nunca o vi dirigir antes. – Ela franziu a testa quando percebeu o que dissera. – O que quero dizer é que nunca o vi dirigir desde que…

Alfonso pousou a mão sobre a dela.

– Eu entendi. Na verdade, não dirijo com muita frequência. Geralmente estou ocupado com questões de trabalho, mas tenho um carro tanto aqui quanto em Nova York.

Anahí se acomodou confortavelmente no banco de couro enquanto ele se afastava do aeroporto.

Passaram a maior parte da manhã caminhando pelas ruínas. Ele lhe explicava a história, mas Anahí estava mais focada no fato de aquele ser um belo dia de outono e de estarem juntos. Não havia interferência de assistentes irritantes, de médicos, enfermeiras, chamadas e faxes referentes aos negócios. Aquilo era, para resumir em uma palavra, perfeito.

– Não está prestando atenção, pedhaki mou. – A voz bem-humorada de Alfonso lhe penetrou a bruma do contentamento.

Anahí enrubesceu e girou para encará-lo.

– Desculpe. Estou adorando, de verdade.

– Está querendo voltar para a ilha? – perguntou ele. – Não a estou exaurindo, certo? – O divertimento dera lugar à preocupação e, se ela não o dissuadisse da ideia de que não estava bem, em breve se encontraria enfiada de volta no helicóptero e aquele dia perfeito chegaria ao fim.

– Conte-me sobre sua família. Nunca os mencionou. Suponho que a informação seja redundante, mas como não me recordo de nada, talvez pudesse fazer minha vontade.

– O que gostaria de saber? – perguntou ele.

– Qualquer coisa. Tudo. Seus pais ainda estão vivos? Não comenta nada sobre eles.

Um lampejo de dor varou os olhos dourados, fazendo-a lamentar a pergunta.

– Morreram alguns anos atrás em um acidente de iate – respondeu ele.

Passando o braço pelo de Alfonso, ela o apertou em um gesto confortador.

– Desculpe. Não tive intenção de suscitar lembranças tão dolorosas.

– Já faz muito tempo – retrucou Alfonso, dando de ombros. Mas Anahí percebeu que falar sobre eles o fazia sofrer.

Quando ela abriu a boca para mudar de assunto, o viu franzir a testa e enfiar a outra mão no bolso. De lá, retirou o celular e o observou por um instante, antes de abri-lo e o colar à orelha.

– Roslyn – disse ele em tom suave, após relancear o olhar a Anahí. Ela enrijeceu a coluna e se soltou de Alfonso. Era típico a assistente saber o exato momento de ligar. Devia possuir um radar. Podia sentir a tensão crescendo dentro dele e quando os olhos mel pousaram nela era como se a traspassassem.

– Está tudo bem aqui – disse ele. – Verifique com Piers como estão indo as coisas no hotel do Rio de Janeiro e me dê um retorno. – Seguiu-se uma longa pausa. – Não. Não sei quando retornaremos a Nova York. – Mais uma vez, relanceou o olhar a Anahí, fazendo-a ter a clara

impressão de que Roslyn estava falando sobre ela. – Não, claro que não – acrescentou Alfonso em um tom de voz tranquilizador. – Aprecio sua atenção, Roslyn. Será a primeira a saber quando eu decidir deixar a ilha.

Anahí desviou o olhar, desgostosa, incapaz de continuar escutando o que ele dizia. Instantes depois, Alfonso desligou o telefone e o colocou de volta no bolso. Como era esperado, quando ela girou na direção dele, percebeu a mudança brusca em seu comportamento. Ele a encarava quase desconfiado, embora Anahí não pudesse entender por

quê. Porém, sabia que aquilo não era fruto de sua imaginação. Uma clara mudança se operara no humor de Alfonso.

– Desculpe pela interrupção – disse ele em um tom quase formal. – Sobre o que estávamos falando?

– Conte-me sobre seus hotéis – pediu Anahí em um impulso, desejando afastá-lo das preocupações.

A expressão do belo rosto másculo pareceu congelar e a cautela o dominou.

– O que quer saber?

Anahí encontrou um lugar para se sentar de frente para as enormes colunas e o puxou para que se acomodasse a seu lado.

– Não sei. Qualquer coisa. Em que lugares possui hotéis? O Imperial Park em Nova York é um deles, certo? – Alfonso anuiu. – Onde mais possui hotéis? É uma rede internacional? Ouvi você mencionar Rio de Janeiro. Tem um hotel lá?

Alfonso não conseguia esconder a tensão, e ela imaginou por quê. Não gostaria de discutir seus negócios? Na verdade, ansiava por qualquer detalhe sobre a vida dele. Alfonso nunca se mostrara muito acessível quanto à sua vida profissional. Um fato que ela achava estranho.

– Temos hotéis na maioria das cidades do mundo. Nossas maiores unidades se concentram em Nova York, Tóquio, Londres e Madri. Temos vários outros, um pouco menores, espalhados pela Europa. Atualmente estamos trabalhando em um projeto para construir um no Rio de Janeiro.

– Mas não em Paris? Gostaria que tivesse um em Paris para que pudéssemos visitá-lo. – Anahí o provocou com um sorriso, que logo secou quando os olhos dourados se tornaram frios e severos. Um arrepio lhe percorreu a espinha e um nó se formou em sua garganta.

Alfonso parecia enraivecido. Não, parecia furioso.

– Não. Não temos nenhum em Paris.

O tom conciso a fez recuar, deslizando vários centímetros ao longo do banco.

– Desculpe… – Nem mesmo sabia por que estava se desculpando. Alfonso perdera o humor em questão de segundos e não tinha ideia do motivo. Ela parecia ter uma inclinação para tocar nos assuntos errados. Primeiro fora os pais de Alfonso e agora os negócios.

Haveria algum assunto seguro que pudessem discutir?

Anahí se ergueu cerrando os punhos.

– Talvez tenha razão. É melhor voltarmos agora. – Ela se virou com rapidez, na intenção de retornar ao carro, mas o movimento brusco fez o mundo girar ao seu redor. A lembrança de que não comera no café da manhã lhe veio à mente, antes de os joelhos cederem e o mundo se apagar.


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Autor(a): Erika Herrera

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 50



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  • Ponny_Forever_ Postado em 05/06/2021 - 00:02:06

    Depois de seis anos, agora que to lendo essa história e eu tenho 99% de certeza de que a roslyn é uma vaca

  • franmarmentini♥♥ Postado em 15/06/2015 - 19:54:18

    Ja vou na próxima...

  • franmarmentini♥♥ Postado em 15/06/2015 - 19:53:35

    Amei essa fic foi maravilhosaaaaaaaaaaaaaa

  • Mila Puente Herrera Postado em 15/06/2015 - 00:03:00

    Ainnnnnnnnnnnnn q pftaaaaaa *-* Amei, já indo lá na nova

  • Belle_ Postado em 14/06/2015 - 20:49:13

    Já acabou??? Q pena :/ foi pfta*-*

  • Belle_ Postado em 12/06/2015 - 20:42:33

    Ele disse q a ama*-* Continua

  • Mila Puente Herrera Postado em 12/06/2015 - 17:12:57

    Ainnnnnnnn scrrrrrrrrrrrrr qnt perfeição *-* Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaa <3

  • franmarmentini♥♥ Postado em 11/06/2015 - 15:20:07

    tadinha da any...ela precisa de um tempo pra ela...poncho não merece agora a any pq ele tratou ela muito mal...

  • franmarmentini♥♥ Postado em 11/06/2015 - 14:08:15

    *.*

  • Mila Puente Herrera Postado em 10/06/2015 - 23:02:17

    Ainnnn tadinha da Anny pelo menos agr o Pon sabe de td mas ela tá mto magoada :/ Postaaaaaaaaaaaa <3


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