Fanfics Brasil - 5♡ Traição AyA

Fanfic: Traição AyA | Tema: Ponny aya


Capítulo: 5♡

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Anahí LUTAVA sob as camadas de névoa que a rodeavam e murmurou um fraco protesto quando abriu os olhos. Não procurava a consciência. O cobertor escuro que o esquecimento

lhe oferecia era tudo de que necessitava.Não havia nada para ela no despertar. Sua vida era como um buraco negro. Apenas o

próprio nome atravessara as camadas desordenadas de mente. Anahí.

Procurou por mais alguma coisa. Precisava de respostas para as perguntas que a oprimiam a cada vez que acordava. O passado se estendia como uma paisagem árida diante dela. As

respostas pendiam além de sua consciência, tentando-a, mas escapando antes que pudesse alcançá-las.

Anahí virou a cabeça sobre o travesseiro fino, determinada a escorregar de volta para o vácuo do sono, quando sentiu uma mão firme segurar a dela. Um arrepio de medo lhe percorreu a espinha até se lembrar de que estava segura em um hospital. Ainda assim, soltou a mão e não pôde evitar a respiração acelerada.

– Não pode voltar a dormir, pedhaki mou. Ainda não.

A voz daquele homem se alastrou por sua pele, deixando um rastro de calor em seu encalço.Cautelosa, ela girou o rosto na direção do estranho. Quem era ele? Será que o conhecia?Quem a conhecia? Seria ele o pai da criança que se encontrava aninhada em seu ventre?Em um gesto automático, Anahí levou a mão ao ventre abaulado enquanto o olhar focava o homem que falara com ela.

Era uma presença dominante. Alto, ágil, perigosamente atento enquanto os olhos  a observavam. Não era americano. Quase deixou escapar uma gargalhada diante dos pensamentos absurdos. Deveria estar exigindo saber quem ele era e por que estava ali e tudo

que conseguia concluir era que o homem não era americano?

– Nosso bebê está bem – disse ele quando baixou o olhar à mão protetora que ela pousara sobre o abdome.

Anahí não pôde evitar a tensão ao perceber que aquele homem de fato alegava ser o pai.Não deveria reconhecê-lo? Tentou encontrar algo, algum lampejo de reconhecimento, mas medo e inquietação foi tudo que encontrou.

– Quem é você? – conseguiu perguntar por fim em um sussurro.

Algo faiscou naqueles olhos, mas ele manteve a expressão neutra. Estaria magoado por ela revelar que não o conhecia? Tentou se colocar na posição daquele estranho. Imaginar como se sentiria se o pai de seu bebê de repente não lembrasse mais dela.Alfonso puxou uma cadeira para o lado da cama e se sentou. Em seguida, esticou o

braço e segurou sua mão. Dessa vez, apesar do instinto a estimular a fazê-lo, ela não se retraiu.

– Sou Alfonso Herrera . Seu noivo.

Anahí lhe procurou o rosto tentando reconhecer a veracidade daquelas palavras, mas ele a encarava com semblante calmo, sem nenhum sinal de emoção.

– Sinto muito – disse ela, engolindo em seco quando a voz falhou. – Não me lembro…

– Eu sei. Conversei com o médico. O que você lembra não é importante no momento. É primordial que descanse e se recupere para que eu possa levá-la para casa.

Anahí umedeceu os lábios, o pânico ameaçando dominá-la.

– Casa?

Alfonso anuiu.

– Sim, casa.

– Onde fica? – Detestava perguntar. Odiava o fato de estar deitada ali, conversando com um completo estranho. Mas, ao que parecia, ele não o era. Aquele homem era alguém de quem fora íntima. Por quem era obviamente apaixonada. Estavam noivos e ela carregava um filho dele. Aquilo não devia mexer com algo dentro dela?

– Está se esforçando muito, pedhaki mou – disse ele com voz suave.–Posso ver pelo seu semblante. Não deve apressar as coisas. O médico disse que tudo voltará no tempo certo.

Anahí lhe apertou a mão e, em seguida, baixou o olhar aos dedos unidos aos dele.

– Será? E se isso não acontecer? – Uma onda de medo a invadiu,apertando-lhe o peito,estreitando sua garganta e a fazendo lutar para respirar.

Alfonso esticou a outra mão e lhe tocou o rosto.

– Acalme-se, Anahí. Seu nervosismo não faz bem nem a você nem à criança.

Ouvir seu nome naqueles lábios a fez experimentar sensações estranhas. Era como se ele falasse de uma estranha, embora Anahí se recordasse do próprio nome. Mas temera que, na confusão da perda de memória, tivesse entendido mal e que com tudo mais o nome também fosse um pedaço esquecido de sua vida.

– Pode me contar alguma coisa sobre mim? Qualquer coisa?

Estava quase a ponto de suplicar. Lágrimas lhe faziam a garganta se estreitar e os olhos arderem.

– Haverá muito tempo para conversarmos mais tarde. – Alfonso retrucou com ternura. –Estou tomando as providências para levá-la para casa.

Era a segunda vez que ele mencionava a casa, embora ainda não tivesse mencionado onde ficava localizada.

– Onde fica nossa casa? – Ela insistiu.

Os lábios de Alfonso se estreitaram por um momento, e, em seguida,a expressão daquele belo rosto relaxou.

– Nossa casa fica aqui na cidade. Os negócios me obrigam a me ausentar com frequência,mas moramos juntos em um apartamento.Planejo levá-la para minha ilha tão logo possa viajar.

Anahí franziu a testa enquanto tentava compreender a estranheza daquela declaração.Parecia tão… impessoal. Não havia emoção,nenhum sinal de felicidade, apenas a estéril citação de um fato.Como se sentisse que ela estava a ponto de lhe fazer mais perguntas, ele se inclinou para pressionar os lábios à testa de Anahí.

– Descanse, pedhaki mou. Tenho providências a tomar. O médico disse que você poderá ter alta dentro de alguns dias se tudo correr bem.

Exausta, Anahí fechou os olhos e concordou. Ele permaneceu lá por mais uns instantes e,em seguida, ouviu os passos dele se afastando. Quando a porta do quarto se fechou, ela voltou a abrir os olhos,apenas para sentir a trilha úmida das lágrimas que lhe escorriam pelo rosto.Era um alívio saber que não estava só. No entanto, de alguma forma, a presença de Alfonso Herrera  não a tranquilizara. Sentia-se mais apreensiva do que nunca e não sabia

dizer por quê. Puxou o lençol fino para cobrir ainda mais o corpo e fechou os olhos,desejando que o entorpecimento pacífico do sono a possuísse mais uma vez.Quando acordou outra vez, uma enfermeira se encontrava parada ao lado da cama, aferindolhe a pressão arterial.

– Oh, Deus, você está acordada – disse ela em tom alegre enquanto removia a braçadeira. –Trouxe uma bandeja com seu jantar. Está com fome?

Anahí negou com a cabeça. Só de pensar em comer se sentia levemente nauseada.

– Deixe a bandeja aqui. Eu farei com que ela se alimente.

Anahí ergueu o olhar surpreso para se deparar com Alfonso assomando atrás da enfermeira, com uma expressão determinada estampada no rosto. A mulher girou e lhe sorriu.Em seguida deu algumas palmadas leves no braço de Anahí.

– É muito sortuda por ter um noivo tão dedicado – disse ela antes de partir.

– Sim, sortuda – murmurou Anahí, imaginando por que sentia uma ânsia repentina de chorar.

Quando a porta se fechou, Alfonso puxou uma cadeira para perto da cama outra vez. Em seguida, pousou a bandeja diante dela.

– Deveria comer.

Anahí o fitou nervosa.

– Não estou com muita fome.

– Sente-se incomodada com minha presença? – perguntou ele enquanto lhe percorria a forma abaulada do corpo com o olhar.

– Eu… – ela abriu a boca para negar, mas descobriu-se incapaz. Como dizer àquele homem que o achava intimidador? Ali estava alguém a quem supostamente deveria amar.Fizera amor com aquele homem. O simples pensamento fez um rubor lhe corar as maçãs do rosto.

– Em que está pensando? – Os dedos longos lhe encontraram a mão e a acariciaram distraidamente.

Anahí desviou o rosto, esperando encontrar alívio longe do escrutínio daquele homem.

– Na… nada.

– Você está assustada. Isso é compreensível.

Anahí voltou a girar o rosto para encará-lo.

– Não fica aborrecido por eu sentir medo de você? Na verdade, estou aterrorizada. Não me recordo de você e de nada mais de minha vida.Estou esperando um filho seu e não consigo me lembrar de como fiquei neste estado! – disse ela, apertando o lençol e o mantendo contra o corpo como a se proteger.

Os lábios de Alfonso se estreitaram em uma linha fina. Estaria zangado? Estaria apenas disfarçando para não aborrecê-la ainda mais?

– É como você disse. Não consegue se lembrar, portanto sou um estranho. Caberá a mim conquistar sua… confiança. – Ele pronunciou a última palavra como se a achasse repugnante,mas ainda assim manteve a expressão controlada.

– Alfonso… – Ela deu voz ao nome, hesitante, deixando que as sílabas deslizavam em sua língua. Não lhe parecia estranho, mas também não lhe suscitava nenhuma lembrança. A frustração a dominou quando a mente permaneceu assustadoramente vazia.

– Sim, pedhaki mou.

Ela piscou várias vezes quando percebeu que ele estava esperando que continuasse.

– O que aconteceu comigo? – perguntou. – Como vim parar aqui? Como perdi minha memória?

Mais uma vez ele lhe segurou a mão e ela encontrou consolo naquele gesto. Em seguida,Alfonso se inclinou para a frente e lhe tocou o rosto com a outra mão.

– Não deve apressar as coisas. O médico foi categórico nesse ponto.No momento, o mais importante para você e nosso bebê é ter calma. Tudo voltará no momento devido. – Anahí deixou escapar um suspiro, percebendo que ele não cederia. – Descanse um pouco.–Alfonso se ergueu, inclinou o corpo mais uma vez e lhe tocou a testa com os lábios. – Em breve, sairemos deste lugar.

Anahí desejava que aquelas palavras lhe trouxessem mais tranquilidade, mas, em vez de conforto, a insegurança e o transtorno cresceram dentro de seu peito, até que temesse sufocar de ansiedade.Gotas de suor lhe brotaram na testa e o pouco da comida que conseguira engolir, instantes atrás, ameaçava voltar. Alfonso lhe lançou um olhar penetrante e, sem dizer uma palavra,tocou a campainha para chamar a enfermeira.Instantes depois, a profissional adentrou o quarto. Ao pousar o olhar em Anahí, a

expressão da mulher se encheu de compaixão. Pousou-lhe a mão fria sobre a testa enquanto lhe administrava uma injeção com a outra.

– Está segura agora.

Mas as palavras não conseguiram abrandar o aperto no peito de Anahí. Como poderiam,quando em breve ela seria atirada em um mundo desconhecido, com um homem que lhe era completamente estranho?

Alfonso permaneceu ao lado da cama, observando-a, cobrindo-lhe uma das mãos com a dele. A medicação havia lhe embotado os sentidos e Anahí se sentia flutuar, o medo desaparecendo como uma névoa. As palavras que ele pronunciava foram a última coisa que conseguiu ouvir.

– Durma, pedhaki mou. Eu tomarei conta de você.

Estranho, mas de fato ela conseguiu encontrar conforto naquela promessa suave.


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Autor(a): Erika Herrera

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 50



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  • Ponny_Forever_ Postado em 05/06/2021 - 00:02:06

    Depois de seis anos, agora que to lendo essa história e eu tenho 99% de certeza de que a roslyn é uma vaca

  • franmarmentini♥♥ Postado em 15/06/2015 - 19:54:18

    Ja vou na próxima...

  • franmarmentini♥♥ Postado em 15/06/2015 - 19:53:35

    Amei essa fic foi maravilhosaaaaaaaaaaaaaa

  • Mila Puente Herrera Postado em 15/06/2015 - 00:03:00

    Ainnnnnnnnnnnnn q pftaaaaaa *-* Amei, já indo lá na nova

  • Belle_ Postado em 14/06/2015 - 20:49:13

    Já acabou??? Q pena :/ foi pfta*-*

  • Belle_ Postado em 12/06/2015 - 20:42:33

    Ele disse q a ama*-* Continua

  • Mila Puente Herrera Postado em 12/06/2015 - 17:12:57

    Ainnnnnnnn scrrrrrrrrrrrrr qnt perfeição *-* Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaa <3

  • franmarmentini♥♥ Postado em 11/06/2015 - 15:20:07

    tadinha da any...ela precisa de um tempo pra ela...poncho não merece agora a any pq ele tratou ela muito mal...

  • franmarmentini♥♥ Postado em 11/06/2015 - 14:08:15

    *.*

  • Mila Puente Herrera Postado em 10/06/2015 - 23:02:17

    Ainnnn tadinha da Anny pelo menos agr o Pon sabe de td mas ela tá mto magoada :/ Postaaaaaaaaaaaa <3


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