Fanfic: ♥ Uma lição de amor ♥ | Tema: AyA ponny, rbd romance drama

ANAHI

Os dias que se seguiram foram cansativos. Apesar da semana de prova ter terminado, existia outro problema: todos os professores estavam dando matéria nova, os proximos assuntos, pras próximas provas. Assuntos que Poncho estava perdendo. Pra ajudar eu andava revisando toda a matéria de madrugada pra na tarde seguinte explicar tudo à ele no hospital. Isso estava acabando comigo, me deixando sem tempo pra nada. Às vezes na pressa eu deixava de almoçar pra chegar logo ao hospital ou jantar pra ficar estudando. Algumas coisas eram complicadas demais e antes eu precisava entender pra depois explicar pra ele.

Marcos: Any! - me cutucou ao final da aula de Sistema Imunológico.

Any: Oi?

Marcos: Passou outra noite sem dormir? - perguntou me encarando, não era dificil perceber o cansaço.

Any: Eu dormi sim. - respondi.

Marcos: Quantas horas? - cruzou os braços.

Any: Umas... 4 ou 5! - chutei.

Marcos: Any, Poncho sabe o que vc ta fazendo? Eu já disse pra vcs que eu ajudo, posso pegar metade das matérias, vc pega a outra e nós dois explicamos tudo pra ele.

Any: Não precisa... Você esta fazendo estágio a tarde, tem que entregar os relatórios semanais, além de estudar e fazer os trabalhos da faculdade... E eu to dando conta. - menti.

Marcos: Ah claro? Dormindo 4 horas por dia, não comendo direito, realmente, vai ser até divertido dar aula pra vc e pro Poncho no hospital, porque vc vai acabar sendo internada junto com ele com uma anemia ou qualquer outra coisa.

Any: Olha não se preocupa ta?... Eu vou pra biblioteca, daqui a pouco eu volto.

Marcos: Pegar que livro na biblioteca?

Any: Dois de Cardiologia que o professor de Anatomia recomendou, eu vou dar uma lida, só isso.

Marcos: Hum! - resmungou.

Forcei um sorriso e sai da sala. Na verdade os livros eram pra que eu pudesse entender melhor o caso do Poncho e tentar achar outras soluções pra ajudá-lo. A única que eu conhecia no momento era o transplante.

Quando finalmente a aula acabou fui correndo pro hospital, engolindo uma maça que me serviria de almoço.

Assim que sai do elevador e cheguei ao corredor do quarto do Poncho, vi Viviane saindo do mesmo com uma bandeja cheia de panos enrolados e sujos. O cheiro lembrava a vômito.

- Vih o que foi? Poncho ta bem?

Viviane: Reação da medicação nova, talvez teremos que trocar. - deu de ombros mostrando a bandeja.

Any: Entendi! - assenti e fui na direção do quarto.

ALFONSO

Eu odiava quando isso acontecia. Já estava de saco cheio de ficar trancado nesse quarto, de não poder ver meus amigos direito, de não poder ficar com a Any como eu gostaria. Estava farto da comida sem gosto, da medicação antiga e agora de alguns medicamentos novos que pra variar estavam me fazendo mal.

Foram nessas condições que Any me encontrou ao entrar no quarto.

- Meu amor o que vc tem? - largou as coisas na cadeira e se aproximou.

Poncho: Nada Any vai embora. - virei a cara de mau humor, não queria que ela me visse daquele jeito.

Any: Poncho não é a primeira vez que eu te vejo assim, eu não ligo entendeu? - respondeu virando meu rosto.

Suspirei e afastei a mão dela.

Any: O que foi? - perguntou estranhando minha reação.

Poncho: Veio fazer o que aqui hoje? Ficar duas horas comigo estudando? - esbravejei.

Any: Poncho...

Poncho: Ah já sei, hoje vc veio pra algo diferente... Me ver vomitar?! - perguntei com ironia.

Any: O que deu em vc pra me tratar assim? A gente combinou que quando eu viesse a gente ia estudar, os professores estão bombardeando a gente com assuntos novos, se vc não souber quando voltar e fazer as provas vai acabar se dando mal.

Poncho: Ta, só que eu não preciso de vc pra isso Anahí, será que não entendeu? Eu não quero uma professora, não quero uma enfermeira ou uma namorada que fica me enchendo me perguntando toda hora se eu entendi isso, se eu comi aquilo... Eu não quero nada de vc, eu quero ficar sozinho entendeu? Se ainda quer me ajudar, vai embora e me deixa sozinho. - esbravejei furioso apontando a porta.

Ela me encarou assustada, mordeu o lábio inferior e deu as costas saindo do quarto às pressas. Suspirei furioso e soquei a cabeça no travesseiro. Foi então que vi a pilha de coisas que ela havia esquecido em cima da cadeira. O fichário, dois livros de Cardiologia, a agenda e a bolsa. Suspirei ao reparar que outra vez ela viera da faculdade direto e pela hora não tinha parado pra almoçar. Dei um murro na cama ao ver a besteira que tinha feito.