Fanfic: de repente amor | Tema: fanfic original

Já sentada à mesa do café da manhã , observo meu irmão descer as escadas. Agora moramos só eu e ele, uns dois meses depois da morte da minha mãe meu pai foi transferido para o sul, como meu irmão era maior de idade ele decidiu ficar aqui, então meu pai transferiu minha guarda para ele.

Quando ele senta na mesa me analisa de cima para baixo, então me encara. Seus olhos castanhos e cabelo cacheado de mesma cor nada parece comigo, ele é bonito , alto ,porte atlético, forte e ciumento. Depois de algum tempo pergunto : 

- tá tudo bem ?

Ele  balança a cabeça afirmando e parece ponderar se deve ou não dizer algo, então finalmente fala:

-Você está nervosa?

- Um pouco-respondo

- Natália, você sabe que as regras não mudaram , né?

-Regras?

- Não se faz de tonta!- ele disse já bravo.

- Calma, calma .Não vou fazer nada de errado, ok?

- É bom mesmo, se não...

- Olha , eu não quero começar com isso de novo, Está quase na hora da aula começar, a gente já pode ir?

-Eu só vou terminar o café , me espera no carro.

                                                                                     ***

No carro ficamos calados o caminho todo, a minha ansiedade não me permite falar, este ano por mais que meu irmão não queira as coisas vão ser diferentes . Eu semprei esperei por este momento, eu imaginei que finalmente teria a tão esperada liberdade, só desejo que meu irmão perceba o quanto este dia é importante pra mim e não me faça pagar nenhum mico. Pelo visto eu estava errada...

- Chegamos! - digo entusiasmada já descendo do carro.

-Ei, espera ! -e ele solta o cinto. Entro novamente no carro " Aí meu Deus ! O que ele quer", respiro fundo e esboço um sorriso amarelo.

- Que foi Leo?

- Que foi ! - repete ele rindo , e continua  "Eu vou entrar com você!"

Tentando manter a calma, digo:

- Por que ???

- Para que saibam que a minha irmãzinha não esta solta no mundo. 

Acho que devo ter ficado branca , com uma expresão que representava bem o que eu sentia : desespero, medo , vergonha...Então ele começou a rir!?

- Você é muito boba , sabia? `Cê" pode não acreditar, mas não faz muito tempo eu tinha a sua idade.

-você fala como se fosse velho, disse rindo enquanto entrava na escola.

Então ele disse:

-Boa sorte, mas eu to de olho, em?- e ele sumiu na rua.

                                                                                                ***

- Oieeeee! - a Laís gritou assim que me viu e me esmagou com um abraço, somos melhores amigas desde sempre.

- Oi! - disse baxinho, a diretora já começara o discursso.O resto do dia foi mais normal do que imaginei, depois da diretora foi a vez da cordenadora e depois os professores . As aulas foram basicamente aquelas dinamicas bobas de apresentação. Eu imaginava que seria diferente , mas acho que fantasiei muito esse dia. Bom, os alunos também não são muito diferentes, todo mundo tentando mostrar que se divertiu mais nas férias.Depois da aula eu fui pra casa da Laís.

Assim  que chegamos no quarto dela ela jogou a mochila no chão e desatou a falar:

- É sério, você precisa me ajudar !!!!!!!!!!

- Com...

- Eu não acredito que você esqueceu ! Que tipo de amiga você é ?

- Calma, calma - digo rindo. Eu sei que hoje a noite você planeja esnobar o André com o seu novo namorado!

- Nat, Nat você é muito romantica , eu e o Carlos só estamos ficando, namorar é muito sério. Falando em namoro, como anda esse coração?

- Como sempre...

- Que nem bosta na estrada ... - disse ela meio que pra si mesma.

- Ei! Eu to aqui, viu? O tempo voou e depois de muita conversa percebemos que estavamos atrasadas, nos arrumamos rapidamente, ela estava linda! Com um vestido de couro preto, bem justo. A bolsa e sapatos vermelhos contrastavam com sua pele negra. O cabelo cacheado estava jogado de lado.

Coloquei um vestido azul acinturado que tinha uns recortes na cintura e um bordado preto, sapatos pretos de salto e não levei bolsa.Quando chegamos lá ficamos sentadas conversando.A Laís tava tão perdida , que não sabia se procurava o André ou o Carlos . nem precisou...

Estavamos na beira do bar, quando o André veio na nossa direção, quando ele chegou perto o suficiente da Laís pra beija-la , Carlos agarrou- a e eles deram um beijaço. Quando pensei que eles fossem desmair depois de tanto se beijarem reparei que o André não estava nem um pouco irritado. Depois de um tempão a Laís virou para o André e disse : 

- Sinto muito querido , mas a fila anda... 

- Digo o mesmo - ele falou e depois me agarrou , ele estava quase me beijando e eu tomada pelo choque não conseguia reagir, foi quando alguém voou em cima dele , o derrubando no chão. Imaginei que fosse o Carlos ou até mesmo a Laís mas quando olhei para a briga que estava rolando no chão me surpreendi ao ver quem havia me defendido...