NAQUELA NOITE, Anahí estava pronta para dormir quando ele surgiu por trás e lhe envolveu a cintura com os braços. As mãos grandes descansaram na curva avantajada do abdome enquanto os lábios sensuais descreviam uma trilha de fogo do topo do ombro até a região logo abaixo da orelha dela, lhe fazendo a pele arrepiar e o corpo estremecer contra o dele.
– Prefiro você nua, pedhaki mou – disse ele, erguendo uma das mãos para puxar a fita que amarrava a camisola que ela acabara de vestir. As palavras lhe invadindo a mente e despertando uma distante similaridade. Por um instante, Anahí o viu parado diante dela
encarando-a com olhar ardente e dizendo exatamente as mesmas palavras. Esforçou-se para evocar mais lembranças, mas a imagem se esvaiu tão rápido quanto aflorou. A frustração a fez fechar os olhos, mesmo enquanto se entregava ao prazer do toque daquele homem.
Alfonso escorregou uma das alças da camisola pelo ombro delicado, seguindo o movimento com o toque dos lábios até descê-la pelo braço de Anahí. Em seguida, deu o mesmo tratamento ao outro lado. Enganchando os polegares nas alças finas continuou a baixálas
até que o tecido acetinado deslizasse pelo corpo dela e formasse uma poça no chão. A incerteza e a vulnerabilidade a assolaram enquanto permanecia nua, exceto pela calcinha de renda. Anahí se sobressaltou quando as mãos longas se espalmaram sobre seu abdome
volumoso mais uma vez e, em seguida, empreenderam uma jornada lenta, subindo por suas curvas, pelas laterais do corpo sensível e pousando sobre os seios firmes. Os lábios sensuais lhe encontraram o pescoço outra vez, fazendo-a estremecer incontrolavelmente quando submetida às carícias dos polegares nos mamilos rígidos e às mordidas leves no pescoço.
– Eu a desejo – sussurrou ele com voz gutural. – Você é tão linda, agape mou! Venha para a cama comigo.
Era muito fácil esquecer as dúvidas e inseguranças no casulo seguro daqueles braços fortes. Quando faziam amor, se conectavam verdadeiramente. Não havia barreiras, tensão ou relutância. Anahí vivia em função daqueles momentos, quando ele a possuiria e lhe mostraria com muito mais do que palavras qual era o significado dela em sua vida. Anahívirou-se permitindo que as mãos longas escorregassem por sua pele. Quando estava de frente para ele, se ergueu nas pontas dos pés e envolveu o pescoço largo com os braços.
– Beije-me – sussurrou ela.
Com um gemido rouco, Alfonso a puxou contra o corpo e lhe capturou os lábios, mal conseguindo se conter. Seus movimentos estavam impacientes naquela noite, como se fosse incapaz de se saciar dela, como se não pudesse esperar para possuí-la. Anahí permitiu que ele a guiasse, apressado, para a cama, sentindo o corpo viril pressionado ao dela. Alfonso a deitou sobre o colchão, sem nunca desprender os lábios
dos dois. Em seguida, ergueu a cabeça, revelando as labaredas que inflamavam os olhos Mel. Como movimentos bruscos, se livrou das próprias roupas, antes de pairar sobre ela outra vez.
– Faça amor comigo – pediu Anahí, esticando a mão para lhe tocar o rosto. Sem esperar por mais nada, ele se inclinou para lhe violar com beijos molhados e sôfregos a pele da mandíbula, pescoço e mais abaixo dos seios intumescidos. Com a língua descreveu carícias leves e eróticas nos mamilos rígidos, fazendo descargas elétricas se espalharem por todo o corpo dela, até se concentrarem no centro pulsante de sua feminilidade. A jornada sensual prosseguiu com a exploração do abdome abaulado, que ele emoldurou com ambas as mãos em um gesto tão reverente que trouxe lágrimas aos olhos de Anahí. Em
seguida, Alfonso pressionou os lábios contra a pele retesada com um beijo suave. A emoção formou um nó na garganta de Anahí,dificultando-lhe a respiração. Se ao menos
pudessem ficar assim. Ali, onde não havia palavras nem defesas, se sentia amada e venerada. Não existiam muralhas, barreiras ou segredos. A boca experiente se moveu, fazendo-a ofegar quando Alfonso lhe afastou as pernas para lhe beijar o centro da feminilidade que pulsava com a excitação.
– Alfonso! – gritou ela enquanto a língua quente e ágil lhe estimulava o ponto mais sensível.
– Você é tão doce, agape mou – disse ele ao se mover para cima,roçando o corpo dela. Com um movimento preciso, Alfonso se posicionou contra o calor úmido e convidativo de Anahí escorregando para dentro daquele corpo excitante e acolhedor. Ela fechou os olhos
e esticou os braços na direção dele com um suspiro de prazer. Os dedos se enterrando nos cabelos curtos da nuca de Alfonso e descendo pelo pescoço que acariciava enquanto ele se movia para a frente e para trás com extrema suavidade. E então, os lábios exigentes se apossaram dos dela outra vez, absorvendo-lhe o grito abrupto quanto ele se enterrou dentro dela ainda mais.
– Mostre-me seu prazer – sussurrou ele contra os lábios intumescidos de Anahí. – Apenas para mim.
Diante dos primeiros espasmos do clímax, ela arqueou os quadris, sentindo o corpo enrijecer, antes de explodir em milhões de partículas que se espalhavam em todas as direções.O grito suave que Anahí deixou escapar cortou o silêncio da noite enquanto ele a puxava
contra o corpo. A mão longa lhe acariciando a lateral do corpo, o quadril e a curva da barriga abaulada.
– Não consigo me saciar de você – admitiu ele com uma voz que soou estranhamente vulnerável.
Anahí descerrou as pálpebras para se deparar com os olhos dourados fixos nela. A expressão do belo rosto másculo feroz e assombrada. E então, ele começou a se mover com mais força e exigência. Sem dizer mais uma palavra, Alfonso a levou a indescritíveis alturas. Ela flutuou livre, o corpo envolto em um casulo de prazer. E assim começou a noite. Anahí mal completava a jornada descendente de um pico para
que ele a levasse a outro ainda mais alto. Alfonso a possuía de modo incansável, comandando seu corpo com uma facilidade que a deixava sem fôlego. Durante toda a noite, ele se mostrou insaciável e pouco antes da madrugada, os dois se rederam à exaustão e
adormeceram.